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História Skinny Love - The date (part one)


Escrita por: writerintxedark

Notas do Autor


Olá amores! Como estão?
Esse capítulo têm vários pontos que o fazem especial:
1) A capa é com um gif da Taylor, e a amo infinitamente;
2) Cito no fim uma frase da melhor escritora desse mundo, a Gayle;
3) Tem encontro Mikelena.
4) Eu o achei amorzinho, e raramente acho o que eu faço amorzinho.
Se quiserem, leiam ouvindo Begin Again, da Taylor. Porque escrevi ouvindo essa música, e super acho que combina.
Então, sem mais enrolação, boa leitura! xAlex.

Capítulo 8 - The date (part one)


Fanfic / Fanfiction Skinny Love - The date (part one)

“Tudo o que sinto no meu estômago são borboletas, da mais linda espécie. Compensando o tempo perdido, voando, fazendo com que me sinta bem.” – Everything Has Changed.

 

Passei o resto da manhã me culpando e, pensando algum modo de não ir aquele “encontro”. Parecia algo não trivial... Mas não era. Michael não parecia um garoto ruim, com más intenções, longe disso. Mas não parecia certo, eu estava passando por cima de todos os meus conceitos. Estava banalizando a mim mesma.

Voltei para casa sozinha; com passos lentos, enquanto minha mente de inundava de diferentes pensamentos. Mas nenhum saia do assunto Michael.

Eu não podia esquecer o seu olhar hoje mais cedo, parecia ofuscado. Sua feição não era mais tão alegre como era; ele nem se quer havia esboçado um sorriso. O que estava acontecendo? Eu só podia pensar em como cada vez mais ele se tornava um paradoxo ainda maior; com coisas escritas nas suas entrelinhas que iam além, além de tudo que eu podia imaginar.

Eu não queria surtar e deixa-lo esperando; mas não queria aparecer lá. Eu estava ocupada demais sendo o me próprio paradoxo.

Abri o portão, o deixando bater atrás de mim. Entrei e joguei minha mochila para cima do sofá, desleixadamente. Procurei pela minha mãe, gritando por seu nome a todos os cantos.

— Céus Alena, por que está gritando? Eu estava tomando banho! — minha mãe apareceu enrolada a uma toalha branca.

Quando a vi meus olhos começaram a lacrimejar, e uma cara de cachorro abandonado tomou o meu rosto. Fui até ela e lhe dei um abraço desajeitando; ela estava úmida. Eu podia ver sua feição confusa, e quando ela me perguntava o que estava acontecendo, eu só conseguia balançar a cabeça e chorar.

Eu estava tão descontrolada por algo tão banal. O que eu estava fazendo? Fazendo comigo mesma?

— Meu amor, o que está acontecendo? — minha mãe segurou meu rosto entre suas mãos. Funguei, limpando as lágrimas com a manga da blusa. — Alguém brigou com você, foi?

Neguei, ainda limpando minhas lágrimas. Suspirei fundo, fungando.

Eu não sabia por que estava chorando, apenas chorei. Misturei tudo o que sentia: Michael, minhas confusões particulares, minha solidão. E despejei tudo em lágrimas, e depois que consegui parar de chorar, me senti aliviada.

Expliquei o que havia acontecido para a mim mãe; sem muitos detalhes. Deixei de lado o meu caos interior, eu não podia preocupa-la com aquilo, não.

— Estou indo trabalhar, tudo bem? Trouxe esse chá e alguns biscoitos — minha mãe colocou a bandeja sobra à cama, ao meu lado. Sentei-me e peguei um biscoito. — Não se preocupe, ok? As coisas nunca são como planejamos, e acredite se quiser, as melhores coisas são as que nos surpreendem. — Ela acariciou meu rosto e saiu; fechando a porta atrás de si.

“As melhores coisas são as que nos surpreendem”. Aquela frase ficou rondando os meus pensamentos por um bom tempo. Era uma frase tão simples, mas que dava a impressão de ter algum significado imenso para ela, pelo modo que a falou. Será que foi assim quando ela conheceu seu primeiro amor? Eu tinha tantas curiosidades, mas minha mãe não era de se abrir muito sobre o seu passado. Sempre que eu tentava extorquir informações, ela trocava de assunto, automaticamente. Será que conhecer o meu pai foi algo tão ruim assim?

Aquele chá me deixou sonolenta, e só acordei com o barulho das mensagens que Adam me mandou. Já era 13:40, e o tempo parecia correr, correr e correr.

Não tive paciência para respondê-lo; para falar sobre aquilo. Apenas não conseguia, parecia inútil demais. Então deixei as mensagens, eu as responderia a noite, antes de dormir.

Quando vi no relógio de parede, na sala, que já marcava 14:20, tive que decidir o que eu faria. Eu só queria me esconder embaixo dos meus edredons e ficar lá, por tempo infinito. Mas eu não podia, e boa parte de mim não queria.

O que de tão mal podia acontecer? — pensei, balançando a cabeça.

 

O clima havia, estranhamente, mudado. A manhã gélida de Nova Iorque se transformou em uma tarde ensolarada, porém, bela. Eu podia sentir a brisa levar meus cabelos, enquanto eu passava pela ponte. Ao meu lado estava um belo lago; com um tom impecável de azul. Caminhei mais um pouco, até um banco que ficava ali perto; dava-me uma visão ampla do parque e do lago.

Meus olhos o procuravam impacientemente, eu estava começando a me sentir insegura. Eu esfregava minhas mãos freneticamente, no intuito de afastar aquele nervosismo.

Oi — Michael chegou repentinamente, acomodando-se ao meu lado.

Eu não o vi chegar; não o vi se aproximar.

— Oi — digo timidamente.

Ele sorriu de canto, enquanto me olhava. Seus olhos verdes pareciam ainda mais vibrantes; e aquele brilho de sempre estava ali, novamente. Desviei o olhar, sem poder conter um sorriso.

 — Está linda — ele disse, fitando o lago.

Senti minhas bochechas corarem furiosamente, como nunca. Disse um “Obrigada”, mas minha voz saiu inaudível.

Ambos olhávamos para o lago, e um silencio desconfortável se estabeleceu ali. Eu olhava ora para o lago, e ora para o Michael. Eu tentava disfarçar meu olhar sobre ele, mas era tão impossível; sua beleza era tão distinta. Percebi que o lago e ele tinham grande semelhança: ambos pareciam instáveis, porém, belos.

Eu queria dizer algo, quebrar aquele silêncio insuportável. Mas nada do que eu queria falar parecia coerente. Por que entro em colapso toda vez que estou com ele?

— Vamos ao café? — ele disse, levantando-se prontamente.

Assenti, me levantando.

Caminhamos lado a lado até o outro lado da ponte. Ele caminhava com suas mãos no bolso do seu jeans, fitava tantos seus pés, que eu começava a suspeitar que, como eu, se sentia envergonhado.

O estabelecimento tinha um ar vintage; com uma decoração clássica. No rádio tocava James Taylor, o que, de certa forma, me acalmou. As notas compassadas de You've Got A Friend sempre seriam ótimas para os meus ouvidos. Caminhamos até uma mesa perto da janela e nos sentamos.

Uma senhora que exalava gentileza nos atendeu, com um sorriso doce em seus lábios. Michael permanecia quieto, olhando para a rua pela janela.

Nossos cafés chegaram, junto a alguns cupcakes. Eu havia escolhido um café preto, com o mínimo de açúcar possível, já Michael café com leite.

— O que você vai fazer nas férias, Alena? — ele disse repentinamente, tirando a minha atenção do café, para ele.

Beberiquei o café e o deixei sobre a mesa. — Ainda não sei, e você, Michael?

— Não fazer nada conta? — ele deu de ombros; ri fraco, balançando a cabeça.

No relógio de parede já marcavam quatro horas, e o sol lá fora já havia amenizado. Michael ainda estava quieto, e a única interação que tínhamos eram trocas de olhar; eu não entendia aquela necessidade dele de ter seus olhos nos meus.

— Você não aparece muito na escola, não é? — digo timidamente, forçando para parecer casual.

Eu sempre tive uma curiosidade imensa quanto aquilo. Eu raramente o via lá, e ele ficava longe por semanas, sem dar sinal de vida. Era como se ele aparecesse apenas quando lhe conviesse.

— Realmente, não — ele riu sem graça, arrumando o cabelo.

Abri a boca para outra pergunta, mas a fechei novamente. Ser curiosa nunca dava uma boa impressão; eu parecia mais uma repórter querendo sugar a alma das pessoas.

— Isso é um encontro, não é? — aquilo saiu automaticamente, como se o pensamento tomasse vida. Fechei os olhos com força, desejando ter um buraco para me esconder.

Rezei para que ele não tivesse ouvido, mas quando vi um sorriso se formar em seus lábios, tive certeza que ele havia ouvido.

— Talvez seja, Alena.

“Não tinha me dado conta do quanto desejava seu toque, até este exato momento em que quase posso senti-lo me tocar.” (Se Eu Ficar – Gayle Forman) 


Notas Finais


Desculpem-me algum erro, novamente.
Então, beijos e até o próximo capítulo! <3


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