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História Sixteen - Capítulo 1


Escrita por: TheDragonIsReal

Capítulo 1 - Capítulo 1




Perambulava pelo quarto, penteando os cabelos enquanto pegava os objetos que levaria por emergência.


Sua viagem já estava marcada, e inclusive adicionada ao alarme do celular, mas não sabia em qual momento da madrugada havia desligado o alarme, e voltado a dormir.


Odiava fazer algo às pressas, mas havia dormido muito, e como a viagem seria de poucos dias não teria problema ajeitar apenas algo para o caso de emergências, seria?


Não, não seria. E sinceramente não entendia a frescura dos outros negociantes em fazer uma viagem para o outro lado do mundo apenas para passar algumas horas falando sobre medidas de segurança por causa das empresas que estavam sendo saqueadas, ou bisbilhotadas.


Mas entendia que o caso envolvia uma certa segurança, eram as maiores empresas do país, e não seriam poucos que matariam para descobrir um pouco de como recebiam tanto lucro, por mais que a resposta fosse óbvia. Qualidade!


Pegou apenas o necessário, enfiando tudo em uma mala de mão média, Germano havia ficado de lhe buscar, ele poderia levar até o carro e em seguida, até o jatinho.


Desceu as escadas, se sentindo maravilhosamente maravilhosa por ter conseguido fazer tudo antes do mesmo chegar, tendo uma pequena frustração ao virar, pronta para descer as escadas e o encontrar próximo ao último degrau.


Missão falha!


Respirou fundo, fingindo que nada estava acontecendo, desceu alguns degraus com toda a etiqueta que lhe foi ensinada, não queria mostrar sua falha quase miserável. Ele subiu até seu encontro, pegando a mala de suas mãos, enquanto a apoiava cuidando para que a mesma não caísse.


Ao chegarem na porta de casa ele lhe virou, analisando-a de cima abaixo, enquanto pouco a pouco uma careta se formava em seu rosto. E por mais que não quisesse sentiu uma pontada de tristeza a invadir.


E por mais que considerasse desnecessário, já que estavam se separando, tinha que admitir que havia se preparado ao máximo que pudera no seu limite de tempo para lhe parecer apresentável.


Ele ajeitou um pouco sua roupa, antes torta, ajeitando seu cabelo, enquanto olhava seu rosto e sorria em seguida. Ele pousou seus olhos sobre os meus, e um sorriso de lado se formou em seu rosto.


- Você está linda! - Ele ainda sorria, enquanto ela se sentia humilhada. Levantou o queixo, estufou o peito, virou o rosto e saiu porta afora.


- Se vai continuar com suas ironias idiotas me avise, eu tenho um voo para pegar! - Ele se deslocou rapidamente, segurando-a pelo pulso, abrindo a porta do carro.


"Pelo ou menos continua cavalheiro!"


Entrou no carro, ainda com a cara fechada. Ele foi até os fundos, colocando sua mala no porta-malas, voltou para frente, ligando o carro.


O trajeto até o aeroporto foi silencioso, ela detestava admitir mas estava magoada pelo descaso dele. Tentava se distrair, olhando para as unhas, e por vezes enrolando as pontas do cabelo.


Ele sabia que ela estava incomodada, e apenas aguardava para o momento em que ela explodiria, e o falaria porque estava irritada.


Depois de anos de casado havia finalmente entendido como tratar uma mulher. Sabia que não poderia prever o que a incomodava, mas também não poderia perguntar o porquê.


Isso sempre dava errado e causava discussões desnecessárias. Então era só sair de fininho, que não acabaria na mira dela. Precisava aguardar até que ela estivesse tão irritada, ao ponto de esfaquea-lo, ela gritaria, gastaria a raiva, ele responderia com cantadas idiotas, e no fim ela sorriria. Sua recompensa favorita.


Chegaram ao destino, e estranhou quando ela olhou triste para fora, sentiu o receio em sair enquanto ela olhava incerta para fora do carro.


Andou sem pressa para o lado do passageiro, enquanto abria a porta, e a observava sentada, enquanto ela desviava o olhar tentando sair. Ficou de cócoras, enquanto ela lhe olhava confusa.


- O que foi? - Pegou uma das mãos dela, entrelaçando-a na sua.


- Nada. Só acho não estar... apropriada. - Ela suspirou, ele sabia que ela se achava feia naturalmente, e que estava extremamente incomodada enquanto ele próprio a olhava assim, embora estivessem a mais de 20 anos casados.


- Sinceramente, acho que ninguém está mais apropriada que você. Você está linda. E me impressiono em como está ainda mais do que ontem, e tenho certeza que está menos do que amanhã. Vamos? - Ele lhe estendeu a mão, e ela se permitiu sorrir, acreditando nas palavras nele, mesmo que não estivesse totalmente confiante. Pegou a mão estendida, saindo do carro.


Andaram lado a lado, enquanto ele carregava as malas e ela segurava a maleta, geralmente carregada por ele quando ia ao trabalho.


Um dos seus braços se entrelaçada ao dele, seguindo em passos rápidos até o jatinho, que aparentemente já estava com todos os convidados, faltando apenas os anfitriões.


Em nome da reunião haviam cedido uma ilha, que ficava do outro lado do mundo, onde passaram sua lua de mel como presente da melhor amiga do casal.


Flashback on:


Lili havia acabado de jogar o buquê, e olhava fixamente seu mais novo marido que conversava com uma das convidadas, lutando para não roer as unhas, que demoraram tanto para ser feitas.


- Ansiosa para a lua de mel, né? - Luna chegou sentando-se ao seu lado, na cadeira que Germano ocuparia. - Tá louquinha pra começar o vuco-vuco com o tigrão. - Ela falou alto, enquanto ria da própria fala, fazendo Lili quase ter um ataque quando alguns convidados da mesa ao lado olharam rindo.


- É hoje que fabrica o baby! - Completou olhando para uma Lili sem fala, completamente vermelha.


- Luna! Pelo amor de Deus, fique um pouco descente pelo ou menos no meu casamento. - Falou baixo, enquanto olhava Luna risonha.


- Amiga, eu estou super descente, você sabe que se estivesse no estado normal essa festa já estaria bem mais animada. - Olhou Lili, sorrindo.


Lili apenas riu, enquanto torcia para que ela continuasse, nem que fosse daquele jeito menos doido.


- Estou olhando aquela vagabunda dando em cima do MEU marido. - Falou, sorrindo por finalmente constatar que ele era completamente seu.


- Você sabe que aquela é uma prima dele né? - Luna adorava o lado ciumento da amiga, era os únicos momentos que a teria tão doida quanto a si própria. Sorriu com o próprio pensamento.


- Isso não me tranquiliza, você sabe o ditado: "Deus fez os primos para não comermos os irmãos." - Lili falou, enquanto Luna gargalhava, não imaginava a amiga falando uma coisa daquelas em seu estado normal.


- Eu adoro quando você fica com ciúme, porque são os únicos momentos que eu sou a certa e você não. - Luna limpou o canto dos olhos, onde uma lágrima saia, resultado de sua crise de risos.


- Eu não estou com ciúme, apenas estou cuidando do que me é de direito.


- É quase sádico como você trata ele como posse.


- Ele é meu.


- Sim, agora é, mas isso não quer dizer que você pode trancar ele no seu porão, e matar qualquer um que chegue perto. - Luna disse, em gargalhadas.


- Eu não faria isso.


- Claro que não.


- É incrível como você pensa o pior de mim.


- Mas você é minha melhor amiga, eu posso. E ah, eu tenho um presente pra você. - Luna falou sorrindo.


- Meu Deus. - Lili passava a mão na testa já imaginando qual presente a amiga lhe entregaria.


- Aliás, vou levar vocês dois lá.


- Como assim "levar"?


- Eu comprei um espacinho pra vocês passarem de férias.


- Confesso que estava imaginando um livro, com alguns brinquedos de Kama sutra. - Lili riu.


- Nossa! Você tá mesmo ansiosa pra conhecer o tigrão no cio, hein! - Luna novamente gargalhou. E escutei uma risada atrás de mim.


Me virei, olhando meu marido atrás de mim, enquanto reprimia um sorriso, provavelmente por ter escutado a última parte da nossa conversa.


- Me diz aí, porque qualquer coisa a gente já passa pro divórcio, quantos centímetros de pomba? - Luna perguntou, olhando com os olhos estreitos para Germano, me assustando com a seriedade que assumia.


- Hum... creio que seja uma informação confidencial. - Germano riu, nos olhando. - A não ser, é claro, que minha noiva queira descobrir agora.


Um arrepio passou por meu corpo, enquanto dava risadas, escondendo as reações do meu corpo. Nós sempre flertamos no namoro, e é óbvio que estava ansiosa. Meu pai sempre fez questão de estar nos observando de longe, o que me causou tesão acumulado, e me excitava o fato de que meu noivo também estaria.


- Luna! - Diogo chegou logo depois, completando nosso quarteto.


- Oi meu amor. - Ela sorriu. Diogo era o marido de Luna, haviam se casado a aproximadamente um ano, e podia-se ver refletido no olhar, o quão bobo ele era quando perto dela.


- Estava te procurando! Germano, Lili! - Nos cumprimentou, abraçando um por um. - Parabéns pelo casamento.


- Você é o padrinho, poderia ter feito o favor de aparecer antes. - Lili o repreendeu, enquanto Luna gargalhava.


- Estávamos estreando o banheiro. - Luna gargalhou enquanto tanto eu quanto Germano olhávamos horrorizados.


- Estamos na igreja, Luna!


- Já somos casados, não estou fornicando, ou seja, não estou pecando! - Ela levantou as mãos em defesa própria.


- Você vai entender assim que estrear o tigrão. - Ela completou, piscando um dos olhos em minha direção.


- Você parece estar mais ansiosa do que eu.


Duvido. Pelo que você me conta do seu tesão acumulado, o tigrão vai ter dificuldade hoje. - Eu corei, quase que imediatamente, enquanto Germano me olhava de rabo de olho.


- Luna!


- Mas pelo tigrão te olhando, não sei quem vai se esgotar primeiro.


- Luna! - Lili disse rindo, sendo acompanhada por Germano.


- Por falar nisso vamos acabar logo com essa festa, temos uma lua de mel, muito longa pelo visto. - Germano disse me olhando.


- Hum... talvez eu já desconfie. - Luna falou, virando seu olhar para Diogo. - Fala alguma coisa meu bem, não fique tão quieto.


- Bem... - Diogo corou com a atenção que recebeu. Era quase irônica a paixão deles. Enquanto Diogo era recatado e quieto, Luna era extrovertida e com "leves" sintomas de loucura.


- Mas já que vocês vão acabar a festa, vamos logo, a Luna está ansiosa para dar o presente dela. - Diogo completou em um fôlego só, enquanto Luna sorria para o marido.


Germano e Lili se levantaram, anunciando que partiriam da festa, pois já estavam cansados, dançaram a valsa dos noivos e cortaram o bolo, enquanto o senhor Bocaiúva assumia como novo anfitrião.


Ao fim da festa, os quatro se dirigiram até o jatinho dos amigos, enquanto Luna cuidava de distraí-los durante o percurso.


- Chegamos. - Diogo anunciou, Lili dormia, e Luna e Germano conversavam sobre as espinhas que ambos tinham nas nádegas.


- Lili. - Luna a balançou levemente, enquanto Germano a pegava nos braços.


Lili abria os olhos lentamente, já bocejando e coçando os olhos, ato que Germano imediatamente adotou aos seus favoritos.


- Chegamos. - O mesmo disse, sorrindo para ela, que retribuiu.


- Ficamos quantas horas nesse jatinho? - Lili perguntou.


- 12 horas. - Luna respondeu.


- Aonde estamos?


- Do outro lado do mundo. - Luna respondeu sorrindo.


- Aonde?


- Eu não sei tá, só comprei lugar, achei bonitinho. - Luna falou, cruzando os braços, enquanto Lili gargalhava.


Ambos passaram a noite ali. E logo na manhã seguinte Luna e Diogo se aprontavam para ir embora. Com a desculpa de que o casal precisava de privacidade para "trepar" em paz.


Flashback off:


Lili e Germano se olharam, sorrindo com a lembrança que sabiam estar compartilhando, entraram no jatinho, cumprimentando a todos os presentes. Dando início ao vôo.





Notas Finais


Bye guys🙋🏻‍♀️


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