Valentina —
Acordei, tomei um banho e fui para a estação de metro para ir a faculdade. Durante todo caminho pensei nas palavras que a Estela tinha me falo ontem. " O Zé Felipe? Que bom que achou. ". O que ela quis dizer com isso? De novo esse Zé Felipe me fazendo meu pensamento rodar ao redor dele.
Depois que a aula acabou, no caminho de casa, tive que passar no primeiro lugar que tinha pão de queijo pra comprar, nada me aliviava mais.
Cheguei em casa e não tinha ninguém lá. Merda. Justo no dia que eu ia falar com elas. Mas ok, vou mandar uma mensagem como quem não quer nada para perguntar onde ela está, e claro, trazer ela pra casa pra perguntar o que ela quis dizer.
— Oi Estela! Estou fazendo bolo, quando você vai vir?
Tá, eu sei que foi idiota, mas fazer o que? Quem manda ser curiosa que nem eu?
— Oi Vale, então estou indo pra casa e estou levando visita! hahaha — Ela espondeu em seguida
Puta meda, que visita? Enfim, fui tratar de me arrumar.
— Valentina? Chegamos, abre aqui? — disse ela na porta
Fui abrir, e quase cai dura no chão.
— Olha quem eu trouxe, Zé Felipe! O MENINO QUE VOCÊ DISSE QUE ERA GATO.
Acho que naquele momento estava mais vermelha do que um balão, filha-da-putice da Estela. Assenti sorrindo e dei espaço para que eles entrassem.
Fiquei todo o tempo na cozinha, virando os rótulos das coisas do armário pra frente; separando os copos por tamanho; e enfim, fazendo coisas idiotas, mas fazia de tudo pra não voltar a olhar na cara daquele menino tão lindo, tão perfeito, eu queria ir lá e... AH VALENTINA, CALA A MENTE. Finalmente entendi o que a Estela quis dizer, vaca.
Foi quando a porta da cozinha abriu, e eu vi aqueles olhos verdes me olhando. Recuperei os sentidos quando ele falou:
— Oi, seu nome é Valentina né?
— Sim, é sim.
— Percebi a sua vergonha quando a Estela falou aquilo. Olha...
— Não precisa dizer nada. — disse interrompendo ele e indo para o meu quarto.
Entrei e bati a porta.
— Acho que ela não gostou da sua brincadeira — disse ele ironizando.
Estela olhou com cara de assustada pra porta e depois pro Zé, depois riu junto com ele.
— Me passa o numero dela?
— Hum pra que? Se interessou?
— Que nada. Só quero pedir desculpa pra menina.
— Mas pra que? Você não fez nada...
— Me passa logo, Estela.
Ela passou,e ele deu um abraço de despedida nela e foi embora.
Estela foi cautelosa em direção ao quarto da Valentina.
— A fera já se acalmou? — disse rindo
— Pra que eu vou te falar? Vai que você resolve publicar no jornal né?
— Ah para de drama, ele até gostou de você.
— ELE GOSTOU? Quer dizer, que legal.
Ela riu e sentou na minha cama..
— Vale, vai ter uma mega festa numa balada.
— Não me diz que a festa é do Zé?
— Não! — riu — É de uma amiga minha, o nome dela é Débora. Acho que o Zé não vai, ele não curte a onda dela.
— Ah então ok, que dia?
— Amanhã, a noite.
— Conte comigo então! hahaha
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