História Skyscraper - Mais uma briga para a coleção

Loki fitava o teto há mais ou menos meia hora. Elisa estava quase cochilando em sob seu torso nu. Ele tinha os braços atrás da cabeça, sua respiração estava controlada, diferentemente de seus pensamentos.

Elisa abriu os olhos lentamente, quase embalada pelo sono que sentia. Estavam no apartamento do moreno. A fim de chamar a atenção do namorado, deslizou a mão sobre seu peitoral, parando em cima da tatuagem.

- Seu teto é mesmo muito lindo, mas ainda não entendi o quê de tão interessante ele tem.

- Só estou com enxaqueca, Lis. Durma, sim? - passou a mão sob suas costas alvas.

Elisa se apoiou nos cotovelos e o fitou.

- Posso saber o que está acontecendo, Loki?

- Não! Agora deixe de teimosia e vá dormir, consigo sentir o cheiro de seu cansaço.

- Cheiro? - o olhou incrédula. - Você poderia ter inventado qualquer outra coisa, Loki. - quando terminou de falar, se deitou.

- Por que duvida? Eu consigo sentir! - ficou por cima, seu sorriso era perverso.

- E tem cheiro de quê? - desafiante o provoca. Loki abaixa até seu ouvido e ali sussurra algo tão cafajeste que fez Elisa ficar pasma.

- E então? Ainda dúvida que eu posso sentir?

Elisa apenas se desvencilhou de seus braços e se aconchegou no travesseiro de plumas de ganso. 
Loki voltou à posição de antes.

                             [...]
Loki estava um pouco culpado por estar fazendo isso. Como aviso de que saira, deixou um bilhete ao lado do abajur, ela ficaria bem.
A noite se fazia adiantada, mas Loki não iria esperar mais.
Saindo do elevador, procurou a porta 121b. Tocou na campainha uma, duas, três vezes. Depois que ninguém apareceu, começou a bater freneticamente na porta.
Uma mulher morena apareceu, no apartamento da frente.
- Algum problema?

- Eu não bati na sua porta, ok? Agora volte para dentro.

- Cara eu só quero ajudar.

- Eu pedi a sua ajuda? - se virou completamente. Suas mãos foram aos bolsos. - Seu nome é Balder?
- Olha, dias de hoje ele nunca chega cedo. Na verdade, fica na empresa até de madrugada.

- Como você sabe disso?

- Não está me reconhecendo, não é mesmo, Loki? - o moreno fez uma expressão de estranheza e deboche.

- Deveria? Oh! Me desculpe, só que, se você fosse importante eu me lembraria.

- Melody! - esticou a mão para que Loki apertasse, ele não o fez.

- Ainda não sei quem é você!

- Há uns dez anos atrás nós namoramos.

- Eu nunca namore... Melody? Você não era loira?
- Sim, eu era. Você não mudou nada. Continua o mesmo cafajeste de sempre.

- Você não me conhece. Não afirme nada. Bom, recado dado, pode ir pra sua casa agora. - Melody revirou os olhos e entrou no apartamento.
Loki olhou para os lados, certificando-se de que estava sozinho. Quando teve certeza, se sentou ao lado da porta, no chão.

                                 [...]
Balder vinha calmamente pelo corredor. Estava cansado, trabalhara muito nas pesquisas. O terno jogado sob os ombros e a pasta na mão. Ao se aproximar da porta, algo peculiar o atentou.
- Loki? - estranhou. Seu irmão estava quase dormindo. As pernas esticadas e abertas.
Quando Loki percebeu se tratar de Balder, apressou-se em levantar.
- Ah... Oi Balder.

- O que está fazendo aqui? - se manteve alerta.
- Precisamos conversar!
- Não temos nada a tratar, Loki Laufeyson. - pegou as chaves no bolso e abriu a porta.
Quando Balder já estava para fechar a porta, Loki profere:

- Sei que foi você que me dopou! - Balder o olhou assustado.

- Loki...

- Só me deixe entrar. - o irmão abriu espaço.
Depois que ambos já estavam dentro e de porta fechada, Balder jogou as coisas no sofá e se virou para o moreno.
- Não ligou pra polícia por quê?

- Eu não vim aqui te acusar ou brigar. Eu só... - olhou para baixo, deveria ir mesmo até o final?
- Você só... - também pôs as mãos nos bolsos, uma antiga mania que os dois irmãos tinham.

- Esquece. - se preparou para sair. "Acho que você deveria falar com ele", ainda se lembrava das palavras de Elisa. Se virou novamente. - Só me diz por que, Balder?
- Pera aí! Tanto tempo e só agora você quer saber? - debochou. - Loki, se quiser me denunciar, fique a vontade, eu vou me livrar de qualquer forma mesmo.
- Balder, eu não quero te ameaçar, seu palerma! Será que não entende? - se irrita.

- Primeiro que está na minha casa e deve me respeitar. Segundo que eu não tenho e não quero entender nada.

- Balder... - disse entredentes.

- Vá embora! - o loiro andou até a porta, a abrindo.
Loki andou rapidamente até lá e com força a fechou.
- Eu só vou embora quando você me explicar tudo. Quando nos tornamos isso, Balder?
O loiro empurrou Loki para longe de si. Depois de andar até o outro lado da sala, começou:

- Por que está aqui, cara? Fala sério. Ah! - fez uma cara óbvia junto de um sorriso debochado. - Foi a gostosinha, não foi? Já está recebendo ordens de mulher...

- Te aconselho a fechar essa sua boca imunda. A Elisa não está aqui e ela não será alvo para seus chiliques.

- O que você quer, Loki?

- Me diz! É o quê? Medo de perder a presidência? Mulheres? O que Balder?

- Vá embora, Loki!

- EU NÃO VOU SAIR DAQUI ATÉ VOCÊ ME EXPLICAR OS MOTIVOS DE TANTO RANCOR!

- Ah! Quer saber? Eu te digo! VOCÊ ESTRAGOU MINHA VIDA, LOKI!

- Balder, você não sabe o que está dizendo!

- Não sei? DIGA! POR QUE EU NÃO SEI?

- VOCÊ SEMPRE FOI O PREFERIDO DOS NOSSOS PAIS. DESDE CRIANÇA, EU E THOR FOMOS AVISADOS QUE VOCÊ SERIA O PRESIDENTE DAS EMPRESAS E QUE NÓS SERÍAMOS APENAS OS AJUDANTES EM OUTROS SETORES.

- ISSO NÃO É VERDADE!

- Eu e Thor só tínhamos nosso pai quando você se cansava dele. Nossa mãe tentava ser imparcial, mas ela deixava na cara que te preferia.

- E QUEM DISSE QUE EU QUERIA A PREFERÊNCIA DELES?

- Agora vai culpá-los...

- A CULPA É SÓ SUA! O THOR, VOCÊ SÓ ANDAVA COM O THOR A TODO TEMPO. EU TENTEI SER UM IRMÃO LEGAL, E O QUE VOCÊ FEZ?

- O quê?

- Isso mesmo, Loki. Eu tentei de todas as formas ser seu amigo. Eu queira que fosse comigo assim como era com Thor, e sabe o que você fez? VOCÊ ME AFASTOU.

- Eu era uma criança, Balder. - estava chocado com a declaração.

- Mas quando você cresceu, sentiu prazer em me afrontar mais e mais. As pessoas me perguntavam porquê você nunca estava comigo. Com o tempo passou a incomodar você com o Thor todo o tempo. Então, eu convenci o papai a te mandar para Oslo.

- Ainda estou sem entender. Você... Você fez coisas horríveis e agora eu que sou culpado? Você me mandou para longe de nossa família. Sabe o que seria de mim se não tivesse encontrado no Tony a amizade que temos hoje? Eu quase entrei em depressão. - disse com rancor. Ambos seguravam as lágrimas de ódio.

- Eu sei. Soube também que foi diagnosticado com transtorno bipolar. - Loki o olhou assustado. Ninguém deveria saber. - Ah é! Eu sei. Eu sempre soube. Eu ia na sua faculdade sempre. Buscava notícias suas.

- Você... Não se arrepende?

- De quê? Ora, Loki! Você que deveria se arrepender.

- Você é louco, Balder. Você precisa de tratamento.

- Eu sei. Desde o acidente em Ohio eu descobri isso. Sim, Loki. Eu também soube daquele ataque.

- Eu... Nós somos irmãos! Não podemos nos odiar assim. - Balder riu.

- Talvez um pouco menos?! É talvez! - se jogou no sofá. Em seguida, Loki fez o mesmo.

- Eu não vou pedir desculpas. Você vai?

- Eu não!

- Vai sim. - tentou mandar no irmão.

- Espera. Mas espera dormindo.
Ambos ficaram fitando a televisão ali. Não sabiam que espécie de discussão foi aquela. Eram amigos? Ainda se odiavam?
- Me desculpe?! - os dois disseram juntos.

- Já que você insiste. - falaram juntos e depois riram.

- Só porque você pediu primeiro. - Loki se apressou em dizer.

- Ridículo!

                                  [...]


- Deixa de ser reclamona, Elisa.

- Você passa a noite fora e eu sou reclamona. - usava sua camisa branca. 

- Você estaria fazendo "dancing days" em meu colo se soubesse onde eu estava.
Elisa parou de mexer os ovos e se virou para o namorado. Depois de desligar o fogo, foi até a sala.

- Posso saber onde estava?

- Fui na casa do Balder.
Elisa riu abertamente e pulou sobre as pernas de Loki.
- Sério?

- Claro que é mentira. Acha que eu iria na casa daq... eu tenho motivos para mentir? - Elisa se chateou.

- E aí? Como foi?
- Fizemos as pazes. - se orgulhou.

- Antes tarde do que nunca. Você merece um prêmio. - ficou com um sorriso sugestivo.
- E o que seria? - lhe puxou, grudando-a a si.
- A Olivia vai casar. - Loki arregalou os pequenos olhos. - Isso mesmo. E ela quer que sejamos os padrinhos dela.

- Odeio casamentos. - revirou os olhos. 

- Mas é o da minha irmã. - mais uma vez revirou os olhos.

- OK.  Eu não quero brigar agora. Quero te levar em um lugar.

- Humm. Passeio em pleno domingo?!

- Se não quiser ir, não vai. Eu vou. - a empurrou e levantou.

- Não vai insistir?

- Eu quero tomar um banho. Não vou ficar em seu pé... Não agora. Mas... -ficou com seu sorriso debochado. - Não quer vir comigo? - Elisa começou a corar.

Pensando que o moreno desistiria, abaixou a cabeça. Quando percebeu, Loki já estava de seu lado. O moreno lhe pegou no colo e saiu correndo.

- Me solta, seu louco.

- Você vai tomar banho, sua porquinha.

- Eu posso fazer isso sozinha.
Loki a colocou no chão, já dentro do box.
- Não. Eu vou te ensinar.
Elisa tentou recuar, mas atrás de si só havia a parede.
Loki só vestia a calça e a camisa já aberta. Elisa estava do jeito que acordou, só com a camisa da noite anterior.
Se aproximando lentamente, Loki a puxou pela cintura. Beijos seu pescoço e sussurrou:
- Quer experimentar do melhor banho de todos? - Elisa apenas concordou.
Loki foi abrindo os botões da camisa lentamente, enquanto a ruiva sentia arrepios com seu toque despudorado.
- Sua vez. - parou suas mãos no último botão.
Loki retirou a camisa e abriu o zíper da calça. Voltou a beijar o pescoço da namorada, enquanto retirava as duas últimas peças.

- Problema resolvido. - mordeu a ponta de sua orelha.
Elisa sorriu com isso. Estranho. Era essa a palavra que melhor os definiam. Loki ligou o chuveiro e retirou logo o tecido que ainda cobria a pele alva e o corpo delgado de sua namorada.
- Lis... - desligou a água corrente.

- Ah... quê? - se grudou no corpo do moreno, a fim de se esconder.
Loki pegou um pouco do sabonete líquido e deslizou às costas de Elisa, baixando mais e mais.
- Nada não. - Elisa revirou os olhos. Para se vingar da "má criação" Loki desceu as mãos às coxas. Pela parte interna, subiu lentamente.

- Acho que você precisa ser punida, Elisa Thompson. - ela engoliu em seco.
Loki subiu até o sexo da namorada. Quando o tocou, Elisa teve um sobressalto.
- Molhadinha... - gargalhou abafado.
Elisa estava envergonhada e tentou sair, mas Loki a empurrou contra a parede, levemente.
- Já disse para não ter vergonha de mim...

- Só não quero que me trate como uma vagabunda.

- Querer te dar prazer não é te achar uma vagabunda.
- Desculpe.
Loki beijou sua bochecha, depois seu maxilar, depois sua orelha e foi descendo pelo pescoço.
- Não se desculpe. Agora diga, ainda quer?- ela riu tímida.
Antes que pudesse responder, ouviu-se o barulho da campainha. Depois de revirar os olhos, o moreno se afastou.
Pegou um roupão e saiu sem dizer nada. Irritado. Elisa agradeceu mentalmente e tratou de tirar o sabonete do corpo.