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História Sister Lily ( A irmã de Harry Potter ) - Nunca é tarde demais


Escrita por: Dea_Blanc

Capítulo 10 - Nunca é tarde demais


- O que está acontecendo aqui? - Uma voz extremamente zangada pergunta, fazendo eu e draco nos separar rapidamente. Ao me virar eu entro em choque e draco parecia ter se esquecido de como falava.

- Pai? 

- Está vendo outra pessoa aqui lilith? - pergunta meu pai com a voz carregada de ironia. - Agora, me respondam. O que está acontecendo? - meu pai pergunta com a voz elevada, e uma cara nada boa.

 Eu e draco ficamos em silencio, nenhum de nós dois sabia o que dizer, na verdade, acho que nenhum de nós dois sabia explicar o que estava acontecendo entre nós. A gente ainda não tinha conversado sobre o dia na sala precisa, e eu nem sabia como começar essa conversa. Eu e draco sempre tivemos nossas famílias interligadas, mas nunca tivemos contato um com o outro, eu ainda sabia um pouco sobre ele, mas ele não sabia absolutamente nada sobre mim. A única coisa que ele tinha certeza sobre mim, era quem é meu pai e meu nome. Estamos nos conhecendo agora, e parece que tudo foi rápido demais e eu não sei o que dizer disso. Não sei dizer o que eu sinto, eu não sei se eu realmente gosto do draco como alguém no nível romântico ou como amigo, e estamos só sentindo atração um pelo outro. As coisas ainda são muito recentes para ficarem claras. Mas obviamente eu não posso falar isso pro meu pai, ele com certeza surtaria, e não ia ser nada bonito de se vê. 
 Os segundos se passavam e eu e draco ainda não sabíamos o que falar, não tinha como ou até mesmo o que explicar. E meu pai já estava sem paciência para o nosso silêncio.

- Ninguém vai me responder? - pergunta meu pai exaltado. - Lilirh? - fala meu pai se virando para mim, e eu fico em silêncio. - Senhor Malfoy? - meu pai fala se virando para draco, que também segue em silêncio. - Já que ninguém vai responder. - fala meu pai vindo em minha direção e segurando meu rosto levemente me fazendo o encarar, e nesse momento sinto minha mente sendo invadida, e todas as minhas lembranças, momentos e sentimentos com draco passaram pela minha mente como um filme e eu simplesmente não conseguia impedir, nem conseguia fazer parar.  E tão rápido como começou, terminou. Assim que senti minha mente livre, me senti tonta e tombei levemente pra trás, mas draco me segurou pelos ombros. - Interessante. - fala meu pai assim que solta meu rosto.

- Você usou legilimência em mim? - pergunto enquanto draco me ajuda a me manter de pé pela tontura. -  O que deu em você? - pergunto com raiva na voz.

- O que deu em mim lilith? Eu vou te dizer " o que deu em mim", eu acabo de vê minha filha que acaba de ser atacada por alguém que ela não quer me dizer, aos beijos com meu afilhado. - fala a ultima parte totalmente alterado. 

- Isso não lhe da o direito de invadir minha mente. - falo elevando a voz.

- Você é minha filha, eu tenho total direito de interferir na sua vida. - falo apontando o dedo em minha direção e elevando mais a voz.

- Agora você quer falar que tem direito porquê é pai? E onde estava seu direito quando me mandou embora? Quando me afastou de você? Onde estava a merda do seu direito de pai quando me mandou pra longe na guerra sem me da a chance de me despedir. Você já parou pra pensar que se o trio não tivesse salvo você,  eu teria perdido meu pai sem dizer um adeus, sem dizer uma última vez que eu o amo? Não, você não pensou. Onde estava seu direito de pai, quando me fez crescer longe de casa, longe da minha família. Onde estava seu direito de pai, quando me fez viver só? Você escondeu de mim uma parte enorme da minha vida por 19 anos, então não me venha falar de direitos. Você me fez cresce longe da minha casa, me fez crescer sem um pai presente, me fez pagar pelas suas escolhas erradas, você errou ao ser um comensal, você errou ao não me contar da minha mãe, você errou quando decidiu nunca ter um lanço comigo. Então não tente agora "papai" - falo tudo basicamente gritando, e a cada lembrança que vinha na minha mente, junto com as palavras que saiam da minha boca, eram seguidas por lágrimas que escorriam contra a minha vontade. 

- E-Eu. - Meu pai abria e fechava a boca, como se procurasse algo para dizer, mas nada saia de sua  boca.

- Não precisa falar nada. - fala enxugando as lágrimas, que ainda teimavam a cair. - Faz o que você sempre fez de melhor, me afasta e finge que eu não existo. - falo e me virando e indo embora. No meio do corredor eu já não conseguia mais conter as lágrimas, eu me sentia sufocada, um nó se formou em minha garganta. Eu me encostei em um dos pilastres e me sentir escorregar por ela, até me sentar no chão. Deixei as lágrimas me afogarem, deixando toda a dor que eu estava sentindo sair. Apoiei minha cabeça, nos meus joelhos e me encolhi levemente. 

 Depois de alguns minutos, ouvi passos se aproximando, mas eu não liguei. Não me importava se alguém me veria naquele estado ou quem estaria me vendo, nada me importava naquele momento. Nada.

- Lilith? - pergunta o dono da voz que eu sabia que era draco, enquanto se sentava ao meu lado. - Ei, olha pra mim. - falo draco fazendo um leve carinho em meu ombro. Com um pouco de relutância levanto meu rosto o encarando, e sinto uma lágrima descer por minha bochecha, sendo enxugada rapidamente por draco. - vem cá ruivinha. - fala draco abrindo os braços, em sinal que era para eu abraça-lo, e assim fiz sem relutância alguma. Me joguei em seus braços, encostando minha cabeça em seu peito e abraçando sua cintura de uma forma desengonçada. Draco por sua vez passou um de seus braços pela minha cintura e o outro foi em direção no meu cabelo, fazendo um leve cafuné logo em seguida.

Passamos os minutos seguintes em pleno silencio, draco não falou nada. Ele só me deixou colocar tudo pra fora, e era exatamente o que eu precisa naquele momento. Colocar tudo pra fora. Eu sempre guardei o que eu sentia dentro de mim, pois não queria parecer fraca, não queria que meu pai me visse de uma forma vulnerável, principalmente pelo fato de ele ser o principal motivo dessa vulnerabilidade. E também nunca tive coragem de bater de frente com ele, sempre achei que seria uma guerra perdida tentar fazer meu pai entender o que eu sentia. Mas hoje, depois dele te invadido minha mente, não aguentei mais guarda tudo. Se ele queria saber o que eu pensava, ou sentia, ele ouviria de mim. 
 Depois que me acalmei , respirei fundo e me afastei lentamente de draco. O que o fez parar com o cafuné e me encarar.

- Como você está? - pergunta draco fazendo um keve carinho em minha mão.

- Eu não sei. Me sinto aliviada por ter colocado o que eu sentia pra fora, mas agora sinto como se não pudesse controlar minhas emoções. Eu nunca reparei o quanto me doía, o fato dele ter me afastado a vida inteira, o fato de ter crescido longe de londres, o fato ter basicamente me criado sozinha, em um país que não era minha casa, e quando eu estava em casa me sentia estranha, como se não fosse meu lugar. Acho que nunca tive um lugar, que me fizesse me sentir em casa. E me da conta disso, me doí um pouco. Eu queria ter vindo pra hogwarts quando completei 11 anos, mas meu pai já avia  decidido me mandar Ilvermorny. Sempre passei minha adolescência me perguntando o porquê dele me afastar, de me mandar pra longe, de me querer tão longe de hogwarts e longe dele. Quando a guerra acabou, ele me explicou toda a historia de comensal, e eu até entendi seus motivos, mas isso não ameniza as coisas que eu senti. Não muda as coisas que ele fez e hoje eu vi que ele nunca parou pra pensar em nada disso, como se eu não valesse de nada ou como se eu não fizesse parte da vida dele. - desabafo e draco aperta meu ombro levemente.

- Eu entendo. Eu realmente entendo. Eu e meu pai nunca fomos próximos, ele sempre cobrava demais de mim, cobrava que eu fosse o melhor Malfoy possível. Mas eu não cumpri isso como ele queria, por mais que eu tentasse eu nunca era o que ele queria. E ele sempre me afastou, sempre quis me mandar para o mais longe possível e ele não tinha nenhuma desculpa, e na cabeça dele não precisa ter. Mas eu não acho que o snape seja como o meu pai, ele sempre teve os motivos dele, ele queria te proteger, sei que queria está aqui, que queria está com ele, se sentir parte da vida dele. Mas aqui durante a guerra, estava muito perigoso. Ainda mais para quem era filho de comensal, sei que pra você isso não é desculpa valida, mas eu sei que ele só queria proteger você, poupar você. Ele só não soube como demonstrar isso. Mas eu sei que ele ama você, ama de verdade. Mesmo que as vezes não pareça. - draco fala e isso tudo me fez refletir, talvez eu nunca tenha olhado pelo lado dele, pelo lado de pai.

- Peguei pesado com ele? - pergunto colocando uma mecha do cabelo atrás da orelha.

- Eu não sei Ruivinha. Acho que você deveria ir pro seu dormitório, tomar um banho, dormir, relaxar a mente. E amanhã vocês poderiam conversar, esclarecer tudo um com o outro. Sei que parece ser tarde demais, mas nunca é tarde demais para as coisas se resolverem. Mas tudo tem seu tempo, faça isso quando se sentir pronta. Ok? - draco pergunta e eu assinto. - Vem, vou te levar até a torre da grifinória. - fala draco se levantando e me ajudando logo em seguida.

 Nos andamos lentamente e em completo silencio, geralmente ficar em silencio não me incomoda. Mas o silencio naquele momento era quase sufocante. Não era normal eu e draco ficarmos em silencio e isso já estava me matando.

- Me desculpa por hoje. Não queria jogar isso em cima de você. - falo colocando uma mecha atrás da orelha envergonhada.

- Ta tudo bem ruivinha, somos amigos, eu vou está aqui sempre que precisar. - fala fazendo um carinho no meu rosto.

- Draco, agora que você falou em sermos amigos. Somos só amigos? Temos alguma coisa? O que somos? - pergunto segurando sua mão que ainda estava em meu rosto

- Eu não sei ruivinha. Eu gosto muito de você, gosto de está com você, gosto das nossas conversas, da forma que eu te faço rir das maneiras mais bestas possíveis. Mas ainda não sei o que somos, e eu não quero apressar nada, não quero estragar o que a gente tem. Sei que o dia na sala precisa foi tudo muito rápido, mas quero ir com calma, quero conhecer cada parte de você, da melhor forma possível e no tempo certo. - fala me dando um sorriso. 

- Você tirou as palavras da minha boca. - falo rindo. - Você sempre sabe o que me dizer, ou o que fazer pra me ajudar. Como se lesse minha mente e eu adoro isso. Na verdade eu amo isso e não quero perder, se for pra elevarmos isso, que sejo com o tempo. Até lá acho que podemos nós dizer amigos. - falo sorrindo.

- Amigos que se beijam. - fala draco rindo e eu o acompanho.

- Isso, amigos que se beijam. Essa é a nossa definição. - falo em tom de graça.

 Voltamos a andar silenciosamente, mas dessa vez o silencio não incomodava. Na verdade o silencio era estranhamente agradável. Não demorou muito e chagamos a torre da grifinória. Draco e eu paramos de frente para o quadro da mulher gorda e nos encaramos por alguns instantes.

- Está entregue ruivinha. - fala draco dando um beijo na minha testa. - Boa noite, espero que se sinta melhor amanhã, e não esquece de tomar a poção. - fala em um engraçando tom mandão.

- Não vou esquecer. O harry com certeza não vai deixar isso acontecer. - falo rindo e draco me acompanha. - Acho melhor eu ir, não queremos problemas não é senhor monitor? - falo e draco rir com meu tom de voz. - Boa noite draco. - falo entrando no salão comunal. 

- Boa noite lilith. - escuto a voz baixa de draco dizer antes do quadro se fechar em minhas costas.

 Assim que entrei no salão comunal reparei não tinha ninguém, então segui direto para o meu quarto. Assim que abro a porta, dou de cara com harry deitado na minha cama com um enorme livro sobre quadribol.

- Vejo, que não fiz falta. - falo em tom divertido.

- Eu é que digo isso, como foi com o malfoy? - pergunta colocando o livro de lado.

- Não sei se quero falar disso harry. - falo me jogando na cama.

- O que aconteceu? - pergunta colocando minha cabeça em sua coxa. Respirei fundo e contei tudo a harry, contei sobre meu pai ter usado a legilimencia em mim, sobre o que eu disse, como me senti, sobre a conversa com draco. Contei sobre tudo. - Nossa, uma noite de grandes emoções. - fala e eu concordo com a cabeça. - Mas tem um lado positivo. - harry fala e eu o olho curiosa. - Malfoy pode não ser meu cunhado. - harry falo e eu dou uma grande risada.

- Você não presta harry.- falo jogando uma almofada nele, que riu. 

- Claro que não presto, você já conheceu minha irmã? Ta no sangue. - harry fala e rir e eu o acompanho.

 Depois de conversamos mais um pouco, harry e eu acabamos dormindo. Mas antes de adormecer eu ainda pensava no que draco tinha me dito, " nunca é tarde demais".


Notas Finais


Oie minha Vênus, mais um capítulo pra vocês. E esse capítulo, é muito especial pra mim, pq é a primeira vez que eu continuo uma fic que chegue até o 10 capítulo. Quero agradecer muito a vocês por lerem, comentar e favoritar. Acreditem isso é muito importante pra mim. Então eu vim agradecer.
Lunalovegoodtop
RavenclawPride
EstrelaTwT
Park_jeon_izzy
Aterope
Belinhaunicorn
Obrigado por sempre comentarem, isso me incentiva demais. Obrigada mesmo❤ e espero que gostem do capítulo kkk
Beijos da Dea💝


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