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História Side by Side - Capitulo 30


Escrita por: Booh_Santos

Notas do Autor


Espero que gostem. Vou postar a segunda temporada aqui mesmo. Semana que vem gente.. Terça feira!
Espero que gostem do ultimo capitulo da temporada, que eu escrevi e apaguei duas vezes! haha
Enjoy

Capítulo 30 - Capitulo 30


– Tem certeza que você precisa ir mãe? – Maxon perguntou.

– Sim, eu preciso filho. Ficar aqui, são lembranças demais – ela respondeu, acariciando seu rosto.

– Eu sei. Mas são tantas mudanças – ele disse, a abraçando.

– Eu não vou para sempre filho. Só algumas semanas, ou meses. Eu volto para cuidar do meu neto – ela disse, piscando para mim.

– Para quem eu vou tocar durante o dia? – perguntei, a abraçando.

Amberly riu e me abraçou de volta. Aspen levou as malas dela para o carro e a acompanhamos até lá. Ficamos assistindo o carro sair do castelo e o portão se fechar novamente.

– Você vai trabalhar agora? – perguntei, quando Maxon me abraçou.

– Queria poder tirar folga. Mas agora não tenho esse direito – ele respondeu, beijando minha cabeça.

– Entendo. Mas vai ficar bem?

– Claro que vou.

– Podemos dar um passeio pelo jardim antes?

Maxon assentiu e estendeu o braço para mim. Começamos a caminhar, a principio em silencio. Mas logo tive que interromper.

– Max, quanto ao que a sua mãe disse.. – falei.

– O que ela disse? – ele perguntou, beijando minha mão.

– De netos e encher o palácio.

Maxon riu e voltamos a andar.

– America. Acontecerá no tempo certo.

– Eu não quero.

– Não quer? – ele perguntou, parando repentinamente.

– Quero. Mas não agora.

– E por quê? Estamos a meses tentando.

– Porque você acabou de assumir ao trono, e mal tem tempo para você.

– Eu arrumo tempo para vocês.

– Illéa precisa de você agora.

– America..

– Não Maxon – eu o interrompi – Não posso fazer isso sozinha.

– Você não iria ficar sozinha querida.

– Claro que iria! E não poderia fazer nada para mudar. Você é o rei agora, está se ajustando ao cargo ainda. Não precisa de mais distrações.

Ficamos nos olhando, em silencio. Maxon estava com o cenho franzido. Mas não vou voltar atrás na minha decisão. Não seria saudável para nós ter um filho agora, mesmo que eu queira. Ele assentiu, beijou minha testa e voltou para dentro do castelo, me deixando sozinha. Fiquei parara, assistindo Maxon sumir e sentei no meu banco de pedra.

Ouvi alguém se aproximando, mas sabia que não era Maxon. Aspen sentou do meu lado, e ficou olhando para o bosque, assim como eu.

– Brigaram outra vez? – ele perguntou.

– Porque você acha isso?

– Porque Maxon passou por mim bufando. E quando eu perguntei o que aconteceu, ele grunhiu um me deixa e se trancou no escritório.

Ri sem humor e alisei o vestido.

– Eu disse para ele que não quero ter filhos agora – eu disse, finalmente olhando para Aspen.

– Porque não quer? – ele perguntou.

– Maxon acabou de virar rei. Mal tem tempo para dormir. Acha mesmo que uma criança seria saudável para o nosso casamento?

– Concordo plenamente.

– Mas Maxon é um teimoso, e quando é contrariado, faz esse drama. Pois eu não vou atrás dele para pedir desculpas por pensar em nós. Não quero que meu casamento fracasse antes de completar um ano.

– Você sabe como ele é. Logo volta, todo arrependido por ter te deixado para trás.

– Eu sei.

Aspen sorriu e voltou a olhar para o bosque.

– Nicoletta está noiva – eu disse.

Aspen ficou imóvel alguns segundos, mas depois sorriu de lado.

– Imaginava que aconteceria em breve – ele disse.

– Tudo bem?

– Somos amigos – ele disse, me olhando – deixamos tudo bem claro quando nos vimos pela ultima vez.

– Então eu posso chama-la para me visitar? E ela pode vir acompanhada do noivo dela?

– Claro. A visita é sua.

– Não. Aqui é sua casa. Somos amigos. Você tem direito de dizer o que acha.

– Eu gosto muito da Lucy – ele disse, sem jeito – mesmo que esteja indo devagar.

– Ela gosta de você.

– Eu sei. Como não gostar?

– Nossa! – exclamei, rindo – que presunçoso!

– Mas não é verdade? – Aspen perguntou, levantando e estendendo o braço para mim.

– Como eu poderia negar? – perguntei, levantando e colocando minha mão em seu braço.

Caminhamos conversando a respeito das qualidade de Aspen. Na verdade, ele falava e eu ria. Ele me levou até meu novo quarto e foi para o escritório. Os funcionários ainda trabalhavam na remoção dos móveis. Quando eu entrei, todos fizeram uma reverencia e voltaram ao trabalho. Passei o dia inspecionando o trabalho deles. Foi bom, para me ocupar e tirar os problemas da cabeça.

No fim do dia, tomei banho e fiquei deitada lendo. Maxon entrou afrouxando a gravata e se jogou do meu lado na cama. Fechei o livro e fiquei olhando para ele. Parecia ter envelhecido alguns anos e estava com uma aparência muito cansada. Acariciei seus cabelos delicadamente. Maxon suspirou e abriu os olhos.

– Me desculpe, você tem toda a razão – ele disse.

– Tenho é? – perguntei.

– Tem. Eu passei o dia querendo sair do escritório para concertar as coisas contigo e não podia. O tempo pareceu passar mais devagar por isso. Imagina se você estivesse grávida? Você precisaria de mim e eu não iria. Agora eu percebo. Você tem toda a razão ao dizer que não podemos ter agora.

– Obrigada.

– Me perdoa? – ele perguntou, apoiando a cabeça na mão e virando de lado.

– Eu sempre te perdoo querido.

Maxon riu e rolou para cima de mim.

[...]

Já tinham se passado dois meses, desde que o rei Clarkson morreu. Amberly foi embora e semana seguinte e nós mudamos de vez para os aposentos do rei e rainha. O quarto é ainda maior do que o nosso. Maxon o reformou por completo, trocando o papel de parede, os móveis, o piso. Agora o piso era de mármore preto e as paredes azuis escuras. Os móveis pretos, tendo cama, uma grande mesa, estantes repletas de livros e seu painel de fotos. O closet também era maior e o banheiro era quase do tamanho do meu antigo quarto. Diferente dos aposentos do príncipe e princesa, o banheiro dos dois é junto, com uma porta de cada lado. Meu novo quarto é praticamente o oposto do de Maxon. Enquanto o quarto dele é mármore preto, o meu é branco. Suas paredes são azuis escuras, e o meu é azul claro. Ambas as camas são imensas, ainda maiores que as antigas. Meu quarto tem uma penteadeira enorme ao lado do closet, que é absurdamente grande. Tem varias estantes com livros que eu já li e mais alguns parecidos. Uma mesa de estudo e uma mini sala de estar, com sofás brancos de veludo, uma mesinha de centro de vidro e meu piano de cauda branco.

Maxon aos poucos estava voltando ao seu jeito brincalhão de sempre. Mesmo que ele às vezes chegue mau-humorado do escritório, quando começo a tocar e ele começa a contar seu dia, tudo se acalma e fica bem. Nossa rotina é bem pesada, mas até agora, estamos dando conta muito bem. Maxon está finalmente tendo liberdade de pôr seus projetos em pratica. Ele e Aspen formam uma dupla e tanto.

[...]

Estávamos no salão das mulheres, minhas damas e eu, lendo muitas das cartas que recebíamos. Alguns súditos pedindo coisas, brigas entre diplomatas por terras. Eu servia de filtro para o Maxon. Eu lia as cartas e separava o que ele receberia e o que eu resolveria.

– Estou cansada – eu disse para minhas damas.

– Cansada de que? – Anne perguntou.

– Disso – eu disse, jogando as muitas cartas que estavam na nossa mesa para cima.

Elas riram. Lucy pegou uma carta no ar e abriu.

– Esse está abrindo uma petição por causa de uma briga com o vizinho – ela disse, depois de ler.

– E porque estão brigando? – Mary perguntou.

– Porque, de acordo com ele, o vizinho aparou os arbustos da casa com formas estranhas e assustam as cabras dele – ela disse, dando risadinhas.

– E é função do rei, cortar as árvores do homem? – Anne perguntou.

Nos quatro rimos e pegamos outra carta. Era um pedido mais estranho que o outro. Um país tão grande, onde todos enviam cartas. Algumas de elogios, outras de criticas, outras com pedidos loucos.

Depois de algumas horas, eu já tinha lido boa parte das castas com a ajuda das meninas, tinha escrito para a May perguntando do príncipe da Alemanha e mandado uma carta para Nicoletta. Maxon chegou atrasado ao jantar e logo voltou para o escritório.

Fui para o quarto dormir, sem me importar com a rotina pesada de Maxon. Ele já fez isso antes. Quando está determinado em um projeto, fica até tarde lá com Aspen. Acordei com Maxon me chamando. Abri os olhos e ele estava de joelhos ao meu lado, quicando igual criança. Olhei para o relógio.

– Quatro da manhã? O que aconteceu? – perguntei, sentando devagar.

– Lembra aquele probleminha dos ataques rebeldes os vilarejos? – Maxon disse, rápido demais – Então. Aspen e eu tivemos ideias. Muitas ideias. Temos planos. Muitos planos. Quer ouvir? Quer? Quer ouvir?

– Agora?

– Sim! Porque não? Eu estou acordado, você esta acordada? Porque não conversamos e depois namoramos? Opa America! Vem, levante! Vamos conversar na varanda!

Maxon está hiperativo. O que esta acontecendo. Ele levantou em um pulo e me pegou no colo. Me agarrei nele, não tendo reflexo o suficiente para evitar que ele me levasse apressado para a varanda.

– Maxon, o que você tomou?

– Café! – ele gritou.

– Quanto? Cinco litros?

– Ah! Um copo ou sete! Vamos!

Ele me colocou sentada no para peito e me abraçou. Me enrosquei nele com medo de cair.

– Aspen e eu decidimos saber o motivo desses ataques de perto – ele disse, rápido.

– Como assim?

– Aspen vai se infiltrar em um dos vilarejos. Nós mapeamos os ataques e sabemos onde será o próximo.

– É seguro? – perguntei, coçando os olhos.

– Não sabemos. Mas Aspen esta animado!

– Ele tomou café?

– Sim! Nós tomamos. Café! Muito café!

– Porque não falamos disso amanha a tarde? – sugeri – vamos dormir?

– Não estou com sono! Vamos fazer algo mais divertido!

– Maxon..

Ele ignorou e me puxou para o colo dele, me levando apressado de volta para o quarto. Me jogou na cama e tirou a gravata apressado, atacando os botões da blusa. Acabei caindo de mal jeito e comecei a sentir dor no pulso.

– Maxon.. Acho que me machuquei.

– Onde? – ele perguntou, deitando sobre mim e beijando desde minha orelha até o ombro.

– Hmm não. É serio!

Nem eu estava acreditando em mim. Minha voz estava saindo falhada e logo eu desisti de resistir e o beijei. Quanto tentei tirar a blusa, a dor me lembrou da queda e eu reclamei novamente, apertando o pulso. Maxon ajoelhou e pegou minha mão.

– Está doendo muito? – ele perguntou, dando beijinhos leves ali.

– Sim.

– Vamos ao hospital.

– Agora?

– Sim. Agora.

Ele levantou e me pegou no colo novamente.

– Maxon, eu machuquei o pulso, consigo andar – reclamei.

– Eu sei. Mas eu quero te levar no colo.

Quando entramos na ala hospitalar, logo fomos cercados por médicos, que perguntavam o que tinha acontecido. Para meu constrangimento, Maxon contou com todas as letras o que estávamos fazendo. No fim das contas, acabei precisando imobilizar o pulso. Voltamos para o quarto e Maxon apagou. O efeito do café acabou e ele mal bateu na cama e já estava dormindo.

[...]

– Agora que estamos todos bem, vamos falar do plano suicida do Aspen de sair do castelo – eu disse.

Estávamos no escritório, apenas Maxon, Aspen eu e minhas damas.

– Muito bem – Aspen disse – aqui está o mapa que fizemos.

Ele abriu um mapa de Illéa na mesa de reunião e ficamos em pé em volta. Eles envolveram alguns vilarejos, alguns desses envolvidos tinham um “X” e ligaram eles com setas. Eu não estava entendendo muita coisa.

– Os com “X” são os atacados. As setas são as direções em que os ataques aconteceram – Maxon explicou.

Me aproximei devagar, assim como Anne, Mary e Lucy.

– Estão em sentido anti horário – Anne disse.

– E esses que estão só envolvidos? – Mary perguntou.

– São os que acreditamos serem os próximos – Aspen disse – Olha, eles estão seguindo um padrão.

– Estão atacando as menores – eu disse.

– Não só isso. Eles estão pegando as que tem maior numero de Castas baixas – Maxon disse.

– Então os ataques são isso? - Mary perguntou – contra as Castas?

– Acreditamos que sim – Aspen disse – Por isso pretendo ir até lá.

– Eles não são idiotas. Vão perceber que um guarda real está ali – Eu disse.

– Esse é o grande impasse – Maxon disse – Não sabemos como solucionar esse problema.

– Eu sei – Lucy finalmente se manifestou.

Todos olhamos para ela, que estava levemente corada.

– Ele precisa de uma história. E eu sei uma que pode dar certo. Uma prima minha fugiu de casa uma vez, por ser de casta maior que o homem que ela amava. Os meus tios eram contra o casamento dele. Eles fugiram para casar.

– Quem desconfiaria de um casal apaixonado, que foi prejudicado pelas Castas? – conclui – Lucy! Você é um gênio!

Ela sorriu e corou. Olhei para Aspen, e ele sorria para ela.

– Você iria comigo Lucy? – Aspen perguntou.

– Iria – ela disse, bem baixinho.

– Ótimo! – Maxon exclamou – então meninas, esquematizem tudo para a saída deles. Vejam comida, roupas e essas coisas. Mas não exagerem, eles são fugitivos, não um casal em mudança. Nós veremos a forma de trajeto e locomoção.

Assentimos e corremos para o quarto das meninas. Pegamos cinco vestidos confortáveis, e algumas outras coisas básicas. Anne correu para a cozinha e preparou uma cesta de lanches para uma semana. Eu peguei algumas das minhas joias mais simples e entreguei a Lucy.

– Sua herança de família – eu disse, quando ela abriu a bolsa de veludo onde eu tinha guardado as joias.

– Meri, não! – ela disse, corando.

– Vocês podem precisar! Eu peguei as mais simples, para não desconfiarem quando vocês venderem.

Nos fim dos dia, estava tudo pronto. As pequenas malas deles estavam dentro da pequena carruagem que Maxon e Aspen arrumaram. Era bem simples.

– Vocês nos mantenham atualizados. Escrevam cartas – eu disse.

– Mas não seria estranho mandarmos cartas para o castelo? – Lucy perguntou.

– Mandem para esse endereço – Maxon disse, entregando um papel para Aspen.

– De quem é? – perguntei.

– Minha mãe. Eu já mandei uma carta para ela.

– Quando? – perguntei novamente.

– Hoje cedo. Ela vai receber em breve e encaminhar para nós. Escrevam que é para Adele.

– Ótimo – Aspen disse- Melhor irmos indo então.

Lucy correu e me abraçou. Mary e Anne se juntaram ao abraço. Aspen me abraçou e apertou a mão de Maxon, mas Maxon o puxou para um abraço rápido. Depois de toda a despedida, eles entraram na carruagem e partiram. Ficamos todos olhando até os portões se fecharem. Maxon sussurrou “Boa sorte amigo” e me envolveu com um braço.


Notas Finais


E uma nova fase começa.
Curtiram?
Até semana que vem!
Bjoooos :3


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