História Só Mais Um Delinqüente... (Imagine BTS - JungKook) - Goodbye, Seul. Hi, Brazil.

A cada passo de Yang Mi e de JungKook, era uma reflexão acontecida. Ir embora era mesmo necessário? Deixar tudo pra trás era mesmo o certo? Para essas perguntas nem mesmo você tinha a resposta.

Sua mãe te chamava inúmeras vezes, mas queria arriscar e ver no que ia dar aquilo tudo. Quando se viram tão próximos, um suspiro foi ouvido de ambos.

Não se atreveram em dizer uma única palavra, se olhar nos olhos parecia ser mais importante, mas o silêncio foi quebrado rapidamente pela garota.

— (S/n), me desculpe. – Yang Mi se curvou, se mantendo daquele jeito. – A culpa foi toda minha que vocês se separaram, eu deveria ter me informado primeiro se ele namorava. 

— Ele te pagou quanto pra ti dizer isso? – perguntou, olhando as horas em seu relógio de pulso. – Poderiam me deixar? O vôo daqui a pouco vai sair. 

— Só 5 minutos! – JungKook implorou, e você viu na obrigação de deixa-lo gastar as próprias salivas. – Eu trouxe a responsável por nossa separação pessoalmente, para ti ver o quanto eu não quero que vá, que acredite em mim.

— 4 minutos.

— Eu te expliquei tudo o que aconteceu, eu te implorei tanto, e mesmo assim eu me recuso a desistir de nós dois! É tão difícil entender que eu te amo? Que eu quero que vivemos como naqueles filmes de romance clichê? Felizes para sempre?

— 3 minutos.

— A gente precisa conversar como pessoas normais, sem gritarias, sem nada desse tipo. Por favor, (S/n), não me deixa…

— Por que você insiste? Eu já disse que eu não quero mais nada com você. Eu não me arrependo de ter deixado tu entrar na minha vida, eu só fico decepcionada com a minha burrice. – suspirou. – Mais alguma coisa? O seu tempo está acabando.

— Por favor! – Yang Mi se pronunciou. – Viemos aqui na intenção de te impedir que vá viajar. Isso é extremamente clichê, mas por favor. Não deixe Seul, muito menos JungKook.

Pareceu pensar um pouco com o que estava fazendo. Parecia que sua vontade de voltar ao Brasil havia sumido nas minorias. Suspirou e olhou pra trás. Seus pais te olhavam apreensivos, como se quisessem lhe dizer que ficar não era uma das melhores idéias já tomadas por você.

Olhou para frente novamente, e pela primeira vez, se sentiu indecisa no que escolher para não se arrepender depois. Seus olhos estavam marejados, era muita pressão psicológica para um momento só. 

— Me desculpe, eu realmente preciso ir. – mordeu o lábio. 

— É sério? Eu gasto esse tempo todo pra não conseguir nada? Eu não vou desistir. – JungKook se aproximou lentamente. 

— Respeite a minha decisão. – se afastou. – Quem sabe, daqui 4 anos eu te encontre novamente. 

Sorriu triste, se virando em direção ao avião. 

Acompanhou seus pais, que perguntavam a cada 1 segundo se era isso que você queria realmente, não deixou de negar, mas sabia que isso seria melhor pra você. 

Se sentaram em seus respectivos lugares, vendo Yang Mi e JungKook olhar em sua direção. O garoto falou sem soltar a voz um pequeno “Eu te amo”, e como resposta, acenou com a cabeça. 

Alguns minutos se passaram quando a aeromoça falou que já estavam prontos para a viagem. E dentro de uns 7 minutos, começou uma pequena turbulência antes de finalmente começarem a voar.

Sabia que isso lhe afetaria mais tarde, mas também tinha em mente que isso faria o melhor para você. Viver com ele não lhe traria benefício ou felicidade alguma, causando a mesma vontade de ir embora como sentiu a uma semana atrás. 

Muito mais perguntas começaram a surgir… “E se eles estavam falando a verdade?”, “Como JungKook deve estar agora?”, “Eu fiz realmente a decisão certa?”, sem que ninguém ouvisse, deixou que lágrimas escorressem por seu rosto, as limpando quando a aeromoça lhe ofereceu algum alimento.

Essa viagem ia ser longa e cansativa.

• • • 

— Tia Ju! – gritou, correndo em direção a sua tia, tão querida, tão... Ela. 

— Você cresceu tanto! – cedeu ao seu abraço apertado.

Jogaram tanta conversa fora ao longo do caminho para casa, que nem perceberam quando chegaram.

Você e sua tia pareciam melhores amigas, sempre contavam as estórias mais bizarras e constrangedores uma pra outra, saíam juntas, ficavam acordadas até tarde, o que particularmente, seu pai odiava, mas acima de tudo, nunca perdiam o respeito por ambas. Ela não era daquelas tias que a maioria tem, se recusava inúmeras formas de perguntar como vão os namorados, e hoje não foi diferente.

Sentir o aroma daquele espaço tão amado por você lhe trouxe ótimas lembranças de quando ainda era uma criança, correndo pra lá e pra cá pela média casa.

Estava tudo indo bem, tudo indo perfeitamente, quando seu celular começou a tocar freneticamente. Teorizou que era um de seus amigos de São Paulo, então nem se preocupou em falar em português ou ver quem estava ligando, atendeu de uma vez com um sorriso enorme no rosto.

— Alô? 

— (S/n)?

— JungKook!? 

— Eu mesmo… Eu só... Queria saber se você chegou bem, aí. 

— Ah… Cheguei sim… 

— Fico aliviado. – ficaram em um silêncio desconfortante.  

— Então... Era só isso?

— Não! Eu também queria dizer que… 

— Que…?

— Eu não me importaria se nesses 4 anos, você encontrasse alguém...

— JungKook… Eu não quero encontrar mais ninguém… Primeiro que eu não quero sofrer nenhuma decepção, segundo que eu ainda te amo, e não vejo outro alguém do meu lado.

— Então porque...

— Foi a minha escolha. Eu não vim porque sinto ódio de você e queria nem olhar nessa sua cara bonitinha, a minha decisão foi por instinto, intenção de apenas me afastar, por algum tempo.

— Eu pensei que você nunca fosse me deixar… Antes que eu nunca tivesse subido naquela mesa e exposto meus sentimentos por você. 

— Eu nunca ia te deixar. Mas quem me deixou foi você. Burrice sua de ter se declarado pra mim naquela turma.

— Eu não quero ter uma DR com você por chamada, isso é ridículo... Mas eu só espero que esteja tudo bem com você, sua felicidade é o que importa.

— Não estou bem JungKook, mas vai ficar…

E se nesses 4 anos nada ficar bem, você já pode desistir de tudo.