História So Inappropriate (Long Imagine Jimin - BTS) - "I'm Seeing You."

So Inappropriate – capítulo 14.

“Naquela noite eu fui tão duro com você,
Eu realmente não achei que você ia me deixar.
Uma simples frase como “Eu sinto muito”,
Se tornou tão difícil para mim, o que nos levou ao
Nosso fim já que eu sou tão temperamental,
Lutamos inúmeras vezes por coisas inacreditavelmente
Pequenas, eu fiz você chorar e me deixar.”

Bad Boy – BigBang.

Pov’s Jimin

Acordei sentindo o colchão meio desconfortável debaixo de mim, o que me fez fechar os olhos com força e soltar um gemido de descontentação. Fui abrindo os olhos devagar e vi o local em qual estava. Não, aquilo não era a minha casa e estava longe de ser. Era a sala de um apartamento de luxo, e eu estava bem no sofá dela.

Me perguntava como fui parar ali e mais ainda quem havia me trazido pra cá. Só me recordo de ter brigado feio com um cara e mais nada. Acho que apaguei. No momento em que tentei me sentar, senti uma enorme dor na lateral das minhas costas e gemi de dor.

— Droga. — Disse ao encarar a região e perceber que minhas costelas estavam roxas.

— YoungJae: Olha só quem acordou. — Me virei para a voz e percebi que era YoungJae. — Toma. — Me entregou um copo com um líquido que eu julguei ser água e olhei meio incerto ‘pra ele. — Bebe garoto! É água. — Riu e se sentou ao meu lado.

— O que aconteceu? — Questionei bebericando a água.

— YoungJae: Antes ou depois de você beber como se não houvesse amanhã? — Me olhou e eu revirei os olhos.

— Depois.

— YoungJae: Bem, você se meteu em uma briga feia. — Torceu o nariz. — Não sei como aconteceu então não me pergunte, porque eu só tinha ido ao banheiro e quando eu voltei, olha a bomba: Jimin brigando ou melhor apanhando. — Balançou a cabeça em negativa.

— Aqui é a sua casa? — Afirmou. — Você me trouxe?

— YoungJae: Sim e devo dizer que você pesa muito, cara. — Soltou um riso. — E quem é S/n? — Arregalei os olhos.

— Como sabe sobre ela? A conhece?  — Negou.

— YoungJae: Não eu não a conheço, mas acho que deve ser algo sua não é? Ficou chamando ela durante a noite e quando a gente estava vindo ficou dizendo que ela era muito linda e era o amor da sua vida, mas tinha ficado chateado porque ela tinha ido embora, o que eu não entendi bem. — Coçou a nuca rindo de nervoso. — Mas e então? Ela é sua namorada? — Neguei. — E quem ela é?

— Ninguém. — E aquilo pareceu ser uma faca entrando em meu peito. Quis chorar mas não iria fazer, não por isso e não aqui. Ele franziu o cenho.

— YoungJae: Perdão Jimin se estou sendo enxerido, mas tudo o que você falou sobre ela não me pareceu que ela fosse “ninguém”.

— Mas ela é, eu decidi que ela fosse assim. — Aquelas palavras estavam me machucando mais do que deveria, ele olhou para o alto e assoviou.

— YoungJae: Acho que ela te ferrou ‘pra caramba. — Bateu em minhas costas. — Quer que eu te leve para casa?

— Sim, pode fazer esse favor? — Afirmou.

(...)

Paramos em frente a minha casa e eu respirei fundo, agradeci e desci do carro. Caminhei em direção a porta, ainda era cedo creio que papai e mamãe ainda estão dormindo. Tirei meus sapatos e abri a porta devagar.  Adentrei a casa andando nas pontas dos pés, tentando fazer o mínimo de barulho possível, mas quando fui subindo as escadas ouvi uma voz.

— Mamãe: Onde estava? — Me encarava de braços cruzados.

— Por que não está dormindo, mamãe?

— Mamãe: Sou eu quem faz as perguntas, mocinho. — Chegou perto e eu me afastei. — Céus! Você bebeu Park Jimin?!

— Não. — Menti.

— Mamãe: Ainda tem a audácia de mentir para a sua mãe? O cheiro está exalando de você, filho. O que houve com você?

— Eu estava com o Jeon.

— Mamãe: Por que está mentindo tanto, Jimin? Eu liguei pra lá e o Jungkook até disse que você tinha ido lá. Mas, dormir... Não. Agora me conte!

— Não! Por que está tão preocupada? Nunca foi assim. — Ela me encarou boquiaberta.

— Mamãe: Eu sou sua mãe, Jimin!

— Agora você é, não é?! Antes mal fazia questão de exercer esse “papel.” Nunca perguntou como eu estava, nunca foi ao colégio para saber como eu andava, e então mamãe? Resolveu assumir esse papel meio tarde, não acha?

— Mamãe: Perdão se nunca fui tão presente, mas a empresa de seu pai exige muito da gente filho! Meu Deus! Você nunca foi assim Jimin, o que aconteceu?

— Eu mudei. — Disse convicto.

— Mamãe: Mudou? O que te fizeram pra você mudar? Diz para a mamãe, vou tentar te ajudar. — Disse ela com lágrimas nos olhos e eu a encarei de frente.

— Se fosse presente na minha vida, talvez saberia o que me fizeram. — Girei meus calcanhares para seguir pro meu quarto.

— Mamãe: Jimin eu ainda não acabei!

— Mas eu sim, se quiser fique falando sozinha.

Fui para o meu quarto e tranquei a porta, comecei a chorar incessantemente. Nervoso passei a mão por meus cabelos e chutei o meu guarda-roupa. Nunca pensei que fosse capaz de dizer tantas coisas para a minha mãe, mas eu tinha que aprender a não me sentir mal com isso. Eu cansei de ser bonzinho!

— Chega de ser bonzinho. — Me encarei no espelho e limpei uma lágrima que insistia em cair. — Chega de sofrer, vou ser um novo Park Jimin.

(...)

Pov’s Jimin Off

Pov’s S/n On

Fui despertando aos poucos e me levantei, me alongando. Dei um beijinho na testa de Live e a cobri bem com o cobertor. Me enrolei em meu roupão e fiz minhas higienes no banheiro. Vesti um moletom e uma calça de lã, com uma botinha de cano curto que particularmente adorava e amarrei meus cabelos em um rabo de cavalo.

Fui descendo as escadas e encontrei todos na mesa tomando café. Me aproximei e sentei ao lado de Tae.

— Bom dia. — Disse com a voz rouca.

— Taehyung: Bom dia, noona. — Sorriu.

— S/p & S/m: Bom dia, querida. — Mamãe e papai disseram em uníssono e eu comecei a comer.

— Como vai a empresa, papai? — Disse beliscando um pedaço de meu pão.

— S/p: Ela vai bem, querida. Fechei uns contratos ontem e só estou esperando que o meu próximo filho queira seguir o rumo de administração. Porque uma é professora e o outro está cursando para ser engenheiro. — Engasguei e Taehyung começou a rir. Como assim próximo filho?

— Próximo filho? Mamãe você está... — Ela riu. — Vem cá, perdi algum capítulo da história e ninguém me disse? — Encarei todos de olhos arregalados.

— Taehyung: Conte logo, mamãe. Olha a cara da noona! — Riu mais uma vez e eu lhe dei um tapa no ombro. — Aish! Doeu! — Massageou o ombro.

— Que bom! Sinal que cumpri o que queria! — O fuzilei.

— S/m: Não estou grávida filha, mas estamos na fila de adoção. — Segurou a mão de meu pai. — Não sou mais tão jovem, mas quero outra criança. E parece que a agente vem hoje aqui. — Alargou ainda mais o sorriso.

— Ai meu Deus! Vou ter um irmãozinho ou uma irmãzinha é isso? — Afirmaram. — Que ótimo!

— Taehyung: Tomara que seja um garotão pra gente brincar e tudo mais! — Mostrou seu sorriso quadrado. E então a campainha soou.

— Deixa! Eu atendo! — Tomei o resto do meu café e caminhei até a porta. Me deparei com uma mulher alta e jovem com vestes finas e um sorriso encantador. — Pois não? Posso ajudá-la? — Sorri.

— ? : É aqui que mora o senhor N/p e a senhora N/m? — Afirmei. — Sou Isabelle. A diretora do orfanato. — Ergueu a mão e eu de pronto a apertei.

— Meu nome é S/n, e sou filha deles. — Sorri. — Mamãe! Papai! — Os dois logo apareceram.  — Essa é a Isabelle, a agente que vocês disseram que viria.

Eles a convidaram para sentar e fomos conversar na sala, Isabelle falou muitas características das crianças, mas uma em especial chamou a atenção de meus pais e a minha e de Taehyung também. Era uma garotinha chamada Lyrio, tinha apenas cinco anos e tinha perdido os pais em um acidente, mas não deixava de ser uma garotinha muito alegre apesar de tímida.

— Isabelle: Já sabem qual irão adotar? — Meus pais se olharam e afirmaram.

— S/m: Podemos ficar com a Lyrio? — Os olhos de Isabelle brilharam.

— Isabelle: Mas é claro que sim! Posso trazê-la essa tarde mesmo! Os seus papéis já estão em ordem e o processo já foi para a justiça então não terá problema.

— Isso é realmente, ótimo. — Sorri. E Isabelle levantou-se.

— Isabelle: Bom, se me derem licença, eu tenho que ir. Tenho que prepará-la. — A acompanhei até a porta.

— Foi bom conhecê-la, Isabelle. Até mais tarde. —  Sorri.

— Isabelle: Digo o mesmo senhorita S/n. Agora eu tenho que ir, até. — Fez um leve aceno com a cabeça e eu fechei a porta vendo a minha pequena descer as escadas de pijama e coçando os olhinhos.

— Meu bebê acordou, foi mamãe? — A peguei nos meus braços e lhe dei um beijo na bochecha.

— Live: Oi mamãe. — Disse sonolenta. — Quem era aquela moça mamãe?

— S/m: Venha minha pra vovó minha querida. — Minha mãe pegou ela no colo e seguiu para a cozinha. — Deixe que eu explico, S/n. — Fiz que sim com a cabeça e vi Taehyung sentado no sofá.

— Tae? — Coloquei as mãos em meus bolsos.

— Taehyung: Oi noona. — Sorriu e levantou-se.

— Vamos dar uma volta? — Afirmou.

Saímos de casa e ele passou o braço pelo meu pescoço. Fomos caminhando sem rumo, conversando e rindo bastante. Meu irmão era um cara interessante, bonito e engraçado. Não entendo o porquê de ainda não estar namorando…

— Taehyung, como anda as namoradas? — Ele riu.

— Taehyung: Não tem “namoradas”, S/a. — Olhou pro céu.

— Como não?

— Taehyung: Acho que ainda não encontrei a pessoa certa. — Deu de ombros.

— E a Sarah? — Lembro bem que quando fui embora Taehyung estava namorando essa menina.

— Taehyung: Ela me traiu e então terminei com ela. — Soltou um suspiro.

— Eu nunca gostei daquela menina, está explicado o porquê. — Cerrei meus olhos e ele riu.

— Taehyung: Tudo bem, noona. Já passou...

— Mas deve ter muitas garotas atrás de você não é? — Brinquei. E ele negou. — Não? Nem na faculdade?

— Taehyung: Não. — Sorriu.

— Um homem tão bonito desse, solteiro! Essa é boa!

— Taehyung: Noona, é a mesma coisa com você. Você é uma mulher linda! Mas, depois do Namjoon, não voltou a se relacionar. — Foi a minha vez de fitar o céu. — Não é? — Lembrei de Jimin.

— É complicado. — Encarei os pés.

— Taehyung: Por que?

— O cara pelo qual me apaixonei, não é ‘pra mim. — Mordi o lábio.

— Taehyung: Ele é casado? — Olhei com os olhos arregalados para ele.

— Claro que não Taehyung! É só... Você tem 21 anos não é? — Afirmou. — Ele tem 19 e é meu aluno. — Foi a vez dele de arregalar os olhos.

— Taehyung: Como? Você se apaixonou por um menor de idade, S/a? — Afirmei. — Cuidado viu? Eu te apoio. Mas nem todas as pessoas vêem com os mesmos olhos que eu e pode acabar te prejudicando. — Me encarou.

— Eu sei Tae, mas não importa. Não mais, ele não quer mais saber de mim. — Ele torceu o nariz.

— Taehyung: Ué, você fez alguma coisa?

— Segundo ele, desisti da gente no momento que segui com a idéia de viajar. — Suspirei.

— Taehyung: Perdão por dizer isso S/a, mas ele é um babaca por não compreender você.

— Eu não entendi ele, então não posso cobrar nada. — Dei de ombros. — Mas vai ficar tudo bem, vou tentar esquecê-lo. — Estalo a língua.

— Taehyung: Sabe que pode contar comigo sempre, não é? — Me abraçou de lado.

— Sei sim, e agradeço por isso. — Sorri. — Vamos voltar, está quase na hora da gente receber a Lyrio. — Ele afirmou.

Voltamos para casa e eu fui tomar um banho, coloquei um vestido soltinho e uma sapatilha, optei por deixar os meus cabelos soltos. Arrumei Live e ela estava tão ansiosa quanto eu, a peguei nos braços e desci as escadas. Assim que cheguei no andar de baixo a campainha tocou e mamãe foi abrir tendo a visão de Isabelle e uma menina de cabelos escuros e olhos castanhos segurando sua mão com uma pequena mala em suas mãos. Isabelle entrou e a menina fitou todos nós.

— Isabelle: Essa é a S/n, Lyrio. — Isabelle apontou para mim e eu sorri me abaixando e ficando na altura da menina.

— Muito prazer, Lyrio. — Sorri. — Você é muito bonita, sabia? Essa é a Live, minha filha. — Live sorriu e disse “oi” que foi respondido timidamente pela menina.

— Isabelle: Esse é o Taehyung. — Tae sorriu e fez uma careta que fez a menina soltar uma risada gostosa de se ouvir. — Ele e a S/n são irmãos. Também seus a partir de hoje. Os que estão ali é o N/p e a N/m.

— S/m: Tudo bem, princesa? — Ela assentiu levemente.

— S/p: Está com fome? — Ela afirmou.

(...)

Tinha passado um tempo e Isabelle já tinha ido embora, a menininha estava no andar de cima, no seu quarto. Eu estava com mamãe e papai na cozinha, Taehyung estava com Live na sala. Já iríamos comer e então mamãe pediu que eu fosse chamar a Lyrio, fui até o segundo andar e bati na porta entrando logo em seguida, encontrando a menininha sentada na cama olhando a janela.

— Lyrio? — Ela me olhou. — Está tudo bem? — Ela fez que sim. — Vamos comer, querida?

— Lyrio: Eu ‘tô com medo. — Disse me olhando e pela primeira vez no dia eu ouvi a voz dela.

— Ei! Não vai acontecer nada com você, ok? — Me aproximei. — Todos nós aqui temos um carinho muito especial por você. E não queremos te fazer nenhum mal. — Sorri e coloquei uma mecha de cabelo atrás de sua orelha.

— Lyrio: “Pomete?” — Sorri ao ver ela sorrir para mim.

— Prometo. — Ela se levantou e me deu a mão. Fomos andando até a cozinha, percebi que a pequena ficou até mais relaxada.

— S/m: Lyrio, meu bem sente-se aqui vou lhe ajudar a comer. — Ela me olhou como se perguntasse o que deveria fazer.

— Vai lá, querida. — Ela sorriu e sentou-se à mesa.

Iria fazer o mesmo se o meu celular não tivesse vibrado com uma mensagem que eu não entendi. Na verdade até me assustou um pouco.

“Eu estou vendo você.”

E um frio percorreu a minha espinha.