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História Smells Like Teen Spirit - Going Under


Escrita por: Finallais , fifthondrugs e RenaTriz

Notas do Autor


Oi gente, tudo bom? Então, mil desculpas por não ter postado o cap ontem! Ah, agora as atualizações vão ser na segunda também, bj.

Capítulo 8 - Going Under


Fanfic / Fanfiction Smells Like Teen Spirit - Going Under

 

8

Matthew 

Joey se despediu de mim antes que eu pudesse entrar em casa. Encontrei Tony com sua namorada na sala, eu jurava que os dois haviam terminado. Cumprimentei os dois e vi o menino arregalar os olhos e logo começar a rir.

— O que acha de darmos um passeio, Matthew? – Ele se levantou do sofá.

— Acabei de chegar, na verdade só vim tomar um banho e já vou sair de novo. Fica pra próxima. – Dei de ombros e segui para a escada.

— NÃO! – Tony praticamente gritou. — Pode me ajudar com uma matéria? – Arqueei as sobrancelhas.

O cara, pelo o que eu sabia, era o mais inteligente daquela casa e suas matérias não tinham nada a ver com as minhas. No que eu poderia ajudá-lo? Aquilo estava estranho demais.

— Cara, eu não sei se sou o cara certo para você estar pedindo ajuda. – Cocei a nuca.

— Para Tony, deixa ele subir. – A menina de dreads se manifestou.

Tony assentiu e suspirou cansado se sentando no sofá novamente.

Eu segui o meu caminho até meu quarto, mas antes que eu pudesse entrar, ouvi o barulho da cama de Carter se movimentar com certa rapidez. Ele só podia estar brincando comigo, estava mesmo transando no nosso quarto? Revirei os olhos e ao invés de simplesmente abrir a porta e entrar, optei por bater na porta, pois não queria ter a imagem de Carter nu na minha mente e não queria constranger quem quer que fosse a menina.

— Matt? – Ele perguntou.

— É cara, se vista logo. – Bufei impaciente.

— Pode esperar lá embaixo? – Eu não tinha tempo para aquela palhaçada.

—Apenas se cubra, Carter. Vou abrir a porta – Avisei e coloquei a mão na maçaneta.

Eu contei até dez e então abri a porta, Carter estava de pé e vestia uma cueca e eu evitei olhar para a menina que estava com ele, mas foi inevitável não reconhecer a voz que soou logo atrás de mim.

— Acho melhor eu ir embora. – Era Holly.

Eu paralisei enquanto escolhia minha roupa, não me dei o trabalho de olhar para trás para ter certeza que era ela. Eu despertei do transe que estava prestes a entrar e peguei uma roupa qualquer para sair do quarto, que cheirava a sexo, o mais rápido o possível.

— Não precisa, eu já estou de saída – Eu disse olhando nos olhos da menina, que estava coberta com o edredom de Carter.

— Matthew. – Carter me chamou antes que eu pudesse sair do quarto.

— Fala. – Parei de andar, mas não olhei para ele.

— Podemos sair mais tarde? – Neguei com a cabeça.

— Já tenho planos bro, desculpe. – Ele não falou mais nada.

Fechei a porta atrás de mim quando saí do quarto e eu chegava a sentir alguma coisa revirando dentro de mim pelo simples fato de saber que Holly tinha acabado de foder com o meu irmão. Resolvi que não iria perder meu tempo pensando naquilo e fui rápido no banho, mas a raiva que eu sentia parecia não querer me abandonar. Ouvi o toque do meu celular e me estiquei de dentro do box para atender.

— Está demorando muito, Matty. – Stassie praticamente gritou do outro lado da linha.

— Estou no banho, Stass. – Fiquei calado. — Eu na verdade não estou com vontade de sair para beber... Acha que Joey ficará bolado se eu desmarcar com vocês?

— O que houve, Matty? – Ela pareceu preocupada.

— Nada, só não estou realmente empolgado para poder sair hoje. – Suspirei.

— Sei que aconteceu alguma coisa e sei que não vai me contar por um telefone. – Eu ri fracamente. — Me encontre daqui a dez minutos, caso contrário, eu irei até aí para buscar você. Pode deixar que converso com o Joey e ele irá entender. Não somos seus amigos apenas para festas, pode contar com a gente para qualquer coisa.

— Ok Stass, encontro você em alguns minutos. – Eu disse desanimado.

Finalizei a chamada e terminei o banho, me enrolei na toalha e vesti a roupa que peguei apressado e percebi que aquela não era a melhor roupa, mas foda-se. Eu saí do banheiro e a porta do quarto ainda estava fechada, passei direto e desci as escadas com certa rapidez, ignorei o casal na sala e saí para encontrar com Stassie. Andei alguns minutos até sua casa e a encontrei encostada na porta com os braços cruzados.

— Eu realmente achei que teria que ir até sua casa te puxar pelo cabelo. – Ela revirou os olhos.

— Eu nem demorei, Stass. – Dei de ombros.

— Demorou sim. – Sorriu e se aproximou de mim se jogando nos meus braços. — Cadê seu sorriso, Matty? – Ela apertou minhas bochechas como se eu fosse uma criança.

— Hey. – Eu segurei suas mãos e foi inevitável não sorrir. — Para onde você quer ir? – Perguntei.

— Bem, já que o senhor não está com a maior das animações para poder sair... O que acha de ficarmos aqui em casa mesmo? Podemos nos programar para assistir alguma coisa, ou pedir comida... – Eu assenti.

— Sem problemas por mim, parece ótimo. – Stassie pegou na minha mão e me puxou para dentro.

Eu não era o tipo de pessoa que conseguia expor o que sentia com facilidade, mas as coisas com Stassie estavam sendo diferentes. Eu consegui contar tudo para ela, fui muito além da simples transa de meu irmão que havia acabado de acontecer, eu contei desde a primeira vez em que eu tive meu coração partido e pela primeira vez Stassie não era a loira falante, mas sim a amiga ouvinte. Ela ouviu tudo o que eu tinha a dizer e parecia analisar toda a situação e quando acabei de falar, então resolveu dar sua opinião. Nós passamos a tarde toda conversando e resolvemos pedir algo para comer no iFood.

— Bem, acho que já vou indo – Eu disse me espreguiçando no sofá.

— Claro que não, Matty. Dorme aqui. – Ela segurou o meu braço.

— Não precisa, não se preocupe comigo. – Stassie negou com a cabeça.

— Não estou fazendo isso por você. – Revirou os olhos. — Me faça companhia, seu idiota. Não quero dormir sozinha. – Fez cara de triste.

— Tudo bem, eu durmo aqui hoje. – Eu revirei os olhos.

Nós subimos para o quarto dela e eu me joguei em sua cama. Stassie resolveu se abrir comigo e andava de um lado para o outro enquanto me contava suas decepções. Joey acabou por se juntar a nós já tarde da noite e completamente bêbado, nós dividimos então uma cama de casal e não foi difícil conseguir dormir. Era estranho como em tão pouco tempo eu já me sentia tão confortável com os dois.

 

Carter 

— Carter, o que tá acontecendo entre vocês? – Holly perguntou depois que Matt saiu pela porta.

A encarei sem saber ao certo o que dizer. Não era justo jogar a culpa nela por algo que somente Matt e eu podíamos resolver, mas ao mesmo tempo parecia errado não contar, já que ela estava envolvida em toda a situação (mesmo que não saiba disso).

— Coloca a roupa, vou levar você. – Falei e Holly ficou me encarando por alguns segundos antes de assentir.

Peguei uma bermuda qualquer que estava jogada pelo quarto e vesti rapidamente. Eu não costumava bancar o cavalheiro com as garotas que eu transava, mas acho que quando envolvia Holly as coisas nunca saíam como de costume. Observei a loira colocar a roupa lentamente e foi inevitável meu olhar não passear por seu corpo, o que a fez corar na hora. Eu ri e acendi um cigarro, esse ar de menina pura que Holly tinha era tão... Encantador, acho que não tenho outra palavra para usar que não seja essa.

— Então você costuma levar as garotas em casa depois? – Disse quando acabou de vestir-se.

Dei uma última tragada em meu cigarro antes de joga-lo no pequeno cinzeiro que ficava na cabeceira de minha cama.

— Na verdade, você é a primeira. – Falei enquanto expirava a fumaça pelo nariz.

Peguei minha camiseta do chão e a coloquei antes de olhar para Holly, que estava observando as fotos e pôsteres grudados na parede do meu lado do quarto. Segui seu olhar e o sentimento de culpa me invadiu quando olhei para uma foto onde um Carter sorridente abraçava os ombros de um Matthew que fazia careta.

— Tiramos essa foto no dia em que vim para faculdade. – Eu disse e Holly desviou o olhar para mim.

— Vocês parecem bem próximos. – Falou com um sorriso. — Sempre tive essa curiosidade de saber como é ter um irmão, sabe? Costumava pensar que seria como ter um amigo para toda a vida. – Riu.

— É mais complicado que isso. – Sussurrei e dei uma última olhada para foto antes de fazer um sinal para que saíssemos.

Kate e Tony ainda estavam na sala e meu amigo me lançou um olhar indagador quando passei, mas apenas balancei a cabeça. Ouvi Holly se despedir e Kate dizer alguma merda constrangedora, mas não me importei muito em revidar, esta era a última de minhas preocupações no momento. Entramos no jipe e liguei o rádio, a voz de Kurt Cobain preenchendo o silencio em que estávamos.

Durante todo o caminho fiquei pensando em tudo que havia acontecido até agora. Eu era mesmo uma máquina de estragar relacionamentos, especialmente o meu com meu irmão. Há alguns anos atrás, Matt arrumou uma namoradinha qualquer e mais uma vez eu fodi com tudo quando beijei a garota dele, mas, em minha defesa, gostaria de ressaltar que ela é quem não parava de me lançar olhares e provocar, eu não consegui resistir! Claro que Matt descobriu depois de um tempo e nosso relacionamento ficou péssimo. Na verdade, só veio melhorar um pouco antes de eu entrar para a UCLA.

Respirei fundo, eu não podia foder com tudo novamente por causa de... Lancei um olhar para Holly que cantarolava a música baixinho. Que merda é essa, Carter? Você não sai com calouras, lembra? Me repreendi mentalmente, mas a atração que Holly exercia sobre mim conseguia ser maior e agora que eu havia experimentado, não sabia se iria querer parar.

— Obrigada por me trazer. – Holly disse alto por causa da música quando chegamos ao prédio.

Desliguei o rádio e encarei a garota. Só havia uma forma de afastá-la e fazer com que as coisas ficassem bem entre Matt e eu novamente, que era o que eu sabia fazer de melhor: ser um babaca quando na verdade eu só estava sendo sincero.

— Matthew ficou puto porque pensou que transamos no dia em que te levei ao Rush e é apaixonado por você. Tivemos uma discussão por isso e fiquei puto por ele não acreditar em mim, esse foi o motivo de ter ido atrás de você. – Falei tudo de uma vez.

Holly franziu as sobrancelhas.

 — Você transou comigo por raiva do seu irmão mais novo, Carter? – Balançou a cabeça desacreditada. — Meu Deus, quantos anos você tem?

— Eu nunca prometi nada para você e.... – Comecei, mas Holly me interrompeu.

— E nem eu nunca esperei nada de você! Pode não parecer, mas eu também sei fazer sexo casual e a questão toda não é essa, mas sim o motivo que o levou a fazer isso! – Ela falava alto. — Eu nem sei porque estou surpresa com isso. As pessoas o idolatram por comer qualquer uma e fazer coisas estúpidas, mas na verdade você é só um grande babaca, Carter. – Holly me olhou nos olhos e disse antes de sair: — Vê se cresce.

Não tentei me defender ou ir atrás dela, apenas fiquei parado com as mãos no volante observando o prédio em minha frente. Talvez eu fosse um grande filho da puta, mas o que Holly não sabia é que eu a havia livrado de cometer uma grande idiotice, que era se envolver comigo. Ela não parecia o tipo de garota que aceitaria algo casual e também não acho que mereça isso.

Batidas no vidro me fizeram despertar e fiquei surpreso ao ver Anna parada ao lado do jipe. Hoje ela estava com os cabelos castanhos soltos e um vestido que ia até seus tornozelos, eu não havia percebido o quanto sentia sua falta até agora. Abri a porta e fiz sinal para que entrasse.

— Oi. – Ela disse enquanto sentava-se no banco que antes Holly estava.

— Me desculpe por ser um babaca. – Falei e ela riu.

— Nós somos amigos, Carter. Acho que acabei confundindo as coisas e, bem, me desculpe por ser uma maluca. – Fez uma careta. — Estamos quites.

— Senti sua fata. – Sorri para ela, que logo retribuiu.

— E das minhas anotações também. – Anna falou e nós rimos.

— Está tudo uma merda, Anna. – Eu disse depois de alguns segundos de silencio.

— Quer falar sobre? – Ela segurou minha mão e eu assenti.

               Era fácil falar com Anna, nós erámos amigos faz tanto tempo e mesmo que eu não tivesse certeza de mais nada, comecei a contar tudo: Em como Matt e eu estávamos mal, em como eu havia envolvido Holly nisso tudo e o que eu havia acabado de fazer.

— É, você foi meio babaca mesmo. – Anna disse depois que terminei de falar e eu revirei os olhos.

— Obrigado por dizer o óbvio. – Falei e ela riu.

— Não, agora é sério. Carter, você tem que parar de pensar que não é bom para as pessoas, é como se não pudesse haver alguém pra você no mundo e isso e loucura. As coisas não funcionam assim.  – Anna me encarava seriamente. — Enquanto a Holly... Ela fez a escolha dela e foi você, não o Matthew.

— Mas eu não quero ferrar as coisas com meu irmão ou ter alguma coisa com a Holly. – Repliquei e Anna suspirou.

— Então parece que enquanto a escolha de Holly foi você, a sua foi o Matthew. Problema resolvido, vai atrás do seu irmão. – Disse como se fosse óbvio e eu a encarei, queria ter esse poder de fazer as coisas parecerem tão simples. 

 

Holly

O fim de semana passou rápido demais. Encontrei Beck na saída do dormitório e sua cara de exausta me dizia que ela não havia dormido bem.

— Você dormiu? – perguntei preocupada.

— Bem, digamos que eu estava ocupada com o amigo de Carter. – Ela tocou a enorme unha pintada de vermelho no queixo. — Como é mesmo o nome dele? Felipe? – Olhou para o céu pensativa e eu senti uma vontade enorme de rir. — Jason – Disse quase gritando.

— Você é uma cafajeste – Falei rindo enquanto andávamos pelo campus.

— Ele é gostosinho, mas não me fez gozar, fiquei um pouco triste. – Fez biquinho e ajeitou a bolsa no ombro. — E você? Como foi com o Mr. Carter?

Depois de contar a história toda para Rebeka, ela só sabia rir de mim.

— O irmão do cara que você estava interessada, é apaixonado por você? – Perguntou aos risos.

— Sim. – Respondi um pouco desacreditada.

Por mais que seja meio difícil de acreditar em Carter, explicaria muita coisa. Mas Matthew sempre foi muito respeitoso e nunca demonstrou nada durante todo o ensino médio e nem mesmo agora na UCLA.

— Que novela mexicana. – Ela disse sorrindo. Entramos no prédio e os corredores estavam cheios. — Qual sua primeira aula?

— Arte e Filosofia. – Respondi.

— Deus me livre Filosofia. – Ela se benzeu. — Artes visuais é bem mais interessante que história da arte – Disse contente. — Tenho aula de desenho de paisagem agora. – Mandou beijos para mim antes de entrar em uma das salas.

Eu já tinha feito um cursinho nas férias de verão do ano passado de artes visuais, o que me fez aprofundar o meu amor por tinta, macacões sujos e belas artes. Tudo me encaminhava para ser artista. Eu pintava cinco e até mesmo sete quadros por semana, vendia alguns na internet pelo preço de uma caixa de donuts. Eu gastava mais dinheiro comprando tinta e pincéis do que lucrando com as vendas, mas o que importava era o meu amor. Mas tudo mudou no dia que eu visitei uma galeria de arte pela primeira vez na minha vida. Críticos de todo o mundo foram julgar uma obra que havia sido lançada a pouco tempo. Olha-los admirando e julgando a pintura me vez imaginar um novo rumo para a minha vida. Eu tive uma ideia que acabou se tornando um sonho. Eu deixei de lado toda a hipótese de ser pintora, para viajar o mundo para conhecer diversas culturas diferentes e julgá-las com apreciação. Eu queria ser conhecida como alguém de respeito. Queria criar eventos beneficentes para apreciação de obras artísticas. Minhas mães me chamaram de louca, já que eu gosto de desenhar e pintar, que eu deveria focar em artes visuais, mas eu tinha um plano e mudei o meu foco para história da arte. Não era tão divertido, mas eu tinha um roteiro para seguir.

Entrei na sala e me sentei na primeira fileira como de costume. Seria a primeira vez que teria aula de Arte e Filosofia. Estava me preparando psicologicamente para horas tediosas de textos chatos e antigos.

— Bom dia, alunos. – A voz masculina do professor chamou a minha atenção para a porta.

Ao olhá-lo, tive um leve tremor nos ossos, paralisei e minhas bochechas ardiam. Mas que porra...? Era o cara que eu havia perdido a virgindade. Não pode ser. Ele era professor? Eu dei a minha primeira vez para um professor? O que ele está fazendo aqui, logo nessa faculdade, logo nesse curso? Será que eu estou o confundindo? Mas os olhos azuis, o cabelo raspado, o mesmo estilo engomadinho despojado, os braços musculosos e essa voz grossa, me trouxeram a nostalgia daquela noite. Ele não parecia ser tão velho ao ponto de ser formado. Meu Deus, socorro.

— Eu sou Oliver Went, serei o seu novo... – Ele parou, me olhou perplexo, engoliu o seco e voltou a atenção para a sua apresentação. Pelo menos agora eu sei o nome dele. — Professor de Arte e Filosofia.

Merda, merda, merda. Ele me reconheceu, ele se lembrou de mim. Eu preciso sair daqui ou vou explodir de vergonha. Afundei o meu corpo na carteira tentando me esconder, mas não era o suficiente. Eu quero sumir.

— Quero conhecer cada um de vocês antes de começar a aula. Vou pedir que se apresentem –disse sorrindo. Aquele sorriso me confirmou que realmente era ele, eu jamais me esqueceria.

Mas por que eu sentei na primeira fileira? Acho que meu coração vai parar. Minhas pernas tremiam um pouco de nervoso.

— Eu sou Simone King, tenho vinte anos e sei lá... Gosto de artes. – A menina de óculos sentada na ponta se levantou e disse sem jeito. Não demoraria para chegar na minha vez.

— É um prazer conhecê-la, Simone – Ele disse olhando-a.

Puta que pariu, acho que vou fingir que estou passando mal e fugirei para fora daqui.

— Sou Maria, sou porto-riquenha e é um prazer conhecer você, papi. – Ela se levantou, piscou para ele estufando os seios no vestido de babados e eu pude ouvir uns risinhos maliciosos vindo atrás de mim.

— Olá Maria. – Oliver sorriu sem graça.

— William. – O garoto de pele escura e assustadoramente alto, disse ao meu lado se levantando da cadeira. — Jogo basquete aqui, tenho dezenove anos e escolhi história da arte porque meus pais me obrigaram. Na verdade, eu odeio artes. – Ele era bem sincero.

— É horrível fazer algo que não gosta, talvez fique suportável com o tempo. – Oliver disse ao William.

— Também espero. – Respondeu e se sentou.

Era a minha vez, chegou rápido demais.

— Bem... – Eu me levantei derrubando o meu caderno no chão desajeitadamente — Droga. – Alguns alunos riram de mim.

— Aqui está. – O professor pegou o meu caderno do chão e me entregou em mãos.

— Obrigada. – Eu coloquei uma mecha do meu cabelo para trás e agarrei o caderno contra o meu peito como se ele fosse me proteger dessa situação embaraçosa. — Eu sou Holly Winston. – Minha voz saiu falha, então tossi para criar força. — Tenho dezenove anos. – Engoli o seco pois ele não tirava os olhos de mim. — Hm... Gosto de bacon e sujar minhas mãos de tinta. – Dessa vez, todos riram inclusive o professor. Por que eu disse isso? — Escolhi história da arte por vontade própria. – Acrescentei.

— Holly... – Ele disse o meu nome sorrindo, saiu feito uma melodia. — Eu também gosto de bacon – Disse e mais risadas se fizeram presentes. — Espero que goste das minhas aulas.

— Eu espero que sim. – Respondi antes de me sentar.

Quando o próximo aluno se apresentou eu senti como se pudesse respirar pela primeira vez. Coloquei o meu caderno na mesa e esperei as apresentações acabarem.



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