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História Sirens of Love - Chega de Mentiras.


Escrita por: alphasnow

Notas do Autor


Olá, olá!! Eu começo pedindo UM MILHÃO DE DESCULPAS pela demora. Quase um mês, eu não queria chegar a demorar tanto, mas não estava com um pingo de inspiração e estava muito indecisa sobre como escrever a fanfic daqui para frente, não conseguia pensar em qual rumo levar a historia. Ainda com receio, escrevi esse capitulo. Não vou dizer muito dele, nos vemos nas notas finais.

Boa leitura a todos. ^^

(desculpe qualquer erro, só revisei uma vez)

Capítulo 13 - Chega de Mentiras.


Fanfic / Fanfiction Sirens of Love - Chega de Mentiras.

 

 

Cheguei em casa era entorno das onze horas, tudo estava quieto e apagado. Emily estava em sua cama, e já dormia. Dylan também.

 

Entrei no banheiro, tentando fazer silencio e tomei um rápido banho. Era sábado, não achei que já estivessem dormindo a essa hora. Saio do banho e visto uma camisola preta. Escovei os dentes e fiquei ali parada na frente do espelho, penteando o cabelo.

 

Sai do banheiro e fui para o quarto. Não me deitei, ao invés disso me sentei em uma poltrona que tinha ali, fiquei encarando Dylan. Ele estava tão lindo. Sua barba estava sem fazer, e o rosto com uma expressão de calma. Lembrava-me de quando éramos mais novos.

 

Antes de engravidar, quando dormíamos juntos - quando Dylan deixava, pois ele não gostava - eu costumava o observar enquanto dormia. Ele era e ainda é bem temperamental, mas quando dorme fica tão calmo.

 

Dylan abriu os olhos, do nada, e eu levei um baita susto.

 

— Tem que ficar me apreciando só de longe? – perguntou, me encarando, eu morria de amores por aqueles olhos azuis. — Onde passou o dia? – ele se sentou, me pegando de surpresa.

 

— Eu, hã, estava na casa da Mia com a Inglid. – inventei. Ele me encarou, analisando minha resposta.

 

— Estranho, pois eu encontrei a Inglid hoje no centro, com o noivo dela. – sorriu cínico. Filho da puta.

 

— Inglid só para lá mais de tarde. – me levantei. — Eu passei o dia com a Mia, Inglid apareceu depois das cinco.

 

— Aonde vai? – perguntou, me vendo indo em direção a porta.

 

— ‘To com fome. – respondo, saindo do quarto.

 

 

 

Os dias se passaram voando. O ano novo veio e parece que junto a ele, a desconfiança de Dylan. Eu não podia sair de casa que ele sempre me perguntava aonde eu ia, com quem e que horas voltaria. Por precaução, evitei me encontrar com Harry. Só conseguia o ver no máximo duas vezes por semana, e graças às meninas.

 

Eu não entendia, mas quanto menos eu ficava sem o ver, mais falta eu sentia. Harry tinha se tornado uma parte muito importante de mim, e eu precisava cada vez mais dessa parte por perto. Eu não sabia ao certo o que sentia por ele, mas era forte, e de forma alguma eu queria acabar com esse sentimento.

 

— Megan? Megan! – Harry gritou, me tirando dos pensamentos.

 

— Oi. Megan sou eu. – respondo. Ele gargalhou.

 

— Vai querer o que amor? – coloquei as mãos no bolso da calça, olhando os doces.

 

— Eu não posso levar tudo? – choraminguei.

 

— Deixa de ser fominha. – Mia praticamente gritou. Mandei-a calar a boca, estávamos dentro de uma confeitaria, ninguém precisava saber sobre minha queda por doces, o que já era meio obvio.

 

 Sentamos-nos na mesa com nossos pedidos, Harry ao meu lado, Mia e Inglid na nossa frente. Eu queria aproveitar, pois eram raros momentos assim, normalmente ficávamos enfiados na casa de algum deles.

 

— Megan, você só não engorda de ruindade. – Inglid disse, a encarei. — Ta comendo igual louca desde ontem.

 

— Nem vem, eu to morrendo de fome. – dei uma mordida em meu cupcake.

 

— Comeu uma pizza quase sozinha ontem e hoje um prato de panquecas, como pode estar com fome? – eu iria responder, porém Mia foi mais rápida.

 

— Vale lembrar que vocês duas acabaram com as pizzas sozinhas, e a ideia de vim aqui foi sua. – Mia puxou o canudinho de seu milk-shake e apontou para Inglid, que quase ficou com a roupa com pingos da bebida.

 

— Sou diferente, estava com fome.

 

— Eu também! – me defendi.

 

— Eu nunca vou entender vocês, passam o dia na academia e quando saem de lá vão comer pizza. – Harry comentou.

 

— Como você consegue Megan? – me pergunta Mia. — Trabalha a tarde toda, tem uma filha e um marido pra cuidar, administrar a casa, faz academia e ainda da atenção pro Harry. Fala sério, eu não dou conta nem de arrumar meu quarto.

 

— Tempo para mim não é problema, eu pedi demissão na editora. – contei a eles e praticamente se engasgaram com o que estavam comendo, e Mia quase cuspiu toda sua bebida em meu rosto.

 

— Como assim pediu demissão? Você não tinha conseguido uma promoção pra subir de cargo ou até mesmo mudar de editora? – perguntou Inglid, me fulminando com o olhar.

 

— Ah, eu achei melhor sair. – sorri, tentando mostrar que não era nada. A verdade é que Dylan me obrigou a pedir demissão, tivemos uma briga feia, o que me resultou um corte nos lábios e a marca de sua mão em meu pulso, e não foi graças a uma noite de sexo ardente depois da briga, pois isso nós não fizemos.

 

— Ai, rola baladinha mais tarde? – Inglid perguntou animada.

 

— Não posso, tenho uma reunião mais tarde. – disse, me apoiando na mesa.

 

— Minha mãe com o marido chegou à cidade hoje, nem se preocuparam em irem me ver, mas exigiram minha presença em uma reunião de negócios, fala sério. – Harry disse, bufando.

 

— Boa sorte, não tem nada mais tedioso do que isso. – dei tapinhas em suas costas, e ele choramingou.

 

 

 

-Megan! - gritou Dylan, bufei.

 

- O que foi? - sai do banheiro e fui até o quarto, Dylan estava no closet.

 

- Cadê o outro pé do meu sapato? - pergunta bravo. Controlei-me para não rir.

 

- Você perdeu Dylan, procura outro ai.

 

- Mas eu quero esse.

 

- To nem ai, vai descalço então. - sai do closet e voltei para o banheiro.

 

Como alguém podia ser tão infantil em uma hora e na outra tão chato?

 

- Ta pronta? - me perguntou, afirmei. - Qual seu problema com os vestidos mais compridos?

 

- O que é bonito, é para se mostrar. - joguei meu cabelo para trás, e saímos do quarto.

 

Dylan tinha uma reunião com alguns donos de outras empresas e essas coisas chatas. Dessa vez, eles resolveram fazer algo menos social, e iriam jantar em um restaurante perto da praia.

 

 

- Como eu ‘to? - perguntei, arrumando minha jaqueta. Eu vestia um vestido liso preto que ia até minha coxa, não era curto, e uma jaqueta que era uma mistura de vinho com bege dourado.

 

- Ta linda, até de mais da conta. - ele me abraçou de lado pela cintura e entramos no restaurante.

 

Dylan por sua vez vestia um uma calça jeans, regata branca e uma jaqueta jeans. Sua pele bronzeada, barba sem fazer e os lindos olhos azuis. Eu poderia estar com muita raiva dele, mas Dylan era lindo.

 

O restaurante era amplo, moderno, mas me lembrava da Itália antiga. De mãos dadas, Dylan nos levou até a mesa em que se encontravam os sócios e donos. Era uma mesa grande, tinha quatro homens e duas mulheres, duas cadeiras vazias para nós.

 

Reconheci um cabelo rosa e meu coração gelou. Parei quase que instantaneamente. Anne, Gemma, Harry e o padrasto. Isso só poderia ser brincadeira. Eu não acredito. Dylan tinha marcado um jantar com os pais do Harry? Por que não percebi isso antes, que merda!

 

— Que foi Megan? – Dylan pergunta, se virando para mim. Eu deveria estar mais branca que as paredes do restaurante, e olha que era um branco gelo.  — Megan.  – ele se virou para mim completamente, ficando em minha frente.

 

— Desculpe, foi um mal estar. – apertei a mão dele e sorri. Dylan afirmou levemente e nos levou até a mesa.

 

— Dylan, até que enfim. – um dos homens da mesa se levantou, nos cumprimentado. Eu já tinha o visto antes, mas estava atônica de mais para lembra o nome dele, me esqueci até o nome do padrasto de Harry. – Se juntem a nós.

 

Sentamos-nos, e eu justamente na frente de Harry, que anda estava distraído cochichando algo com Gemma, creio que nenhum dos dois tinha notado a presença minha e de Dylan. A mesa era normal, com quatro cadeiras de cada lado, Harry na minha frente, e Gemma na frente de Dylan, que estava ao meu lado.

 

— Gemma e Harry, deixem esse celular de lado. – Anne cutucou Gemma, que resmungou algo.

 

— Espera ai mãe, eu sou vou enviar uma mensagem para – ele levantou a cabeça, olhando para a mãe, mas acabou esbarrando seu olhar em mim. —Megan?!

 

— Oi. – fiz um leve aceno com a mão.

 

Dylan estranhou, e deu uma olhada em Harry, então bufou.

 

— Eu deveria ter deixado você em casa. – Dylan aproximou seu rosto do meu e sussurrou.

 

— Foi você quem quis me trazer, e além do mais, não tem motivo para achar ruim eu estar aqui. Ele é só um amigo.

 

— Amigo...

 

— Amigo! – o impedi de completar a frase. Puxei seu queixo e lhe dei um breve selinho. E só percebi depois que fiz isso na presença de Harry. Merda.

 

 

— Vou ao banheiro. – falei baixinho. Estávamos ali há quase meia hora e eu estava morrendo de tédio com o assunto deles.

 

— Eu também. – Gemma anunciou, se levantando.

 

Fomos até o banheiro. Gemma ficou parada na frente do espelho retocando a maquiagem e eu apenas parada, a observando. Qualquer coisa seria melhor do que ouvir aquela conversa chata deles.

 

— Você quase matou o Harry do coração. – Gemma disse, após alguns segundos.

 

— Eu nem imagina que ele estaria aqui, do contrario não teria vindo. – me apoiei na pia. — Não gosto de falar do Dylan perto dele, e não gostaria que ele nos visse juntos. – abaixei a cabeça. — E agora?

 

— Olha Megan, só tenta agir naturalmente. Não deixa na cara do Dylan que você esta nervosa. Quanto ao Harry, bom, ele não pode ficar zangado quando a isso, o relacionamento de vocês é secreto, fora dele você tem sua vida. – Gemma disse, de forma calma. Sorri e joguei um pouco de água no rosto.

 

Voltamos para a mesa, Gemma se sentou ao lado de Harry, sorri e me sentei em meu lugar. Permaneci quieta durante todo o jantar. Nem toquei na comida, o máximo foi uma taça de vinho.

 

No final, eu não sabia do que tinham tratado. Fiquei viajando, tentando não manter contato com Harry, e me esquivando dos toques de Dylan. Ele acabou percebendo, mas não questionou nada até que saíssemos do restaurante.

 

— O que você tem? — perguntou, encostado ao carro.

 

— Nada, só estou um pouco cansada. — fiquei em sua frente, de onde poderia ter visão da entrada do restaurante.

 

— Isso porque não faz nada da vida... – debochou, sorrindo. Dylan me puxou, me abraçando pela cintura, e deixando nossos corpos próximos.

 

Dei uma rápida olhada para a rua. Em frente ao restaurante tinha um carrinho de cachorro quente. Aquilo me chamou a atenção, senti minha boca ficar com um leve gosto amargo, mas ao tempo adocicado. Uma sensação familiar tomou conta. Levei os lábios até a boca e encarei o carrinho.

 

— O que foi? – Dylan pergunta, me encarando e virando o rosto, olhando para o restaurante.

 

— Quero comer cachorro quente. – pedi, o encarando.

 

— Isso é serio? Você não comeu nada no restaurante e me pede um cachorro quente? – concordei com a cabeça e fiz biquinho. — Ok. – ele respirou fundo, passou a mão pelo cabelo e agarrou minha mão, nos levando até o outro lado da rua.

 

 

— O que foi? – perguntei a Dylan, enquanto dava mais uma mordida no cachorro quente.

 

— Nada... – respondeu, cerrando os olhos e me analisando. Não era raiva, era duvida. Ele estava encostado no poste, enquanto passava o dedo pelos lábios, me examinando. — Vamos indo, você termina isso no meio do caminho. – não disse nada e o segui até o carro. Logo fomos para casa.

 

 

Assim que chegamos em casa, Dylan correu para o quarto. Ignorei e fui até o de Emily, ela já dormia. Tirei meus sapatos e entrei em seu quarto, na ponta dos pés. Emily dormia calmamente, seu rosto angelical me fez sorrir. Sentei ao seu lado na cama, enquanto passava a mão em seus cabelos. Ela deu uma pequena remexida na cama, mas não acordou. A babá entrou no quarto, com seu pijama e o roupão por cima, um copo de água na mão. Sorri para ela, dei um beijo na testa de Emily, e silenciosamente sai do quarto.

 

Entrei em meu quarto e Dylan estava parado ao lado do closet, com a mão na boca, parecia roer as unhas, achei engraçado. Não comentei nada e fui para o banheiro.

 

Lavei o rosto e tirei o pouco de maquiagem, que era mais mesmo para esconder algumas malditas espinhas que resolveram aparecer, e também, esconder o pequeno machucado e o levo roxo em meus lábios. Escovei os dentes e fiz um coque em meu cabelo, que logo se desfez. Joguei a jaqueta no cesto de roupa, e voltei para o quarto, mas dei de cara com Dylan na porta, o que me impediu de sair do banheiro.

 

— Quando ia me contar? – pergunta bravo. Franzi a testa, sem entender. — Chega de mentiras Megan, eu quero a verdade.

 

— Que verdade? – recuei, dando um passo para trás, parando com as mãos para trás, apoiadas na pia.

 

— Quando foi a ultima vez que a gente transou? – perguntou, e me deu vontade e rir. — Responde!

 

— Isso faz diferença? – soltei um risinho, ele me encarou. — Não sei, semana passada?

 

— Antes disso?

 

— Dylan! – o repreendi, ele voltou a me encarar, bufei e tentei me lembrar. Desde que comecei a me envolver com Harry, minha relação sexual com Dylan diminuía. — Acho que foi há umas três semanas... – dei de ombro, ele me examinou.

 

— Quantas caixas de remédio comprou nas ultimas duas semanas? – o olhei sem entender, aonde ele queria chegar? – Quanto remédio para dor de cabeça e para relaxar você comprou?

 

— E eu vou saber Dylan? Poxa, eu sai da editora há duas semanas, minha saída e nossas brigas acabaram comigo...

 

— Suas dores de cabeça eram mais frequentes, você reclamava de dor no corpo e eu me lembro de um final de semana que passou o dia na cama. – cerrei os olhos para ele, isso já estava me enchendo.

 

— Talvez eu tenha passado o dia na cama, pelo fato de você ter me batido no dia anterior. Minha dor física e mental era tanta que minha vontade era passar o resto da vida naquela cama. – joguei esse pequeno fato em sua cara, mas ele não se abalou. Segurou minhas mãos, que ainda estavam apoiadas na pia, e apertou forte.

 

— Você não comeu quase nada nos últimos dias, pediu para cozinharem coisas as quais você não gostava há tempos. Viveu a base de doce, não é mesmo? – ele continuou, ignorando o que eu tinha dito. — Quando foi a ultima vez que menstruou? – ele só poderia estar de brincadeira...

 

— Há um mês. – respondi, entre dentes. Na verdade, eu menstruei semana, passada, mas foi tão pouco que achei irrelevante dizer isso a ele.

 

— Um mês e meio. – me corrigiu, apontando para uma pequena tabela que eu tinha ao lado do espelho, onde eu anotava minha menstruação. Tinha esse costume desde nova.

 

- Eu menstruei semana passada Dylan... – comecei a dizer, mas ele logo me cortou, e disse:

 

— Mas foi pouco e nem se deu ao trabalho de anotar. – completou, com um sorriso que me deu medo. — Se lembra de minha irmã mais nova? Que queria se formar em medicina...? – afirmei, recuando. — Uma vez, ela estava estudando algo sobre gravidez – arregalei os olhos — me pediu ajuda, e assim fiz. Eu não vou explicar as coisas as quais aprendi naquele dia e me lembro até hoje, mas sei que também deve saber, afinal, já passou por isso. Mas vale lembrar, que eu observei tudo.

 

— Dylan... – chamei com a voz baixa, quase em um sussurro. Um filho não seria tão ruim, mas a julgar pelo seu comportamento, ele teria chegado, bem antes, a mesma conclusão que eu cheguei agora.

 

— Achou mesmo que eu seria lerdo ao ponto de não notar que estava grávida? – gritou. A raiva transparente em sua voz e seus olhos, que já estavam de um azul escuro, como eu só tinha visto algumas vezes. — Achou que eu não iria fazer as contas, para saber que esse filho não é meu? – gritou novamente. Vi a ira em seus olhos, a qual só tinha visto a duas semanas. Fechei os olhos, quando sua mão veio de encontro ao meu rosto. Virei o rosto, sentindo a dor na região onde sua mão tinha acertando, a raiva também crescia dentro de mim, e eu me controlei para segurar as lagrimas.

 

O empurrei, e tentei sair do banheiro, mas ele foi mais rápido, trancando a porta e me jogando na parede ao lado, minhas costas bateram contra a parede gelada.

 

— Chegou mesmo a pensar que eu não iria perceber que estava me traindo? – sorriu, de uma forma que me deu medo.

 

— Qual a sua moral para dizer isso? – gritei, deixando a raiva tomar conta. — Passei anos da minha vida ao seu lado, aguentando tudo, inclusive a traição. – as lagrimas vieram, Dylan iria dizer algo, mas o impedi e continuei. – Não me venha dizer que é mentira. Pois eu sempre soube, e no dia em que me deitei na cama de outro, foi por causa de malditas fotos e vídeos enviados ao meu celular, em que você estava com outra mulher. – dei tapas em seu peito, tentando o afastar de mim.

 

— Não venha me dizer isso Megan. Por acaso eu apareci aqui com um filho? Durante todo esse tempo eu mantive um único caso? Envolvi-me emocionalmente com outra pessoa? – fechei os olhos. — Responde! Eu te trai por que não te amava? Minhas traições foram coisas serias?

 

— Me traiu por todo esse tempo, teve o que merece. – o empurrei. Dylan foi mais rápido do que eu, me empurrando contra a outra parede. Ele abriu a porta do banheiro e saiu, com os olhos ardendo de raiva, e foi para o closet, o segui.

 

— Pois bem – ele disse, abrindo uma gaveta. — É a hora de seu querido amado também receber o que merece. – ele puxou uma arma da gaveta, e a destravou, vendo se estava carregada.

 

Meu coração se apertou, e o desespero tomou conta de mim. Antes que eu pudesse raciocinar, ele saiu do closet, pegando a chave e o trancando, me deixando presa ali dentro.

 

— DYLAN! – gritei, chutando a porta, sem obter sucesso. – DYLAN! – gritei novamente. As lagrimas já tomavam conta, me deixando sem saber o que fazer. — PIRSCILA! – gritei pela babá. Ouvi passos no quarto, e aporta sendo destrancada. Agradeci por ela ter a chave daqui, por segurança ao cofre.

 

Sem ter tempo para perguntar se Emily tinha ouvido a gritaria, e se ela estava bem, sai correndo do quarto. Assim que cheguei à porta da sala, avistei o carro de Dylan virando a esquina, como um raio. Voei até a garagem e entrei em um dos carros de Dylan, que eu sabia que eram bem mais rápidos que o meu. Arranquei o carro da garagem, saindo pelas ruas feito doida.

 

Em meio à correria, ainda consegui pegar meu celular, e tentei ligar para Harry, o que era difícil, pois eu estava a uma velocidade que qualquer falta de atenção ou desvio da estrada poderia causar algo serio. Mas por fim, eu consegui com que ele me atendesse.

 

— Harry, onde você ‘ta? – praticamente gritei, colocando o celular no viva-voz, e o jogando no banco do passageiro.

 

— Na esquina da minha casa, eu...

 

— Harry pelo amor de Deus, chega logo no seu prédio, por favor. – pedi, em prantos.

 

— Megan, o que ta acontecendo? – perguntou aparentemente confuso. Merda! Eu estava na avenida que dava ao prédio de Harry, e tinha acabado de ver Dylan cruzando a esquina.

 

Desliguei a chamada e acelerei o carro, quase batendo, porém deparando na curva. Dylan tinha acabado de estacionar. Por sorte, cheguei logo atrás, mas ele já descia do carro.

 

— DYLAN! – gritei, chamando a atenção de Harry, que no momento em que me olhou, foi acertado por um soco de Dylan. — Dylan, não faz isso. – corri até onde eles estavam.

 

— Fica fora disso Megan! – disse, acertando outro soco em Harry que foi para o chão. Harry estava tão perdido que não teve como se defender, aproveitando esse fato e de que ele estava no chão, Dylan sacou a arma.

 

— PARA! – gritei entrando em sua frente. Empurrei Dylan para trás, mas ele ainda continuava com a arma apontada para Harry. — Isso não vai resolver nada!

 

— Agora que já fez a merda quer me impedir de terminar ela? – ele me empurrou para trás e eu bati em seu carro.

 

— Dylan, não! – me levantei, praticamente me jogando sobre ele, e entrando em sua frente. — Não pode matar quem eu amo sem passar por mim! – declarei. Mas acho que isso não tenha ajudado. Atrevi-me a olhar para trás, e Harry já estava de pé, me olhando surpreso, talvez por eu ter falado que o amava pela primeira vez, e não foi nem um pouco romântico.

 

— Isso não vai ser problema. – Dylan respondeu, me mantive firme quando ele tentou me empurra novamente.

 

— Para Dylan, você ‘ta indo longe de mais com isso. – o empurrei pelo peito.

 

— Longe de mais... – ele analisou minhas palavras. – Veremos o quão longe você acha que eu irei com isso. – tremi dos pés a cabeça, mesmo sem ter entendido o que ele queria dizer. — Espero que tenham se despedido antes. Vamos embora. – ele me agarrou pelo pulso, e me jogou dentro de seu carro, tentei questionar quanto ao meu, mas ele não me deu chances.

 

Olhei para trás, e Harry encarava o carro, enquanto limpava o sangue da boca. Ele não teve tempo de dizer algo ou de se defender, sua expressão era a mais confusa possível. 

 


Notas Finais


Então, o que acharam? Confesso que fiquei com medo ao escrever, pois tudo aconteceu rápido de mais, e acho que deveria ser assim. Megan e Harry não poderia se esconder por muito tempo, e Dylan é mais esperto do que parece, ele sempre esta atento... Eu particularmente gostei e espero que vocês também tenham gostado. Até o proximo.

Obs: Estou reescrevendo a fanfic, melhorando alguns capitulos, e o primeiro logo, logo sera atualizado, então, assim que eu arrumar, aviso a vocês e sugiro que deem uma lida ;) , ficou bem melhor.

(Teria postado no final de semana, mas domingo foi meu aniversario e eu resolvi aproveitar o dia shushushus)


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