1. Spirit Fanfics >
  2. Small Bump - Second Season. >
  3. Shit, Dinah!

História Small Bump - Second Season. - Shit, Dinah!


Escrita por: fuckincamren-yo

Notas do Autor


NOTAS FINAIS

Capítulo 20 - Shit, Dinah!


Na manhã seguinte eu acordei com as cortinas do quarto sendo abertas violentamente, enquanto gargalhadas gostosas preenchiam o quarto. Tentei não dar atenção, mantendo meus olhos fechados, mas foi impossível me concentrar no sono enquanto tinha uma criatura de baixa estatura pulando em meu colchão. Meu corpo subia e descia de acordo com os movimentos que eram feitos ao meu lado, e eu juro por Deus que, se não fosse Valentina ali, a pessoa estaria morta. 

- Saco! - Sussurrei contra os travesseiros antes de abrir meus olhos e focalizar na pequena pulando no colchão.

- Bom dia mama! - Ela disse quando pulou pela ultima vez, caindo por cima de mim. Valentina gargalhou gostosamente assim que aterrissou em meus braços, me fazendo gargalhar também - A senhora demorou bastante para abrir os olhos…

- Eu estava tentando ignorar você e sua mãe - Resmunguei, ouvindo a gargalhada de Lauren agora ecoar - Bom dia para você também, Jauregui. Você não dormiu comigo pelo que eu me lembre… 

- Porque você não quis - Ela disse seria, porém sorrindo - E bom dia.

Eu não soube o que dizer, então apenas a encarei. Ela estava no canto do quarto, escorada na outra ponta da grande janela que tinha ali. Seu sorriso era suave, e ela parecia muito bem aquela manhã. Me sentei na cama, deixando os lençóis descerem até minha cintura, jogando os cabelos para um lado só, coçando o couro cabeludo. 

- Mama? - Valentina me chamou, quando olhei para ela, estava com os olhos tampados. Não entendi. 

- O que? Porque está escondendo os olhos? 

- É que a senhora está com os seios para fora, mama. 

Olhei para baixo na mesma hora, constatando que ela estava certa. Eu havia esquecido que dormi pelada noite passada, totalmente pelada. Corei com violência puxando o lençol para me cobrir novamente quando vi que Lauren me encarava com um sorriso safado nos lábios. 

- Não é como se eu nunca tivesse visto - Ela levantou as mãos em forma de rendimento quando me viu a encarando. - Não precisa cobrir, não me incomoda. 

- Mas a mim sim! - Valen resmungou também, nos fazendo rir - Posso destampar meus olhos? 

- Pode filha - Avisei para ela - Posso saber qual a finalidade de vocês duas virem me acordar tão cedo? 
Lauren e Valentina se olharam, e depois olharam para mim como se eu fosse louca ou algo assim. Eu continuei olhando para as duas, esperando por minha resposta. 

- Já são quatro da tarde - Lauren disse - Levanta, toma um banho e vista roupas leves. Te espero para sairmos em vinte minutos 

- Vinte?! Lauren, onde vamos? Vinte é pouca coisa para eu me arrumar e–

- Camila - Ela me cortou, rindo suave - Não se atrase, ou eu venho te buscar, te jogo sobre meu ombro da maneira que você estiver vestida e te levo.

- Ugh, okay! - Me dei por vencida, dando um beijo na cabeça de Valentina antes de me levantar abraçada ao lençol branco - E o meu café da manhã? 

- No caminho você toma. Não se atrase. 

Dito isso ela pegou nossa filha e saiu do quarto. Eu comecei a rir sozinha percebendo como ela parecia mais solta e a vontade aqui em casa. Fui em direção ao meu closet, peguei uma lingerie de renda branca, um shortinho jeans, e uma blusa qualquer. Tomei banho rápido, sem lavar meus cabelos, não sabia para onde Lauren me levaria nem o que ela estava aprontando, por isso achei melhor lavar quando eu voltasse. 

Já pronta peguei minha bolsa apenas com o básico e fui atrás de Lauren. Minha ex esposa estava sentada no sofá com Valentina, conversando com a pequena sobre algo que parecia ser muito importante, já que a expressão das duas estavam sérias e concentradas. Aproveitei para ir até a cozinha, peguei uma maçã verde para comer no caminho. Eu não podia sair com fome. 

- Podemos ir? - Perguntei quando voltei para a sala, mastigando um pedaço da maçã que eu já havia comido. 

- Demorou, hein? - Lauren resmungou já se levantando, ajudando nossa filha a fazer o mesmo, concertando o vestido da pequena que estava um pouco amassado - Já estava preparada pra ir buscar você. 

- Me desculpe, oh grande Lauren, mas você sabe que eu não sou muito rápida pela manhã. 

- Já é de tarde, mama! - Valentina se pronunciou rindo 

- Ah, da no mesmo! - Revirou os olhos, pegando o molho de chaves que estava pendurado na parede ao lado da porta - Eu estou pronta, não estou? Então vamos logo. 

Quando abri a porta dei logo passagem para Valentina, que saiu correndo para chamar o elevador. Fiquei esperando por Lauren, parada do lado de fora, precisava que ela saísse para que eu pudesse trancar. A morena mais alta veio caminhando em minha direção, com calma, me olhando de um jeito sacana que eu não entendi de onde vinha. Quando estava ao meu lado, bem colada em mim, se abaixou um pouco e colocou meu cabelo para trás da orelha, encostando seus lábios na mesma. 

- Grande Lauren, huh? 

Sussurrou provocativa, deixando seu ar quente aquecer minha orelha esquerda. Precisei de muita, muita força para levar minhas mãos até seu abdômen definido e a empurrar para longe. Minhas pernas estavam bambas só com aquele pequeno contato. 

- Você é uma idiota - Falei vendo-a rir de um jeito doce, jogando a cabeça para trás. 

- E você está com as bochechas vermelhas - Passou a mão por minha bochecha direita, acariciando - É bom ver que você ainda fica vermelhinha comigo, é fofo. 

- Idiota - Empurrei a mão dela para longe, totalmente sem graça. 

- Vamos mamães, o elevador ó! 

Valentina nos chamou, me fazendo agradecer quase de pés juntos. Lauren saiu do apartamento, mas ficou ao meu lado esperando que eu o trancasse. Fechei a porta rapidamente e a tranquei, guardando as chaves no bolso. Valentina que segurava a porta do elevador entrou no mesmo, sendo seguida por Lauren e eu. Para a minha surpresa, antes que chegássemos perto da porta do elevador, minha ex-esposa segurou minha mão, entrelaçando nossos dedos. Ela não me olhou, apenas continuou com seu nariz em pé e aquela pose de inabalável que acabava comigo. 

- Tia Mila! 

Ouvi uma vozinha chamar por mim baixinho, tendo a barra de meu short sendo puxada para baixo algumas vezes. Quando olhei encontrei Davi sorrindo para mim, com um pirulito na boca. Eu havia entrado no elevador tão inerte por causa de Lauren que nem reparei quem estava dentro 

- Ei pequeno - O cumprimentei, dando um beijo em seus cabelos loiros espalhados pela testa. Ele sorriu para mim e se aproximou empolgado de Valentina, abraçando a pequena com força e dizendo que estava com saudades dela. Quando subi novamente, achando lindo aquela interação, dei de cara com seu pai, o vizinho do andar de cima. - Oi Hans

- Hey - Sorriu para mim sem jeito para logo depois encarar Lauren - Prazer, Hans Heidemann, pai do Davi

- Lauren Jauregui - Ela soltou minha mão por alguns segundos para apertar a mão que Hans estendia para ela. - Mãe da Valentina. 

- Oh sim, eu me lembro de você - Ele faz pouco caso, provavelmente lembrando sobre as coisas que já contei sobre Lauren - Não sabia que vocês haviam voltado. 

- E desde quando você precisa saber sobre nossas vidas? - Lauren arqueou as sobrancelhas para ele, me puxando para mais perto dela 

- Lauren… - A repreendo baixo, apenas para ela ouvir, mas Hans ouviu mesmo assim pela proximidade. 

- Está tudo bem Camila, eu estou acostumado com gente desse tipo - Ele alfinetou, mas antes que Lauren pudesse dizer algo, virou de costas para ela.

Hans era o homem mais bonito que eu havia conhecido desde que me mudei para aquele prédio. Não sei se por seu estilo, pela simpatia, ou pela beleza externa mesmo. Acontece que tudo nesse homem era completamente encantador e chamativo. Os cabelos e barba eram grandes, loiros, lisos e bem cuidados. Os olhos azuis piscina, tão penetrantes quanto os de Lauren. Lábios naturalmente rosados, e a pele bem clarinha. Sem falar sobre o tipo físico não é? Alto, forte, e com um abdômen que tirava a concentração de qualquer mulher quando ele passava apenas de short e tênis para correr no Central Park. 

- Faz bastante tempo que eu não vejo você, Doutora. Davi e eu até passamos em seu apartamento para levar você até aquela peça que ele te convidou pra ir, mas você não estava… 

- Oh meu Deus, Davi! Me desculpa! - Pedi lembrando do que havia marcado com o pequeno menino. - Eu tive que ir para Londres, me desculpa, de verdade. 

- A tia Ariana nos avisou, não se preocupe - O pequeno loirinho disse em um tom compreensivo, ainda abraçando minha filha pelo pescoço, de lado - Mas eu ainda queria que a senhora e a Valen aparecessem qualquer dia, ainda não encerrou as apresentações. Se eu der os convites, a senhora aparece tia?

- Mas é claro que eu vou aparecer, príncipe - Sorri para ele, mas ele estava ocupado demais olhando para minha filha para se preocupar comigo. A verdade é que Davi tem aquela típica paixão de criança por Valentina, e sempre fazia de tudo para que eu e ela o acompanhasse em algum lugar - Basta deixar os convites com a hora e nós vamos. 

O menino assentiu sorridente, ainda encarando minha filha. Olhei para Lauren de canto, vendo-a fuzilar Davi com os olhos, provavelmente por ter percebi o jeito do menino com a nossa pequena. O elevador chegou na garagem e logo os dois pequenos trataram de sair andando na frente e conversando animados. Lauren apertava minha mão, olhando para a cena nem um pouco feliz. Hans estava ao nosso lado, ou melhor, ao meu lado, também encarando a cena. 

- Você vai aparecer realmente, certo? Sua presença e a da Valentina são importantes para ele. 

- Eu vou Hans, não se preocupe. Da última vez eu faltei por realmente precisar. 

- Está tudo bem - Ele sorriu daquele jeito dele, mostrando as fileiras de dentes brancos que tinha. - Vou esperar por vocês, e apareça na apresentação do Davi também Lauren, se você gostar de teatro

- Eu irei - Disse firme, sem olhar para o loiro ao nosso lado - Claro que irei. 

- Bom… até depois Mila, e se programe, a apresentação é daqui a três dias. 

- Pode deixar. 

Hans se despediu mais uma vez de nós duas e foi em direção a Davi, que estava perto do meu carro conversando com Valentina. O loirinho tinha um sorriso doce nos lábios, olhando para minha filha de uma maneira totalmente fofa. Quando seu pai o chamou, ele chegou pertinho da Valen e lhe deu um beijo na bochecha, passando os dedinhos pela franja dela, concertando alguns fios. A mais nova se mantinha parada, as bochechas tão rosadas que parecia ter passado blush. Algo puro assim era muito bonito de se ver. 

- Moleque abusado - Fui tirada de meus pensamentos com o resmungo da mulher ao meu lado, que logo tratou se sair me arrastando em direção do carro - Viu como ele fica olhando para a nossa filha?

- Eles são só crianças Lolo, pare com isso. 

- Parar com isso? - Pegou a chave do carro que estava em meu bolso traseiro e destravou as portas - Entrem no carro.

Mandou de forma autoritária, ainda resmungando. Valentina e eu entramos, eu no carona, a pequena no fundo. O rosto de Lauren estava vermelho, todo vermelho, e eu queria muito rir daquela cena. Ela estava mesmo se roendo de ciúmes de um garotinho que não chegava nem até a sua cintura? Inacreditável. 

- Qual a idade do moleque? - Perguntou dando a partida no carro. 

- Que moleque? - Valen perguntou olhando para Lolo um pouco confusa 

- Esse tal filho do alemão com cara de tarado. Aliás, o menino também tem a mesma cara, deve ter puxado ao pai. 

- Não fale assim do filho dos outros só porque não foi com a cara do pai dele - A repreendi. - Você não iria gostar que falassem assim de nossa filha.

- Ele não é tarado não, mamãe - Valentina defendeu seu amiguinho - Nós sempre brincamos aqui no parquinho do prédio, ou na piscina, ou em qualquer lugar que a mama e o tio Hans leve a gente. O Davi é legal… 

- Eu quero saber a idade! 

- Dez anos, Lauren - Eu disse começando a ficar irritada com a atitude dela, mesmo que esteja sendo hilário vê-la assim 

- E porque você deixa nossa filha brincar com um menino de dez anos? 

- Lauren, ele é só uma criança, os sentimentos são puros ainda. 

- Você viu como ele olha para a Valentina? Desde quando os sentimentos são puros quando você quer beijar na boca de alguém? E olha a idade dele, é mais velho que ela. 

- Beijar na boca? - A pequena perguntou confusa 

- É mesmo necessário isso tudo, Lauren? 

- Claro que é! - Ela revirou os olhos irritada, virando o carro em uma esquina com agilidade, parando-o logo em seguida em frente a um prédio enorme, não muito distante do meu - Chegamos. 

- Conversaremos sobre isso depois, idiota.

- Pode apostar. 

Entrou na garagem, deixando o carro em uma vaga especial. Não falei nada, nem Valentina, mas em nossa expressão dava para ver que estávamos nos divertindo com Lauren. Resolvi não perguntar o que estávamos fazendo ali naquele prédio, desci do carro com Valentina e esperei que Lauren nos guiasse. Ela tornou a pegar em minha mão para andarmos, fazendo o mesmo com Valentina. Entramos no elevador, e depois de 23 andares chegamos ao nosso destino. 

- Cobertura, huh? - Perguntei vendo as portas de aço do elevador se abrir, revelando o interior de um enorme apartamento. 

- Eu não poderia morar em um lugar diferente, você sabe que amo coberturas. 

Soltou minha mão indo em direção à sala. O apartamento estava completamente vazio, não tinha nem ao menos um sofá para nos sentarmos, as paredes eram todas brancas, sem graças. Valentina foi até as duas portas de correr que tinham ali na sala, eram duas portas enormes de vidro, que dava para uma varanda exageradamente grande. 

- Que legaaaaal aqui mãe! - A pequena gritou animada, abrindo as portas - Olha só, dá para ver o parque como lá em casa. 

Tirei os olhos da pequena por uns instantes e olhei para Lauren, que estava tirando sua camiseta, ficando apenas com um short de pano e top preto. Não tive tempo de falar nada, pois logo ela tratou de me jogar uma pequena bolsa que estava ali no canto. 

- Pode se trocar com a Valen em qualquer porta que você quiser ir - Ela explicou quando peguei a mochila - Nós vamos pintar a casa hoje. 

- Nós vamos? - Arqueei as sobrancelhas - Porque? 

- Eu resolvi que seria bom passarmos um tempo só nós três, juntas… 

- Você vai confiar em nossas agilidades quase nulas para pintar o seu apartamento? Lo, eu sou médica, não pintora. 

Ela riu gostosamente, pegando uma pilha de jornais que tinha ali - Vá se trocar Camz, será divertido. 

- E o meu café da manhã? 

- Vou pedir algo para comermos, acabei esquecendo no caminho - Me olhou como quem se desculpa - O que você quer comer? 

- Você escolhe.

Sorri para ela antes de sair em direção ao corredor, chamando Valentina para vir junto comigo. O apartamento era grande, mas além da sala, cozinha e varanda, só haviam 4 portas naquele corredor. A primeira que eu abri, no fim do mesmo, era um banheiro enorme a bastante sofisticado, bem iluminado e cheio de espelhos, deduzi que era o banheiro social. Entrei ali mesmo, trazendo Valentina comigo. Dentro da mochila que Lauren me deu, havia dois macacões pretos, bem no estilo pintor.

Minha filha e eu mudamos de roupa com rapidez, como só tinha o macacão, eu tive que ficar de sutiã, e Valentina sem nada, pois não tínhamos o que usar por baixo. Voltamos para a sala onde Lauren estava agora espalhando os jornais pelo piso de madeira escura. Quando nos viu, a mais velha deu um sorrisinho animado, dando alguns jornais para a gente, nos dando as coordenadas. Com a mesma empolgação Valentina e eu pegamos os jornais e começamos a cobrir o piso, conversando entre nós. 

Eu estava radiante, Lauren tinha razão quando disse que era bom passemos um tempo juntas só nós três, e fazendo algo tão divertido como aquilo. A diversão estava estampada no rosto de nossa filha, e era aquilo o que mais me deixava bem. Valentina corria pelo apartamento, escorregava nos jornais, pulava nas costas de Lauren. gargalhava, conversava animada, completamente elétrica 

Escolhemos juntas a cor que pintaríamos a sala e começamos a separar os matérias, como seria apenas uma parede, não demorou muito. Fizemos a maior bagunça, no entanto. Lauren sujou Valentina e eu de tinta bege, e para nós vingar, jogamos tinta rosa em cima dela, a tinta que é para pintar o quarto de nossa filha. Lauren havia comprado Hambúrguer, babata frita e refrigerante para lancharmos, só então paramos para descansar. 

- Mamãe posso te fazer uma pergunta? - Valentina pediu para Lauren, que comia animada suas batatas. 

- A vontade bebê

- Porque a senhora não gostou do Davi e do tio Hans? 

Eu olhei para Lauren mordendo meu lábio inferior pra não rir de sua expressão. Ela largou o saco enorme de batata frita que segurava e se virou para nossa filha, a olhando seriamente. 

- Não é que eu não tenha gostado deles, é só que, sei lá… 

- A senhora ficou com ciúmes? - Perguntou novamente, dessa vez com mais calma - Olha, eu gosto muito do Davi, ele é o único amiguinho que eu tenho aqui sem ser meus primos. E ele me proteje, cuida de mim… ele não é mau não mamãe, até bateu em um menino no parquinho outro dia porque o menino me empurrou. A senhora não gostou dele porque ele é mais velho que eu? 

- Não filha, não é isso - Lauren disse sem jeito ao ver como a pequena falava de Davi. - É só proteção, entendeu? Eu só sou superprotetora com você, e não quero qualquer moleque perto. 

- Mas ele não é qualquer moleque! - Cruzou os braços fazendo biquinho - Ele é o Davi, filho do tio Hans, que mora no andar a cima do da mama, e ele é muito legal! 

- Calminha aí pequeno tigre - Peguei a pequena em meu colo - Sua mãe só estava brincando quando estava falando assim do Davi. Certo, Lauren? 

- Eu estava? - Ela nos olhou cinicamente, mas quando viu que Valen e eu a olhávamos de cara feia, ela logo tratou de mudar - Claro que eu estava! 

- Então a senhora não vai ficar pegando no pé do Davi igual ficava fazendo com o Enzo lá na casa da vovó? 

- Não posso prometer nada

- Por favor mamãe - Estendeu o dedinho para Lauren

- Promete de dedinho que não vai brigar com o Davi e nem assustar ele. 

- Ele é muito importante pra você desse jeito? - Valen assentiu, ainda com o dedinho estendido para Lauren

- Então eu prometo, mas terá regras. 

- Nós já temos regras, mama e tio Hans as colocou. 

Lauren assentiu revirando os olhos ao ouvir o nome de Hans novamente, ela sempre fazia isso quando Valentina falava o nome dele. As duas selaram a promessa de Lauren entrelaçando seus dedos, mais um beijo bastante estralado que Valentina deu na mãe. Terminamos de comer conversamos sobre besteiras, e resolvemos deitar na varanda para descansar. Lá tinha um tapete felpudo, alguns travesseiros e cobertas que Lauren havia trazido mais cedo, provavelmente quando eu estava dormindo. Nós três deitamos juntinhas, Valentina em nosso meio, mas agarrada em Lauren. Não demorou muito tempo para que minha ex-esposa é nossa filha dormissem, me deixando “sozinha” ali. 

Me levantei depois de um tempo para esticar as costas, já estava de noite, a cidade estava bem iluminada, e aquela vista que tinha ali era maravilhosa. Aproveitei para pegar o meu celular, agora que eu estava de volta, precisava concertar a minha vida. Mandei um email para a minha psicóloga avisando que havia voltado, e pedindo para que ela marcasse uma nova sessão para mim, o que ela fez sem nenhuma demora. Daqui a uma semana, na quarta de tarde, eu precisava ir vê-la. Depois liguei para o hospital para falar com meu chefe, mas o velho chato não estava lá, então decidi passar lá amanhã. Tinha apenas dois dias para voltar ao trabalho. 

Quando estava voltando para a varanda pra acordar Valentina e Lauren, meu telefone começou a tocar. Olhei para o visor e logo apareceu a foto de Dinah abraçada comigo, sorridente. Eu iria ignorar, juro que iria, mas não consegui. 

- Camila? - Perguntou assim que atendi sua chamada. Sua voz estava embargada, e ela fungava bastante. Ao longe eu conseguia ouvir o choro de Lizz, e um barulho de madeira batendo - Graças a Deus você me atendeu. 

- O que você quer, Dinah? 

- Dinah, abre essa porra dessa porta ou eu vou arrombar e te tirar daí pelos cabelos! - Ouvi a voz grossa e embolada de Siope gritar um pouco distante, misturada com as batidas fortes de madeira - Anda sua vagabunda! 

- Dinah? - Chamei desesperada, ouvindo-a pedir para que Siope parasse do outro lado da linha - DJ! Porra, o que está acontecendo aí? 

- ABRE LOGO ESSA PORRA! - Siope gritou novamente. 

- O Siope está bêbado - Ela murmurou, parecendo tentar acalmar Lizz que gritava cada vez mais - Eu preciso que você venha aqui agora, Mila! 

- EU VOU TE MATAR, DESGRAÇADA! VOCÊS VÃO SE ARREPENDER POR TER FEITO ISSO COMIGO! 

- O que está acontecendo? Porque ele está assim? - Perguntei, mas ela não me respondeu. Um estrondo forte tomou conta, passos rápidos, é uma batida de porta junto com um grito assustado de minha melhor amiga - DINAH? 

Gritei desesperada, ouvindo os xingamentos do outro lado da linha, o choro de Dinah e Lizz, os gritos de Siope. 

- Ele arrombou a porta do quarto, vim para o banheiro - Explicou com rapidez - Por favor Mila vem logo! 

- Eu vou ligar para a polícia, ele pode tentar fazer algo contra você e Lizz! 

- SUA TRAIDORA DESGRAÇADA - Gritou novamente 

- Tanto faz Camila, só vem logo pelo amor de Deus! 

- Ele descobriu com quem você estava o traindo, não é? 

- Isso, e ele me disse que ja tinha ido atrás de Mani para acertar as coisas. Eu não estou conseguindo ligar para ela Mila, e se ele fez algo com a minha preta? 

- Shh, aguente firme, eu vou ligar para a polícia, chego aí em 10 minutos. 

Desliguei a ligação e fui atrás de Lauren para acordá-la, já discando o número da polícia. Eu sabia que quando Siope descobrisse aquela merda toda, não ia sair coisa boa. Ele nunca foi violento, mas até eu ficaria daquela forma se descobrisse que a mulher que eu amo, que tem uma família comigo, está me traindo há anos com a pessoa que se diz ser minha amiga. Isso é de mais para qualquer um.


Notas Finais


Hoje é aniversário da Rainha Jane,as quem ganha presente são vocês, êêêê!!

Segredos revelados, Norminah tinham um caso que só Camila sabia, agora o chifrudo descobriu, e fodeu a porra toda.

Ó, eu queria dizer que me decepcionou bastante ver que o último capítulo teve tão pouco comentario. Não é possível que uma fic que tenha quase 800 favs, tenha 29 comentários em um capítulo. Já disse que é importante, não custa nada certo? Gosto da interação de vocês , e dos palpites. Faço meu máximo pra escrever algo bom pra vcs, então nada mais justo, ne?

Enfim, até o proximo. Qualquer coisa to no ask ou no tt
@sexbeYo

https://m.ask.fm/fuucksel
https://m.ask.fm/fuucksel


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...