História So Inappropriate (Long Imagine Jimin - BTS) - And the past knocks on the door

So Inappropriate – capítulo 09.

“Você é livre para fazer suas escolhas,
mas é prisioneiro das consequências.”

- Pablo N.

Pov’s S/n

Não pensei muito quando Namjoon disse “ela acordou e quer vê-la.” A minha única ação foi correr até o quarto da minha filha. E ver ela assim que entro, sentada me olhando sorrindo, realmente não tem preço. Fui até a cama da minha menina e a abracei.

— Ei meu amor, como se sente? — Me afastei o suficiente para olhá-la bem.

— Live: Bem, mamãe. — Ela sorriu. Como eu senti falta desse sorriso.

— Não faça mais isso, certo? Não sabe o susto que me deu.

— Live: Mas mamãe, não tinha achado você e... Eu estava com fome.

— Tudo bem, filha. Já passou... — A abracei. — Mamãe nunca mais vai deixar você sozinha, nunca mais. — Ouvimos três batidas na porta.

— Jimin: Posso entrar? — Assim que Live o viu me soltou e ele entrou.

— Live: Tio Mochi! — Ela sorriu.

— Jimin: Hey! Oi princesa! — Ele a abraçou. — Você se sente bem? — Namjoon entrou e ficou encarando Live abraçada à Jimin.

— Obrigada, Namjoon. Por cuidar da minha filha. — Falei antes que ele resolvesse estragar o clima.

— Namjoon: Não foi nada, S/n. É só o meu... Trabalho. — Sorri.

— Mesmo assim eu agradeço, quando ela vai poder ir para casa?

— Namjoon: Dentro de poucos dias, S/a. — Jimin o encarou ao ver ele me chamando pelo apelido.

— Espero realmente que sim.

(...)

Três dias depois

Já se passaram três longos dias que a minha pequena está neste hospital, deixei Jimin ficar aqui comigo apenas nos dois primeiros dias. Ele não tem obrigação nenhuma comigo para perder aula ou deixar os pais dele preocupados. Ele queria conversar sobre o incidente com a garota, mas eu não quero falar ou até mesmo lembrar disso, me dói muito, é uma cicatriz que não foi cicatrizada — ainda — tomara que com o tempo eu consiga tirar Jimin da cabeça. Seria com certeza o melhor não só para mim, mas para ele também.

Nesses últimos dias Namjoon tem se mostrado muito atencioso não só comigo, mas com Live — principalmente — apesar de tudo ele está se mostrando um homem mudado, não o adolescente imaturo com quem eu iria me casar. Contudo, não me vejo ao lado de Namjoon novamente, não mais. Estava zelando o sono de minha pequena, quando Namjoon de repente entra no quarto.

— Namjoon: Bom dia! — Me espreguiço na cadeira.

— Bom... Dia. — Digo meio sonolenta.

— Namjoon: Deveria ir para casa pelo menos para dormir um pouco.

— Não, eu estou bem. — Vi Live acordando.

— Namjoon: Bom dia, pequena.  Ela sorriu e ele pegou a prancheta na beirada da cama.

— Live: Bom dia Tio.

— Namjoon: Essa princesa pelo que eu vejo... – ele olhou os papéis da prancheta e os folheou. — Já pode ir para casa.

— Live: Ebaa! — Ela se levantou e começou a pular na cama.

— Epa! Mocinha desça já! Estamos em um hospital não em casa!

— Namjoon: Deixa a menina, S/n. Ela só está feliz.

— Assim fica difícil manter pulso firme, vem meu amor. Ajuda a mamãe com essas coisas?

— Live: Sim, mamãe.

Namjoon saiu dizendo que se a gente precisasse dele era só chamar, e me deu um cartão também. Preenchi alguns papéis na recepção, e seguimos para o carro, partimos dali para o meu apartamento, deixei o carro no estacionamento e peguei Live no colo que dormia tranquilamente. Quando cheguei perto da portaria, apertei o sininho e logo Mark apareceu.

— Mark: Olá senhorita, S/n. Como você se sente? — Sorri.

— Eu estou muito bem, melhor agora porque estou de volta.

— Mark: E posso ajudá-la com alguma coisa?

— Sim, poderia me dar à chave do meu apartamento?

— Mark: Oh! Sim, mais é claro! — Ele me entregou a chave e uma caixinha. — Aqui, está.

— Obrigada, Mark.

— Mark: De nada, senhorita.

Ajeitei Live no meu colo e fui subindo pelo elevador até o meu andar assim que cheguei, tirei as chaves da caixinha. Abri a porta e a fechei com o pé, tirei meus sapatos e fui até o quarto deixando a lá. Voltei à sala e amarrei meu cabelo seguindo até a cozinha.

Procurei nos armários algo prático para cozinhar, peguei o chocolate e o leite condensado que estava na geladeira e comecei a preparar um brigadeiro. Assim que ficou pronto segui para a sala e liguei a TV, pegando a minha agenda e uma caneta.

“Oi, já faz um tempo que eu não venho aqui, esses dias foram de longe
os mais agitados de toda a minha vida e mesmo não querendo aceitar, estou acabada. Não só fisicamente, mas mentalmente também. Mamãe veio aqui e por incrível que pareça Jimin apareceu enquanto ela estava aqui, e por aquele dia…
Eu tive a esperança de algo entre mim e o Jimin dar certo. Por que?
Depois daquele dia vi Jimin beijando outra garota e foi igual ou pior que a sensação que eu senti no dia em que Namjoon me deixou no altar.
Live ingeriu produtos químicos e foi parar no hospital e lá, reencontrei o pai dela.
Depois de tantos anos, ele quis explicar a causa de não ter ido ao casamento e eu me revoltei, sim, ao saber que ele se deixou levar pela mãe dele. No entanto, ver o jeito que ele cuidou da Live sem nem ao menos saber que ela era filha dele, mexeu comigo não vou e nem posso negar, e me fez surgir a dúvida, e se contasse? Mas, eu tratava de tirar da minha cabeça, ele não merece saber dela, pelo menos não ainda...”

Parei de escrever por um momento.

Comecei a lembrar do passado, lembranças que eu jurei esquecer, agora vieram à tona.

 [Flashback On.]

“Você correu para longe, então não posso te ver, eu nunca sonhei com você... Você, que está em pé na minha frente...”

— Namjoon, quer parar que saco! Eu-não-vou-entrar-nisso! — Ditei pausadamente pra ver se ele desistia da idéia de me levar na montanha russa.

— Namjoon: Ah vamos S/n! Vai ser legal! — O moreno me olhou com um olhar de pidão.

— Não! Não mesmo! Todas essas voltas e curvas me dão náuseas. — Faço um bico.

— Namjoon: Amor, eu cuido de você. — Ele se aproximou deixou um selar estalado em meus lábios.

“Não me machuque. Não chegue mais perto, meu coração congelado. Não posso te segurar mais...”

— Namjoon! Quer me matar antes da gente casar? — Ele sorriu e mexeu no bolso. – Eei! Eu estava só brincando...

— Namjoon: Não vou matar você boba, mas te trouxe nesse parque com um propósito...

— Namjoon...

—Namjoon: O pedido seria feito na montanha, porém alguém aqui não quer colaborar, não é S/n? Enfim. — Ele retirou a caixinha da jóia. — Você é a mulher da minha vida, o amor que eu tanto sonhei. Casa comigo? — Eu sorri, meus olhos se encheram de lágrimas e eu disse a única coisa que poderia ser dita.

“Uma chuva de flores está caindo, Cobrindo minhas lágrimas negras, Em meus olhos vermelhos, Eu coloquei você, Eu volto o tempo, Eu quero voltar... Para os belos momentos...”

— Sim... — Namjoon retirou a jóia brilhante da delicada caixinha de veludo e encaixou a aliança em meu anelar. Se aproximou para me beijar, mas dei uma tapa em seu ombro.

— Namjoon: Aish! Doeu! Por que fez isso? — Ele massageava o ombro.

— Por ter escolhido uma montanha russa para me pedir em casamento! — Ri e o beijei.

“Como o vento forte, que o sopro passa descontroladamente, com um amor ordinário, quando fecho os meus olhos...”

[Flashback off.]

Quem diria que aquele pedido não me renderia lágrimas naquele lugar, mas no dia do meu próprio casamento eu choraria como nunca havia feito — apertei a panela em minhas mãos e limpei uma lágrima que escorreu do meu rosto. —

[Flashback On.]

Eu estava pronta, meus padrinhos, meus pais, o padre. Estava tudo lindo, mas Namjoon não aparecia... E o meu coração começava a apertar, eu procurava pensar que ele já estava a caminho, só estava enfrentando um congestionamento no trânsito.

Depois de uma hora todos já estavam se questionando, cadê o noivo? É Namjoon, cadê você? Você não vai aparecer é isto? Papai foi atrás do mesmo em seu apartamento e depois de dez minutos retornou.

— S/P: O desgraçado não vem, ele viajou. — Meu coração se despedaçou e lágrimas brotaram em meus olhos.

“Como sonhar um sonho triste, caindo em um sono profundo, depois que eu apagar você, somente minhas lágrimas dolorosas permanecem...”

Todos começaram a falar ao mesmo tempo. Minha cabeça estava um turbilhão, eu só queria chorar. Como Namjoon? Como pôde ir embora e ter me deixado?

— VÃO EMBORA! — Gritei para todos os convidados da igreja desesperada, todos começaram a sair.

— S/m: Minha filha se acalme... — Ela tentou me tocar, mas me desvencilhei de todo e qualquer toque.

“Sob o mesmo céu, Ao mesmo tempo, Quanto mais eu tenho que chorar pra esquecer você? Não consigo parar, nem consigo respirar, eu quero amar você...”

— Não me toque. — Disse chorando e corri para fora da igreja. Ouvi mamãe gritar “Filha”, mas não parei, o céu estava carregado.

—POR QUÊ? — Cai de joelhos sobre meu vestido de noiva e logo começou a chover, por que eu tinha que te amar? — Eu te odeio Kim Namjoon. — Sussurrei para mim mesma e junto a minha visão embaçada devido as lágrimas vi a escuridão me cercar.

“Somente minhas lágrimas dolorosas, Permanecem...”

[Flashback off.]

Nunca desejei tanto a morte, como desejei naquele dia. Para mim a morte seria pouco, perante o que eu merecia por ter sido tão idiota a ponto de me deixar levar por Namjoon, aquele dia foi de longe o pior dia da minha vida. Eu queria morrer, eu queria parar de existir, e foi assim durante um ano. Um inferno de ano terminou a faculdade de história e então me transferi para Seoul. Onde conheci Jimin. Ah Jimin... Meu aluno.

[Flashback on.]

“Toda vez que eu posso, eu penso em você, você continua crescendo, eu sorrio por causa de você, todo dia eu só vejo você, eu deveria tentar ser legal e me aproximar de você primeiro? Eu estou sussurrando no seu ouvido, Eu estou esperando por você...”

Estava corrigindo os deveres que me faltavam e já estava na hora do almoço, quando batem a porta dos professores.

— Entre. — Ditei sem olhar quem era. A pessoa entrou e se aproximou.

— Jimin: Professora S/n?

— Oi Jimin! Como vai? — Ele tinha um tom rubro nas bochechas.

“... Você pode cantar para minha vida, quando te vejo, meu coração começa a bater confissões que eu não posso te contar, continua se acumulando. O que eu faço? Ainda sou tão ruim nisso Mas eu quero te dizer como eu me sinto...”

— Jimin: E-Eu vou bem professora, trouxe isso para você. — Tirou uma rosa por trás das costas.

— Oh! Obrigada Jimin, é a minha preferida. Bem por que está aqui...?

— Jimin: Bem... E-Eu... E-eu q-queria...

“Acho que meu coração, Está quebrado, Sinto como se Tivesse o mundo inteiro, Eu deveria cuidadosamente criar coragem e Confessar? Ei, eu te amo...”

— Respira Jimin... E conte. – Ele respirou fundo.

— Jimin: E-eu... Eu dizer queria você amo... – ele se embolou com as palavras. E resmungou baixo.

“Você se sente da mesma forma? Tudo parece um sonho, Desde que te conheci, Estou esperando por você...”

— Como?

— Jimin: Não, nada não S/n. — Ele abaixou a cabeça e saiu.

“É só você para mim, Eu deveria gentilmente me aproximar de você ou Suavemente te beijar? Até sempre, ao seu lado, Estou esperando por você, Nunca me senti, Desse jeito na minha vida, Sinto como se tivesse O mundo inteiro, Palavras que agitam meu coração mesmo depois de Ouvir milhões de vezes Eu te amo Como o destino...”

[Flashback off.]

Eu sempre tive um carinho muito grande pelo Jimin... E com o decorrer do tempo e sem eu perceber esse carinho virou amor. Apaixonei-me pelo seu jeito, sorriso, modo e ações. Contudo devo esquecer tudo, ele provavelmente está com a Seulgi agora. E eu não o culpo, uma hora ou outra isso iria acontecer. Ia voltar a escrever quando a minha campainha me interrompe, praguejei baixo, amaldiçoando o ser atrás daquela porta, será que não vê que horas são? Não é horário para visitas! Abri a porta sem nem ao menos ver quem era e levei um susto.

— Você? O que faz aqui? — Eu tenho que parar de abrir a porta sem antes olhar quem é. Merda!