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História Side by Side - Temporada 02 - Capitulo 08


Escrita por: Booh_Santos

Notas do Autor


Ainda roubando a internet da facul.. hahaha
Espero que gostem
Enjoy.

Capítulo 38 - Temporada 02 - Capitulo 08


POV Maxon

O dia estava finalmente chegando ao fim. Aquele dia horrível, que só me deu dor de cabeça. Nunca tínhamos sido atacados antes. Devo estar fazendo algo errado.

Estava em meu escritório, vendo os últimos detalhes da volta dos convidados, quando August chegou. Aspen levantou, levando consigo os papeis e August sentou de frente para mim, onde antes Aspen estava.

– Muito bem August, porque eu deveria acreditar em você? - perguntei.

– Primeiro, porque eu alertei dos sulistas. Aspen passou tempo comigo o suficiente para ver que somos pacíficos.

– Mas enquanto você estava lá - perguntei a Aspen - os sulistas atacaram?

– Não - Aspen respondeu, sério.

– Certo. Ficou mal isso. Mas eu sou o líder dos nortistas - August disse - como eu poderia ter feito um ataque e defendido vocês?

– Jogo de aparências - respondi - para conquistar minha confiança.

– Okay. Faz sentido - ele disse, coçando a cabeça.

– America diz que eu deveria confiar em você – disse.

– Vossa majestade é sabia – ele disse, sorrindo.

– Porque? Porque ela caiu no seu papo?

– Não. Mas porque a rainha não ouve o lado racional, ela deixa isso para o rei. Ela ouve o lado emocional.

– Muito bem – eu disse, dando de ombros – tenho muito para resolver agora. Pode se retirar.

August olhou para Aspen, depois para mim e se levantou. Fez uma reverencia e saiu. Aspen sentou ao meu lado.

– Você sabe que pode confiar nele, não é? – ele perguntou.

– Não cem por cento, mas estou muito inclinado a deixar. America disse que devo manter os amigos próximos e os inimigos mais próximo ainda.

– Ótima estratégia, se ele for amigo já está conosco, se não for..

– Teremos ele debaixo de nossos narizes.

– Então eu devo chama-lo? – Aspen perguntou.

– Ainda não. Deixe-o pensar. Então está tudo certo para a partida deles?

– Praticamente. Seria melhor se eles não fossem imediatamente. Ainda não sabemos onde os rebeldes que sobraram estão escondidos.

– Por onde eles entraram? – perguntei.

– Não tenho ideia. Os muros são muito altos para terem entrado tão facilmente. Suspeito de que tenham feito alguma brecha nele, só não sei onde.

– Faça duas equipes de guardas, pegue os mais velozes e os mande pela floresta em busca de brechas no muro, ou tuneis.

– Quantos homens em cada equipe?

– Quantos você sugere?

Alguém bateu a porta. America colocou a cabeça para dentro e eu assenti para ela.

– Eu ainda não sei quantos homens perdemos hoje – Aspen prosseguiu - Mandei Tanner e Avery averiguarem.

– Então se reúna com eles, organize as equipes da forma que achar melhor e depois conversamos.

Aspen assentiu e sorriu de lado para a America.

– Anne cuidou do ferimento? – ela perguntou.

Aspen tocou o curativo em sua sobrancelha, franzindo o cenho.

– Levei três pontos – ele disse – Mas quase não dói mais, por causa de um remédio mágico que ela passou.

America assentiu, forçando um sorriso. Ela se aproximou enquanto ele saía.

– Você não está bem – eu disse.

– Estou me sentindo mal – ela admitiu, sentando em minha perna.

– Enjoada de novo? – perguntei, apreensivo.

– Não. Estou me sentindo mal pelo acontecido.

– Como eles estão? – perguntei.

– Todos parecem apreensivos, como se esperassem outro ataque a qualquer momento.

– Eu também estou assim – disse, suspirando.

Ela me abraçou, se acomodando mais em meu colo.

– Falou com August? – perguntou.

– Falei. Mas ainda não dei respostas concretas.

– Eu acho que ele deveria ficar. Acredito nele.

– Eu sei. Estou considerando isso. Mas fazer certo mistério será bom.

– Talvez ele se sinta ofendido pela desconfiança.

– Duvido. August parece ser um cara inteligente. Ele sabe que eu tenho muito a avaliar antes de uma decisão.

– Tem razão.

Ficamos em silencio. America olhava para o nada, acariciando meus cabelos mecanicamente. Algo esta a deixando preocupada, eu sei disso.

– Não é só isso America – eu disse – fale comigo.

– E se eles atacarem novamente? – ela perguntou – e se pegarem alguém?

– Não vou deixar acontecer. Aspen e eu estamos cuidando de tudo.

Alguém bateu a porta e America levantou. Pedi para que entrasse e foi Kota quem abriu a porta. Logo depois dele entraram Nicoletta e Carter.

– Como andam as coisas? – Carter perguntou.

– Estamos providenciando a volta de vocês – respondi – mas Aspen ainda não localizou os rebeldes, por isso achou prudente aguardar um pouco.

– Não estamos com pressa – Kota disse.

– Você e Nicoletta talvez não – eu disse – mas Carter já é rei, não pode se ausentar assim. Ainda mais com seu herdeiro.

– Deixei meu homem de confiança tomando conta – Carter disse – e eu já pedi para deixar de se preocupar com o Kyle, ele nem se lembrará disso.

– Queremos ajudar – Nicoletta disse.

– Não sei.. – ponderei.

– Como não sabe? Somos aliados agora! – Kota reclamou – não tem opção.

Carter se aproximou da mesa e puxou a cadeira para Nicoletta. Ela sentou no meio, de frente para mim. Kota a sua direita e Carter a sua esquerda.

– Não é melhor ir para a mesa de reunião? – America perguntou.

– Não – Carter disse – prefiro assim. estamos mais juntos.

Aspen entrou, olhando para a prancheta em sua mão e se assustou ao ver minha mesa cheia.

– Resolveram fazer uma social? – ele perguntou, sorrindo.

– Mini reunião – Kota respondeu.

– Puxe uma cadeira – America disse, estendendo a mão para a mesa de reunião – e aproveite e trás uma para mim.

Aspen riu e trouxe duas cadeiras, colocando a da America a minha esquerda e a dele a direita. Ele colocou sua prancheta no centro da mesa, virado para mim.

– Estes são os números de perdas nossas – Aspen disse, apontando para uma fileira da tabela – e essa a deles.

– Tudo isso? – America perguntou, se inclinando.

– E foram muitos rebeldes – Kota disse – quantos mais ou menos existiam?

– Tanner disse que reduzimos o grupo na metade. Mas em grupos assim, não são todos os que vão. Normalmente existe sempre o grupo reserva. Eu acredito que na verdade tenhamos pego apenas um quarto deles, se formos otimistas. Podem existir muitos grupos reserva – Aspen respondeu.

– E por onde entraram? – Nicoletta perguntou.

– Os grupos de busca ainda não voltaram com os resultados – ele respondeu.

– Mas o que os rebeldes querem afinal? – Carter perguntou.

– Existem dois grupos – America respondeu – os nortistas e os sulistas. Quando Aspen saiu do palácio, ele se infiltrou nos nortistas. Eles são pacíficos, e batem de frente com os sulistas. Esses já não são tão amigáveis. Querem acabar com a monarquia.

– Os sulistas que invadiram? – Nicoletta perguntou.

– Sim. Eles queriam a nós. e se aproveitaram da presença de outros lideres de outros países para fazer um ataque em massa – respondi.

– Então se o ataque foi sulista, significa que o quartel deles são perto de Carolina – Kota disse.

– Eles são do sul – Aspen disse – Mas são nômades. Estão recrutando desde o sul, até aqui. Os nortistas começaram a fazer o mesmo, impedindo os ataques.

– Os nortistas estão do nosso lado, chamem eles – Carter pediu.

– Já temos o líder deles. Está no castelo – America disse.

– Esse deve ter sido outra motivação para o ataque – Kota disse.

– Assim que chegar em casa, mandarei seis tropas para Illéa – Nicoletta disse.

– Também farei isso – Carter disse.

– Tudo bem, ótima ideia – Kota falou – mas não acha que mandar homens para cá não parecerá que estamos deixando nossos países pouco guardados? Para vocês nem tanto, mas Carolina é fronteira de Illéa.

– Eles usarão uniforme de Illéa – Carter disse.

– E talvez, seja melhor Carolina manter seus guardas, até mesmo como reserva – Nicoletta disse.

– Mas do que adianta ter o castelo cheios de guarda? – America perguntou – rebeldes irão continuar aparecendo. Ficar matando só é pior.

– Temos que captura-los – Aspen disse – temos que descobrir quem é o líder e pegá-lo.

– Isso, meu amigo, eu não deixarei você fazer – falei, colocando a mão no ombro dele.

– Porque? Você precisa de mim lá fora!

– Está maluco ou o que? Precisamos de você aqui! – America reclamou.

– Acha mesmo que vai ser fácil se infiltrar num grupo rebelde extremista? E que eles serão bonzinhos como os nortistas? – perguntei.

– Eu dou conta – Aspen gritou.

– Sem discussão. Você é meu braço direito, preciso do meu braço direito – disse.

Quando Aspen ia retrucar, alguém bateu a porta. Pedi para que entrasse e foi Avery que apareceu.

– Desculpe interromper majestades – ele disse, ao fechar a porta – mas minha equipe encontrou algo.

– Me dê – Aspen pediu.

Ele leu rapidamente o relatório e olhou para mim.

– Diga – pedi.

– Encontraram uma pequena brecha na muralha.

– Onde? – America perguntou, olhando para Avery.

– Na parte mais densa da floresta – Avery respondeu – também haviam sinais de acampamento.

– Eles acamparam dentro dos limites? – perguntei, mal contendo a indignação.

Avery se encolheu, temendo pela minha reação. Levantei as mãos, num gesto de desculpas.

– Avery, chame alguns dos criados e comecem a reconstruir a muralha – Aspen pediu.

– Sim senhor – ele respondeu, virando para sair.

– Como eles conseguiram isso? – Nicoletta perguntou – além de quebrar aquela muralha toda, acampar aqui?

– Eles se aproveitaram do elemento surpresa – Kota disse.

– Ninguém esperava por isso – Carter completou – mas agora que eles perderam isso, e sem sucesso, ficará mais difícil.

– Vou descer e pedir para servirem o jantar – America disse, levantando.

– Algo leve – pedi.

Ela assentiu e começou a sair.

– Espere America – Nicoletta pediu – vou com você.

As duas deram os braços e saíram. Carter foi o primeiro a se levantar, Kota foi atrás dele, me deixando sozinho com Aspen novamente.

– Acredito que você e Nicoletta já estejam bem – disse.

– Na verdade, essa é a primeira vez que ficamos no mesmo ambiente – Aspen disse.

– Ainda sente algo por ela?

– Sempre sentirei um carinho muito grande por ela. Mas eu tenho certeza da minha escolha, não me arrependi.

– Fico feliz em saber disso – falei, dando um tapa em seu ombro – vamos?

Ele assentiu e andamos lado a lado até a sala de jantar. Os funcionários colocavam a mesa ainda, America e Nicoletta não estavam lá. Kota apareceu e se juntou a nós.

– Perdão pela demora majestades – uma funcionária disse – é que estamos um pouco desfalcados.

– Sem problemas, não precisa correr – eu disse – infelizmente perdemos alguns funcionários e guardas.

– Sim, é uma lástima – ela disse, fazendo uma reverencia e saindo.

Quando eles acabaram, sentamos e ficamos esperando os outros convidados. Carter e Marlee chegaram e sentaram. America chegou logo depois e sentou ao meu lado. Nicoletta e Oliver entraram sorrindo, pareciam estar curtindo alguma piada interna. Ouvi Aspen se aprumar perto e mim. Elise chegou, séria como sempre.

Quando todos estavam sentados, começamos a jantar, em silencio. Como America disse, todos pareciam apreensivos, esperando pelo pior a qualquer momento. Marlee e Carter foram os primeiros a subir. Nicoletta e Oliver foram logo em seguida. Kota falou algo no ouvido da irmã e levantou, estendendo a mão a Elise. Ela mal tinha tocado no prato, e parecia mais pálida que o normal.

Aspen ficou mais um pouco, mas acabou saindo. Os guardas sempre jantavam separados da família real, mesmo que eu já tivesse autorizado Aspen a sentar conosco, ele dizia que se sentia melhor comendo com seus amigos guardas. Dizia que era bom para mantê-lo perto e informado.

Quando só tinha eu e America na sala de jantar, eu percebi que ela também não tinha comido muito. Ela mudou todas as coisas de lugar em seu prato, mas não comeu muito. Fingi que não percebi e levantei. Ela olhou para mim, como se acordasse de seu mundo de imaginação e estendi a mão para ela. Subimos em silencio para o quarto dela.

As damas da America estavam sentadas no chão do quarto, conversando. Quando nos viram, levantaram num pulo.

– Lucy, pode nos preparar um banho? – ela pediu.

– Claro – Lucy respondeu, indo correndo para o banheiro.

– Anne, queria que você preparasse alguma coisa para eu dar de presente as meninas.

– O que tem em mente? – Anne perguntou.

– Não tenho ideia, mas Mary é bem criativa, pensem em algo.

– Tudo bem – Mary disse.

Lucy voltou e assentiu.

– Obrigada Lucy – America agradeceu – obrigada meninas. Já jantaram?

– Já, tem alguns minutos – Mary respondeu.

– Vamos descer, se precisar de algo – Anne disse.

– Obrigada – agradeci.

Elas saíram, fazendo reverencias ao fechar a porta. America rolou os olhos e me puxou para o banheiro. Ficamos esticados na banheira, America na minha frente, apoiada em meu peito. Acho que nunca ficamos tanto em silencio. Algo está muito errado.

– America querida, o que está acontecendo? – perguntei.

– O que? Nada – ela disse, brincando com a espuma.

– Você não comeu direito, está toda calada.

– Ah Maxon, com esse dia, tem como estar diferente?

– Tudo bem, você tem razão.

– Minhas pernas estão bambas ainda, acho que a ficha só caiu mesmo no final do dia.

– Entendo. Foi mesmo algo inusitado. Mas daremos um jeito.

– Nós sempre damos – ela disse, apoiando a cabeça em meu ombro.


Notas Finais


O legal do POV Maxon, é que eu gosto de mostrar o lado dele da história. Provavelmente o proximo será um POV Aspen, se preparem.. haha
Bjooos :3


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