História SLAVE TO LOVE - Confrontos ... Ops, Churrasco II

Confrontos ... Ops, Churrasco II

 

 

IZZY 

 

Enquanto espero pela resposta de Ryan, dezenas de pensamentos desencontrados cruzam minha mente. E um único desejo, domina meu coração: que ele se desculpe e me peça para voltar a trabalhar com ele.

Permaneço de braços cruzados, encarando -o fixamente e ele imita minha postura. Mas se ele pensa, que serei a primeira a dizer alguma coisa e ceder, está muito enganado !!!

Após longos minutos, ele suspira profundamente e rompe o silêncio :

- Isabelly, estou lhe dando a chance de se explicar. – seu tom condescendente era óbvio – E se desculpar, também ...

- O quê ?! Me desculpar, pelo o quê ?! – mantive o meu tom de voz controlado a custo de muito esforço – Eu não estou entendendo onde quer chegar. Afinal, quem disse que precisava falar comigo, foi você !!!

Ele contraiu o maxilar em um claro sinal de tensão e descruzou os braços, aproximando- se de mim. 

- Ok. Você não vai facilitar as coisas e tem razão. – disse sério dessa vez- Mas não acha muita imaturidade da sua parte, pedir demissão e nem me dar a chance de me explicar ? E o pior, trazer um cara que mal conhece, para um programa íntimo dos nossos amigos? 

Eu não sabia se ria, chorava ou batia naquele imbecil. 

Na dúvida, resolvi apenas responder :

- Ryan, eu simplesmente segui o protocolo para poder me desligar da agência. Obtive uma proposta melhor e decidi aceitar, onde minha capacidade e eficiência, serão devidamente reconhecidas. – sorri levemente ao vê -lo corar envergonhado – E quanto a Ian, nada me impede de sair com ele e irmos onde bem quisermos. Somos livres, desimpedidos, temos praticamente a mesma idade e interesses. Não vejo qual o problema. 

Senti que tinha o atingido. 

- Isabelly, é melhor você parar de me provocar !!! – ele avançou alguns passos me encurralando entre ele e o balcão da cozinha – Você dormiu com ele ?! Responda !!!

Os olhos que antes tentavam esconder as emoções, agora deixavam transparecer nitidamente a tormenta de sentimentos que o dominava.

- Ryan, afaste – se !!! – tentei empurra- lo, mas o peito forte não se moveu um milímetro – Não lhe devo satisfação !!! Nem meu pai, nunca me fez essa pergunta tão íntima. 

- Responda !!! Para quem disse me amar, você está se mostrando bem volúvel !!!

- Eu me amo em primeiro lugar, Ryan !!! E mereço alguém, que saiba que sou uma mulher, que vale muito !!! Que vai além “ de dar para o gasto “ ...

- Me perdoe !!! Eu fiquei possesso com a forma como ele te olhou e falei sem pensar !!! Izzy, eu...

- Justamente Ryan, aí está o problema !!! Ou você pensa demais e vê obstáculos onde não tem, ou não pensa e sai magoando, falando o que bem entende e quer para as pessoas. Porém, eu exijo ser respeitada, como mulher e profissional. – Por um momento minha voz ficou embargada – E você me desrespeitou em ambas as esferas. 

- Izzy, por favor ... me escute ... Eu fiquei com ... – parou abruptamente de falar, como se doesse admitir que sentiu ciúme. 

- Escutar ?! O quê ?! Se você não consegue nem mesmo verbalizar um sentimento tão simples como o ciúme. -disse decepcionada – É incapaz de pedir desculpas, ainda diz que eu sou imatura e que está me dando uma chance de me desculpar !!! Ryan se não fosse diretor da agência, poderia procurar emprego como comediante ... você é hilário !!!

- Izzy, eu ...

- Olha já perdi muito tempo com você, meu acompanhante deve estar estranhando minha demora. E de mais a mais, eu vim aqui para me divertir e não para tentar entender, alguém que não entende a si mesmo.

Desviei e andei firmemente, até sair das vistas dele. Assim que percebi que ele não tinha mais como me ver, corri para o lavabo e me tranquei lá dentro. 

 

 

 

Eu nunca tinha sido tão dura com ninguém em toda minha vida !!!

E fazer isso com Ryan, tinha dilacerado meu coração. Mas como afirmei para ele, eu me amo e me respeito muito, para aceitar migalhas de sentimentos. 

Mesmo com vontade de chorar, me recompus e voltei para o churrasco. 

Ian conversava com Colin, Chris e Mari, todos riam. Me aproximei e fui abraçada pela cintura. 

- Pensei que você tinha me abandonado.- Ian disse em meu ouvido – Está tudo bem? 

- Eu recebi uma ligação dos meus pais, por isso demorei. – menti descaradamente – Mas está tudo bem, sim.

Beijei levemente os lábios dele e senti um calor queimando minhas costas. Me virei e me deparei com Ryan, que nos fuzilava com seu olhar.

Percebi que ele se despediu de Carina e Will, rapidamente e saiu sem olhar para trás. 

Carina respondeu ao meu olhar interrogativo, com um dar de ombros e uma expressão confusa, de quem não está entendendo nada.

- Não é mesmo Izzy? – Colin tinha me feito uma pergunta e eu não tinha a mínima ideia sobre a que ele se referia. 

Eles me olhavam em expectativa, à espera da resposta, que eu não tinha para dar.

- Eu ... É, sim.- hesitei, mas  arrisquei em responder afirmativamente. 

E para minha sorte, foi a jogada certa. 

- Então vou me juntar à vocês, em um desses happy hours. – Ian sem querer me colocou a par do assunto – E podemos marcar um jogo de boliche, também. 

- Modéstia à parte, sou ótima jogadora. – falei – E não jogo só por jogar, preciso de uma motivação. 

- Você está querendo dizer, uma aposta ?- Mari perguntou sorrindo. 

- É, algo que instigue ainda mais meu lado competitivo. 

Nós rimos e decidi me concentrar no assunto. E principalmente, no meu acompanhante. 

Ryan tinha escolhido ficar no meu passado. 

 

 

DOUGLAS 

 

Me aproximar de Willian, foi mais fácil do que pensei.

Primeiro passo que dei, foi me matricular na mesma academia que ele frequenta, depois observar seus horários e comportamento. E o jeitão amigável do australiano facilitou as coisas , em meio a troca de aparelhos e séries de exercícios, logo nós estávamos conversando. 

Contei a ele, meias verdades e recebi em troca um convite para ir à um churrasco na casa dele, o qual aceitei de imediato.

Will como pediu para ser chamado, é desses caras de coração mole, que se enternece com histórias tristes. Muito diferente do pai e dos outros familiares. O que para ele, nesse caso é um azar.

Eu não via a hora de ver Carina e mostrar para ela que eu não ia desistir do nosso caso assim tão fácil. 

Sorri ao lembrar do corpo voluptuoso e do sorriso encantador. 

Ter Carina para mim, será a cereja do meu bolo. Pois, Willian Scott não perde por esperar. 

 

 

Terminei de me arrumar, peguei a garrafa de vodka gelada e me coloquei a caminho. 

Como um bom cavalheiro, estou levando um presente para os meus anfitriões. E para Carina, tenho certeza, que o presente sou eu !!!

 

 

JULIAN 

 

Acho que o tiro, saiu pela culatra.

Encontrar Maya com o tal namorado, foi a pior coisa que poderia ter me acontecido !!!

Primeiro, porque confirmei que a desejo de uma maneira enlouquecedora. E segundo, porque descobri que sentir ciúme, dói. 

Porra !!!

Eu nunca senti ciúmes de nenhuma outra mulher. E mesmo sem ter possuído Maya, me sinto queimar por essa emoção. 

E algo bem lá no fundo, insiste em me dizer, que o que sinto por ela vai além do desejo e do sentimento de posse. E esse beijo confirmou, o que estou me esforçando ao máximo para negar.

O bom é que ela também parece abalada com a minha presença e se meu radar não está com defeito, sente desejo tanto quanto eu.

Talvez se consumássemos esse desejo, eu pudesse reassumir o meu controle e não me sentisse mais afetado pela simples existência dessa mulher. 

Mas meu instinto de preservação, dispara ao pensar nessa hipótese. Porque o risco de me machucar, desta vez é muito alto. 

Entretanto, preciso te-la em meus braços, fazê – la gemer de paixão e gritar meu nome.

Fui resgatado do meu conflito, pelo som da gargalhadas de Chris e dos demais que estavam em uma rodinha conversando. Percebi que todos haviam se sentado em banquetas,  para ficar na altura dele.

Ok. Apesar do constrangimento da entrada, que os anfitriões não tinham como prever, agora o pessoal parecia estar o tratando muito bem. 

E devo admitir, que a tal namorada, estava me surpreendendo com todo o zelo e carinho que demonstra por ele. Cuidadosa, o serviu e não saiu do lado dele por um único instante, que não foi absolutamente necessário. 

Engraçado como o amor é capaz de mudar as pessoas. Chris sempre detestou que o enchessem de paparicos, afirmava se sentir sufocado e agora parece que precisa da tal Mari para tudo. 

Bem, se ela o faz feliz, tem minha aprovação. E de verdade, me sino aliviado, ao ver os cuidados dela para com ele. 

Agora, preciso reverter a impressão ruim que ela tem de mim e, nada melhor que uma conversa franca para resolver isso. 

Decidido, caminhei até o grupo e coloquei meu melhor sorriso no rosto :

- Pessoal, desculpe interromper, mas recebi um telefonema urgente do trabalho e preciso ir embora. Willian e Carina, muito obrigado por me receberem, está tudo delicioso. Foi um prazer conhecer a todos vocês – fiz uma pausa e observei a reação de Maya que por um instante pareceu decepcionada e do namorado que demonstrou alívio – Mano, preciso do meu casaco que está no seu carro. 

- Que pena, Julian !!! – Willian disse – Agora que íamos para a sala de jogos e a diversão realmente ia começar. Mas espero que você venha mais vezes.

- Verdade, agora você e o Chris, fazem parte da família. – Carina corroborou simpática. 

- Agradeço a acolhida e se convidado, virei com certeza. -sorri candidamente. 

- Juls, a Mari te acompanha até o carro para você pegar seu casaco. – Chris falou sem perceber a expressão de infelicidade dela – E eu te ligo essa semana, para marcarmos um jantar, ok ?

- Certo. Bom pessoal, até logo. 

Maya me olhou rapidamente, mas não consegui entender a emoção contida naquele olhar.

Contudo, o olhar que dirigi a ela, antes de me virar e caminhar para a saída, continha uma mensagem bem clara: você vai ser minha. 

 

 

Eu e Mari fomos em um silêncio tenso até a frente da casa, quando decidi falar:

- Mariane, eu quero me desculpar pelo jeito arrogante com que a tratei. – olhei nos olhos azuis que estavam arregalados de surpresa. Ela é muito transparente. – Eu agi movido por um instinto de proteção ...

- Exagerado !!! – me interrompeu.

- Talvez. – concordei sorrindo – Mas ele é meu único irmão, é tudo para mim. E se algo acontecer com ele, nunca irei me perdoar. 

- Eu entendo, Julian. – disse com um tom mais amigável – Também sou assim, em relação à minha mãe. Porém, tenho que ser honesta com você, eu estava te odiando !!!

- Posso saber por qual motivo? – perguntei surpreso, achei que era apenas uma antipatia. 

- Claro que pode !!! – jogou o cabelo longo e farto para trás, tirando- o do rosto – Porque com as coisas que disse, quando você e Christopher discutiram, acabaram magoando -o muito !!! Ele se sentiu diminuído, infeliz e eu te odiei com todas as minhas forças, por fazê -lo se sentir assim.

As emoções passavam pelo rosto dela e constatei que ela realmente ama meu irmão. 

- Realmente, eu peguei pesado.- admiti arrependido – Porém, nós nunca nos separamos e essa mudança, assim como o relacionamento de vocês, me pegou de surpresa. Até pela forma como começou.  Fiquei com receio, que você fosse uma aventureira, em busca de uma presa fácil ...

- Primeiro, que milhões de pessoas se conhecem por meio da Internet. Você precisa se atualizar !!! – falou ficando irritada – E em segundo lugar, Christopher é um homem inteligente e com uma capacidade de discernimento impecável. O fato das pernas dele não funcionarem, não o diminui em nada e muito menos o tornam uma presa fácil. 

- Acalme- se, Mariane !!! – sorri ao ver aquela mulher pequenina, se tornar uma gigante para defender meu irmão. As mãos na cintura e o olhar fulminante, foram bem convincentes. – Eu reconheço que às vezes, o sufoco. Mas é porque, ele já sofreu demais, tanto física como emocionalmente. Tudo o que eu mais quero, é vê – lo feliz e para isso, preciso que me perdoe. E que me dê a chance de mostrar, que posso ser um cunhado legal. O que acha ?

Ela me avaliou em silêncio por alguns instantes e depois sorriu lindamente. 

- Certo. Então, vamos começar de novo ... – disse me estendendo a mão e ampliando o sorriso – Olá, sou Mariane, namorada do seu irmão. 

- Oi, sou Julian, seu cunhado. – apertei firmemente a mão dela e sem deixar de encara- la, sorri genuinamente – Muito prazer em te conhecer, Mariane. 

Rimos e  a tensão se desfez.

Finalmente, saímos e fomos até o carro, em um silêncio confortável dessa vez.

Ela destravou o carro, pegou e me entregou o casaco.

- Obrigado, cunhada.- sorri com uma piscadela marota. 

- Disponha, cunhado.- retribuiu o sorriso. 

Esperei que ela entrasse e depois comecei a seguir meu caminho.Ao menos esse problema está resolvido. 

 

 

 

Peguei meu celular, que estivera no silencioso durante todo esse tempo e me assustei com o número de chamadas perdidas de Pablo.

No que esse irresponsável tinha se metido agora ?!

Retornei a ligação e ele atendeu no primeiro toque :

- Julian, eu preciso de ajuda, cara !!! – disse desesperado – Estou muito ferrado ... muito ...

Começou a chorar compulsivamente e tentar falar  ao mesmo tempo. Eu não conseguia entender nada e fiquei assustado com aquela reação. 

- Pablo, me escute ... PABLO !!! CALE -SE E ME ESCUTE !!!- gritei acima do choro histérico – Me diz onde você está? 

- No ... meu ... apartamento ... Julian... me ajuda.

- Estou à caminho. Tente se acalmar.

Desliguei e chamei um uber.

Mais essa agora ... o que será que havia acontecido ?!

 

 

CARINA 

 

 

Eu já tinha até esquecido do tal amigo, que Will disse ter convidado, quando nossa campainha tocou novamente. 

Will foi atender, já que eu estava em um papo animado com as meninas. 

Porém, senti um arrepio e uma sensação ruim, antes mesmo de me virar e descobrir quem era o tal amigo. E quando me deparei com Douglas no meio do meu quintal, sendo abraçado pelo meu marido, apresentado aos meus amigos, achei que fosse morrer. 

O que ele estava fazendo ali ?!

De onde e como conhecia Willian ?!

Que merda estava acontecendo ?!

O que eu ia fazer agora ?!

Essas e outras perguntas cruzavam minha mente, na velocidade de raios cruzando os céus, enquanto Will se aproximava para me apresentar a ele.

Para minha sorte, May se aproximou de mim e me ajudou a me manter em pé e, minimamente lúcida. 

- Amor, May, quero que vocês conheçam o meu novo parceiro, Douglas Chambers – disse sorridente- Eu o conheci na academia e temos muito em comum, além do fato de ele ser australiano.

- Senhoras, muito prazer.- falou sorrindo e me encarando brevemente – Obrigado pelo convite, senhora Scott. 

- Eu ... ahn ... imagine. Os amigos do meu marido, são sempre bem -vindos .

Eu simplesmente estava sem chão. 

O que ele pretende com isso ?

- Douglas, não é ?- May perguntou e ele assentiu, desviando o olhar para ela com muito custo – Venha, vou lhe apresentar o restante do pessoal e a mesa de comidas. 

Ela entrelaçou o braço no dele e praticamente o carregou para longe.

Soltei a respiração, que nem sabia que estava prendendo em agonia. 

- O que foi amor, você está pálida. -Will perguntou me abraçando – Tremendo, também. Não está se sentindo bem ?

- Minha cabeça de repente começou a doer. – inventei – Acho que o último shot de tequila, está começando a cobrar seu preço. Mas eu vou tomar um comprido e já volto.

- Quer que eu suba com você? – questionou preocupado. 

- Não, amor. Vai ficar chato, se os dois anfitriões sumirem ao mesmo tempo. Vou ser rápida. 

Ele me abraçou e me aconcheguei nele, como se pudesse me esconder do mundo e, principalmente, dos meus erros. 

- Car, eu te amo tanto. – ele disse, beijando meus lábios com delicadeza. 

- Eu também Willian, eu também. 

Senti meus olhos ficarem marejados e me soltei dele.

Fui para casa e  para o meu total desgosto, Doug me seguiu com a desculpa que precisava fazer um telefonema. 

 

 

- Carina, espere !!!- me alcançou na cozinha – Você ficou feliz em me ver, minha potranca ? 

Perguntou sorrindo e me segurando pelo braço. 

- Não, Douglas. Eu detestei !!!- respondi secamente, soltando o braço com brusquidão – Na verdade, eu espero não ter que te ver nunca mais !!!

- Uau !!! Se eu não soubesse como você vibra nos meus braços quando eu te possuo, ficaria preocupado com tanta agressividade. – falou ironizando .

- O que você quer vindo até aqui ?! Por que está fazendo isso ?! – questionei aflita. 

- Ora, eu quero você, assim como você me quer !!! – sorriu e se aproximou de novo – Sei que sente minha falta, como eu sinto a sua. 

- Douglas, eu já te disse que acabou !!! Não vai mais haver nada entre nós !!! – afirmei categoricamente – Eu amo meu marido e ...

- E o que, Carina ?! Pare com esse teatrinho !!! Que amor é esse, que permite que você se deite com outros homens ?!- falou ferino, me fazendo enrubescer – Tem mais uma coisa: só vai acabar, quando eu disser que acabou !!! Se e quando, estiver farto de você !!!

- Seu idiota !!! Com quem você pensa que está falando ?! Alguma das fedelhas que corroem atrás de você ?! – falei irada – Eu só não acabo com você, agora mesmo porque ...

- Porque não quer que imagens como essa, sejam vistas pelo seu maridinho tão bacana.- me interrompeu sarcástico, mostrando o celular, onde um vídeo mostrava uma cena onde nós dois fazíamos amor. 

Minhas pernas fraquejaram e por um momento, tudo escureceu. 

- Carina !!! Amor, o que foi ?!- a voz apavorada de Will me trouxe de volta.

Ele tinha entrado na cozinha, porém sem forças e sem coragem, me mantive de olhos fechados. 

Douglas me apoiava e respondeu, calmamente :

- Usei seu telefone e estávamos conversando, enquanto ela tomava um remédio, quando ela pareceu que ia desmaiar. 

- Obrigado, cara !!! Ainda bem que você a segurou – ouvir Will agradecer aquele filho da puta me deu uma náusea incontrolável, me virei e vomitei nos sapatos caríssimos dele – Ai meu Deus !!! Vou levá -la para o pronto-socorro, ela está tendo uma crise de enxaqueca. 

Quando senti os braços de Will ao meu redor, me permiti relaxar o corpo de vez.

- Pode deixar que eu aviso o pessoal lá fora, Willian. E por favor, me mantenha informado. 

- Obrigado e desculpe pelos seus sapatos !!!

O desgraçado ainda tinha a pachorra de se mostrar preocupado e o meu pobre marido, se desculpando com o canalha. 

- Imagine !!! Cuide bem dela. 

Enquanto Will me carregava para o carro em desespero, eu também me sinto desesperada. Não pela dor da enxaqueca, mas pelo pavor de estar nas mãos de um canalha.

Não posso perder meu marido, justo agora que descobri o quanto o amo !!!