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História So Numb - Melhor que todos os cigarros do mundo


Escrita por: Xmoniqu3

Notas do Autor


oi bbs boa leitura olha a bomba

Capítulo 49 - Melhor que todos os cigarros do mundo


As paredes pareciam diminuir cada vez mais, meu colchão estava quase me engolindo, e eu estava me afogando em minha própria tristeza. As flores murchas ainda habitavam a cômoda ao lado da minha cama. Eu não queria que elas fossem tiradas dali jamais.

Lauren recebera sua alta, ela estava bem. Eu estava sozinha em meu quarto, e sem Lauren eu não conseguia me aproximar das outras pessoas dali.

Eu almoçava sozinha, com mais ânsia a cada pouco de comida que colocava na boca. Eu ficava sozinha na área de lazer, eu não recebia visitas, eu jogava xadrez sozinha. Ninguém queria conversar comigo. Nem Johnny não conseguia mais se comunicar comigo.

Eu dormia pouco, e quando dormia, tinha pesadelos. Antes de Lauren ir, ela disse que eu clamava por um nome. E eu sabia qual.

Eu olhava pela janela e ficava esperando ver Chandler passar por ali. Eu lia e relia a sua carta, as suas palavras, escritas à mão, com as sua letra. Eu até cheirava o papel, buscando pelo seu perfume, mas tudo que eu encontrava, era o cheiro da tinta da caneta azul, que aliás, logo ia se esvaindo.

Eu me estressava fácil e puxava os cabelos até da minha nuca. Meu rosto vivia vermelho, e todo mundo ali se estressava comigo, pois eu nunca queria sair de minha cama.

Eu me sentia sufocada, ao ponto que minha respiração se fortificava, meu coração se acelerava a cada som que eu ouvia. Eu estava ficando paranoica.

Em meio a tudo isso, eu não entendo como conseguem colocar nos livros, o fato das borboletas no estômago serem algo bom. Isso, é nada mais que ter sua ansiedade tão elevada que seu estômago embrulha e quase lança para fora o que há ali. Seu peito queima e um nó se forma na ponta da garganta. A paranoia de necessitar tanto aquele que não se tem chega a lhe tirar o sono e as vontades de qualquer coisa. Isso é horrível, e só um escritor muito bom para embelezar esse sentimento confuso.

Johnny me chamou para sua sala, na sexta-feira à noite.

- Elle. Eu, e todo mundo daqui, estamos muito preocupados com você. Você está há quase quatro meses aqui. E não vêm mostrando nenhum progresso. – dizia ele. – Eu estou mais preocupado, pois isso não depende só de você. Geralmente, todos os pacientes, recebem visitas da família. Você só recebeu duas, de dois garotos. Suponho que o último fora especial para você.

Eu assenti.

- Ninguém vai vir me ver. Por que não me dopam tanto até eu morrer? – instiguei.

- Não Elle. Eu quero muito que você melhore. Você é minha prioridade aqui, e eu não costumo entrar na vida de algum paciente. Mas, eu estou me cortando em pedaços ao te ver assim...

- Vai ligar para a minha mamãe e pedir que ela venha?

- Não. Eu queria saber, se você não gostaria de passar um fim de semana na casa do seu primo, Troye. Eu falei com sua família, mas não com seus pais. Sua tia, me afirmou que ele é o membro do qual você mais tem proximidade. Isso é verdade?

- É, mas ele mora com a minha tia, e eu não quero vê-la... – disse.

- Não, ao que eu sei, ele está morando sozinho...

- Oh...

- É. Isso é uma coisa que não abrimos para muitos, mas entendo que você precisa ter acesso a isso. E então. Quer?

- Quero, claro!

- Ok. Saiba que se você tentar fugir, vai se encrencar muito mocinha, Troye está com responsabilidade total e vocês estão sendo observados. – ele semicerrou os olhos. – Brincadeira, não estão não. Mas sério, por favor, não tente nada. Senão, quem vai se encrencar é seu primo.

- Okay!

Saímos da sala, fui até meu dormitório pegar minhas coisas, minhas poucas coisas. Troye estava me esperando na sala de visitas. O vi e pulei em seus braços, o abraçando forte.

- Desculpa não ter vindo... Eu tive que quase bater na minha mãe. – disse ele.

- O que importa é que você está aqui agora. – o abracei mais forte.

Johnny nos acompanhou até o lado de fora, até a porta do carro. Adentrei o carro de Troye e me acomodei, acenando para Johnny.

Saímos dali, e ele abriu os vidros. A sensação de liberdade foi se fortificando dentro de mim, o ar que corria forte e batia em meu rosto era prazeroso, era cativante. Era a liberdade.

- Como estão todos? – perguntei.

- Seus pais não sabem dessa sua liberdade temporária, Johnny não quis que eles soubessem. Eu assinei seus documentos aqui.

- Sério?

- Sim... E, respondendo sua pergunta, sua mãe está mais bêbada que sóbria. Dakota está surtada, Evan terminou com ela, pois ela simplesmente pegou uma obsessão em falar mal de você. Seu pai está tomando remédios para se acalmar, e Megan... Ela é uma meiga, quer a todo minuto vir te visitar. Mas seu pai acha que você precisa passar por isso. – dizia ele enquanto dirigia.

- E, você tem tido notícias dele? – perguntei, referindo-me a Chandler.

- Bom. Eu sei que ele saiu da cidade. A mãe dele tá arrasada, ele deixou uma carta, dizendo que não ia voltar. – respondeu ele. Soltei um suspiro arrastado. – Calma Elle, ele só deve ter falado da cabeça pra fora. Ele vai voltar.

Troye pegou em minha mão e a apertou, suspirei de novo, quase deixando-me chorar. Mas dessa vez não.

Chegamos em seu apartamento, que na verdade era bem confortável.

- Que maneiro, Troy! – Exclamei.

- Ai, brigada. Fui eu mesmo que decorei tudo.

- Ficou o máximo. – disse, ele abriu um sorriso. – Vou chamar uma pizza. Por que não toma um banho? Fica a vontade.

- Tudo bem. Obrigada Troye. Obrigada mesmo por isso.

- Imagina, meu bem. Eu te amo Elle. Não sabe quanto fiquei mal por toda sua história.

- Também te amo. – o abracei.

- Vai logo, eu tenho uma surpresa para você! – exclamou ele.

- Surpresa? – perguntei confusa.

- É. Agora vai, vai!

Fui até o banheiro, onde havia uma toalha branca estendida sobre o box. Liguei o chuveiro e me senti tão bem em ter privacidade de verdade, sentir a água quente deslizar pelo meu corpo sem ter ninguém ao box do lado.

Tomei banho rápido, pois fiquei ansiosa em saber o que era a surpresa.

Saí do banho com um pijama que Troye roubou da minha antiga casa. Há tempos não me sentia tão confortável.

Estava enxugando meus cabelos com a toalha quando adentrei a sala de estar, onde Troye estava apoiado na cômoda que separava a sala da cozinha.

- E minha surpresa? É um maço de Marlboro? – questionei. Ele sorriu para mim de uma forma suspeita e então, meneou a cabeça em direção ao sofá da sala.

Virei-me achando que ia ter um maravilhoso maço de cigarros ali.

Aquilo era com certeza melhor que todos os cigarros do mundo.


Notas Finais


oi bbs só digo uma coisa
se
pre
pa
rem
pa
ra
o
pró
xi
mo
capítulo
bjs rs


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