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História Shut Up And Dance (Imagine Jeon Jungkook) - Shut Up And Accept!


Escrita por: MsSecretWriter

Notas do Autor


Segurem os batimentos e as lágrimas! Até eu tive que conter as minhas na hora de escrever. Boa leitura!

Capítulo 36 - Shut Up And Accept!


Fanfic / Fanfiction Shut Up And Dance (Imagine Jeon Jungkook) - Shut Up And Accept!

Moon Nari POV's

Acordei ainda atordoada pela quantidade de informação recebida pelo GD algumas horas atrás. Jungkook dormia ao meu lado serenamente e resolvi deixar ele no hotel e seguir sozinha para o hospital. Ia aproveitar o percurso até lá para refletir ainda mais sobre a decisão que iria tomar, pois cuidar de uma criança estava definitivamente fora de meus planos. 

Nem tomei café e saí do hotel o mais rápido que pude , mas quando estava na porta a espera do táxi meu celular tocou. Era Jin. Talvez a última pessoa que eu esperasse a ligação naquele momento, mas ainda assim alguém que eu poderia desabafar sobre o que estava acontecendo.

- Oi Jin. - atendi, com a voz exausta.

- Nari, Taehyung veio me visitar e contou da sua viagem urgente ao Japão. O que aconteceu com GD? - ele perguntou e o expliquei o mais rápido que pude, incluindo o ponto em que GD havia me escolhido para ser tutora do filho dele. - FILHO? - Jin gritou animadamente do outro lado da linha e eu pude perceber que ele estava extremamente feliz com a notícia, ao contrário de mim.

- Como pode estar tão animado com uma notícia destas, Jin? Não percebeu a gravidade da situação? GD está morrendo, tem um filho que nunca conhecemos e ainda por cima quer deixar para eu cuidar! Você só pode estar maluco em achar isso divertido. - disse, já perdendo a paciência com Kim Seokjin. Não conhecia este lado paterno dele, mas acredito que aquele não era o melhor momento para ele me mostrar.

- Não se preocupe, Nari. Dividiremos a responsabilidade sobre esta criança! Eu cozinho bem, sei lidar com uma casa e sei exatamente como educar um filho. Aceite, por favor. O pequeno Yong veio para mudar as nossas vidas e eternizar a presença de GD ao nosso lado, não percebe? - Jin disse e concordava com tudo o que ele disse, mas ainda assim sentia um aperto enorme em meu peito.

- Não sei, Jin. Não sei se quero ser mãe ou pelo menos a figura materna desta criança. - eu respondi, com medo.

- Se não quiser ser ou se não puder ser, tenho certeza de que serei um excelente pai para ele. - Jin disse, mas ele não sabia que Jungkook também tinha interesse em ser.

- Então, Jin. Espero que isto não signifique que você quer ter uma família comigo. E saiba que Jungkook também está muito empolgado com esta situação. - eu disse, pontuando claramente meu ponto de vista, evitando que Jin criasse expectativas sobre isto.

- Eu entendi muito bem o que quis dizer desde que conversamos a última vez neste quarto de hospital, fique tranquila. - ele respondeu, me deixando realmente mais tranquila.

- Tudo bem! Preciso desligar agora, estou indo ao hospital. - eu disse.

- Me dê notícias assim que sair! Vou embora do hospital daqui a pouco, pois tive alta, mas não hesite em ligar. - ele respondeu do outro lado da linha.

- Pode deixa, eu darei sejam boas ou não, ok? - eu disse, seca.

- Serão ótimas. Até mais! - ele falou e desligou.

Mais um peso em minha decisão: a animação de Jin em ter esta criança entre nós. De certa forma, ele tinha razão. Ele seria o GD eternizado em nossas vidas e disto sem dúvida em nunca reclamaria, mas isto também traria Jin mais próximo ainda do que éramos e Jungkook talvez não gostasse muito desta ideia e poderia afetar diretamente em meu relacionamento com ele. 

Entrei no táxi e cheguei no hospital com a cabeça mais confusa do que havia saído de lá da última vez. Fui à recepção e peguei minha autorização para entrar. Fui diretamente ao quarto de GD e ele ainda dormia. Me sentei na poltrona que havia no quarto e fiquei o observando por alguns minutos, pensando em como deve ter sido pra ele quando recebeu a notícia que ia ser pai, assim como quando recebeu a notícia que estava com leucemia. E foi entre estes pensamentos que ele me assustou ao acordar repentinamente.

- Está ai faz tempo? - ele perguntou, me olhando com os olhos fundos e a boca pálida. GD estava literalmente definhando naquele quarto de hospital.

- Não, cheguei tem uns 5 minutos. - respondi, tentando fingir calma mesmo ao olhar para ele naquele estado. Me levantei e fui ao lado dele na cama e peguei a sua mão. - Sabe, oppa, pensei muito no que me disse ontem e inclusive Jin me ligou e acabamos de conversar pelo telefone sobre tudo o que me contou e principalmente sobre o que me pediu. - eu disse, o olhando nos olhos.

- E qual a sua decisão, minha querida? - ele perguntou, sorrindo.

- Embora eu esteja muito relutante em aceitar, ainda assim eu acho que é o mínimo que posso fazer por você depois de tudo o que você fez por mim, inclusive por colocar Jungkook em minha vida. - eu disse e sorri.

- É sério, Nari? Você vai aceitar cuidar de Yong? - ele perguntou, mais animado do que nunca.

- Sim, oppa. Eu irei cuidar de Yong. Quer dizer... Eu, Jin, Jungkook e provavelmente todo mundo que te conheceu e que trabalha naquela empresa, incluindo Tae, Hoseok, Jimin e até mesmo Yoongi, com certeza. - eu respondi e ele bateu palmas, mesmo com o catéter ligado em sua veia da mão esquerda. - Cuidado! - eu o repreendi.

- Esta é a melhor notícia dos últimos tempos, Nari! Eu te amo, minha irmãzinha! - ele disse e eu o abracei. - Eu estou tão feliz, tão eufórico! Preciso enviar os arquivos da tutela e do testamento para seu e-mail, o contato do meu advogado em Seul, enfim, tudo para prosseguir com isso. Pegue meu notebook, por favor. - ele disse e eu entreguei o notebook que estava numa mesinha à frente da cama dele. 

Algum tempo depois ele já havia mandado os e-mails, falado com o advogado e com o orfanato em Seul. Estava tudo programado para que eu fosse até Yong assim que voltasse para a Coreia do Sul. 

- Eu prometo que o trarei para visitá-lo assim que estiver tudo pronto, aguente firme, ok? - eu disse, depois que ele terminou de fazer tudo o que tinha que fazer. 

- Eu espero poder aguentar pelo menos para ver meu filho pela última vez. - ele disse e de repente começou a tossir sem parar.

- OPPA! O que está acontecendo? - eu perguntei aflita. De repente entrou uma enfermeira no quarto e imediatamente aplicou um medicamento direto em seu catéter e veio o médico logo em seguida. Observei aquela cena sem entender absolutamente nada do que se tratava, mas ainda assim eu não queria sair dali, queria observar tudo o que ocorria. GD tossia e urrava de dor ao mesmo tempo e depois de um tempo que a enfermeira aplicou o medicamente ele simplesmente dormiu.

- Ele precisa urgente de um transplante de medula óssea. - o médico falou. - Já tentamos mais de 50 vezes, mas não achamos nenhum doador compatível. Precisava de algum familiar, talvez, alguém bem próximo a ele, mas ele disse que se afastou da família há muito tempo.

- Ele tem o filho, doutor! - eu disse, olhando atentamente para o médico.

- Nossa! Ele nunca me falou sobre o filho! Onde está a criança? Precisamos fazer o teste o mais rápido possível! - o médico disse.

- Em Seul. - eu respondi.

- Você precisa urgentemente trazer esta criança para cá, para fazermos os testes e tentarmos salvar o senhor Kwon, senhorita. Você é a mãe da criança? - ele perguntou.

- Bem, agora eu sou... É uma longa história, doutor. Mas eu preciso voltar urgente para Seul e tentar resolver tudo o mais rápido possível para voltar com esta criança. - eu respondi.

- Faça o seguinte. Kwon começou a se tratar nesta clínica em Seul e lá eles colheram seu material genético para análise de compatibilidade. Tenter fazer o teste na criança e me telefone neste número assim que sair o resultado. Deve demorar de 1 semana a 10 dias para ficar pronto, mas assim que sair o resultado me avise e se a criança for compatível preciso que a traga para cá o mais rápido possível para fazermos o transplante. É a nossa última chance, senhorita. - ele explicou, enquanto anotava todos os procedimentos em um papel. A sorte era que eu era fluente em japonês, até pelo fato de ter feito faculdade lá, senão não sei o que faria com todas aquelas informações.

- Pode deixar, doutor! Assim que GD acordar avise-o que já voltei para Seul e só volto quando estiver com a cura dele. - eu disse e o médico riu.

- É nossa última chance! - ele disse e eu fui me despedir de GD.

- Vai ficar tudo bem e você verá seu filho crescer de pertinho! - eu disse e o beijei na testa, me despedindo do médico e voltando o mais rápido que pude ao hotel. Aquela criança era a salvação de GD e pelo visto de muitas pessoa, inclusive de Jin que devia estar despedaçado após saber que sua ex havia tramado sua morte com o amante, que era um de seus melhores amigos. Sorte que esta fase havia passado e tudo ficaria bem dali para frente.

Entrei no quarto de hotel e encontrei Jungkook só de toalha, com os cabelos molhados e aquela visão era a que eu queria ter para o resto dos meus dias.

- Noona! Achei que tivesse voltado para Seul sem mim! - ele disse, me agarrando assim que entrei no quarto. - Estava preocupado e morto de saudades já. - ele disse, beijando meu pescoço enquanto falava.

- Calma, Kookie. Eu estava no hospital e já acertei tudo com GD. Agora precisamos conversar. - eu disse rindo enquanto tentava o afastar de mim, sem sucesso.

- Você pode dizer o que quiser, mas eu preciso de você antes de qualquer coisa. - ele disse, me beijando e eu retribuí o beijando de volta, pois sabia que não adiantaria me afastar dele, somente após o beijo. Quando terminou de me beijar ele retomou a fala. - Pode falar tudo o que quiser agora. - ele finalizou e eu ri.

-  Ai , Kookie! Acabei de receber uma notícia maravilhosa! Pode ser que Yong consiga doar a medula para GD e salvar a vida dele! - eu disse, enquanto fomos de mãos dadas até a cama, nos sentando para conversarmos sobre tudo.

- Jura?! - ele disse de olhos arregalados. - Isso é incrível, noona! Precisamos conhecer o pequeno o mais rápido possível! - Jungkook disse, indo em direção a roupa que estava separada para começar a se trocar e desta vez quem perdeu o foco fui eu. - Por que está me olhando assim, noona?

- Ai, Kookie. Precisa se trocar na minha frente? Deste jeito eu perco a concentração, até esqueci o que estava falando. - eu disse, me levantando e indo em direção a ele, beijando-o.

- Estava falando sobre irmos o mais rápido possível para casa. - ele disse, após me beijar.

- VERDADE! Vamos embora agora, Jungkook! Temos que tentar encontrar o pequeno Yong ainda hoje! - eu disse, me afastando dele o mais rápido possível e indo em direção a minha mala para começar a arrumar. - Se sairmos agora, até às 15:00 chegamos em Incheon. - eu disse e percebi que Jungkook me olhava indignado. - O que foi, Kookie?

- Não dá tempo nem da gente fazer nada antes de sairmos.- ele disse, me puxando pela cintura.

- Meu amor, quando chegarmos em casa prometo que faço tudo o que você quiser, mas agora eu preciso correr o mais rápido possível para resgatar Yong e tentar salvar a vida de GD. - eu respondi, dando um selinho em Jungkook e me afastando dele.

- Promete que vai fazer tudo mesmo? - ele perguntou, sorrindo maliciosamente, colocando a camiseta.

- Prometo, Kookie, agora vamos. - eu disse e começamos a arrumar nossas coisas o mais rápido possível.

(...)

Chegamos em Seul, finalmente e após combinar com o advogado de GD nos encontramos no orfanato. Ele estava numa sala, junto com a diretora do orfanato, a senhora Woo Eunbi. Eu e Jungkook entramos e cumprimentamos a todos.

- Senhora Moon, Senhor Jeon, é um prazer conhecê-los. - disse a senhora Woo, diretora do orfanato.

- O prazer é meu, senhora Woo. - eu disse, estendendo a mão, seguida por Jungkook.

- Espero que sejam excelente pais para o pequeno Yong. Ele é uma criança carismática, inteligente, ativa e muito feliz, mesmo tendo vivido todo este tempo aqui conosco, sem a presença da família. - ela explicou e eu ri, pensando o quanto o pequeno era parecido com o pai mesmo sem ter convivido com ele.

- Esperamos que o pequeno ainda possa conhecer ao menos o pai verdadeiro, pois acreditamos que ele conseguirá salvar a vida dela, senhora Woo. - disse Jungkook, com um semblante feliz e esperançoso. Ele era perfeito em suas palavras e eu seus gestos.

- Tomara que sim. Eu adiantei as informações para a senhora Woo e ela soube um pouco da missão que esse pequeno tem. - disse o advogado. - Mas a princípio ele será registrado como Kwon, Jeon ou Moon? - ele perguntou e eu e Jungkook nos entreolhamos.

- Como prefere, Nari? - ele disse, me olhando atentamente.

- A princípio quero que ele seja Kwon Yong, senhor Chang. E depois ele quem vai escolher o que quer caso as coisas não aconteçam como esperamos, doutor. - eu respondi e Jungkook assentiu, concordando com minha resposta.

- Sábia decisão, senhorita Moon. Afinal ele ainda tem um pai. - ele disse, anotando tudo no termo de tutela.

- Com certeza! E ainda terá por muito tempo, eu acredito nisto. - eu disse e todos sorriram, me olhando carinhosamente.

- Bom, posso buscar o pequeno Yong, senhor Chang? - perguntou a diretora. Meu coração palpitava naquele momento.

- Claro, por favor, senhora Woo. - ele respondeu, sem tirar os olhos dos papéis. - Precisa assinar a tutela, senhora Moon. - ele disse e fui até ele e assinei tudo o que precisava. Jungkook observava sorrindo, como se estivesse orgulhoso de tudo o que estava acontecendo ali. Minha mão tremia e eu suava frio, quase não conseguia segurar a caneta.

- Pronto, acho que terminei. - eu disse, entregando os documentos ao senhor Chang quando a porta da sala se abriu e entrou a criaturinha mais incrível que vi na face da terra. Era o pequeno Yong! Ele era a cara de GD, parecia uma cópia em miniatura. O mesmo sorriso com os dentes pequeninos, o cabelo escuro e penteado todo espetadinho com gel. As bochechas rosadas, talvez pela vergonha, talvez por estar correndo, mas lindo de qualquer maneira. Naquele momento eu senti dentro de mim um amor como nunca havia sentido antes. Era como se eu já o conhecesse, como se eu já tivesse visto ele antes, mas talvez fosse pela extrema semelhança com o pai. Ele segurava um carriinho vermelho e uma pequena mochila azul e a diretora vinha atrás com uma mala um pouco maior, mas não muito maior do que a que ele tinha.

- Não vai cumprimentar sua nova familia, Yong? - a diretora disse e ele veio em pequenos passinhos até mim. Eu me agachei e fiquei do tamanho dele, o suficiente para que ele pudesse me abraçar e foi exatamente o que ele fez após chegar até mim.

- Olá, omma. - ele disse, me abraçando apertado. Naquele momento não me contive e a primeira lágrima caiu pelo meu rosto.

- Oh, meu pequeno Yong. Você é lindo! - eu disse, ainda abraçada a ele.

- Você também, omma! Você e esse moço! - ele disse se desvencilhando de mim e apontando para Jungkook. - Ele é meu appa?

Eu e Jungkook nos entreolhamos e Jungkook o pegou no colo e explicou:

- Vamos dizer que você tem dois appas! Eu e mais um que você vai conhecer em breve! Mas todos te amamos muito do mesmo jeito! - ele disse e depois deu um beijinho no pequeno Yong.

- E eu amo muito vocês, também! Mas estou com fome! - o pequeno disse, fazendo todos rirem.

- Já vamos comer, meu amor! - eu disse, me aproximando do pequeno, que quis pular para o meu colo.

- Então vamos, omma! Minha barriga ronca. - ele disse e rimos novamente. 

- Acho que ele não poderia ser mais parecido comigo e com você, Kookie. - eu disse, olhando para Jungkook, que olhava admirado para Yong.

Pegamos as coisas de Yong, os documentos de tutela e testamento e seguimos para minha casa. Ou melhor, seguimos para nossa casa. A partir de hoje eu não morava mais sozinha e com certeza não poderia ter companhias melhores: meu amor Jeon Jungkook e o meu pequeno Kwon Yong.

É isso que chamamos de família? Ou felicidade?

Se sim, então a minha estava completa, ou ao menos começando.

 

 


Notas Finais


Aguardem mais emoções nos próximos capítulos, estamos somente começando. ;)


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