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História Sinistra - Cinquenta e oito, FINAL


Escrita por: GabbsDivergent

Notas do Autor


O capítulo final gente!! Espero que gostem e não me matem!!! Logo vou postar sobre os agradecimentos e sobre as próximas obras!! Dedico esse a todos vocês!

Capítulo 58 - Cinquenta e oito, FINAL


O elevador é lento e parece que nunca acaba. O suspense só aumenta em cada segundo. 

Não sabemos o que esse Under é e o que ele irá fazer. 

Será que era uma boa ideia ter vindo para cá? Será que nós sabemos onde estamos nos metendo?

Onde que esse elevador irá dar?

De repente, um urro vem de cima. Nós todos levantamos nossos olhares. Uma coisa gigante se aproxima do chão. 

De repente, a coisa cai com tudo ao lado do painel. 

Tem o tamanho de um urso. Um de seus braços é como a de um humano comum, mas o outro é uma enorme garra pontuda. Sua pele é vermelha. Nu, porém sem sexo. O seu coração — que ainda está batendo — está amostra em seu peito e é pendurado por quatro veias finas em cima e uma grossa em baixo. Suas pernas são grossas e gigantes. 

É o Under. Ele urra alto.

Miro meu fuzil para ele e atiro. Meus tiros pegam em sua cabeça. As balas a atravessam, mas não deixam feridas. É como se eu não tivesse atirado.

O monstro corre em minha direção e me bate com sua garra. Eu rolo para longe. Sinto meus braços e pernas doerem.

— Claire! — diz Harry. 

Ele corre em minha direção, mas o monstro o impede, o empurrando com seu ombro gigante e o fazendo cair.

Do chão, eu miro minha arma para as costas do monstro e disparo. Os tiros o atravessam, mas não deixam marcas. Todos começam a disparar em direção ao monstro, mas parece que nem o afeta.

Ele se vira para mim e começa a correr. Meu coração dispara e me faz levantar apressadamente. 

O Under crava sua garra contra o chão e se prende. Miro minha arma onde está seu coração. Disparo.

Os tiros acertam em cheio. O monstro urra de dor e então cai no chão, ainda com o braço preso no chão do elevador. Ele não apresenta mais sinais de vida. 

— Acabou? — pergunta Dylan. — Era isso? 

Fico olhando para o monstro. Está muito fácil para ser apenas isso... 

Me aproximo mais do corpo paralisado do monstro. Não consigo ver se seu coração está batendo, ele caiu em cima dele.

Estou preparada para qualquer movimento que ele der. Minha arma está apontada em sua direção. 

Mas não adianta. Sou pega de surpresa. O Under tira sua garra do chão e me atinge com sua garra. Rolo novamente, dessa vez com mais força. Solto meu fuzil sem querer. 

Sinto dor por toda parte de meu corpo. Sorte eu não ter batido a cabeça. 

Me levanto novamente e retiro a pistola do coldre. Percebo que um pente caiu enquanto eu rolava. Ele está no chão, não muito longe, mas agora não dá tempo de pega-lo.

O coração do monstro se regenera aos poucos. Se ficarmos atirando lá, talvez uma hora ele pare completamente.

— Atirem no coração! — grito.

Dylan pega a shotgun que estava em suas costas e anda em direção ao monstro. Quando ele está numa distância perto demais do monstro, mira sua arma para o peito dele. 

Under levanta sua enorme garra pra Dylan, mas ele atira. Seu coração é pego por várias balas que saem da shotgun. O monstro perde os sentidos novamente e cai.

O elevador está descendo faz muito tempo. Parece que ele nunca vai chegar ao objetivo. 

De repente, o corpo do monstro levanta novamente. Não adianta atirar no coração. Ele regenera de qualquer forma.

Dylan corre para longe dele. Então o monstro vira seus grandes olhos vermelhos para mim.

Me desespero quando ele solta um uivo alto. Então eu o vejo pular. Não um pulo normal. É de pelo menos uns vinte metros do chão. 

Corro para longe quando vejo seu corpo se aproximar de mim. O chão treme com sua queda e o elevador solta um barulho agonizante. 

Caio rolando. Sinto o chão se inclinar. Ele quebrou o elevador.

Então bato contra uma parte inclinada da ponta do chão. Ela me segura para não cair do elevador. 

Vejo o corpo do monstro vir em minha direção escorregando. Um pouco mais à frente, o pente da pistola que tinha caído.

Eu miro no monstro, mas quando atiro, nada sai da minha arma. Então ergo o braço, agarrando o pente que caia em minha direção.

Troco os pentes rapidamente e atiro no monstro. Uma das minhas balas atingem o coração do monstro e ele se desvia de mim.

O Under cai do elevador, mas se segura na ponta dele. O chão se inclina mais ainda. Olho para baixo e vejo que o chão não está tão longe assim.

Acho que dá para pular.

Olho para trás e vejo todos se segurando para não escorregar para fora do elevador.

— Temos que pular! — grito. — O chão não está longe! Vamos sobreviver!

Sem mais enrolação, eu me deixo cair. Propositalmente, Caio sobre o monstro e o levo junto comigo até o chão. 

A sensação é como o do dia que pulei do hospital e quase morri. Meu coração está quase saindo pela boca. Não consigo respirar.

Então eu sinto o impacto com o chão e rolo para o lado. Vejo todos caindo no chão também. Então o enorme pedaço de chão que era o elevador.

— Corram! — grito.

Saímos da área circular e entramos em uma passagem enorme. Minhas pernas quase não aguentam e eu por pouco não caio. Mas assim que percebo estar segura, desabo no chão, junto aos outros.

Olho para trás, bem a tempo de ver o enorme pedaço de chão cair sobre o monstro e se espatifar. O enorme pedaço de chão se transforma em milhões de pedacinhos de concreto e ferro.

Uma grande fumaça sobe e eu não consigo ver mais o chão. Não vejo mais o corpo do monstro. 

Tento parar de pensar nele e recobrar a respiração normal. Meu pulmão arde fortemente e meu coração dói a cada batida. Sinto minha cabeça doer um pouco. 

Não consigo levantar do chão. Olho ao redor. Estamos em um lugar enorme de pedra. Acima de nós, o teto tem um grande símbolo de infecção esculpido.

Do outro lado, há uma parede com uma porta escondida. Percebo que é uma porta pois há um espaçamento pequenininho entre duas partes das paredes. Acima da porta, uma televisão. E ao lado da televisão, duas armas enormes.

— Bem-vindo a sala de testes da LPB. — diz uma voz robótica feminina. Acho que vem da televisão. — A porta só irá se abrir quando não tiver mais infecção na sala. Se em algum momento, reconhecermos alguma ameaça grande, nossas armas serão ativadas e matarão tudo que se movimentar.

Ergo as sobrancelhas. Não tem nenhuma infecção aqui. Por que a porta não está aberta?

Ah. O monstro é uma infecção. Mas espera. Se ele ainda está sendo reconhecido como uma ameaça... Então ele ainda não...

Vejo o corpo gigante do Under correr em minha direção. 

Me levanto e corro para longe. O monstro passa por mim e para. Tiros são disparados contra ele. O monstro não liga para eles, mas muda de alvo. Agora está atrás de Demi. 

Vejo Under correr em direção a ela. Ela fica imóvel. Paralisada.

Então vejo o garoto loiro voar em sua direção. Niall a desvia do monstro e os dois caem no chão. Coloco as mãos na boca com o susto.

O monstro bate contra a parede e faz uma enorme rachadura. Ele parece zonzo e sou obrigado a gritar o nome de Niall e Demi para eles saírem do chão.

Isso com certeza vai ficar marcado em Demi. Niall salvou sua vida. 

Miro minha pistola contra o monstro e atiro. Ele se vira para mim. E urra.

De repente, um alarme soa.

— Ameaça perigosa reconhecida! — diz a voz eletrônica. — Ativando módulos de defesa! 

Vejo as armas perto da televisão se ativarem. Elas se movem e procuram algo que se mova.

— Fiquem parados, todos parados! — grito.

Mantenho meus pés grudados no chão. Meu coração bate forte. Tento não tremer. Meus braços e pernas falam para eu me mover, mas meu cérebro não deixa. Não consigo controlar a tremedeira. Minha respiração se torna rápida. 

As armas procuram atentamente algo para atirar. Só não espero que não atire em nenhum de nós. 

O monstro começa sua corrida. Em minha direção.

As armas miram para ele e disparam descontroladamente em sua direção. Os tiros — que são ensurdecedores — pegam no Under. Mas ele não para. Continua vindo em minha direção. Eu posso correr. Posso atirar em seu coração. Mas não vou. Tenho que permanecer parada.

O monstro está chegando. Não se mova, Claire. Ele está perto. Claire, se você se mover, tudo que fez será em vão! Ele está a centímetros de distância e...

Um disparo acerta seu coração. 

O monstro rola no chão. Seu braço humano cai em cima do meu pé. Meu coração quase explode. Parece que acabei de sair do banho, de tão suada que estou.

— Todas as ameaças eliminadas — diz a voz.

Então as armas voltam a ficar imóveis. 

Corro para longe do monstro, arfando e tremendo. Caio nos braços de Harry.

— Isso não está adiantando nada! — falo, quase gritando. — Precisamos matá-lo! Temos que cortar aquelas veias e arrancar o coração de lá.

Atrás de mim, o monstro urra e volta a se levantar.

— Como vamos fazer isso? — ele pergunta.

Eu olho para trás. O monstro já está de pé. Mas ele corre atrás de Dylan e Demi, que estão o distraindo. 

Olho para o cinto de Harry e vejo varias facas guardadas em coldres especiais. Então tenho uma ideia. 

— Atira uma faca nas quatro veias de cima e eu atiro uma flecha na veia de baixo. — falo.

Ele me encara, como se não tivesse muita certeza dessa ideia.

— Tem certeza que isso irá dar certo? Vai conseguir acertar a flecha naquela veia pequena? — fala ele.

— Eu vou conseguir — meu coração saltita dentro de mim. — Eu sou uma Sinistra.

Harry sorri e seu sorriso me atinge como um tiro.

— Você é minha Sinistra.

Minha vez de sorrir. Essas palavras marchem com tudo dentro de mim. Mal consigo me concertar agora. 

Respiro fundo. 

Coloco minha pistola no coldre e corro. Em direção ao monstro, junto com Harry.

Vou até à frente do Under e pego meu arco. Falo para os outros saírem de perto. Tomara que dê certo. 

Pego um arco e atiro rapidamente em sua direção. Mas a flecha acerta ao lado de seu coração. 

Droga! 

O monstro urra e vira para Harry. Ele parece mirar e então atira. Mas sua faca passa pelo monstro e quase me acerta.

Ergo as sobrancelhas. Agora o monstro está indo atrás de Harry. Nosso plano não deu certo. Nós falhamos. 

Então, tenho um plano B de última hora. Sei que ele não é bom no arco e eu não sou boa na faca, mas invertemos os papéis. Jogo meu arco por cima do monstro e o vejo segura-lo em cheio. Corro até a faca caída no chão e a pego. 

O monstro anda em direção de Harry. Jogo uma flecha para ele. Então ele já a ajeita no arco. Vejo ele puxando a flecha. Esta segurando o arco da forma correta. Está puxando a flecha da maneira correta.

Aprendeu comigo.

Então ele solta a flecha e ela vai diretamente para o peito do monstro, bem em sua veia. 

O Under urra e se vira lentamente para mim. Palavras de Harry veem na minha cabeça. 

Não pense. Jogue. Não mire. Jogue. Apenas jogue.

Isso depende de mim. Tem que ser agora. O Under corre em minha direção.

Jogo a faca. Apenas olhando na direção que eu deveria jogar. A faca acerta em cheio as quatro veias de cima. 

O monstro urra alto. Então cai rolando no chão. Sangue sai de seu peito e suja o chão que passa. Então seu corpo finalmente para de rolar. 

Seu coração agora está imóvel no chão, bem longe de seu corpo. Ele está morto.

Nós o matamos.

Olho para Harry. Não consigo deixar de sorrir. De repente, levo um susto. A televisão se liga e eu ouço uma voz feminina. Reconheço essa voz. Ah não...

— Bravo, bravo! — ouço palmas. Me viro para ver a televisão, só para ter certeza de quem é. — Vocês conseguiram. Passaram por tudo isso!

Meus pelos todos se arrepiam. Meu coração está totalmente acelerado novamente. Parece que não vamos ter descanso.

— Então era você... — falo. — Nunca foi Clarissa...

O rosto dela sorri na televisão. Eu desconfiei dela. Mas jurava que era Clarissa. Como fui tão burra?

A ex-namorada de Niall. A menina que mora com Clarissa. 

Brenda.

— Sim Claire, sou eu. Enganar você para achar que era Clarissa foi a coisa mais fácil que já fiz na minha vida. — ela fala. 

— Desgraçada! — grita Niall.

Ela ri. Então a porta abaixo da televisão começa a se abrir.

— Foi uma péssima ideia vocês terem vindo para cá — ela fala.

— Infecção eliminada, porta da sala de testes se abrindo. — diz a voz robótica. 

A raiva que sinto de Brenda agora é grande. Ela nos fez de idiota. 

— Boa sorte com sua jornada — ela dá um enorme sorriso. — Isso foi apenas o começo.

Então a televisão desliga.



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