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História Silently Reunited - Winter is Coming


Escrita por: sleepyhollowgirl

Capítulo 36 - Winter is Coming


Fanfic / Fanfiction Silently Reunited - Winter is Coming

Eu recuei quando o capitão caiu na minha frente, em pé, com sua espada/bastão de gelo apontada para mim e um escudo na outra mão. Ele grunhiu, quase como um rugido de gelo fazendo com que seu hálito gelado viesse ao meu rosto e meu cabelo voasse para trás. Eu puxei um elástico de meu pulso e o prendi.  Eu ergui Agulha para o capitão, planjenando já meu ataque, observando minha área.

Gendry estava logo atrás de mim, sua espada também a vista. Eu dobrei meus joelhos, repassando em minha mente todas minhas práticas de Dança d'água.

- Você não fala?

Eu perguntei tentando esconder meu medo. Eu deixei meus olhos bem abertos omitindo-o mais ainda. Eu dei um passo para frente.

- Então?

Ele moveu sua espada para frente, tentando me atacar. Por que ele não falava?

Eu bloqueei com Agulha.  Sua expressão se enfureceu.

Ele veio com mais força para cima de mim, e eu me protegi com mais e mais força, mandando-o para trás.

 E então finalmente nossa batalha começou, quando agora ele tentou uma manobra para me matar. Eu revidei, cortando uma parte de seu antebraço. Ele bloqueou com seu escudo. Eu corri até o lado dos outros Caminhantes Brancos e olhei bem nos olhos deles. Eles pareciam confusos, parados como fantoches, sem ter uma mínima ideia de quem servir. Esse era o tamanho de meu poder. Que legal. Confundir gelo vivo.

Eu olhei para Gendry, dando um sinal para atacar o Capitão pelas costas, enquanto o monstro corria na minha direção. Mas ele foi agil, batendo em Gendry e arremessando até perto do barco. Ele ergueu seu bastão para mim, e eu estendi Agulha ainda mais no alto, cruzando-a com a arma do monstro, tentando quebrar a fragilidade dela mas ao mesmo tempo não fazendo uma força para quebrar a minha espada, afinal, ela era também frágil. Ele fez força para baixo, quase quebrando meu braço esquerdo fazendo eu descer Agulha e dançar com ela por baixo para não ser acertada quando ele tentou a mesma manobra. Isso acontecendo, eu me agachei e segurei com a mão direita o bastão de gelo. A frieza queimava minha palma da mão enquanto eu erguia Agulha com a outra tentando acerta-lo. Mas ele agarrou minha mão, fazendo Agulha ser arremessada para a neve e então ele segurou meu pequeno rabo - de- cavalo, puxando-me para cima e segurando minha cintura fina, quase quebrando meu corpo pela metade. Eu comecei a gritar, pegando as pontas do meu dedo e fincando em todo o seu corpo de gelo. Ele segurou minhas pernas e subiu a outra mão até o meu peitoral, erguendo seus braços me deixando no alto e correndo comido. Eu gritei por Gendry, mas ele parecia inconsciente ainda pela pancada que tinha levado. Eu nem conseguia ve-lo antes de eu ser arremessada no alto pelo Capitão e cair rolando na neve a muitos metros dele. Eu senti o impacto em mim. Uma dor percorrendo toda minha espinha, meu estômago, meu peito, deixando-me sem ar. E não do jeito bom. Eu parei com o rosto enterrado na neve, de bruço, e quando levantei minha cabeça - o pescoço dolorido - eu vi que eu tinha formado um rastro, quase limpando a neve do local. Eu me virei para frente, olhando o céu claro e sem conseguir me mexer, tentando recuperar o meu ar.

Enquanto isso, o Capitão avançava na minha direção.

Movendo somente meus olhos, e meu pescoço com esforço, eu percebi que eu tinha caído perto de Agulha. Ela estava um pouco mais perto do Capitão. 

Eu fechei meus olhos com força. Se eu estendesse minha mão ao máximo, eu conseguiria alcança-la.

Eu respirei fundo.

"Você consegue, larga de ser fresca como sua irmã" falei para mim mesma.

E rolei para o lado, estendi meu braço, agarrei Agulha e me ajoelhei, estendendo-a e enfiando no tronco do Capitão. Ele tentou me decapitar com a sua espada mas eu me agachei, rolando novamente e olhando para o outro lado do rio, onde meus lobos me esperavam. Eles não puderam atravessar, e quem dera se eles tivessem conseguido. Já teria ganhado a batalha com esse monstro a muito mais tempo que isso.

Eu me ergui, colocando-me de pé. Quando o Capitão tentou me atacar novamente, eu dei uma estrelinha, prendendo minhas pernas no pescoço da besta e caindo na sua frente, deslizando entre suas pernas abertas e parando do outro lado, levando a cabeça decapitada do bicho junto minhas pernas curtas.

E as tripas dele eram negras, causando um refluxo no meu sistema. 

Eu olhei para o corpo sem cabeça do Capitão. Eu agarrei então o escudo dele. Aquilo seria de bom uso para mim no futuro próximo.

Eu corri então, esquecendo toda a dor que percorria no meu corpo, e me ajoelhei na frente de Gendry. Ele estava inconsciente sim. Ele tinha batido a cabeça num pedaço de gelo congelado da água do rio. A cabeça dele sangrava.

- Não! - Eu gritei, lágrimas escorrendo imediatamente do meu olho - Não! Acorde! Gendry!

Eu me levantei. Largando minhas armas na canoa, eu segurei seus ombros e arrastei-o para dentro da água fria. Eu passei minha mão na água e então esfreguei a cabeça dele, limpando o sangue e o machucado. 

- Gendry, acorda, por favor! - minha voz ficava mais escandalosa. - ACORDA! HOJE NÃO! HOJE NÃO! - eu me ajoelhei, na parte rasa ainda, fazendo a água encostar em minha cintura, agarrei o rosto dele e fiz descansar em meu peito, ainda acariciando o cabelo dele. Eu segurei o seu pulso. Ainda batia. Eu agradeci ao Deus da Morte por não ter levado a única pessoa que importava na minha vida.

Eu tirei ele da água porque logo eu que iria mata-lo de hipotermia. Eu retirei o casaco molhado dele, e peguei o meu que estava mais seco para aquece-lo, agora na neve seca. Eu desci meu rosto até seu peito, precisando ouvir seu coração bater. E então uma respiração forte indicou que ele havia acordado.

- Oh! Deuses! - eu me joguei em cima dele, abraçando seu pescoço e deitando meu corpo pequeno nele, como um passarinho em seu ninho.

Mas ele não me respondeu. Ele mantinha o olhar reto.

- Arya... - foi a primeira coisa que ele falou. Era tão bom ouvir meu nome sair dos lábios dele. 

- O que? - eu falei, ainda de olhos fechados, abraçando-o.

- Olhe - ele falou, indicando com os olhos a direção que era para eu olhar. Era para frente.

Todos aqueles Caminhantes Brancos, agora, curvavam-se para mim.

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- Nós temos uma missão, e uma missão apenas!  - eu gritei do alto do abrigo dos Selvagens que antes o Capitão tinha me encarado, falando para todos aqueles monstros. Não só Caminhantes Brancos, mas gigantes e animais brancos também, entre outros seres esquisitos. - Destruir o Trono de Ferro.

Gendry preparava a canoa para depois daqui.

- Para destruí-lo, matem quem for preciso. O fogo! - eu gritei - Lannisters, Tyrells, Boltons - eu citei as casas. - mas deixem vivos - Cersei, Walder Fray, Melisandre, Patrick Tyrell... - eu terminei de citar mina lista para eles - porque era para eu mata-los! - ordenei. - E deixem vivos também Jon Snow, Samwell Tarly, Bran Stark, Rickon Stark, Tyrion Lannister, Gendry Waters. Nenhum mal deve ocorrer a eles.

Todos me ouviam atentamente.

- Então vamos em frente!

E no que eu falava, eu percebi uma coisa.

Eu nunca tive a missão de parar o inverno. Porque eu era o inverno que estava chegando.

 

 


Notas Finais


E o que acharam desse capítulo? O que acham que vai acontecer em seguida? Quero suas teorias!!!
Até o próximo capítulo!


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