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História SLAVE TO LOVE - Tempo - Senhor Tempo II


Escrita por: Sasciofa

Notas do Autor


Bom dia, pessoas do meu ❤
Esse capítulo era para ter sido publicado no domingo, mas como sua autora é uma criatura hábil em tecnologia, ela perdeu tudo 😲😲😲😲. E por isso merece falar de si mesma na terceira pessoa, castigo !!! 😉😁😁😁
Sem mais enrolação, curtam o capítulo 😙😙😙

Capítulo 36 - Tempo - Senhor Tempo II


Fanfic / Fanfiction SLAVE TO LOVE - Tempo - Senhor Tempo II

Tempo – Senhor Tempo II

 

 

JULIAN

 

Trabalhar com Maya, preservar meu papel junto aos Quintero, manter Christopher em segurança e continuar com  as investigações, estavam exigindo o máximo  de mim. E eu que sempre  acreditei ser praticamente invencível quando  determinado, estava quase entregando  as pontas e me rendendo  ao cansaço e desânimo  que querem me dominar.

E para ser completamente honesto, o que  mais  exaure minha energia, é ter que fingir que estar ao lado de Maya é indiferente para mim. Não me causa as mais  diferentes emoções e sensações, que vão do desejo intenso à fúria mais profunda. Principalmente, quando ela se mostra tão preocupada com o namoradinho ...

Ok. Estou sendo um idiota !!!

Ele merece meu respeito, afinal está nessa situação, porque arriscou a vida para salvar outras tantas vidas. 

Mas que porra !!! Tenho que parar de pensar  nele e principalmente, nela. Se está apaixonada, que seja feliz !!!

É só não encher meu saco com seus ataques e sua língua ferina, porque não sei até quando irei me conter e responder à altura. 

Ou perder a compostura, se é que já não fiz isso.

 

 

FLASHBACK  ON

 

As segunda -feira já é  considerado um dia chato, longo e difícil. Imagine, quando se passou a noite em claro, cuidando do seu irmão em uma crise de dor. E que em meio do alívio que o remédio proporcionava, tentava a todo custo te convencer que realizar uma cirurgia sugerida por um novo médico é a solução para todos os problemas. 

Como dizer a ele que esse médico é um bandido, que pretende matá -lo ?! E que a culpa por isso é  sua ?!

Ah, Mari por quê, você teve que viajar justo agora ?!

 

 

Portanto, ao chegar na agência no final do dia, me sentia exausto física e emocionalmente. Sem disposição ou tolerância para nada. 

Contudo, Maya parecia inspirada e mal sentei em minha cadeira, ela irrompeu em minha sala com as mãos na cintura, os olhos soltando chispas. Me olhou com ironia e disse :

- Você compreende o significado de trabalhar em colaboração ?! – deu alguns passos se aproximando da mesa – Todas as agências estão compartilhando as informações que temos, mas a única que está dificultando o andamento do trabalho está sob o seu comando. O único que sabe todas as  senhas ...

Inspirei profundamente, antes de me levantar, dar a volta na mesa e responder com polidez :

- Boa tarde, Maya. Eu estava resolvendo um problema pessoal e por isso, cheguei somente agora. Porém, o Ryan está de posse desses dados confidenciais e, inclusive, já foi autorizado a repassar à você, Carina...

- Pois é, mas ele não o fez, provavelmente falta de tempo já que está trabalhando sem parar. E nós perdemos horas preciosas, enquanto você resolvia seu problema pessoal !!! – terminou com aspas ironicamente. 

Não precisava de muita inteligência para entender a insinuação, mais que clara que ela fez.

- Maya, eu não sei qual  é o seu problema, mas não admito que você invada minha sala e me desrespeite ou duvide da minha conduta profissional ...

- Julian, eu estou pouco me importando com o que você pensa permitir ou não!!! – a pequena petulante me interrompeu novamente ficando a centímetros de mim- Eu só quero fazer meu trabalho e ir para minha casa o mais rápido possível !!!

- Ah, claro !!! Para cuidar do namoradinho doente ... – tentei ser  sarcástico mas fui impedido mais uma vez pela língua ferina.

- O que faço fora do meu horário de trabalho não lhe diz respeito !!!

Juro que tentei me conter, mas aquela postura insolente misturada ao desejo represado a semanas, mais todo o estresse da última noite em claro, sem contar meu gênio, me levaram a uma reação explosiva.

Quando dei por mim, já a tinha em meus braços e meus lábios pressionavam os dela com uma mescla de fúria e desejo incontrolável. No início, encontrei certa resistência, mas logo ela cedeu e entreabriu os lábios com um suspiro de rendição. 

Aos poucos Maya assumiu o comando e de feroz, o beijo passou a ser ardoroso, mas sem a raiva de antes. Minhas mãos tinham vida própria e percorriam as curvas do corpo dela ansiosamente, porém com carinho apreciando cada detalhe. E ela retribuía, segurando os cabelos da minha nuca, juntando o corpo ao meu como se pudéssemos nos tornarmos um só. 

As pequenas e hábeis mãos passaram com rapidez  a explorar meu tórax, abrindo os botões da minha camisa sem pudor. Ela sentia a mesma urgência que eu.

Busquei com ansiedade sentir o calor que emanava de sua pélvis e Maya dançou em minha mão, não havia como negar o desejo quente e úmido. Assim, como o meu que pulsava dolorosamente, como o dela. Nossos corpos se completavam em perfeita harmonia e, nossas mentes também. 

Porque giramos e com um único movimento, a coloquei em cima da minha mesa, enquanto ela afastou os papéis que estavam na superfície. Ergui a saia dela rapidamente, puxando a calcinha para o lado e a penetrei, absorvendo seu gemido de prazer.

À essa altura, eu já estava sem camisa e as unhas afiadas arranhavam minhas costas, as pequenas e delicadas mãos  apertavam meus músculos, inflamando ainda mais o meu  desejo.

Maya se contraía ao redor dos meus dedos, me deixando a ponto de perder o controle. Ela decidiu ir além e abriu a minha calça, libertando meu membro enrijecido e passando em seu ventre.

- Delícia ... você é uma delícia. – sussurrei no ouvido dela que permaneceu de olhos fechados e retomou o beijo.

Entretanto, uma necessidade imperiosa fez com que interrompêssemos o beijo, precisávamos respirar. Encostei a cabeça dela em meu peito e continuamos abraçados, enquanto nossos corações retornavam ao ritmo normal. 

Eu gostaria de dizer tantas coisas à ela, mas me sentia confuso. Contudo, não podíamos mais negar esses sentimentos, temos que dar um jeito nisso ... de preferência ficando juntos e dando uma chance para essa história. 

Decidido a dar o primeiro passo, me prontifiquei a abrir meu coração :

- Maya, sei que nem sempre ...- mas não tive chance. 

De repente como se acordasse de um transe, como um furacão, ela começou a falar e arrumar as roupas, olhando para todos os lados. Parecia estar desesperada para sair de  perto de mim, como se a nossa proximidade lhe fizesse mal.

- Julian ... eu... nós ... Quer dizer, eu e você ... –apontou para mim e em seguida para si mesma com a mão trêmula – Isso foi um erro, é uma loucura !!! Eu namoro, meu Deus !!! E isso nunca mais irá acontecer  ...

- Não há erro algum !!! Você me quer, como eu te quero !!!- a abracei e segurei pela nuca, fazendo com que sentisse a resposta do meu corpo a nossa proximidade – Nenhuma mulher jamais me provocou essa reação ou me fez perder o controle como você faz, Maya.

-  Eu não posso Julian ... não... – disse  se afastando. 

- Por que ?! Você quer, tanto quanto eu !!! – questionei indignado. 

- Simplesmente, porque quero muito mais que sexo !!! – disse fria –Quero companheirismo, carinho, amizade, amor ... E isso eu já tenho com o Colin. 

- Se tem tudo isso com ele, por que reage assim à mim ?! – perguntei com raiva e me sentindo humilhado – Pelo jeito você já encontrou seu príncipe. 

- A resposta é simples, biologia, feromonios ...- disse  com ar de superioridade. 

- Então quando estiver com seu príncipe, lembre – se do ogro aqui e do que os feromonios que ele exala, te fazem sentir !!!

A agarrei novamente, dessa vez sem nenhuma delicadeza, cego de raiva e ciúme e, a beijei com voracidade. Segurei seus seios em minhas mãos e ela gemeu na minha boca, apesar de tentar se afastar.

Esfreguei minha ereção em sua pélvis, fazendo -a sentir como eu pulsava por ela, mas o feitiço virou contra o feiticeiro quando senti sua umidade novamente. O que quase me fez perder a cabeça  de vez, porém serviu de freio.

Parei abruptamente o beijo, a empurrando para longe. E falei friamente, como se não houvesse acontecido nada:

- Bem senhorita Badía, as senhas e as informações solicitadas já estão disponíveis no seu email. Há algo mais, que eu possa fazer pela senhorita? 

- Eu ... não. Você ...

Ela estava  completamente aturdida. 

Eu poderia rir, se não estivesse  tão puto. Quem ela pensa que é, para me subestimar dessa maneira ?!

Então quer dizer, que eu não posso ser companheiro, amigo e todo esse blábláblá? Quem disse isso? 

- Então, vou pedir que saia da minha sala e me deixe trabalhar. 

Ela me olhou de modo indecifrável e saiu sem olhar para trás. 

 

FLASHBACK  OF

 

E desde então, temos vivido uma guerra fria.

Simplesmente, ela procura me evitar de todas as maneiras e se não é possível, se mostra ríspida ou indiferente na maioria das vezes, o que considero bem pior. 

Quanto à mim, infelizmente, só sinto meu sentimento crescer. 

É, isso mesmo. 

Sentimento. 

Pensei que fosse apenas desejo e contrariedade por ter sido rejeitado. Mas não. Quanto mais a vejo, falando sobre Colin, sobre os progressos que ele tem tido, o cuidado, o carinho que ela demonstra, mais me dou conta que o que sinto, vai além de desejo.

E já me peguei desejando até mesmo estar no  lugar dele ...

 

 

MAYA

 

 

Estar com Julian todos os dias e me manter sobre controle depois do dia que quase me entreguei à ele, tem sido uma tortura física, mental e emocional. É  incrível como o simples jeito dele de olhar para alguém, já me deixa acesa.

Porém, a arrogância dele também é capaz de apagar o fogo do meu desejo rapidamente. É só me lembrar da atitude que teve ao interrompermos o beijo... 

Eu vivia em um dilema, porque sentia esse desejo por Julian mas também um sentimento especial por Colin. 

E que espécie de pessoa eu seria se terminasse com Colin agora ?! Não só pela questão da sua recuperação física, mas emocional e psicológica também. Afinal, durante esse período nós da agência é que fomos a sua família, já que seus pais pelo jeito cortaram de vez relação com ele e, desta feita por minha causa.

 

FLASHBACK  ON

 

Preocupada com o estado de Colin, mesmo tendo sido descartada pela equipe médica a necessidade de diversas cirurgias para a correção das fraturas sofridas e que ele se recuperaria da grave lesão no pulmão, insisti que Ryan entrasse em contato com os pais dele e comunicasse o ocorrido. E ele assim o fez.

O senhor e a senhora Miller chegaram ao hospital três dias depois de contatados e não pareciam muito apreensivos. Graças a Deus, Colin já estava no quarto e tinha uma aparência melhor. 

Ryan os recebeu e explicou de maneira detalhada o interrogatório do senhor Miller, sob o olhar de desprezo da mãe de Colin. Olhar esse, que ela lançou à todos nós que estávamos na sala de espera, já que o andar tinha sido fechado somente para ele.

Olhei para Carina e Will, me sentindo enervar com aquele ar de superioridade, como se estivesse nos fazendo um favor ao conceder sua presença. 

Eles entraram no quarto e para nossa surpresa, logo depois vozes alteradas se fizeram ouvir :

- Você voltará conosco para casa Colin !!! – senhor Miller dizia enfaticamente – Já não basta seu irmão, que quase nos matou de preocupação e desgosto ?! E  no fim acabou daquela maneira !!!

- Eu estava trabalhando, defendendo nosso país ...- ele tentou replicar. 

- Você podia ter ficado inválido !!! Acabar de vez com a nossa família !!! – a mãe interrompeu – Chega dessa brincadeira !!! Você vai voltar para casa, se recuperar e assumir os negócios da família, Colin.

- Vocês são inacreditáveis !!! – disse indignado – Eu estou em um hospital e ...

- Colin Miller, chega de lamúrias !!! Nós fomos muito liberais com você e seu irmão, por isso abusaram !!! Um virou gay e suicida ... E você, morando com uma preta !!! – o pai completamente alterado falou em alto e bom tom - Se você acha que vamos aceitar crianças negras correndo por aí com nosso nome, está muito enganado !!! Talvez fosse melhor que tivesse morrido em serviço ...

- Querido, não diga isso !!!

- SAIAM DAQUI !!! ESQUEÇAM QUE EU EXISTO !!! – Colin gritou e logo a aparelhagem que regulava seus batimentos cardíacos e saturação, começou a apitar desregulada – EU NÃO ADMITO QUE DESRESPEITEM MINHA MULHER !!!

- SUA MULHER ?! – a mãe perguntou atônita. 

- SIM... MINHA MULHER ... A MULHER QUE AMO... – A falta de ar o fazia responder de forma ofegante. 

- Ryan, por favor intervenha !!! Faça alguma coisa !!!

Ele assentiu e entrou no quarto, enquanto Carina ia atrás de algum médico. 

Eu não queria piorar a situação entrando no quarto e me sentia culpada por ter insistido em chamá -los, porém quando Colin dizia que os pais eram difíceis, eu nunca pensei que fosse nesse nível. 

Will chegou silencioso e me abraçou, eu estava tão nervosa que até tinha me esquecido da presença dele.

- Calma May, vai dar tudo certo. Nós somos a família que ele tem.

Will era sempre tão gentil.

- Espero que sim.- respondi, retribuindo o abraço e escondendo as lágrimas que escorriam pelo meu rosto. 

Logo Carina voltou com o médico e a enfermeira, Ryan conseguiu tirar os pais dele do quarto e os mesmos vieram prontos a me atacar, porém Will não permitiu que sequer se aproximassem de mim. E eles tiveram que sair buscando de ódio. 

Colin teve uma crise respiratória, o que já era esperado e precisou ser sedado. E eu fiquei arrasada.

 

 

 

Obviamente, o senhor e a senhora Miller não se satisfizeram com esse pequeno escândalo no hospital e depois de algumas tentativas fracassadas de pressiona-lo por telefone, enviaram um oficial de justiça e um advogado portando um documento que o deserdava oficialmente. 

Isso mesmo !!! 

Eles o retiraram do testamento. 

Decidiram deixar os bens para o único sobrinho e instituições de caridade. 

Depois de assinar o documento com a minha ajuda e da saída dos dois homens, ele disse :

- É May, agora realmente não sou um bom partido !!! – sorriu de canto, mas os olhos espalhavam a mágoa que ele tentava mascarar.

- Posso saber o por quê  ?

- Porque agora não passo literalmente de um saco de ossos quebrados, sem um dólar no banco. 

- Você é meu melhor investimento, pode ter certeza !!!- o beijei e senti aquele calor gostoso, de estar fazendo a coisa certa. – E não se esqueça capitão que eu conheço seus proventos, seu fundo de previdência e sei que não é um pobre coitado. 

- Nossa, você nem me deu chance de me fazer de vítima !!! É isso que dá namorar com colegas de trabalho e da mesma patente que você. – falou rindo mais animado.

- Pois é !!!

 

FLASHBACK  OF

 

Portanto, mesmo com a recuperação dele correndo bem, eu não sabia como pedir a ele um tempo. Na verdade, nem sabia se queria um tempo ...

Eu estava agarrando a ideia de que quando retomássemos as nossas rotinas, as coisas entrassem nos eixos em definitivo. Quer dizer, meus sentimentos. 

Colin voltará a trabalhar interno, pois ainda está fazendo tratamento respiratório e usando bota ortopédica. Mas teremos a companhia um do no trabalho e isso com certeza inibirá qualquer pensamento menos digno da minha parte.

Também voltarei às minhas práticas, ir ao Centro, treinar, sair com as meninas. Colin mais independente, significa minha liberdade, voltar para o meu apartamento. 

Voltar para o meu apartamento ... 

Outra briga. 

E será que eu quero enfrentar ?!

Eu só sei o que eu não deveria querer.

De verdade, eu não sei de  mais nada ...


Notas Finais


Beijos de Luz 💋💋💋💋


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