1. Spirit Fanfics >
  2. Sinful angels - Jeongguk >
  3. 21. Unwanted

História Sinful angels - Jeongguk - 21. Unwanted


Escrita por: jkaithv e kaiggk

Capítulo 21 - 21. Unwanted


Fanfic / Fanfiction Sinful angels - Jeongguk - 21. Unwanted


Neste mundo normal. Onde nada é suficiente. Tudo é cinza. Engano seu amor pela luxúria, quando eu te abraçar em meus braços. Não há nada comum entre nós.Zayn Malik (Common)



Repousei minha xícara sobre o pires branco de porcelanato, meu próximo passo foi encarar minha amiga, a mesma estava tomando seu chocolate quente. Os meninos estavam calados em seus cantos, apenas ouvindo aquela conversa. Massageei minhas têmporas suspirando pesadamente após ouvir ela ditar suas palavras sem cautela alguma.


— Você está sendo burra, Madson.


— Você é uma ótima amiga hein, Olivia? — Questionou Jimin olhando-a com uma cara nada boa. — Madson precisa do nosso conselho, não de suas grosserias sem cabimento. — Disse irritado e ela se calou, confesso que aquilo me fez engolir em seco, embora Jimin tivesse razão. 


Ryan apenas ouvia tudo calado, estávamos na mesma lanchonete de sempre, o dia estava frio então resolvemos beber algo quente e eu acabei comentando o que estava acontecendo comigo. Mas, acabei descobrindo que Olívia nunca foi minha amiga de verdade, não estou surpresa com isso, mas também não significa que isso não está doendo em mim. Ela nunca mediu as palavras comigo e acho que nossa amizade se perdeu nisso. 


— Grosseria? — Praticamente gritou irritada. Abaixo a cabeça suspirando. — Madson nunca sabe o que quer da vida. Eu não sou a mamãezinha dela para lhe dar conselhos e passar a mão na cabeça dela, sou a amiga dela. — Aquilo havia acertado-me em cheio. 


Mamãezinha


— Cala a sua boca! — Ryan diz alto chamando atenção de todos que ali estavam. Ele suspirou passando as mãos entre os cabelos e eu engoli em seco. — Você sabe muito bem o que Madson passou. Você não tem o direito de dizer isso dela, nunca. — A essa altura eu já engolia minhas lágrimas que estavam presas na garganta. Desde quando eu me tornei tão vulnerável assim?


— Eu sei disso. — Ela diz parecendo arrependida. Olivia sentou-se novamente ao meu lado e tocou em meu ombro, mas me esquivei logo em seguida. — Me desculpa, Maddie. — Olhei nos olhos dela e não consigo dizer nada a não ser sair dali correndo igual uma estúpida. Porque era isso que eu era, uma estúpida, idiota e chorona. 


Sai daquela lanchonete indo atrás de um carro, nem me dei o trabalho de olhar para trás, não queria ver ninguém. Pode ser drama? Sim, mas eu só precisava de conselhos e apoio. Não queria ser lembrada que não tenho mãe. — e que eu estou sozinha e jogada nesse mundo. — O táxi me deixou em frente de casa, enxuguei meu rosto e entrei na mesma. Como de costume não havia ninguém ou se tinha estavam enfurnados dentro de algum lugar dessa casa enorme. — Sentei-me no sofá suspirando, apenas alguns dias para acabar o mês e eu não tinha feito nada, eu tinha apenas um mês agora para decidir tudo. 


— Já chegou? — Ouço a voz de Jeon. Ele tinha vindo da cozinha e comia meu cereal, como sempre. — Ei… o que aconteceu? Que carinha é essa? — Sua expressão divertida mudou para preocupação. Jeon vem até mim colocando a tigela em cima do centro de vidro e analisou-me. Sorri fraco para ele, não conseguia esconder meus sentimentos de ninguém e ele me olhando daquele jeito, todo preocupado, me fazia derreter. 


— Ouvi algumas coisas desnecessárias hoje. — Dou de ombros demonstrando não ligar muito para aquilo. 


— Como… — A porta da sala se abriu e meu pai passou pela mesma, Jeon afastou-se pegando a tigela em cima do centro de mesa.


— Oi querida. — Sorriu pra mim. — Boa noite Jeon. — Papai sentou-se ao meu lado puxando-me para ficar perto dele. — Não encontrou um apartamento ainda? faz semanas já que vocês estão olhando apartamentos pela cidade ou você tem um gosto muito chato ou os apartamentos são deploráveis. — Papai ri por fim e Jeon sorriu amarelo. 


— Os apartamentos são bons sim. Porém alguns ficam longe da cidade, outros em lugares não muito conhecidos por mim. — o moreno deu de ombros — Estou pesquisando outros, mas caso se incomode eu posso ficar em um hotel… 


— Não! — Falei rápido e papai franziu o cenho. — Não acho que seja preciso, né pai? É compreensivo a demora para achar o apartamento perfeito. — Mordo os lábios nervosa dando uma desculpa qualquer. 


— Tem razão. Antes da minha esposa morrer, passamos quase quatro meses para achar um condomínio bom e uma casa que nos agradasse. — Ele ri. — Ela estava grávida do Mike e tudo mais… 


As lembranças parecia que eram mais recentes na cabeça do meu pai, tudo que acontecia lembrava a falecida. E eu não acho ruim isso, pelo o que Mike falava dela, ela era uma mulher incrível. 


— Tome o tempo que precisar. — Meu pai diz e levantou-se em seguida. Sua voz saiu quase como um sussurro, cansado, triste — Como ele sempre ficava quando falava dela — olhei para o mais velho sem jeito e ele voltou a aproximar-se de mim. 


— Você ainda não me contou o que aconteceu…


Jeongguk
Atlanta, EUA 9:00 AM


Alguns dias depois….



— O que você achou? — Eu pergunto com um sorrisinho no rosto olhando Madson. Havia pegado a chave de um apartamento que eu tinha gostado e eu queria a opinião dela, afinal ela tinha um gosto um pouco similar ao meu. 


— Achei bonitinho. — Ela virou-se para mim com um sorrisinho fraco.


— Bonitinho? — Franzi o cenho cruzando os braços em seguida, ela riu e entrelaçou os braços em meu pescoço. 


— Estou brincando. — Ri e selou nossos lábios rapidamente. — O apartamento é incrível, moderno, tem sua cara. — Eu suspiro aliviado, tinha realmente gostado do apartamento e a opinião dela selaria tudo. — Agora eu devo dizer que estou imensamente feliz em saber que minha opinião é tão importante para você. — Ela diz presunçosa e eu mordo os lábios tendo que me render.


— Confesso que sim… — Apertei a cintura dela de leve. — Vou ficar com o apartamento. 


— Sério?


— Sim, e eu acho que deveríamos inaugurar, o que me diz? — Minhas palavras saiam com um duplo sentido, Madson não era nada bobinha e logo captou minha mensagem. Então inauguramos o meu novo apartamento, loucos e ofegantes, suados e completamente fora de nossa sanidade. 


[...]


— Eu preciso sair de Atlanta o mais rápido possível. — Amber diz do outro lado da ligação. 


— Amber eu to cagando, não vou sair de Atlanta só por que você quer. Procure uma clinica aqui mesmo. — Suspiro. Já estava cansado dessa história, eu não estava fazendo questão de ajudá-la, principalmente sabendo que ela estava precisando, mas também ela estava abusando. 


Não, venha comigo. — Choramingou. Era impossível discutir alguma coisa com ela, teimosa de primeira linha, tudo tem que sair do jeito da rainha Amber. — Eu preciso de vocêSó tenho você. — Ouço o chuveiro do quarto de Madson ser desligado e apresso-me.


— Ouça vou desligar, hum? Veja bem, pois sair de Atlanta está fora de cogitação. — Desligo na cara dela como sempre e enfio o celular no meu bolso, odiava ter que esconder essas coisas de Madson, mesmo que não tenhamos nada eu odeio mentiras, gosto de um relacionamento limpo, seja lá ele como for. Madson saiu do banheiro enrolada numa toalha enquanto ela usava outra para secar seus cabelos. 


— Conversando sozinho?


— A-ah. — Fico sem jeito e sem resposta alguma. Madson me olhou e é claro que ela sabia que eu não estava falando sozinho. — Ah, bem… Amber me ligou, eu… ela precisava da minha ajuda. — Maddie ficou calada por um tempo. 


— Seus amigos te pedem muita ajuda. — Questionou analisando-me. 


— É… — Dou um sorriso amarelo. 


 — Pensei que você não tivesse tantos amigos. — Madson me sondava. Onde ela queria chegar? 


— A-ha… eu não tenho mesmo. 


— Então eu suponho que ela era o amigo que você foi ajudar naquela madrugada. — Suas palavras saíram como disparos contra mim. Não consigo falar absolutamente nada, Madson não disse mais nada, apenas seguiu na direção do seu closet e saiu apenas quando estava pronta. Droga! Eu preciso falar alguma coisa. 


— Amber é apenas uma amiga, ela estava precisando de ajuda. 


— E você achou sensato sair no meio da noite, depois de tudo que nós fizemos? — Ela estava visivelmente magoada, suas voz estava trêmula, mas seus olhos não estavam marejados. — Seu silêncio é a resposta de tudo. Agora por favor, sai do meu quarto, me deixa em paz um pouco.  


— Madson, você vai mesmo me ignorar? 


— Só estou pedindo um pouco de privacidade. — Ela deu de ombros se virando para o outro lado da cama. Suspiro me ajeitando atrás dela abraçando-a, ela esquivou-se e se sentou permanecendo de costas pra mim. 


— Me desculpe, Maddie. Não queria magoá-la com essas besteiras. 


Ela ficou em silêncio. Suspirei entendendo que ela precisava de seu espaço, então saio do seu quarto fechando a porta em seguida. Droga, mil vezes droga! Jeongguk fazendo mancada como sempre. 


Agora eu precisava fazer alguma coisa para ser perdoado. Eu sei o quão idiota eu fui fazendo isso com a Madson, não deveria ter mentido e muito menos saído depois de tudo. Mas as vezes eu acabo sendo imprudente, faço as coisas sem pensar. 


Eu não faço ideia de como posso me redimir diante dela… 


Madson William



Eu fui uma idiota, como acreditei naquele papinho? Mas eu já sabia quem ele era desde o começo, o típico canalha, galinha que todo dia tem uma garota diferente, mas eu por segundos achei que comigo seria diferente. A culpa nem é dele, e sim completamente minha por saber quem ele era e fazer tudo o que fiz. 


Fiquei na cama refletindo sobre tudo o resto do dia. Não saí do meu quarto para absolutamente nada, pior que toda a casa estava silenciosa. O que era estranho normalmente esse é o horário que meu pai chega em casa. — Levantei-me da cama quase que num pulo, largando o livro em cima da cama. Antes mesmo que eu chegasse na porta, já ouço algumas vozes alteradas vindo do andar de baixo. Era meu pai e Mike, não dava para entender muito pois havia o isolamento acústico então, assim que abro a porta consigo ouvir as vozes altas juntas sendo expressadas com raiva.  


— Claro, você nunca reconhece o que eu faço. — Mike disse alto e em bom som, suas palavras vinham carregadas de sarcasmo e ao mesmo tempo angústia. Eles estavam brigando para variar. 


— Por favor, Mike. — Meu pai diz parecendo buscar paciência. Aproximei-me do topo da escada e vejo os dois frente a frente, se encarando. — Não seja um insolente, metido a valentão. Faço isso porque sou pai, não é porque você é o meu filho que eu tenho que lhe dar um cargo melhor!  


— Você… — Mike fez um pausa, meu pai fez uma careta. — Você nunca me deu o valor necessário. Nunca reconheceu o que eu faço, o quanto me esforço! caralho, NUNCA!


— Um absurdo. — Meu pai negou com a cabeça. A porta da sala abriu e Jeongguk passou pela mesma, ele tinha algo em mãos, mas assim que me viu no topo da escada e viu o que acontecia no meio da sala, escondeu o que tinha atrás de si e ficou apenas analisando a cena. 


— Um absurdo? É para falar de absurdos? — Mike estava bêbado, sua voz estava embolada e ele mal se aguentava em pé. Eles nem notaram nossa presença ali. — Absurdo mesmo é você idolatrar aquela órfã. — Uma veia saltou para fora do pescoço do meu pai. Meu coração deu um pulo. 


Mike estava falando de mim


— Tudo é para aquela maldita. Atenção, paciência, carinho… — Meus olhos agora transbordavam, Jeongguk cerrou os punhos e meu pai parecia se controlar. — Gostaria que você nunca tivesse adotado-a. — Eu estremeço com suas palavras dura. Olivia e agora meu irmão. — Todo reconhecimento é para Madson, Madson, Madson, Madson. MADSON CADÊ VOCÊ? — Assim que ele virou gritando por mim, nossas orbes claras se encontraram. Seu rosto ficou branco, as minhas lágrimas desciam incontrolavelmente pelo meu rosto. 


Eu estou aqui, Mike. — Minha voz saiu quase num fio. Mike pareceu cair em si e voltar para o mundo, ele me olhava espantado, como se não estivesse entendendo o que havia acontecido. Ele negou várias vezes com a cabeça. 


— Madson… Por favor, eu não...— Ele mediu-a com o olhar. Não conseguia olhar na cara dele, nem de ninguém daquela sala. Ele estava lutando contra as lágrimas completamente arrependido de suas palavras. Sai correndo dali igual uma doida, tranquei-me no meu quarto agora deixando que as lágrimas escorressem livremente. 


Eu odeio tudo isso, eu me odeio



JeonggukAlguns minutos antes


Tinha saído para comprar algumas coisas para me desculpar com a Madson. Estacionei o carro no jardim e noto que o carro de William e Mike estavam ali também, nem dou importância e subo os degraus abrindo a porta, estava concentrado demais com a caixa em minhas mãos que nem notei o que estava acontecendo na sala. 


— Um absurdo! — A voz de William instalou-se gravemente pela sala. Levantei minha cabeça e noto o que estava acontecendo, mais uma briguinha dos dois. Coloquei a caixa no meu bolso de trás e subi meu olhar novamente circulando pela casa, encontrei Madson no topo da escada com o feição assustada.


— Um absurdo? É para falar de absurdos? — Mike disse e pela sua voz ele estava bêbado, neguei com a cabeça, apenas cruzando os braços ouvindo tudo. — Absurdo mesmo é você idolatrar aquela órfã. — Minha testa enruga-se e eu sinto meu rosto queimar. 


Não, esse filho da puta não estava falando de Madson, né? 

 

Meus olhos se direcionaram-se para ela instantaneamente. As lágrimas brilhavam nos seus olhos e seu queixo caiu num espanto. Eu vou matar o Mike.


— Tudo é para aquela maldita. Atenção, paciência, carinho… — Mike continuou igual um babaca falando, eu já queria partir para cima dele e esfolar a cara dele de tanto soco. Eu sabia que ele estava falando tudo aqui para afetar o pai, não Madson. — Todo reconhecimento é para Madson, Madson, Madson, Madson. MADSON CADÊ VOCÊ? — Ele gritou virando-se, vejo Mike estremecer ao encontrar sua irmã no topo da escada, a mesma que escutava toda aquela baixaria e agora chorava compulsivamente. Queria tira-la dali, cuidar dela. 


— Eu estou aqui, Mike. — Sua voz saiu falha por conta do choro e aquilo me matou.


— Madson… Por favor, eu não...— Mike estava completamente arrependido. Mas eu sinto muito em dizer que era tarde demais. Madson saiu correndo, travo uma luta com minhas pernas para sair dali e correr atrás dela, meu celular vibrou no meu bolso e eu suspiro tirando-o do bolso, no visor o nome Amber brilhava. 


Agora não Amber. Mas por um segundo senti meu coração apertar com aquilo. Atendi enquanto subia as escadas.


 — Amber eu não estou afim de ouvir suas gracinhas agora, me ligue mais tarde. — Sou ríspido, mas ao invés de ouvir a voz dela, ouvi a de um homem e a notícia que ele me deu, fez-me travar no meio da escada.


— Alô, aqui é o doutor George, do hospital de Atlas. Estou aqui para falar da paciente Amber Henderson. A mesma deu entrada a algumas horas no hospital, o senhor é algum parente da paciente? 




Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...