História Só mais uma realidade - Não era para acontecer.

CASTIEL ON

— O que foi Castiel? Por que dessa cara amarga?

— Não entendi Armin porque a Thara não quis que eu levasse para enfermaria.

— Talvez ela estava com vergonha, eu não sei. Pergunte ela.

— Eu não. Se ela não quis o problema é dela.

— Decida-se se importa ou não.

— Não! Isso não importa Armin. Volte ao seu jogo.

Mas aquilo me importava, Thara ouviu quando me ofereci mas me ignorou completamente. O que não entendo é o que o engomadinho do Nathaniel queria levando ela. Quer saber foda-se. Não gosto dela nem nada.
Fui em direção ao Lysandre que estava escrevendo em seu bloco.

— Temos ensaio hoje. Avisa ao representante do Grêmio .

— Avisarei a ele, depois que terminar o que tenho para escrever.

— Vou me trocar e seguir para a nossa sala de ensaio.

[...]

 Que estranho, parece que tem alguém por aqui. Esse som vem do porão, só espero que não tenham tocado na minha guitarra. Porque juro que vou arrebentar a cara dele. Abri a porta devagar, e desci as escada, chegando à metade avistei a Thara dançando. Ela não percebeu que estava ali, sentei na escada e comecei observa-la.  Ela estava apenas com um short e top,  então era isso que ela escondia, um corpo de mulher, ela era tão sexy que eu não conseguia parar de olha-la .
Torcia para que o Lysandre e o engomadinho demorassem para vir.
Quando a música acabou ela parou de dançar, ela estava suada, dava para perceber sua pele. Aquela visão dela assim me deixava excitado. Ela pegou a blusa e secou o rosto.

                     
THARA ON

Me sinto bem melhor, nada que a dança não resolva. Sempre adorei dançar, fiz balé por sete anos, e hip hop por dois. Adorava aquilo tudo, a sensação que fica depois da dança é de satisfação.

— Não sabia que você dançava.

Sinto meu coração saltar de susto. Me virei para ver quem era.

— Castiel?

— Não se assuste, minha banda ensaia nesse porão. Você invadiu aqui.

— Ah desculpe, só entrei pois era o único lugar aberto com espaço suficiente.

Castiel se aproximava, cada vez mais.

— Não sabia que era esse tipo de garota.

— Do tipo que invade? Do tipo que dança?

— Dessas também, mas me referia  ao tipo que tem tatuagens — ele falou colocando a mão na minha coxa e passando o polegar na tatuagem.

Em um movimento sutil  afastei minha perna da mão dele.

— Pois é, você não me conhece bem — Virei-me de costa, para pegar meu celular.

Castiel puxou meu braço, me empurrou contra parede, levantando minhas mãos acima da minha cabeça, encostando-as na parede, sem solta-las, sua boca aproximava-se da minha orelha, ele sussurrava

— Mas quero conhecer — terminou a frase mordendo meu lóbulo.

Aquilo me arrepiou toda, minha respiração estava tão pesada quanto à dele. Sua boca descia até meu pescoço onde ele passava a língua.

— Castiel — falei meio trêmula. Meu corpo nunca havia se comportado daquela maneira.

Seu rosto ficava de frente ao meu, seus olhos encaravam os meus. Aquele olhar era arrebatador, ele encostava sua boca na minha, e em alguns movimentos estávamos nos beijando. Ele soltou minhas mãos. Uma de suas mãos foi à minha nuca, sentia seus dedos passando por meus cabelos onde ele segurava com força, sua outra mão descia por minhas costas até parar na parte inferior da minha coluna, ele puxava meu corpo grudando no dele. O beijo aumentava o ritmo.
Coloquei minhas mãos por trás de sua nuca, senti a mão dele descer até meu bumbum, ele apertou fortemente. Sua mão descia mais até as coxas, eu prendia minha perna em sua cintura. Mordia seu lábio inferior, descia e mordi seu queixo, descia os beijos até o pescoço, ouvia alguns gemidos que ele soltava, nessa hora senti seu membro crescer encostando na minha região íntima, eu fiz alguns movimentos com os quadris e ele seguia. Ele tirou a mão da minha nuca e foi até meu peito e apertava por cima do top.
Sentia quando sua outra mão ia dentro do meu short por cima da calcinha e chegava até o lugar que ele queria. Mais uma vez ele sussurrava
 — Thara. — ele falou ofegante — assim você é má comigo.

Por alguma razão me vinha tudo a mente e me lembrava do Christian e em um movimento involuntário empurrei brutalmente o Castiel .

— Isso está errado, muito errado — falei enquanto pegava meu celular e a camisa.

— Thara o que aconteceu? Porque você parou? Fiz algo de errado?

— Não Castiel, quer dizer... Só é complicado. Me desculpe.

Sai de lá correndo, não demorou muito encontrei o Lys e Nath que estavam indo para lá. Eles olharam surpresos, pois eu estava vestindo a camisa. Eu os cumprimentei apenas com a cabeça. E segui meu caminho.
O Christian tinha arruinado minha vida. Sabia que era o Castiel àquela hora, só que senti como se fosse o Christian me tocando.

                           
CASTIEL ON

 Não consigo entender o que aconteceu, será que a assustei? Estou confuso. Essa garota, não consigo entender o porque eu fiz aquilo. Que droga, agora fico aqui excitado. Começei a pensar em coisas broxantes tipo na minha avó, quando ouço a portar abrir.
Lysandre e o engomadinho estavam descendo as escadas.

— Castiel, a Thara saiu daqui? — Perguntou  Lysandre terminando de descer a escada.

— Saiu — sinto eles me olharem estranhos.

— O que você fez com ela? — perguntou Nathaniel.

— Nada que seja da sua conta.

— Aconteceu algo aqui Castiel? Thara estava estranha — Lysandre perguntou me olhando sério.

Tinha acontecido, mas não queria falar, muito menos na frente daquele babaca.

— Thara estava dançando quando cheguei aqui. Ela se assustou quando me viu.

— Só isso mesmo?

— Que desconfiança Lysandre. Foi só isso. Vamos ensaiar ou não?

Lysandre me olhava estranho, não parece que tinha acreditado. Não estava mentindo, estava omitindo alguns fatos.
Peguei minha guitarra, Nathaniel sentou-se a bateria, e Lysandre ligou o microfone, começamos a ensaiar. Eu comecei errar as notas, não conseguia me concentrar, o olhar da Thara, aquele olhar era de assustada. Mais uma vez o olhar dela me assombrava.

— Castiel é melhor pararmos com o ensaio. Você não consegue se concentrar.

— Desculpa Lysandre, eu realmente não estou com cabeça para ensaiar. 

— Marcamos outro dia então.

Assenti com a cabeça. Guardei minha guitarra e esperei o Lysandre para ir até o estacionamento, o engomadinho trancou o porão e foi guardar as chaves.

— Castiel o que realmente aconteceu? Você não esta bem e a Thara também não me pareceu bem. 

— Não sei Lysandre, a Thara parece ser muito enigmática. Não consigo entender isso. 

— Castiel, você não é de se importar com isso. Você poderia estar desenvolvendo algum sentimento por ela?

Olhei para o Lysandre e ele estava falando sério. Não poderia estar apaixonado por ela. Ela nem é meu tipo. 

— Não Lysandre, é só que o olhar dela, ele esconde algo. 

— De certa forma você tem razão. Thara é uma garota misteriosa, porém você não respondeu se aconteceu algo — Lysandre me olhou de lado.

— Por que se interessa tanto em saber Lysandre?

Seu olhar se direcionava para a escuridão da noite.

— Por nada Castiel, espero que saiba o que está fazendo, para seu bem e o dela.

Finalmente chegamos ao estacionamento, já não aguentava as perguntas do Lysandre, ele entrou no carro e saiu e eu subi na minha moto e fui para casa.