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História Simplesmente Um Anjo - Second Season. - Confusão.


Escrita por: LitaCastagnoli

Notas do Autor


Boa leitura, meus anjos.

Capítulo 14 - Confusão.


Fanfic / Fanfiction Simplesmente Um Anjo - Second Season. - Confusão.

Encarei Talles por alguns longos segundos, me perguntando se ele sabia que Giovanna continuava viva, e o que ele faria comigo.

Afinal ele era o coordenador do Instituto, ele devia punir aqueles que transgredissem as regras do Céu, por mais que eu fosse sua irmã ele teria que fazer isso, por esse motivo eu deveria ter ido diretamente ao Céu, para evitar encontrá-lo.

— Talles. — Saudei, encarando seu sorriso amarelo.

— Thalita, minha joia, fico  feliz ao encontrá-la para te parabenizar.

Franzi o cenho, encarando-o como se ele estivesse dizendo uma loucura, me parabenizar? Pelo quê?

— Tenho algo para contar a você. — Sussurrei, quase sem querer.

— Primeiro eu. — Ele cruzou os braços e eu assenti, encorajando-o a continuar. — Queria parabenizá-la por ter matado Giovanna. Isso mostrou sua fidelidade ao Céu.

No momento em que ele disse isso meu mundo ruiu, eu achava que o Céu sabia de minha traição, e aparentemente eles não estavam ao par da situação, apenas acreditavam que a alma de Gio já havia sido encaminhada para o lugar de onde ela nem deveria ter saído. Olhei para Talles, com um sorriso fraco nos lábios. Estaria ele brincando? Seus olhos pareciam dizer a verdade, e eu esperava que ele não estivesse mentindo para mim, pois eu estava pronta para entrar no seu jogo.

— Obrigada, meu querido. — Joguei meus braços ao redor dele, envolvendo-o em um abraço sem jeito.

— Não esperava por isso. — Ele riu baixo retribuindo o pequeno gesto.

Eu queria encontrar Giovanna naquele instante para dizer a ela para não sair de casa em circunstância alguma, eu precisava treiná-la para um objetivo: lutar contra o Céu. E eu sabia que Paulo não havia ensinado isso à ela porque ela era a pequena Gio, sempre cuidada por todos e com muita proteção, ela não precisava aprender coisas tão banais como se defender.

Quando Talles se afastou seus olhos carregavam um desejo insaciável, e eu tentei me controlar quando ele tocou meu rosto levemente.

— Você, finalmente, voltou para casa… — Coloquei a mão sobre a sua, impedindo que ele continuasse, sorri para esconder meu incômodo com tanta proximidade.

— Voltei… — Sussurrei, e para complementar minha farsa: — … Para você.

Ele sorriu, levando sua boca em direção a minha, tentei forjar a imagem que via a minha frente, tentei imaginar Paulo me beijando, e por ora aquilo serviu, e eu retribui seu beijo de uma maneira satisfatória. Ele colocou sua mão em minha cintura, puxando-me para perto de si, era como se ele soubesse que eu iria fugir se ele me desse alguma fresta.

Encerrei o beijo, deitando em seu ombro, evitando olhar em seus olhos, não queria pensar que eu estava enganando meu irmão para salvar a vida de Paulo e Gio.

— Posso te levar pro meu quarto? — Talles sussurrou beijando o topo de minha cabeça.

— Sim. — Eu disse tão baixo que quase não ouvi.

***

— Paulo, me escute. — Eu disse baixo para o telefone, olhando para Talles, que dormia enrolado nos lençóis de sua cama. — Você não pode deixar Gio sair, o Céu acha que ela está em outro plano. — Talles se mexeu e eu parei de falar.

— Thalita! — Paulo se derreteu do outro lado da linha. — Achei que nunca mais escutaria sua voz.

— Prometa, que não deixará Gio sair. — Implorei.

— Eu prometo, pela minha vida. — Ele sussurrou e eu sorri. — Eu amo você, minha morena, não deixe ninguém apagar essa certeza de você.

— Eu também. — Encarei Talles. — Eu também, meu único amor…

— Sei que não é um bom momento… Mas os mortais dizem que a única certeza da vida é a morte. A minha única certeza é que irei te amar por toda a eternidade.

Um sorriso bobo pairou meus lábios, me virei para a estante de Talles, admirando alguns exemplares e por um instante tudo ficou em silêncio.

Minha joia? O que você está fazendo? — Desliguei o celular rapidamente ao ouvir Talles.

— Estou admirando seus livros, não sabia que você lia Shakespeare.

O celular estava contra meu peito, eu não fazia ideia de onde colocá-lo. Olhei a estante, vendo que alguns daqueles livros eram meus quando eu era pequena. E eu havia feito um grande trabalho cortando algumas páginas e colando-as, de forma que o livro virasse um esconderijo, mordi o lábio, imaginando que ele nunca teria aberto nenhum deles e resolvi me arriscar ainda mais correndo os dedos pelas lombadas dos exemplares.

— A maioria era seu, eu ainda vou muito a nossa casa no Céu, e seus livros cobriam estantes, peguei alguns, acho que todos eles me mantinham perto de você, de algum modo. — Peguei o exemplar de Otelo e o abri, colocando o celular no vão que eu havia criado.

O fechei rapidamente ao sentir Talles se aproximando, coloquei o mesmo na estante, ele me virou, prensando-me contra a estante.

— Você têm uma mania incrível de sair por aí com roupas masculinas, não é?

Ri com seu comentário sobre a roupa dele que eu vestia, segurei seu rosto entre as mãos. Ele pareceu animado com meu gesto. 

Eu amo você, e sei que você me ama, afinal… — Ele me avaliou. — Você deixou sua vida lá em cima para vir comigo, você me deu a maior prova de amor que eu já pude presenciar e eu sou extremamente grato por isso.

Eu sabia que ele esperava que eu dissesse: “Eu também o amo.” ou “Eu amo você.”. Mas eu e ele nunca estaríamos numa frase tão apaixonada, que exprimia tanto sentimento por outrem. Na falta de palavras e sentimentos recíprocos aos dele o beijei, porque o que não é dito não pode ser cobrado.

 

*Point Of View: Caique Gama.*

 

O corpo de Gio parecia tão frágil que eu tinha medo de tocá-lo com uma força desmedida e machucá-la. Confesso que não   imaginava que seu corpo fosse completamente marcado por outro homem, e eu faria ele pagar caro por isso. Acariciei o ombro do Anjo mais lindo que já vi em toda minha vida, ela estava deitada em meu peito, suas mãos me puxavam contra ela, e suas pernas esguias estavam entrelaçadas com as minhas.

Ela era tão meiga e tão frágil que eu nunca havia ensinado ela a dar um soco para se defender, ela não precisava disso. Tudo o que ela precisava eu podia dar, e eu daria.

Eu não havia percebido, mas eu carregava um sorriso bobo em meus lábios, ouvi o celular vibrar, e logo estiquei o braço para pegá-lo ao lado da cama, quando vi o número de Paulo o coloquei lá de volta. Ele poderia esperar.

Mas ele foi insistente, ligando repetidas vezes, forçando-me a atendê-lo.

— Fala. — Disse com raiva.

— Caique, presta atenção. — Paulo dizia tudo com urgência e eu logo fiquei tenso. — Você tem que deixar Gio em casa. Parece que o Céu não sabe sobre ela, que ela continua viva, então você tem que me prometer que irá mantê-la em segurança, não quero que ela fique próxima de janelas, ou que converse com um vizinho, você tem que instruí-la sobre isso de uma maneira concisa. Você pode fazer isso?

— Sim, eu posso. — Deitei Gio no travesseiro e fui até a janela puxando a cortina. — Qual o plano?

— Fugir até Lita encontrar um jeito de convencer o Céu.

— Que belo plano. — Eu disse com ironia, olhando Gio dormir como uma criança.

— Se você tiver um melhor, estamos abertos a críticas. — Paulo foi rude, desligando logo em seguida.

Naquele momento eu precisava proteger Giovanna, de uma maneira nova. Eu tinha que ensiná-la a se proteger. E precisava da ajuda de Nathan e Paulo para isso, porque eles tinham qualidades diferentes das minhas, e que poderiam salvar Gio num conflito com Anjos mais experientes.

*Point Of View: Paulo Castagnoli.*

Lita estava com Talles, ela não me falou, mas eu pude deduzir só pela maneira como ela falava, parecia absorta com algo, ela falava como se a qualquer momento o telefone fosse ser arrancado de suas mãos e jogado longe. Pensar que a maneira como tratamos Gio fora errada ia contra todos meus princípios, eu acreditava que ela nunca precisaria se defender, como uma pequena rosa, por mais que ela tivesse poderes, que eu classificava como os espinhos, ela poderia ser morta com muita facilidade, eu subestimava as qualidades dela, mas não podíamos brincar com Anjos, eles não são de perder batalhas, e se uma dessas acontecer… Estaríamos perdidos.

Liguei para Caique, para instruí-lo de deixar Gio em casa, quando desliguei me joguei no sofá, envolto de pensamentos e medos.

Eu precisava encontrar Lita, o mais rápido possível para pensarmos em alguma maneira de proteger Gio e afrontar os Anjos.

Me levantei, ciente da noite ao lado de fora, ninguém me veria invadindo o Instituto. Troquei minhas roupas claras por um conjunto negro como a noite, assim nenhum Anjo da Morte saberia que eu era um invasor, peguei minhas chaves e saí pela porta principal, indo em direção ao elevador, estiquei a mão para chamar o elevador, mas alguém me empurrou contra a porta, impedindo que eu apertasse o botão. Tentei me desvencilhar das mãos que me prendiam na porta do elevador.

— Sentiu saudades? — Uma voz feminina sussurrou contra meu ouvido.

Eu tinha a impressão de já ter ouvido aquela voz, mas não conseguia me recordar de onde reconhecia aquele tom suave e lento. Senti meu corpo ficar pesado demais, minhas pálpebras se fechando sozinhas, então deixei a escuridão me guiar para um sono profundo. Tive a breve impressão de ter sido carregado por alguns minutos até algum lugar macio, mas não conseguia identificar onde era. Um carro? Minha cama? Meu sofá?

Meu corpo se desligou antes que eu pudesse terminar o raciocínio.

 


Notas Finais


Me desculpem pelo capítulo minúsculo...
Estou bem triste com muitas coisas, hoje foi um dia cansativo, e quando cheguei em casa tive que ouvir da minha melhor amiga que eu tenho que ser "menos depressiva"...
Eu queria desabafar, confesso, e me desculpem por isso.
Um bom Natal para todas vocês, prometo tentar postar um capítulo maior e melhor entre o Natal e Ano novo.
Um grande beijo e se cuidem...
Desculpem...
Att. L.


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