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História Singing About Love - "We'll be strangers if we see this through"


Escrita por: MrsLilBeast e MrsCaBlaze

Notas do Autor


Hey gente, como estão?
FELIZ ANO NOVO \o/
Então, estamos aqui, no fim de noite do primeiro dia do ano, para um capítulo especial para vocês. Esse capítulo é muito especial em, entenderão melhor quando ler.
Estamos na reta final, pessoal. Sim, reta final, pq era para ser um especial de nataal que se estendeu até o ano novo e ainda estamos ai com ele. Mas estamos quase acabando.
Esperamos que gostem...

Capítulo 5 - "We'll be strangers if we see this through"


Fanfic / Fanfiction Singing About Love - "We'll be strangers if we see this through"

O sol não precisou invadir meu quarto ou o despertador gritar desesperadamente, já estava acordado a muito tempo. Acordado por mal ter conseguido fechar os olhos durante a noite. Acordado por estar ansioso para que as horas corressem mais rápido. Acordado por estar ansioso para vê-la novamente.

Olhei para a imensidão branca do teto acima de mim, sem conseguir conter o sorriso que se formava em meus lábios. Finalmente a tinha próxima de mim novamente e desta vez, se tudo ocorresse como imaginaria, ela não fugiria de mim. Vim para Nova York para buscá-la e não a deixarei ir.

Olhei rapidamente para o relógio e percebi que já marcava 8:13 am. Decidi me levanta e começar meu dia, torcendo para que ele acabe logo para encontrar Lauren. Fui até o banheiro, peguei minha escova e a pasta de dente, coloquei um pouco e a levei a boca. Minha mente mal deixava-me fazer os movimentos simples de escovação, ao invés disto me remetia a pensamentos de onde poderia levar Lauren nesta noite. Talvez um restaurante, um parque ou a uma balada. Nova York não era um lugar que conhecia bem, mas ela mora aqui e conhece todos os melhores pontos da cidade, como conseguiria surpreendê-la? Cuspi a pasta e lavei a boca. Levantei o olhar e prestei atenção no reflexo que se fazia a minha frente. O afro estava grande o suficiente para poder fazer os twists, Lauren nunca havia me visto pessoalmente daquela forma, talvez aí já seja um ótimo começo para surpreende-la.

Tirei a roupa e entrei no chuveiro para uma rápida ducha. A água estava quente, fazendo juízo ao frio de poucos graus que fazia do lado de fora do lugar. Lavei o cabelo rapidamente e ensaboei-me. Assim que terminei, enrolei a toalha na cintura e segui para o quarto. Coloquei uma calça de moletom e uma camisa cinza, algo confortável. Antes mesmo que terminasse de me arrumar senti um cheiro delicioso de café, em seguida ovos e bacon. Calcei os chinelos e corri para a cozinha vendo o que já estava imaginando, Larry parado na frente do fogão, em uma das mãos uma espátula e na outra uma caneca.

– Bom dia. – Falei chamando sua atenção e me sentando em um dos bancos na bancada a sua frente.

– Bom dia, bro. – Ele olha para mim rapidamente e volta a mexer os ovos que estavam na frigideira.

Peguei um pouco de café na cafeteira que estava a meu lado e tomei um gole. Coloquei a caneca na bancada e fiquei olhando em direção a ele, não diretamente para ele, mas além dele, repassando os poucos lugares que conhecia em Nova York.

– Perdido? – Larry pergunta jogando um pano para cima de mim, mas não tive tempo de desviar

– Mais ou menos. – Respondi. Peguei o pano e o joguei de volta. – Estou pensando em um lugar onde levo a Lauren hoje.

– Vocês vão sair? – Perguntou estranhando. Assenti e ele ergueu uma das sobrancelhas. – Obrigado por me avisar. – Falou debochado. – Que tão levá-la para patinar? – Sugeriu depois de uma pausa. – Estamos no inverno de Nova York, não tem programa melhor.

Ergui meu corpo analisando a sugestão de Larry. Patinar no gelo. Claro, porque não havia pensado nisto antes? Lauren sempre foi amante do inverno, dizia que era sua estação preferida por todos os lugares ganharem um toque especial e um romantismo incomum.

– Ótima ideia! – Deixei que o sorriso se abrisse em meus lábios. – Lauren ama o inverno. – Me levantei e fui até ele roubando o prato de ovos com bacon que havia acabado de arrumar.

– Laurent, devolve isto aqui. – Gritou ele depois que tentou me segurar, mas não conseguiu. – Faça um para você.

– Por que faria se tenho um irmão que pode fazer por mim? – Impliquei fincando uma fatia de bacon e um pouco dos ovos com o garfo e levando a boca.

– Você parece uma criança. – Estreitou os olhos irritado e foi até a geladeira pegando os ingredientes para fazer tudo novamente.

– Tanto faz. – Revirei os olhos e peguei meu celular, pesquisando qual era o lugar que acontecia a patinação aberta ao púbico. Rolei um pouco a página de pesquisa no aparelho, analisando os lugares que ela apresentou. – Rockefeller Center. – Li o nome e me virei pra Larry. – É aqui que vou levar Lauren.

Larry deu de ombros, demonstrando estar pouco preocupado com o que faria ou deixaria de fazer naquela noite. O endereço de Rockefeller Plaza não ficava muito longe daqui, mas precisava buscar Lauren em casa, então precisaria sair de casa cedo, por volta das 6:00 pm. Levantei em um pulo e deixei o prato na pia e, no lugar que eu estava, Larry se senta para comer.

– Vou fazer os twists hoje, acho que ela vai gostar. – Disse a ele com um sorriso bobo. Ele assentiu antes de comer um pedaço do bacon e pegar seu celular distraído.

– O que comprou para ela? – Perguntou desinteressado.

Arregalei os olhos, esquecendo-me totalmente de ter comprado o presente de Lauren. Antes mesmo de pegar o avião pensei nisto e agora me esqueço. Larry levanta o olhar estranhando por estar demorando a responder e só então percebeu a verdade.

– Você não... – Ele abaixou o celular e me olhou incrédulo. – Oh, Lau. – Ele começa a gargalhar. – É apaixonado pela garota desde pequeno, quando finalmente a reencontra e tem uma chance com ela, não compra um presente? – Ele falou parecendo ser ridículo. -–Qual foi maninho? Não foi isto que te ensinei.

– Cala a boca... – Dei um soco em seu ombro. – Não sou apaixonado pela Lauren. – Menti. – Ela é minha melhor amiga.

– Melhor amiga? – Larry rolou os olhos e sorriu debochado. – Tudo bem.

Pensei em discutir, mas não tinha porquê. Larry não era burro, ele sabia sobre minha paixão por Lauren. Quem não sabia? Talvez a própria Lauren Morgan. Ao invés disto, corri até o quarto, calcei meu Jordan e peguei minha carteira. Voltei para a sala e gritei para Larry.

– Vou sair. Devo demorar. – Não esperei por uma resposta, fechei a porta e corri para pegar o elevador.

Não conhecia quase nada daquela cidade, então passei na recepção e pedi indicações de lugares em que poderia comprar presentes, bons presente. Depois de a recepcionista me passar uma listinha, anotei tudo no celular e sai procurando um bom presente para Lauren. Passando na frente de algumas vitrines, uma coisa chamou a atenção imediata dos meus olhos, parei o passo e entrei no pequeno lugar, analisando um pouco mais as vitrines do interior dele, mas logo pedindo a um vendedor que me mostrasse o pequeno objeto que tanto me chamou a atenção, o questionei mais sobre. Acho que havia encontrado o presente perfeito.

Perdi a noção do tempo andando por aquelas ruas. Já estava quase na hora de me aprontar, então voltei para a casa com uma sacolinha na mão, me sentindo satisfeito por ter encontrado algo.

(...)

Parei em frente ao endereço que Lauren havia me mandado mais cedo. Olhei para a grande casa ao meu lado vendo uma luz acesa e a movimentação por trás da janela. Lauren. Segurei o volante com mais força e respirei profundamente, tentando controlar meu próprio nervosismo. Hoje era a noite que tanto esperei, tanto sonhei. Hoje mostraria o sentimento que sempre senti a ela. A partir de hoje Lauren seria minha garota, só minha.

Respirei fundo por uma última vez e pressionei a buzina do carro. Demorou alguns segundos até Lauren abrir a janela do segundo andar e sorrir para mim, logo se pôs para dentro, a fechou e a luz foi apagada. Chequei o carro, certificando-me de que tudo estava em seu devido lugar, abaixei o quebra sol e verifiquei se minha aparência estava boa. Não tive tempo de fazer os twists, por passar o dia procurando um presente ideal para Lauren. Liguei o som, pus em uma música calma e baixa, e olhei para a pequena caixa de veludo azul sob o painel. Uma caixa linda, quadrangular e com um brilho chamativo aos olhos de outros. Estiquei o braço e o peguei, sorrindo por naquela caixinha estar perto de todo o sentimento que sinto por Lauren. Aquilo era material, não chegava nem aos pés do verdadeiro sentimento, mas poderia demonstra-la um pouco do que é imaginável.

– Espero que você me traga sorte. – Disse a mim mesmo olhando para a caixa. Sorri ao pensar em ver o lindo sorriso se formar em seus lábios ao recebê-lo e como aquilo poderia ser a marca do meu amor. – Mas vou entregá-lo no fim da noite. – Decidi. – Quero que tudo seja perfeito. – Sorri e revirei os olhos ao perceber o quanto estava sendo clichê.

Abri o porta-luvas e o guardei rapidamente. No segundo em que o fechei percebi Lauren chegar, faltando poucos passos até mim. Saí do carro e a admirei enquanto trancava a porta da frente. Lauren estava vestida com uma calça jeans justa ao corpo, uma bota de cano médio de salto baixo e um casaco bege pesado. Seu cabelo liso, e um pouco ondulado, estava solto, com um gorro e um cachecol, escondendo um pouco do seu rosto, da mesma cor do casaco.

Ela terminou de trancar a porta e virou-se para mim. Apesar da boca estar escondida pelo cachecol, devido ao frio extremo de Nova York, percebi que suas feições levantaram, mostrando que ali havia um lindo sorriso. Os olhos castanho continuava o mesmo, lindo e demonstrando toda a sua doçura. Ela andava com dificuldade, por conta de uma camada fina de neve no caminho, mas ainda sim caminhava com elegância.

– Nossa, como você está bonito. – Disse ela. Ergueu o corpo, ficando na ponta dos pés, e me abraçou carinhosamente.

– Acabou de tirar as palavras da minha boca. – Sorri para ela. – Você está maravilhosamente linda. – Me desvinculei dela, segurei sua mão direita e a girei delicadamente, dando-me a visão perfeita de todo seu corpo. Lauren gargalhou, não uma simples risada, mas uma risada que veio de dentro. Um sorriso verdadeiro.

Abri a porta do passageiro e Lauren entrou, fechei e corri para o outro lado, me acomodando no banco do motorista. Lauren olhou para o rádio rapidamente e depois olhou-me curiosa.

– Onde vamos? – Perguntou assim que girei a chave na ignição.

– Surpresa. – Respondi dando um sorriso torto.

– Você conhece Nova York? – Ela parecia surpresa com a possibilidade de eu conhecer a cidade.

Olhei para ela levantando uma sobrancelha, ela ergueu as mãos para o ar em rendição e sorriu, aceitando que não falaria para ela nosso destino.

O caminho foi razoável até onde queria ir, apesar de durante o percurso ter achado que estava perdido, consegui chegar se que ela suspeitasse ou que tivesse que me ajudar a encontrar o caminho, isso seria cômico se não fosse desastroso. Estacionei o carro devagar enquanto Lauren estava distraída com alguma música que tocava no som do carro. Quando o carro parou de se movimentar, ela me olhou com um belo sorriso no rosto.

– Chegamos. – Suspirei e soltei o sinto de segurança. Ela ia fazer o mesmo. – Espera, vou abrir a porta para você. – Desci rapidamente e dei a volta no carro, abrindo a porta dele e segurando a mão de Lauren, ajudando ela a descer.

Estendi meu braço para que ela cruzasse com o seu, e assim ela fez. Caminhamos devagar até a entrada do lugar e ela não parava de falar o quanto estava surpresa por tê-la levado até ali, que não consegui acreditar, que não fazia ideia, etc.

– Rockefeller Center. – Ela leu a placa mais para si, com os olhos brilhantes. A puxei para entrarmos lá.

(...)

– Pronta? – Perguntei assim que terminei de abotoar meus patins. – Vamos! – A chamei sorridente, passando por ela, vendo seus cabelos balançarem.

– Calma Laurent, vamos devagar. – Pediu ela, se apoiando nas telas de proteção da pista de patinação enquanto tentava se equilibrar em cima dos patins. – Laurent! – Chamou. Já estava longe, andando de costas para as outras pessoas, encarando-a e achando graça por mal conseguir ficar em pé.

– Lauren, você já foi melhor em patinar no gelo. – Impliquei com ela.

– Falou bem, Laurent, fui boa. No passado. – Ela frisou bem a palavra "passado", fazendo-me achar mais graça ainda. – Desde que me mudei para Nova York não patinei mais. – Explicou. Dei mais dois passos para trás e isto bastou para que Lauren gritasse meu nome mais alto. – Laurent. – Choramingou. – Me ajuda. – Foi o bastante para me render aos seus chamados dengosos.

– Um pé na frente do outro, Lauren. – Instrui me aproximando devagar dela.

Ela soltou aos poucos a contenção e tentou dar o primeiro passo, mas antes que conseguisse já estava no chão. Sem conseguir me conter, caí na gargalhada recebendo um olhar repreensivo de Lauren. Ela cruzou os braços e armou um bico, totalmente irritada por estar me divertindo as custas dela. Minha garota estava linda jogada no chão com uma expressão de criança contrariada.

Patinei até ela e a segurei pelas mãos, no mesmo instante os olhos de Lauren focaram nos meus. A cada passo que dava de costas, ela seguia frente a mim. Aos poucos fomos acelerando o ritmo e ela foi pegando o jeito. Com muita resistência, soltei uma de suas mãos, ainda olhando no fundo de seus olhos. Lauren sorriu sem graça e, por um breve momento, seu rosto pareceu se aquecer. Lentamente, fui soltando sua outra mão, deixando-a independente. O lugar já havia desaparecido, se existia pessoas perambulando de um lado para o outro na pista de patinação meu cérebro não capitava mais suas presenças. Só estava Lauren e eu ali. Um olhando para o outro. Um mergulhado nos olhos do outro

– Viu? – Disse a ela. – Está patinando de novo.

Ela sorriu de leve e continuou a andar com calma. Dei a volta e fui ao seu lado. Lauren arriscou alguns passos ousados com os patins, fingindo ser uma patinadora famosa, mas no fim sempre parava no chão.

– Agora vai dar certo. – Disse ela preparando-se.

– Lauren, desiste. – Disse achando graça pois sabia que ela cairia mais uma vez.

– Fica quieto e olha. – Ela silenciou-me.

Lauren patinou um pouco a frente enquanto fiquei parado para ver o que ela aprontaria desta vez. Ela ajeitou o casaco e se abaixou rapidamente para se certificar que os patins estavam bem presos. Se levantou e deu-me um sorriso desafiador. Antes mesmo que pudesse dizer alguma coisa, Lauren começa a patinar na minha direção, aumentando a velocidade, mas algo impediu seu trajeto. Lauren começou a cair a minha frente e, como um reflexo, estiquei os braços e a segurei me virando e a deitando em meus braços. Eram poucos centímetros que separava o corpo de Lauren do chão. E um pouco menos aqueles que me separava dos lábios que tanto sonhei em beijar. Seus olhos me encaravam com doçura, ela não estava apreensiva, na verdade seu corpo transparecia calma. Eu estava nervoso, pensando nas consequências que me traia se fosse abusado ao ponto de me arriscar naqueles lábios.

– Com licença? – Escutei alguém chamar, mas fui incapaz de desviar o olhar. Escutei a pessoa arranhar a garganta e chamar novamente.

Lauren sorriu e segurou meu braço, ajeitando seus pés e erguendo seu corpo, ainda junto ao meu. Ela desceu o olhar até minhas mãos, que ainda seguravam sua cintura e pediu calmamente.

– Acho que já pode me solta. – Sorriu sem graça. – Obrigada. – Falou assim que a soltei.

Tirei minhas mãos, relutantes, de sua cintura e direcionei meu olhar para a pessoa que havia nos interrompido. Uma menina de pele negra, baixa, usava um óculos quase do tamanho do rosto. Ela sorria para nós com uma animação incomum, olhava rapidamente pra Lauren, mas sua atenção estava focada em mim.

– Laurent Bourgeois, certo? – Ela pergunta saltitante apontando para mim. Assenti e a animação só aumentou. – Poderia tirar uma foto comigo? – Pediu mostrando-me o celular. – Sou sua fã.

Abri a boca pensando no que poderia responder, ela realmente havia pegado-me de surpresa. Larry e eu éramos parados nas ruas por fãs querendo uma foto conosco, mas isto acontecer com Lauren presente era algo inusitado. Olhei para Lauren pedindo, apenas com o olhar, uma ajuda. Ela sorriu e se aproximou da menina estendendo a mão.

– Deixa que eu tiro para você. – Falou ela gentilmente.

A menina correu para o meu lado e logo sorriu para a foto. Por ser baixinha, me abaixei e passei meu braço por seu pescoço. Direcionei meu olhar a câmera e esperei pelo flash. Lauren segurava o celular da menina quieta demais, mas quando os segundos começaram a correr e nada da foto ser tirada, comecei a estranhar.

– Já tirou, Lauren? – Perguntei sustentando o sorriso no rosto.

– Ah. – Ela abaixou o celular rapidamente. – Já sim, está aqui. – Ela esticou o braço devolvendo o celular a menina. A garota a encarou com se estivesse analisando, mas logo se virou para mim mostrando seu enorme sorriso novamente.

– Obrigada. – Agradeceu me abraçando.

– Por nada. – Sorri e fiquei a vendo partir. Assim que já estava longe me virei para Lauren e segurei sua mão. – Tudo bem? – Perguntei chamando sua atenção.

– Ah, claro. – Sorriu. – Aposto uma corria, o último a chegar vai ter que pagar um sorvete.

– Um sorvete, Lauren? – Ri. – Está frio.

– Um chocolate quente então. – Deu de ombro. – Valendo. – Gritou e saiu em disparada em direção a um Lounge-café que havia no lugar, sem dar-me a oportunidade de uma corrida justa.

O restante da noite passava de forma gostosa, despercebida. Entre os sorrisos, brincadeiras e abraços, vinham as trocas de olhares, rostos corados e falta de palavras. Ela continuava uma pessoa incrível e apaixonante. A Lauren que conhecia, a minha Lauren. Decidimos ir embora, depois de algumas horas que saímos da patinação.

(...)

Desci do carro e acompanhei Lauren até a porta de sua casa. A noite havia sido mais que incrível, lógico que tive que pagar o chocolate quente, mas não me importei, pois estava ali com ela. Mas estes últimos minutos juntos eram os que mais me deixavam apreensivo. Em todo momento tentei dizer a ela sobre meus sentimentos, dizer o quanto a amo e sempre amei. Dizer que esses cinco anos longe dela, longe de seu perfume, longe do alcance de sua pele, foram a pior forma de tortura que alguém poderia ser submetido. Amava Lauren, não tinha mais como esconder este fato dela. Não tinha mais como esconder este fato de mim mesmo.

– Então, chegamos. – Falou ela ajeitando uma mecha para trás da orelha, segurando suas chaves na ponta da escada da entrada de sua casa, começando a subir os degraus. A acompanhei, encostando meu braço no dela, enquanto escondia as mãos no casaco, fugindo do frio.

– Chegamos. – Repeti parando em frente à sua porta, e um silencio se pôs entre nos. Não queríamos nos despedir.

– Então, eu amei a nossa noite, Laurent. – Ela falou puxando a ponta do seu cachecol. – Foi tudo incrível, cada detalhe. – Ela sorria ao me olhar de forma tímida, deixando transparecer a garota simples que era e que havia me conquistado. – Você conseguiu me surpreender, como sempre. Obrigada. – Puxei sua mão, me permitindo segurá-la sem parecer abusado.

– Eu queria te dar um presente. – Falei nervoso enquanto pegava a pequena caixa de veludo azul no bolso. – Comprei isto para você. – Mostrei para ela a caixinha. – É algo simples, mas escolhi com muito carinho.

Ergui a caixinha para ela e continuei segurando sua mão, ela abriu a caixa com sua outra mão, dando-lhe a visão perfeita do presente perfeito. Lauren olhava para o colar de ouro branco com uma pedra de Safira azul em forma de coração. Ela estava pasma, levou sua mão a boca, tentando procurar as palavras a serem ditas naquele momento.

– Laurent... – Foi o que conseguiu dizer, ainda encarando o colar.

Abri um enorme sorriso feliz por ter conseguido alcançar meu objetivo. Lauren estava surpresa e, aparentemente, amando seu presente. Peguei o cordão e pedi para que ela se virasse, ficando de costas a mim. Ela faz o que pedi e segurou todo seu cabelo no ar enquanto pouso a pedra em seu peito.

– É uma safira azul. – Disse perto de seu ouvindo. – Dizem que a safira azul é um talismã poderoso para o amor. – Meu coração começou a pulsar mais forte dentro de mim e minha respiração acelerar. – Ele assegura casamentos felizes e duradouros. Uma união perfeita. – Sorri ao imaginar do para sempre que teria ao lado de Lauren. – Dizem também que nos protege da inveja e traz graças divinas. – Fechei o cordão em seu pescoço e deixei que Lauren virasse para mim. – Ele combina com seus olhos castanhos, tão lindos quanto essa pedra.

Ela segurou o pingente entre dois dedos com um sorriso perfeito nos lábios.

– Eu... – Gaguejou. – Laurent, eu amei. – Balançou a cabeça atordoada com o presente. – Ele é lindo.

– Fico feliz por ter gostado. – Sorri igual bobo.

– Não gostei, eu amei. – Frisou. – De verdade, ele é lindo.

Seus olhos brilhavam como nunca havia visto antes e seu rosto estava todo iluminado, demonstrando sua felicidade. Era este o momento, era agora. Ia dizer o que sempre senti por ela e finalmente ela poderia ser minha. Finalmente poderia ser a minha garota.

– Lauren... – A chamei baixo, mas baixo demais que nem consegui chamar sua atenção.

– Laurent, ele é lindo. – Disse mais uma vez. – Vou usá-lo no casamento. – Ela falou de forma espontânea e meu corpo gelou. Senti minha respiração parar e meu mundo saiu de sua órbita normal. – Este cordão vai combinar perfeitamente com o vestido. – Ela me encarou. – Ah meu Deus, eu não te falei do casamento. – Ela ria de forma extremamente feliz, um sorriso sincero. Minha expressão não mudou, ela nitidamente se desfez de um sorriso para uma expressão de tristeza. Rapidamente escondi sem que ela percebesse, mas meu mundo havia desmoronado bem ali, em sua frente.


Notas Finais


Estamos indo embora antes que resolvam nos bater ou algo pior.
Lembrem-se que amamos você, pelo amor de Deus.
Feliz ano novo de novo (Nossa, vamos embora depois dessa)

xoxo da MrsYoncé
Beijoos da MrsLilBeast


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