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História Side by Side - VII -- Malfoy


Escrita por: unikols e DaianeSales

Notas do Autor


Então babies, eu acabei levando muito tempo pra att né?
Peço mil desculpas a vocês por isso.
Por que eu demorei tanto pra att?
Talvez vocês não saibam, mas a Daiane está sem PC, então, se eu atualizasse logo, vocês poderiam ficar uma infinidade de tempo sem capitulo novo, então, eu decidi esperar.
Ela ainda está sem PC, mas, tá conseguindo escrever os capitulos, então, eu tô aqui.
Sem mais delongas, boa leitura!!

Capítulo 7 - VII -- Malfoy


O maldito do Potter está ao meu lado.
Com tanto lugares no planeta pra ele estar, ele vem parar bem ao meu lado no St. Mungus.

Depois de algumas breves palavras trocadas, descobri que ele está aqui pela mesma razão que eu.
Acho que deve ser alguma doença nova, talvez alguma maldição feita por algum Comensal lançou em nós enquanto ainda trabalhávamos juntos.

O Curandeiro, um tal de Mason Cooper, veio nos atender.
Ele tem cara de ser meio retardado. Talvez seja um mestiço, mestiços costumam ser meio retardados, a exemplo disso, temos o Potter.
Prova disso é que ele só fez um monte de perguntas obvias e anotava numa prancheta.

Foi então que ele disse algo, muito idiota. Mas muito mesmo.
Ele pediu para que eu tocasse o Potter.
Olhei para o Potter com um sorriso um tanto diabólico.
Espero seriamente que o Potter sofra muito quando eu toca-lo.
O Cicatriz revirou os olhos e o Curandeiro pediu que nos apressássemos.

Levantei da cama e toquei o Potter.
Automaticamente, toda a dor e todo o resto que eu sentia desapareceram.
Como se fosse magia!
Uma forte sensação de leveza e bem estar invadiu meu corpo.

O curandeiro perguntou ao Potter se houvera alguma ardência durante o toque e ele respondera negativamente, soltando minha mãe logo em seguida, e levando consigo toda a sensação de bem estar que havia tido nos últimos minutos.

O Curandeiro perguntou se o Potter havia sentido alguma coisa qualquer coisa, e ele dissera que não, em seguida, me perguntou o mesmo, e eu dei a resposta mais óbvia de todas, é claro que eu menti.
Nem em um milhão de anos eu vou assumir o quão bom foi tocar a pele do Potter, mesmo que por pouco tempo.

Eu continuei a encarar o Potter, mas ele só desviou o olhar.
Então, alguém bateu na porta da enfermaria e deixaram-na entrar.
Era a Pansy, essa ridícula. Me pergunto o que ela veio fazer aqui.

— Ah, então você já acordou, não é? — Ela me olhava como se estivesse prestes a me lançar um Avada Kedrava. — Sabe a vontade que tenho de te azarar nesse momento?

Eu simplesmente dei de ombros, um sorriso cínico se formou nos meus lábios.

— Eu estava passando um pouco mal.

— Você vomitou em mim! — Pansy e sua terrível mania de gritar comigo, como se eu realmente tivesse feito algo errado.

— E você enfiou sua língua na minha boca no momento errado. Todos cometemos erros. — Dei de ombros.

Potter me olhava com um ar de choque, como se eu houvesse dito algo realmente horrível.

Pansy suspirou e veio até perto de mim, acho que desistiu de dar seu showzinho, e ficou me perguntando coisas idiotas.
Então, a Granger entrou na enfermaria derrubando tudo junto com os dois Weasleys mais jovens.

As duas garotas posicionaram-se uma de cada lado do Potter, e no instante em que pegaram em ambas as mãos do Cicatriz ele gritou feito uma garotinha.
Eu teria rido pra caralho, se uma sensação horrível não houvesse percorrido o meu corpo naquele mesmo instante.

O Curandeiro encarava Potter, com um olhar curioso.
A Granger estava preocupada.
Mason pediu que o Weasley o tocasse, e novamente, eu me senti um pouco mal, mas é claro, não demonstrei, quanto ao Potter, falou alguns palavrões.
Eu só acho, que ele deveria lavar essa boca suja dele com sabão.

Mason virou-se para mim e pediu para que Pansy me tocasse.
A garota se aproximou de mim toda sorridente para me dar um beijo no rosto.
Foi automático, o enjoo veio forte e eu não pude segurar o vomito, só que dessa vez, eu vomitei no chão da enfermaria, e não na Pansy.

— Por que você sempre vomita quando eu te beijo?! Mas que droga! — Pansy e seus gritinhos insuportáveis.

A Granger questionou a Mason se Potter e eu estávamos com o mesmo problema.
O Curandeiro confirmara e completara dizendo que era como se houvesse um laço invisível que nos ligava, fazendo com que tivéssemos uma completa aversão ao toque que não fosse um do outro.

Dentre todas as pessoas nesse maldito mundo, eu tinha que ficar ligado justamente ao Potter?
E que caralho de doença é essa que só afeta nós dois? Essa merda não faz o menor sentido.

Mason dissera que não há nada que ele possa fazer, já que ele não tem ideia do que se trata.
Pediu que evitássemos o toque de outras pessoas.
A menina Weasley surtou dizendo que não poderia ficar sem tocar seu precioso namorado.

A Granger questionou se o Curandeiro tinha alguma ideia do que se tratava, e ele dera uma resposta um tanto vaga.
E sugeriu algo, que confirmou totalmente a minha teoria de que ele era um tremendo idiota.
Ele quer que o Potter e eu fiquemos juntos.

Bem, eu prefiro morrer colocando minhas tripas pra fora do que eu ter que passar mais algum tempo com o Cicatriz.

Sai da enfermaria, com a Pansy na minha cola.

— Onde caralhos está a minha mãe? — Perguntei para Pansy.

— Ela está na ala de Feitiços Mal Sucedidos.

— Por que ela não foi me ver? Por que te mandou?

— Draco, ela está trabalhando!

— E por algum acaso o trabalho dela é mais importante do que o filho?

— Por que você sempre reclama de tudo?

— Por que você não cala essa boca?

— Foi você quem me perguntou!

Revirei os olhos e segui para a onde a Pansy disse que a mamãe estaria.

E vejam só! Ela estava lá cuidando de um garoto, um pouco mais novo que eu.

— Draco querido! — Ela falou vindo em minha direção, com os braços abertos.

— Não toca em mim! — Falei dando alguns passos atrás.

— Porque? O que houve? — Narcisa tinha um ar de ofendida. Até parece que ela se ofende com algo.

— O Curandeiro, aquele inútil, não deu solução nenhuma, e ainda me proibiu de tocar qualquer pessoa que não fosse o merda do Potter.

— E porque você está aqui e não com o Potter? — Às vezes eu acho que essa mulher tem algum tipo de retardo mental.  

— Olha, a ala dos loucos é logo ali, caso necessite. — Falei em tom irônico e Narcisa me deu um tapa no braço. — Ai! Eu disse para não me tocar!

— O único que está louco aqui é você! Sabemos muito bem o que há entre você e Harry.

— O que há entre você e Harry, Draco? — Pansy perguntou entrando no meio da discussão.

— O que caralhos você ainda está fazendo aqui?

— Draco, não seja tão rude com a garota! E fale baixo por favor! — Narcisa me deu outro tapa no braço.

Senti meu estomago começar a embrulhar.

— Merda. — Corri, mas não tive tempo o suficiente para encontrar um balde onde pudesse vomitar.

O chão do lugar ficara repleto de uma água esverdeada.
Já não havia mais comida para ser vomitada.

— Draco, querido, está bem?

— Eu disse para não me tocar. Que merda! — Passei as costas da mão na boca. — Eu vou para casa. Mande uma coruja ao Ministério. Se não for muito incomodo.

Sai de lá, a Pansy ainda na minha cola.
Fui até uma das lareiras e fui para casa.

Felizmente, Pansy não me seguiu.
Eu realmente preciso tirar aquela garota da minha vida.
Ela é uma completa idiota, não endente quando não é bem-vinda.
Vive se metendo em minha vida, e falando coisas idiotas.

Fui a cozinha e comi um pouco, antes de ir para meu quarto.
Deitei na cama e tentei dormir, mas a única coisa que vinham em minha mente eram as palavras do Curandeiro e de que Potter e eu deveríamos estar juntos.

Não consegui dormir. Narcisa chegou do trabalho, e foi até meu quarto, me deu uma poção qualquer, mas eu acabei colocando tudo para fora.
Não fui trabalhar no dia seguinte, e nem no que veio depois.
Mamãe fora ao Ministério, explicara minha situação ao Ministro.
Kingsley me deu algumas semanas de férias, para que me recuperasse.
Narcisa dissera que ele fizera o mesmo com o Potter.
Essa doença dos infernos está nos afetando, da mesma forma, ao mesmo tempo.

 

Embora a ideia fosse melhorar, eu só piorava.
Sentia como se estivesse próximo da morte.
Nunca me senti dessa forma.
Era como se mil Dementadores estivessem, pouco a pouco, sugando tudo de bom que havia em mim.

E isso era uma merda fodida do caralho.
Minha pele está tão transparente que é possível ver todas as veias do corpo.
Ando mais no St. Mungus do que um velho decrepito.
Narcisa sequer vai trabalhar, tenho tomado todo o seu tempo.
Dependo de enfermeiras e curandeiros para tudo e isso é horrível. Eu odeio depender de outras pessoas.

Meu corpo inteiro doí, é como se Atlas tivesse jogado o mundo em minhas costas e fosse dar um passeio, esquecendo de mim ali, com a porra do mundo nas costas.
Sinto calafrios a cada segundo. Um inferno de gelo é o que meu corpo se tornou.
Não consigo comer direito. Tudo que eu como faz meu estômago embrulhar e eu coloco pra fora.
Todos os Dementadores do universo parecem estar sugando a minha essência.
Uma escuridão profunda toma conta da minha alma, e a felicidade parece algo distante e impossível.

Aquele Curandeiro retardado, o tal do Mason, queria me colocar na mesma ala do Potter, mas eu o proibi. Ameacei azara-lo com as piores maldições existentes se o fizesse.

Aparentemente, o Potter está na mesma situação que eu.
Espero que ele esteja sofrendo, e muito.

Deitado na cama da enfermaria, não havia nada em que eu pensava que não fosse a dor que percorria todo o meu corpo. E o Potter.
Ah, o Potter. Volta e meia ele aparece em meus pensamentos.
Não é como se eu quisesse pensar nele. É algo totalmente involuntário.

Levantei da cama e me arrastei através da enfermaria.
Não tenho nenhum caralho de ideia de onde estou indo.
Abri a porta da enfermaria e segui pelo corredor.
Alguns bruxos passavam por mim, me olhando de forma estranho, como se eu fosse o caralho de um moribundo filho da puta.

Minha mente está girando, eu já não tenho ideia de onde estou, minha visão está embaçada.
Olho para frente e vejo alguém vindo em minha direção.
Parece estar andando tão rápido quanto eu, na minha velocidade de lesma morta.
Minha visão está tão turva que eu sequer posso ver seu rosto, mas eu sei muito bem de quem se trata.
Eu posso sentir sua presença.
Ele cheira como um gato morto, mas eu não estou em melhor situação.
Ainda assim eu sei que é ele. Potter.
Como se algo dentro de mim me dissesse que é ele quem está aqui, tão perto de mim.

Conforme estamos cada vez mais perto um do outro, sinto meu coração bater mais forte, o sangue volta a correr rapidamente em meu corpo.
É como se uma dose de adrenalina fosse injetada em mim.
Minha visão clareia um pouco, e eu posso vê-lo.
Seus passos estão tão rápidos quanto os meus, eu quase posso sentir seu coração bater rapidamente.
Meus pulmões bombeiam o ar mais rapidamente. Minhas pernas andam o mais rápido que podem.

Ele está tão perto e ao mesmo tempo tão longe.
Merda! Eu não sei o que está acontecendo comigo. Eu não quero ficar perto do Potter.
Tento dar a volta, mas, é como se minhas pernas não me obedecessem.

O Potter está tão perto agora, mais perto do que jamais esteve.
Estendo meu braço, tentando alcança-lo.
Sinto os dedos dele tocarem os meus.
Uma espécie de corrente elétrica percorre todo o meu corpo.
Quando nossos corpos se encontram, é como se todo o peso que havia em mim, de repente, desaparecesse.
Todo o frio, toda a dor, tudo sumiu.
Como se um patrono fosse erguido no mar Dementadores, me tirando da escuridão e eu pudesse ser feliz novamente.

Os braços do Potter envolvidos em meu corpo, tenho a impressão de estar em um campo verde, onde uma brisa de verão corre pelo lugar.
Nossos rostos tão próximos. Posso sentir a respiração do Potter bater contra a minha pele.
Ergo minha mão até seu rosto, e miro no fundo de seus olhos verdes.
Eu quero beija-lo. Não sei o que há de errado comigo. Eu quero beija-lo mais do que eu jamais quis algo em toda a minha vida.

Não. Porra! Isso está errado! Muito errado.
Empurro o Potter para longe, e toda aquela sensação boa desaparece.
Eu odeio o Potter, tá, eu queria foder ele, mas não agora, não mais, se estou assim, é tudo culpa dele.

Dou alguns passos atrás, e sento em uma das cadeiras que há no corredor.
Potter me olha confuso, parece não entender o que está acontecendo.

— Enfermeira! — Grito, e logo uma bruxa vem em meu auxilio.

Enquanto ela me leva de volta a enfermaria, olho para trás e vejo Potter sendo levado também, ele se vira, e nossos olhares se cruzam por alguns instantes, antes que a enfermeira virasse a cadeira de rodas e eu não o vejo mais.
No instante em que o Potter sai do meu campo de visão, tudo aquilo que havia desaparecido, volta como a porra de um tsunami. 


Notas Finais


**All The Lov3


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