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História Revo-Z, a True Damage Chronicle - 4. Reflexões largadas.


Escrita por: Hipstodd

Notas do Autor


Uma noite tranquila depois de um longo dia de trabalho.
Analisando a fundo, esse capítulo e o anterior poderiam facilmente serem um só.
De qualquer forma, uma boa leitura.

Capítulo 5 - 4. Reflexões largadas.


Eram oito horas da noite de uma quinta-feira quando Senna ligou a luz de seu quarto, sentou na cadeira em frente à mesa diante de um computador e se espreguiçou. Ela passou nove horas sólidas dando os retoques finais na primeira demo do disco, e desde que Yasuo trabalhava em período integral no disco, ela sentiu a necessidade de ajudar o amigo e brecar o sentido workaholic do Samurai. Qiyana passara no final da tarde no estúdio e Akali e Ekko já haviam composto até aquela altura mais de seis letras de rap completas.  Haviam ajudado, mas eram principalmente escritores e rappers, e não estavam acostumados a trabalhar com canto. Fora desgastante e desafiador. Ou seja, tinha valido absurdamente a pena.

Suspirou fundo, ela estava cansada e com costas doloridas, mas estava satisfeita com o dia e com a vida em geral. Os gráficos do contador estavam indo na direção certa, os trabalhos e as oportunidades batiam na porta e a equipe estava feliz. Depois de mais de um ano, eles ainda estavam em alta com toda a adrenalina que o projeto poderia passar.

Senna por fim abriu as mensagens do celular que trocara com o noivo ao longo do dia enquanto tentava massagear o pescoço por um tempo, ela constatou o que precisa de um banho e pensou em usar a ducha localizada atrás da copa. Mas sentiu uma gigantesca preguiça de ultima hora e colocou os pés em cima da mesa. Refletiu sobre a sua vida por alguns instantes. O tal futuro que ela ansiava e todos sempre comentavam estava começando a ser coisa do passado. Ela refletiu sobre sua idade e chegou à conclusão de que já não era mais tão jovem quanto alguns de seus colegas de grupo, mas sabia que ainda estava bonita. Treinava na academia duas vezes por semana, mas havia notado que estava ficando mais difícil subir no mastro durante suas longas viagens de barco. E era ela quem sempre fazia escalada - Lucian sofria de uma vertigem terrível.

Chegara a conclusão também de que apesar de vários altos e baixos, seus últimos anos foram em geral bem-sucedidos. Ela tinha dinheiro, status, uma casa que lhe dava um grande prazer e um emprego de que amava. Ela tinha um marido carinhoso que a amava e com quem ainda estava apaixonada após anos de casamento. E, por outro lado, tinha um amante agradável e aparentemente inesgotável chamado palco.

Ela sorriu ao pensar em Lucian. Ela se perguntou quando ele ia ficar limpo e lhe disse que estava a propondo. Nenhum dos dois falou uma palavra sobre o casamento desde giants, mas Senna não nasceu ontem.

E por fim, estava incrivelmente feliz por ser amiga e confidente da True Damage. Em certos aspectos, eles eram tolos e divertidos como irmãos mais novos, e em outros tão perspicazes que parecia oráculos. E principalmente, entendiam e apoiavam a relação dela com Lucian, fato que a fez jurar jamais perdoar sua antiga gravadora. Lucian era o homem com quem ela queria envelhecer. Ela queria ter filhos com ele, mas não seria possível e agora era demasiado complicado. Mas, na escolha de um parceiro de vida, ela não conseguia imaginar uma pessoa melhor ou mais estável - alguém em quem pudesse confiar de maneira tão completa e sincera e que estivesse sempre presente quando ela precisasse dele.

Ela pensou por um momento e depois pegou o telefone para atender uma ligação. Qiyana a chamava.

"Oi, querida. O que está fazendo?"

"Relaxando."

"Como tá indo as compras?"

"Comprei uma lingerie e alguns itens decorativos. Criei um murmurinho pelos corredores do shopping. Está fluindo. E vocês?"

"Acabamos de terminar a demo. Yasuo queria virar a noite no estúdio. Desliguei a força. Ela estará disponível para vocês ouvirem amanhã".

"Estaria aplaudindo vocês se minhas mãos pudessem fazer isso." Qiyana disse enquanto Senna escutou o som de algo sendo sugado por um canudo.

"Estou completamente morta...".

"Pra alguém que esta morta, me parece que você tem algo em mente...".

"Estava pensando em chamar uma visita...".

“Diga ao Lucian que mandei lembranças. Eu chegarei a casa logo, mas caso não veja vocês, eu entendo. Quero mostrar  a lingerie que comprei”.

"Você não experimentou ainda?" Perguntou Senna.

"Sim, eu fiz."

"OK. Então diga ao Ekko que você é uma bruxa impossível de satisfazer e que ele terminará envelhecendo prematuramente."

Qiyana ria alto do outro lado da linha.

"Ele sabe disso."

"Nesse caso, só nos resta compadecer com o seu crime. Divirta-se."

 

Ekko estivera em downtown comprando tênis e mais tênis depois de se despedir de Akali. Senna se perguntou a onde estaria o rapaz. Suas duvidas foram sanadas quando ela escutou a notificação eletrônica de seu celular. A chave numero 3 de 6 acabara de tocar a fechadura eletrônica. Ekko estava em casa.

Suspirou fundo, discou o numero de Lucian e  após algumas conversas triviais ela por fim perguntou se ele estaria ocupado hoje à noite e consideraria fazer uma massagem nas costas doloridas.

"Você tem as chaves", disse ela. "Fique à vontade."

"Eu vou. Vejo você em uma hora ou mais."

Levou dez minutos para caminhar até o banheiro. Ela se despiu, tomou banho, voltou para a cozinha e fez café expresso. Trocou algumas palavras com Ekko, avisou que teriam uma visita e riu quando o rapaz disse que pretendia assistir a algum filme antes de ir dormir. Mal sabia o que lhe aguardava.  Então ela se arrastou para a cama e esperou seminua e cheia de antecipação.

Se fechasse os olhos, conseguia imaginar o cenário perfeito, com o dia de hoje sendo o dia do pedido de casamento, mas nem tudo poderia ser perfeito. Não se pode ter tudo no mundo.

...

Evelynn puxou os óculos redondos até a ponta do nariz e apertou os olhos por baixo da aba do chapéu de sol. Ela viu uma garota de talvez dezesseis anos sair da entrada do lado do embarque e ver pelo vidro que separava as duas alas do aeroporto para ver alguém da K/DA passar. Seu olhar estava fixo em Evelynn e em seu caminho pelo saguão.

A desinformação havia sido eficaz. Os fãs acreditavam que a K/DA viria para LA na manhã seguinte e preparavam uma recepção calorosa. Mas, o tumulto precisava ser evitado e dessa maneira, eles a Riot conseguiu antecipar a vinda das meninas para o mesmo dia em horários diferentes.  Com uma diferença de cinco horas de Evelynn (Primeira) para Kai’sa (A ultima a chegar).

Evelynn colocou o livro no colo e tomou um gole de água gelada antes de pegar um pirulito de sua bolsa. Sem virar a cabeça, ela mudou o olhar para o horizonte. Eram exatamente 07h13min AM e ela começava a pensar ter feito check-in no e não em L.A.

O Aeroporto ficava próximo de uma doca que tornava possível a visão de embarcações no horizonte próximo. Mais adiante, ela podia ver o contorno de um cargueiro cinza indo para o sul na direção do nascer do sol. A praia de santa Monica era longe. Uma brisa tornava o calor da manhã suportável, mas ela sentiu que uma gota de suor poderia escorrer pela sobrancelha a qualquer momento.  Por sorte, zero choque térmico. Pensou em Ahri e como ela reagiria ao calor. A colega não gostava de se bronzear. Ela passava os dias o mais longe possível à sombra, e mesmo em L.A ela estaria sob o toldo no terraço.

As missões em L.A eram claras. A Primeira era ensaiar e promover o show que ocorreria no Memorial Coliseum. O que se resumia a ir a programas de TV, rádios, talk shows...  A rotina que elas já estavam acostumadas.

A segunda, embora implícita, era tão claro quanto a primeira. Sondar o terreno com os novos amigos de Akali para uma possível negociação. Riot tinha interesse naqueles que colocavam como “maiores que gigantes”.  Praticamente uma diplomacia.

A terceira por sua vez, era trabalhar em singles solos em Los Angeles. Com Akali ocupada com seu projeto paralelo pelo próximo ano, as meninas teriam a chance de trabalharem em suas próprias sonoridades e entregar algo que há tempos o gigantesco publico do K/DA vinha pedindo.

Adentrou ao carro que a aguardava cantarolando uma das musicas da mixtape de Ekko. Estava particularmente ansiosa para conhecer o jovem rapaz. Seria ele o toque final que precisava para a musica que há tempos tinha em mente. Cantarolou impaciente. O melhor ainda estava por vir.


Notas Finais


Próximo capitulo o encontro. Obrigado por ler.


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