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História Small Bump - Im gonna abort


Escrita por: fuckincamren-yo

Notas do Autor


Oi mores, eu queria pedir muitissimo obrigada para vocês, pelos favorites e pelos comentarios, quase explodi de alegria ao ver vocês comentando tando sobre a estoria! Hoje foi um dia épico né? Camila tweetando link de fic camren contos eroticos - por deslize e lerdeza mas postou - BO$$ lacrando tudo e a ttcam dela e de Ally, e pra comemorar eu postarei esse cap <3

Obrigada mais uma vez por lerem, favoritarem e comentarem!

Capítulo 2 - Im gonna abort


POV Camila

Por um minuto eu achei que ela iria desmaiar. Estava mais pálida do que já era, as gotículas de suor se formavam em sua testa, seus lábios perdiam lentamente sua cor rosada, transformando-se em branco. Seus olhos estavam perdidos e o único som que ali se fazia presente era dos meus soluços. Pela primeira vez depois que eu contei aquilo a ela eu me deixei pensar em minha mãe e Mike. Como eles reagiriam com aquela noticia.

De repente minha visão começou a ficar turva, meu estomago dava voltas e voltas. Comecei a suar frio com a visão de minha mãe chorando e se perguntando o que ela tinha feito de errado para que eu engravidasse tão nova assim. Comecei a pensar na escola, em como todos apontariam para mim me chamando de estupida e burra por ter engravidado tão cedo. E na rua, as pessoas provavelmente comentariam sempre que me vissem passar. Meus familiares, meus amigos...

Levantei da cama em um pulo e fui direto para o banheiro, caindo ajoelhada de frente ao vaso sanitário. Segurei a borda aquela porcelana branca, colocando para fora a única coisa que eu tinha em meu estomago. Água. Segurei minha barriga, sentindo uma dor insuportável pelo esforço que eu fazia para vomitar. Encostei minha cabeça no vaso, tentando conter o meu desespero. Senti os braços firmes de Lauren envolver meu corpo e me levantar. Me segurei nela, estava tonta e mal conseguia ficar com meu olhos abertos.

Ela começou a me despir, tirando minha camiseta e minha calcinha, fazendo o mesmo consigo mesma. Ela ligou a torneira que enchia a banheira enquanto me segurava. Senti a vontade de vomitar voltar, então me abaixei novamente, colocando o pouco que tinha para fora. Lauren segurava meus cabelos, enquanto acariciava minhas costas.

- Consegue levantar? – Ela perguntou com a voz baixa e bastante embargada. Assenti levemente, segurando na borda do vaso para me ajudar.

Lauren desligou a torneira e entrou devagar dentro da banheira, encostando suas costas na borda e abrindo suas pernas, indicando para que eu sentasse entre elas. Entrei também, sentando e me aconchegando em seu peito. A agua estava quente, do jeitinho que nós duas gostávamos. Meus olhos encheram de lagrimas novamente, eu não conseguia segurar, não conseguia parar de pensar que minha vida estava arruinada.

Saímos da banheira minutos depois, eu já mais calma e Lauren ainda calada. Ela envolveu uma toalha em sua cintura, como sempre fazia, deixando seus redondos e fartos seios a amostra. As gotas de agua desciam por seu corpo, e meus olhos a acompanhavam. Lauren pegou minha toalha e envolveu meu corpo nela, me levando de volta para o quarto, me colocando sentada na cama. Andou até meu closet e saiu de lá com uma calça de moletom rosa, uma boxer feminina e sua blusa folgada.

Depois que me vestiu Lauren voltou a me puxar para o banheiro, pegando a cadeira giratória de meu computador e levando para lá, fazendo com que eu me sentasse se frente para o enorme espelho. Eu estava tão pálida e abatida, o nariz vermelho e os olhos inchados. Nem parecia a Camila que estava sempre rindo pelos cantos de coisas bobas.

 Lauren desembaraçou meus cabelos com toda calma do mundo e logo em seguida pegou o secador em um dos armários e o ligando na tomada, dando-o para mim.

- Seca o cabelo enquanto eu faço algo para você comer, tudo bem? – Perguntou e eu assenti rapidamente. Me deixei sorrir um pouco, ela sempre era atenciosa comigo, mesmo que a situação fosse difícil.

Comecei a secar meus cabelos mecha por mecha, enquanto Lauren provavelmente fazia um sanduiche para mim. Depois de cinco minutos eu desliguei o secador e voltei para o quarto, deixando a cadeira lá mesmo no banheiro. Meu cabelo não estava cem por cento seco, mas pelo menos não estava encharcado. Sentei na cama e fiquei esperando Lauren voltar.

Ainda eram duas da tarde. Sofi chegaria da escola as cinco, minha mãe tem plantão no hospital então só deve voltar amanhã e Mike provavelmente só voltaria a noite, na hora que sua empresa fechava. A meu pedido Lauren não tinha ido trabalhar com seu pai hoje, ela era o braço direito dele e comandava a empresa de publicidade que ele tinha.

A porta do quarto foi aberta por Lauren, que segurava uma bandeja. Ela estava com uma boxer masculina e uma camiseta folgada, amava quando ela se vestia assim, ficava tão gostosa. Abri um fraco sorriso para ela, que retribuiu de bom agrado, sentando-se de frente para mim e colocando a bandeira em minha frente. Ela tinha trazido tudo o que eu gostava; Morangos e bananas picados em uma tigela media, com aveia e mel, uma como grande com suco, e um sanduiche de queijo quente.

- O suco é de maracujá – Ela quebrou o silencio – Eu sei que você gosta de laranja, mas você esta tão nervosa que...

- Tudo bem meu amor – A interrompi – Está tudo perfeito, obrigada.

Ela voltou a sorrir, pegando a colher de cima da bandeja, juntamente com a tigela de morangos e bananas.  Se concertou um pouco, aproximando um pouco mais e pegando uma porção daquela mistura com a colher e fazendo aviãozinho para mim. Foi assim que eu terminei de comer, com minha namorada dando tudo para mim, em minha boca, deixando o suco para o final. Quando terminei de comer eu me sentia mais calma, o que era bom, porque aquela conversa ainda não tinha terminado.

- Lolo... – Chamei sua atenção. Ela me olhou com a expressão suavizada, porem eu sabia que ela estava bastante nervosa. – Eu conversei com Dinah quando saí do consultório de Demi na segunda, você sabe, quando eu descobri sobre a gravidez... – Ela continuou me encarando calada, deixando com que eu terminasse o que tinha para falar – Eu tenho um futuro pela frente, estou terminando o colegial e brevemente entrarei para a faculdade de medicina, sabe? Esse é o meu sonho, entrar para a Colúmbia e essa gravidez logo agora vai atrapalhar tudo. Então conversei com Dinah, e ela me disse que conhece uma clinica...

- O que?! – Ela perguntou com o tom de voz elevado, cortando totalmente minha fala – Você está pensando em fazer uma aborto, Camila?

- Pensa bem, Lauren, é a melhor coisa para se fazer agora! – Disse sentindo as lagrimas se formarem em meus olhos. Ela rapidamente levantou-se da cama, também chorando – Eu só tenho dezessete anos, já pensou o que nossos pais irão fazer? Porra, eles vão nos botar para fora!

- Você ta achando que ta falando com um moleque de dezesseis anos que vive do dinheiro pais? Eu sou autossuficiente, Camila. Trabalho para ter meu próprio dinheiro e não fujo das minhas responsabilidades, você sabe muito bem que eu só morei aqui esses sete meses para perto de você! – Ela ainda estava com a voz alterada, porem não gritava – Você não vai abortar um filho meu. Não mesmo! Se você não o quiser pode deixar que eu o criarei, mas você não vai tirar o meu filho!

- Lauren, nós somos jovens... – Tentei explica-la

- E desde quando isso é motivo para fugir das responsabilidades? Eu tenho vinte e quatro anos, pare de falar como se eu fosse um molequinho com medo. Eu fui mulher de fazer, sou mulher de assumir também, nem que para isso eu brigue com nossos pais.

- EU NÃO ESTOU PRONTA PARA ISSO! – Gritei com toda força que me restava, sentindo o ar fugir dos meus pulmões.

- Pronta ou não você não vai abortar essa criança, pode tirar essa ideia estupida de sua cabeça. – Vociferou

- Você disse que me apoiaria em qualquer coisa... – Tentei justificar, sentindo lagrimas furiosas escorrerem por meu rosto

- Eu não vou apoiar você nessa idiotice, Camila. Você acha que eu sou um monstro para tirar a vida de um anjo? Que não pode defender-se? Eu não sou esse tipo de pessoa, e achei que você também não fosse.

- Então me diz o que fazer, porra. Eu to com tanto medo, to tão perdida... – Choraminguei – A sete meses atrás eu nem sabia o que era amor, Lauren, eu nem tinha dado meu primeiro beijo ainda. Eu ainda brinco de fantoche e assisto Bob esponja com minha irmã de sete anos. Não sou uma mulher como você, que já cursou a faculdade e carrega o legado de sua família. Eu sou uma droga de uma menina inexperiente, o que você quer que eu faça, hein? Eu estou com medo, muito medo mesmo.

Tudo aquilo era verdade, o medo havia me consumido de tal forma que me fez esquecer do quão doce e perfeito era carregar uma pequena vida dentro de mim. Eu não queria ser uma mãe solteira, que trabalha em casa de família enquanto deixa o filho em uma creche. Eu queria fazer faculdade, me casar, ter um apartamento ou casa próprios, um carro do ano e só depois disso ter um filho.

Lauren se aproximou de mim devagar, ficando parada em minha frente. Ela pegou em meus dois pulsos e fez com que eu me levantasse, me envolvendo em seus braços. Fechei os olhos e deixei o cheiro dela entrar em minhas narinas, fazendo meu coração vibrar e meu corpo relaxar. Aqueles braços faziam com que eu tivesse segurança, porem não totalmente. Apertei os braços na cintura de Lauren, chorando em seu peito feito uma criancinha que havia acabado de perder seu brinquedo favorito. Deixei meus medos e temores se esvaírem de meu corpo através das lagrimas e soluços.

- Você não precisa ter medo amor, eu estou aqui com você, lembra? Eu nunca vou deixar você e esse bebê sozinhos, nunca mesmo! – Ela sussurrava com as palavras carregadas de carinho e seriedade – Eu vou assumir vocês dois, não só por responsabilidade e caráter, mas sim pelo amor que eu sinto por você e que já sinto por ele também.

Como eu poderia pensar em abortar um filho daquela mulher perfeita? Como eu pude sentir medo de ser largada por ela quando ela sempre me passou a total confiança de que me amava e de que sempre estaria ao meu lado?

Voltei a chorar, mas agora por culpa, por remorso. Eu não deveria pensar em fazer uma coisa tão cruel com esse pequeno pedaço de felicidade que eu carrego dentro de mim, o fruto de meu amor por Lauren, o meu bebê...

- Me desculpa Lolo... – Sussurrei em um fio de voz. Ela se separou um pouco de mim, levando suas duas mãos até meu rosto e me puxando para um selinho calmo e apaixonado.

- Esta tudo bem meu amor – Disse quando separou nossos lábios, limpando minhas lagrimas com seus polegares – Eu só te imploro que nunca mais pense nessa possibilidade.

- Eu prometo – Sorri fraco. Lauren e eu voltamos a nos deitar na cama, so que agora ela estava entre minhas pernas, com a cabeça na altura de minha barriga – E como vamos fazer agora?

- Você não precisa se preocupar com nada agora, além de seus estudos e a saúde de vocês dois – Levantou minha camisa e começou a acariciar minha barriga - Vou procurar um apartamento para morarmos, com dois quartos e bem aconchegante para nós três e acertar meus horários na empresa para que fiquem compatíveis com os seus da escola, assim você não fica sozinha em casa.

- Parece um bom plano – Sorri fraco – E nossos pais? – Acariciei a cabeça dela

- Eu conversarei com meu pai assim que o apartamento já estiver comprado e mobiliado, para não ter nenhum imprevisto caso ele não tenha uma boa reação. Depois conversamos com sua mãe e nos mudamos. – Distribuiu beijos por minha barriga, fazendo com que eu risse.

- Eu to com medo, Lolo – Confessei novamente, porque eu realmente estava – Eu não quero decepcionar minha mãe. Ela vai achar que vou largar a escola.

- Você não vai decepciona-la amor. Suas aulas acabam daqui a quatro míseros meses, passará rápido e sua barriga não estará tão grande, você pode esconde-la com vestidos folgados e casacos se preferir – Voltou a beijar minha barriga. – Como foi que você descobriu que tava gravida?

- Nada bom. Eu estava tendo muito enjoos lembra? No começo achei que era por causa do estresse por causa dos estudos intensivos, mas então minha menstruação atrasou por três semanas e eu surtei, lembrando de que em uma semana eu havia esquecido de tomar a pilula quatro vezes, estava em meu período fértil e você parecia um animal insaciável – Rimos juntas – Daí fui até o consultório de Demi apenas para confirmar minhas suspeitas. Gravida de quatro semanas...

- Eu queria estar com você, segurando sua mão e te passando segurança – Se lamentou – Você deveria ter me chamado.

- Me desculpa, Lo, eu estava totalmente perdida e sem saber o que fazer. Nas próximas consultas eu te levo comigo, ta bom?

- Ta ótimo – Riu fraco – O que você quer? Um menino ou uma menina?

- Eu não sei amor, mas eu acho que meninas dão muito trabalho.

- E as meninos não dão? – Tirou seu rosto de minha barriga e me olhou com as sobrancelhas arqueadas

- Os dois dão, na verdade – Sorri.

- Eu posso escolher os nomes? – Perguntou com um enorme sorriso no rosto.

- Faremos assim, você escolhe se for uma menina e eu se for um menino. Ta bom assim?

- Ta ótimo – Gargalhou, saindo de cima de minha barriga e se deitando ao meu lado, puxando meu corpo para que ele se aconchegasse no dela

E naquele momento eu me senti meus medos irem embora, com a certeza de que aquela mulher em minha cama cuidaria de mim e do nosso bebê como assim havia dito. Seria difícil para mim, ser mãe tão nova, mas com Lauren ao meu lado valia a pena tentar qualquer coisa. Agora eu era uma mulher, não poderia mais pensar só em mim, pois agora eu tinha um anjinho crescendo em minha barriga, e se Deus quiser vai dar tudo certo. 


Notas Finais




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