Às vezes eu choro
Às vezes eu morro por você
Às vezes eu tento
Às vezes eu minto para você
Eu não sei porque, mas eu daria minha vida por você
I Die for You - Capitulo Quinze
A partir desse capítulo, a escritora irá contar a história.
– Está tudo bem com você? – Youngjae se sentou na poltrona ao lado da Senhora Wang e colocou sua mão em cima da dela.
– Sim Youngjae. – sorriu fraco e entrelaçou seus dedos. – Eu só tenho medo de avião.
Youngjae assentiu e ela colocou sua cabeça no ombro do moreno. Suspirou fundo e fechou os olhos. A verdade é que a Wang não estava com medo de andar de avião. Ela só estava pensando na mensagem que ela havia recebido na semana passada, no mesmo dia em que ela vira o homem ruivo falando sobre seu sequestro.
Ela não queria preocupar Jackson e nem mesmo Youngjae. Havia aceitado a proposta da viagem por medo. Sim, por medo. Ela certamente gostava da companhia de Youngjae, mas esse não foi o motivo pela qual ela aceitou viajar com ele.
No dia seguinte em que ela foi ao mercado e ouviu o ruivo falando com Alysha pelo celular, recebeu uma mensagem anônima, dizendo para que ela tomasse cuidado. Ela sabia bem de quem era a mensagem, mas não quis se arriscar
– Essa viagem vai ser ótima. – Youngjae beijou-lhe a cabeça e acariciou seu braço.
– Eu quero esquecer todos meus problemas Youngjae. – uma lágrima escorreu de seu rosto. Ela levantou a cabeça e o encarou. – Eu tenho medo.
– Medo de que? – colocou suas mãos pálidas no rosto da jovem.
– De tudo. – limpou sua bochecha. – Por favor, me faça esquecer de tudo.
Youngjae a puxou para seu abraço e a confortou. Acariciou seu braço e sussurrou:
– Eu irei te proteger de tudo.
Mal sabia ele que quem precisaria de ajuda seria ele mesmo.
– Aqui é lindo Youngjae. – o bellboy deixou as malas no quarto e a Wang entregou algumas moedas para ele. O mesmo agradeceu e fechou a porta do apartamento.
– Eu tenho bom gosto. – ela riu e ele a acompanhou.
– Tenho que admitir que tem mesmo. – caminhou até o mesmo e o abraçou. Levantou a cabeça e beijou os lábios do moreno. – Até porque não é? – se desvencilhou e deu uma rodadinha. – Olha com quem você está agora.
Youngjae riu e deu um selinho rápido nos lábios da Wang.
– Você é mesmo muito engraçada. Mas – foi andando até o sofá da sala e se deitou com ela por baixo. –, eu tenho muitos planos com você.
– É mesmo? – abraçou o pescoço do moreno e sorriu. – E quais são eles?
– Quero te curtir muito nesse mês. – acariciou seu rosto. – Eu já disse que você é linda?
– Acho que não. – ela sorriu.
– Sabia que você é a mulher mais linda que eu já conheci?
– Não exagera Youngjae…
– Não to exagerando. To falando muitíssimo sério. – sorriu e a beijou. – Quer ir pra praia?
– Praia? – ele assentiu. – Pode ser. Por que não?
Youngjae sorriu e se levantou, puxando a garota para si.
– Vamos se arrumar então.
– Ai Youngjae! – a Senhora Wang riu e empurrou o garoto para longe de si. – Youngjae, eu estou me bronzeando! E você ta todo molhado e a água tá fria! – gritou. – Para Youngjae! – riu e o moreno a pegou no colo. A mesma esperneou e tentou se soltar, mas o psicólogo era forte e conseguiu a manter no colo. Entrou no mar junto com ela, gritando e xingando o mesmo. – Seu idiota! – riu e jogou o cabelo molhado para trás, batendo no braço do mesmo.
– Ai! – riu e esfregou o braço. – Que graça tem de você vir pra praia e não aproveitar a água?
– Chato. – reparou que o moreno olhava para seus peitos cobertos e deu-lhe outro tapa em seu braço. – Tá olhando o que?! – riu. – Tarado!
– É que seus peitos são lindos. – se aproximou e a garota podia jurar que não sentia mais o ar dentro de si. – Com o biquíni assim – acariciou o peito esquerdo de leve. –, é lindo. Muito lindo mesmo. Mas sabe – colocou a mão nas amarras. –, sei ele são ainda mais lindos.
Ela retirou a mão do psicólogo antes que ele retirasse a peça.
– Que foi? – franziu o cenho.
– É que alguém pode nos ver e… Eu tenho vergonha. – abaixou a cabeça.
– Mas seus peitos são lindos. Se eu tivesse peitos lindos como os seus eu só andaria sem blusa e sem sutiã na rua. – ela riu e ele a acompanhou. – Mas assim, se você não quiser que eu mexa no peito… – levou seus dedos até a calcinha do biquíni e ali esfregou.
– Isso é golpe baixo… – chegou mais perto do moreno e encostou a cabeça em seu peito. Youngjae colocou os dedos dentro da calcinha e esfregou apenas seu polegar. – Por que a gente não vai pra areia? Tem uma toalha e… – suspirou. – A gente pode se enrolar, aproveitar que não tem ninguém aqui ainda.
– Por mim tudo bem. – sorriu e retirou seus dedos de dentro da calcinha. Puxou a garota para fora da água e caminharam até a tendinha. Youngjae se sentou e puxou a garota para seu colo. A Senhora Wang entrelaçou seus braços no pescoço do mais velho e ele a puxou ainda mais para si. Ela conseguia sentir seu pênis já duro e abafou um gemido entre o beijo.
– Você me deixa louco garota. – mordeu o lábio inferior e deu alguns selinhos no pescoço da mais nova. – Eu queria fugir com você e nunca mais voltarmos a nenhum lugar. Só nós dois. Sozinhos. – sorriu e a beijou novamente.
Por um momento a Wang se sentiu culpada. Culpada por ter aceitado viajar com Youngjae. Mesmo que gostasse de tê-lo junto a si, ela aceitou por medo. Medo do que aconteceria. Medo do garoto ruivo, de Alysha, de Ricky… Podiam chamá-la de louca por ter aceitado viajar com um estranho. E mesmo com as palavras de Jackson, julgando o psicólogo, ela confiava mais nele do que em si mesma. Ela confiava em Youngjae, e junto com ele, ela estaria livre. Em segurança.
– O que aconteceu? – Youngjae parou o beijo.
– Por quê? O que eu fiz?
– Sei lá. Parece que não ta curtindo. – segurou em sua cintura. – Não ta me correspondendo.
– Eu só tô um pouco preocupada…
– Com o que?
– Youngjae e se… E se alguém chegar?
– Você quer voltar pro hotel? – ela assentiu. – Por mim tudo bem. – sorriu fofo. – Tudo o que você quiser.
Se levantaram e arrumaram as coisas.
– Eu tô adorando ficar com você. – Youngjae acacaricia mão da mais nova. – Nunca tive oportunidade de viajar com uma pessoa.
– Você nunca viajou com sua ex? – ele negou. – Por quê?
– Ela não tinha tempo para mim. – olhou para a garota e fitou a areia.
– Como assim ela não tinha tempo para você?
– Lembra que eu te contei sobre o TOC? – assentiu. – Então… – suspirou. – Ela passava o dia todo trabalhando. Pelo menos era o que ela me dizia. Mandei uma mensagem pra ela falando que queria fazer uma viagem e no mesmo dia, quando chego em casa, vi ela e o irmão transando no sofá da sala.
– Espera, o seu irmão?
– O irmão dela.
A garota ficou boquiaberta.
– Meu deus isso é… Problemático não é? Nada contra, mas te trair…
– Isso foi a seis anos atrás. Nunca mais me relacionei com mulher nenhuma.
– Nem pra transar?
– Ah, pra transar sim. – riu. – Mas eu nunca tive um amor.
– E… – ela parou e ele ficou em sua frente. Estava ventando, deixando os cabelos da Senhora Wang voar, e Youngjae achava isso muito sexy. – Eu sou seu amor?! – levantou a cabeça para olhá-lo.
Youngjae assentiu. A mulher sentiu como se seu coração estivesse derretendo por dentro de si. Sorriu.
– Sim. – ele respondeu. – Eu sei que é estranho dizer isso, mas… Eu me apeguei muito à você.
A garota colocou a cesta no chão e pegou as mãos de Youngjae, entrelaçando-as.
– Eu também me apeguei muito à você Youngjae. – beijou suas mãos. – Obrigada.
O psicólogo sorriu e deu um passo. Se soltou das mãos da garota e rodeou sua cintura.
Ficaram alguns minutos se olhando. Seus lábios se encostaram e roçaram os narizes.
– Eu adoro sua companhia Youngjae.
– Eu também adoro.
– Ah, que comovente. É uma pena eu ter que acabar com essa festa.
Senhora Wang se arrepiou dos pés a cabeça e arregalou os olhos. Ela conhecia essa voz. Empurrou Youngjae de leve e se virou. O ar de seus pulmões se esvaziaram.
– Ricky? – foi a única coisa que conseguiu dizer.
Ele estava de terno. Logo atrás dele havia um carro preto e dois caras com armas em mão. Seu coração pesou e ela olhou para Youngjae, que também estava sem entender nada.
– Ora, se não é minha norinha querida. – olhou para Youngjae e levantou uma sobrancelha. – Ou deveria dizer ex nora?
– O que você quer Ricky? – ela cerrou os dentes.
– Vou te levar para casa como refém. Vamos logo, tenho outros assuntos para tratar.
– O quê? Eu não vou a lugar algum com você, seu porco imundo!
– Calma… – Youngjae colocou a mão em seu ombro. – Eles podem atirar em você.
– O rapaz tem razão. Vamos logo.
– Não! – gritou. – Não vou me separar de Youngjae! – abraçou o rapaz.
Os homens de preto apontaram suas armas e Youngjae apertou ainda mais a Wang em seus braços. Uma lágrima escorreu do rosto da menina. Suas pernas tremiam.
– Olha, vamos fazer um trato. Se você vier, não atiramos no rapaz. Se você não vier, vamos te levar a força de qualquer jeito, e ainda mataremos o… Young alguma coisa.
– Youngjae. – o psicólogo corrigiu.
– Isso mesmo. – sorriu. – Temos um trato?
A garota ponderou por um minuto. Olhou para Youngjae e em seguida para Ricky. O moreno negou com a cabeça.
– Você não está pensando nessa hipótese, não é? – o moreno perguntou. – Não é?! – gritou.
– Youngjae, se essa é a única maneira de te deixar vivo… Eu tenho que ir...
– Não! Eu prefiro morrer do que…
– Youngjae, vamos nos encontrar mais vezes. – ela sussurrou. – Ele só quer um acordo com Jackson. Eu sei que ele vai entregar o que o pai tá pedindo. E então, a gente pode ficar juntos. Não se preocupa!
Ela se soltou do moreno e foi em direção ao sogro. Ele sorriu e colocou uma mão em sua cintura, que ela mesma fez questão de retirar.
– A propósito, como sabia que eu estava aqui Ricky?
– Tenho meus contatos. – ele ficou calado por uns segundos. – Jackson.
– Eu não acredito que ele…
– Vamos, entre no carro. Alguém algema ela pra mim. Vamos voltar pra onde ela nunca devia ter saído.
– Mas…
– Você é uma refém. Se esqueceu?
Ela não contestou. Amarram suas mãos e a enfiaram na parte de trás do carro.
– Agora podem matar o rapaz. – Ricky sorriu e os homens apontaram a arma para Youngjae. A garota saiu como um raio do carro e empurrou um dos atiradores.
– Youngjae, corre! – ela gritou, mas Youngjae estava em choque.
Ela ouviu o barulho do gatilho e sua boca secou. Gritou mais uma vez, mas era como se Youngjae não ouvisse nada. Ele ficou lá, parado.
– Entre logo no carro. – Ricky segurou a garota que tentava soltar as amarras que ele estava amarrando em seus pés.
– Tínhamos um trato seu porco! – gritou. – Cumpra-o!
– Cale a boca! – deu um tapa em seu rosto. Ela ouviu o barulho do tiro. Empurrou Ricky e olhou para o corpo de Youngjae. Um tiro certeiro no peito.
Ela gritou, chorou e esperneou. Mas nada adiantava mais.
Youngjae havia morrido por sua culpa. E ela não podia fazer mais nada além de gritar para que ele voltasse.
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