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História Só o tempo talvez possa curar - Do que você tem medo?


Escrita por: Dannymoura

Notas do Autor


Demorou, mas consegui terminar esse cap hj, nem revisei como costumo fazer kk
Peço desculpas por não ter mais um dia definido para postagens, ou até mesmo a qualidade dos capítulos. Confesso que, falta tempo e criatividade, mas não irei abandonar essa historia.
E com essa fic, aprendi que só irei começar, a postar uma nova historia, quando tiver ela terminada e revisada xD.

Capítulo 25 - Do que você tem medo?


 

Rukia olhava o entardecer estava frio, anunciando a chegada do inverno. Era umas das ultimas noites de outono, em breve a neve viria a cair, deixando a cidade de karakura coberta pelo branco. Ao pensar nisso, a menina se sentia de certa forma mais confortavel.

Sua zanpakutou era elemento gelo, sendo assim ela se sentia muito confortável com a chegada do inverno. Apesar de gostar muito do outono, estação que as arvores ganhavam uma coloração única. E infelizmente ela não pode desfrutar dessa estação.

De repente escutou uma batida na porta de seu quarto. Ela sorriu, ele tinha mesmo a necessidade de bater?

“Entre” disse simplesmente, olhando para a porta que se abriu. Ele estava usando um casaco sobretudo cinza, jeans preto e camisa branca. Rukia franziu o cenho por um instante ‘ele estava com tanto frio assim?’ afinal não fazia muito frio dentro de casa.

“Vamos sair essa noite, tem um lugar que eu quero que você venha” disse se aproximando, tocando sua face de leve antes de lhe dar um rápido beijo.  “Acho bom você colocar alguma roupa de frio, a noite está gelada” disse se afastando rumo à porta.

“Sair?” Perguntou confusa. “Tudo bem, mas a noite está um pouco fria. Não sei se é uma boa ideia, pode fazer mal a Hikari. Ela é muito pequena ainda.” Byakuya olhou para a garota, e depois para o berço onde a criança dormia.

“Hikari não vai, pedi a Misaki que fique aqui até retornarmos” disse voltando a se virar para a porta “ela é de total confiança. Te espero na sala”

Sem questionar mais Rukia se arruma o mais rápido possível, e ainda fechando seu casaco, vai de encontro ao homem que estava sentado entediado no sofá.

Ao ouvi-la vindo, ele se virou para olha-la. Ela estava deslumbrante, usando um vestido e meia calça pretos. E um longo casaco vermelho, que praticamente cobria todo seu vestido. Olhou divertido para a jovem que terminava de fechar seu agasalho, e começava a lutar pra colocar sua echarpe creme.

Byakuya se aproximou pegando a peça da mão da jovem, e começou a coloca-la. Rukia ficou parada enquanto ele habilidosamente colocou a peça. Ao terminar ele se afastou e olhou para os olhos violetas.

“Oh, obrigada. Você é rápido” disse olhando para a peça.

“Tive muitos anos de pratica com esse tipo de acessório” disse olhando a jovem de cima em baixo. “Você está linda” essas simples palavras fizeram a jovem corar.

“A-arigatou... você está muito bonito também” disse ainda corando. Byakuya olhou para a porta que levava a cozinha e chamou.

“Misaki, pode vir” disse em seu tom autoritário.

“Hai Byakuya-sama” disse olhando para o casal.

“O bebê está dormindo, tudo que é preciso está no quarto” disse olhando para a velha mulher.

“Tudo bem mestre, ela estará em ótimas mãos” disse a velha esperando, a ordem para ir ao quarto.

“Eu sei.” Disse pensativo. Rukia ainda estava apreensiva em deixar a filha em casa.

“É... o leite não é o da geladeira, e o da lata que é próprio para crianças. E qualquer coisa meu numero está no armário” a velha sorriu, olhando o jovem casal que estava relutante com a ideia de deixar a prole e sair.  

“Podem ficar tranquilos, não é a primeira vez que eu vou cuidar de um bebê. Quando voltarem ela estará sã e salva” disse serenamente.

“Você pode voltar para a mansão assim que voltarmos” disse indo em direção à porta, se virando para falar algo.

“Mestre eu sei lidar com crianças” interrompeu o homem. Byakuya suspirou pesadamente.

“Entendo” disse abrindo a porta, esperando Rukia passar. “Voltamos em breve”

A mulher observou a porta se fechar, e sorriu subindo as escadas.

*******************

Rukia caminhava lado a lado com Byakuya. O silencio predominava, nem uma única palavra foi dita depois que eles saíram da casa. A jovem olhou em volta e depois voltou a encara-lo.

“Byakuya onde estamos indo?” perguntou curiosa. Ele apenas a olhou.

“É uma surpresa, você vera quando chegarmos” disse voltado a olhar para o caminho.

Rukia apenas continuou seguindo o homem, até que chegaram ao bosque. O mesmo em que a associação shinigami fez o piquenique.

Mas o bosque não estava como aquele dia, o local estava iluminado, cheio de pessoas. Lanternas de todos os tipos e cores estavam penduradas entre as arvores.

“Fiquei sabendo desse pequeno festival ontem” Byakuya disse colocando a mão sobre seu ombro.

“É lindo” disse olhando para o local.

“Estão comemorando os últimos dias do outono” disse sereno olhando para a jovem “nunca ouvi falar sobre um festival assim, mas realmente não foi uma má ideia. A coloração dessas árvores é incrível”

“Oh, é realmente. Quase não tive tempo para apreciar essa estação” disse encantada olhando o local em meio à multidão. Byakuya a pega pela mão.

“Venha” disse a puxando “vamos ver melhor o local”

Caminharam pelo bosque iluminado. Rukia parecia uma criança em meio todas aquelas lanternas e decorações tão lindas. Byakuya apenas observava a euforia da jovem, que estava feliz com o passeio. Ela estava tão espontânea, agindo livremente em sua presença. Diferente do que era no passado. Seu sorriso era tão lindo, ele se sentia privilegiado em poder desfrutar disso.

“Coelhos” disse de repente. Byakuya olhou para onde a jovem tinha apontado. Era uma barraquinha de jogos, onde aparentemente os prêmios eram lanternas de varias formas e cores. Eles se aproximaram observando um homem que tentava acertar o alvo sem muito sucesso. Byakuya olhou para Rukia.

“Você quer um desses?” perguntou serio.

“Hum” olhou confusa. “Eu talvez pudesse tentar?” perguntou um pouco nervosa. Ele não disse nada, apenas se aproximou do local e pediu uma tentativa. O homem da tenda olhou desconcertado para o Kuchiki.

“O senhor tem certeza que vai quere apenas uma?” perguntou rindo de Byakuya. O jovem capitão apenas direcionou seu olhar gélido para o velho. “Você sabe que tem que atravessar essas três maças e o alvo? É impossível fazer isso com um único disparo.”

“Um é suficiente” disse pegando o arco e flecha. Rukia ainda estava parada observando.

Uma pequena multidão de curiosos se formou em sua volta. Entre eles em especial havia uma mulher que o observava há algum tempo.

Byakuya segurou o arco com firmeza, sem deixar seu olhar indiferente escapar, mesmo sob os comentários e risos que se formaram em volta dele. Com um movimento rápido disparou a flecha, que atravessou todas as maças e perfurou o centro do alvo.

O dono da barraca olhou petrificado, assim como todos os curiosos que estavam em volta rindo e duvidando de tal proeza.

Byakuya olhou para traz procurando Rukia. Ao avista-la percebeu que ela estava sorrindo, e se aproximando dele.

“Você é incrível Byakuya” disse sorrindo. Ele lhe direcionou um olhar amável, e depois voltou a olhar o velho.

“Posso escolher qualquer uma das lanternas, não é mesmo?” perguntou indiferente.

“Como?” perguntou o homem incrédulo. “Er... claro que pode, v-você acertou”

“Rukia” disse profundamente “Qual você quer?”

A jovem olhou por um momento até que encontrou a lanterna com o desenho de um coelho branco.

“Aquela” apontou para o objeto, o velho homem rapidamente foi pegar. Byakuya apenas ficou observando enquanto Rukia se afastou para receber seu premio. Ao vê-lo sozinho uma mulher se aproximou.

“Nossa você foi incrível” disse a loira voluptuosa, se aproximando ainda mais de Byakuya.  Ele olhou serio para a mulher e não disse nada.

“Bem você poderia ganhar uma para mim também?” falou fazendo bico. Ele continuou olhando sem expressão para a mulher. “Prometo que te recompensarei muito bem” disse mexendo no colarinho de Byakuya. Ele apenas ficou olhando a gesto da mulher insolente, que o tocou sem permissão. No momento que ele iria afasta-la, ouvi uma voz um tanto firme atrás de si.

“Acho que ele não está interessado em sua proposta. E faça o favor de não toca-lo, uma simples humana não tem esse direito” disse Rukia tirando a mão da mulher de cima de Byakuya, a empurrando para traz. Seu olhar era frio, e firme. A mulher a olhou de cima em baixo. Ficando confusa por um instante, as palavras da jovem não fizeram muito sentido. Afinal humanos não faziam a mínima ideia de que Byakuya era um nobre e poderoso shinigami.

“Ahm?” perguntou confusa. “E afinal o que você é dele, para ficar se intrometendo?” perguntou séria. Rukia por um momento deixou sua expressão firme desabar, ela não tinha resposta para a pergunta da jovem.

“Eu...” abaixou a cabeça, tentando falar. De repente sentiu uma mão pousar em sua cintura a puxando para perto.

“Ela minha namorada” disse em um tom imponente. Dizendo aquelas palavras mais para a jovem ao seu lado que para a mulher insolente. Rukia olhou para ele com surpresa. “Vamos, Rukia” disse se virando para sair.

“Não posso acreditar! O que você viu nessa coisinha?” ele parou e olhou para a mulher incrédula “você merece alguém melhor, uma mulher! Não uma garota” disse irritada apontando para Rukia. Byakuya segura à mão da mulher com firmeza.

“Acredite, ela é mais do que mereço” declarou calmo “E nunca mais se dirija assim a minha garota” soltou o braço da jovem, e a olhou friamente. A mulher saiu praticamente correndo, depois de receber o olhar de morte de Byakuya. “vamos sair um pouco desse tumulto”

“Hai” assentiu um pouco nervosa.

“As humanas são todas estranhas e insolentes assim?” perguntou se afastando da multidão. Rukia olhou para ele, e com a expressão um pouco irritada se virou para olhar as arvores.

“Não. Na verdade a culpa é sua” disse emburrada. O homem olhou surpreso para ela.

“Minha culpa?”

“Não existem muitos homens como você andando pelas ruas” voltou a olha-lo “elas estão acostumadas a ver pessoas assim em revistas ou na tv.” Franziu o cenho ainda o olhando “vai me dizer que você não sabe o quanto é bonito? E ainda mais com esse jeito reservado, que te deixa mais atraente. Parece que é até proposital” disse olhando para frente, um pouco mais irritada que antes.

“Eu sou... atraente?” questionou. Ele sabia que não era tão ruim fisicamente, mas nunca imaginou que sua aparência era o motivo para receber tantos olhares indiscretos.

Rukia olhou para ele, e suspirou. Ele era tão fechado em seu mundo que não percebia isso?

“Você acha que, porque a associação feminina de shinigamis vive querendo tirar fotos suas, para publicar na revista? Você é o taichou mais popular e desejado de toda soul society” disse com um pouco de raiva.

“Eu realmente não sabia disso” a olhou, e não pode se negar um quase invisível sorriso “você está com ciúmes” Rukia corou. Realmente ela estava com ciúmes, ela o olhou ainda emburrada.

“É-é impossível não ter...” respondeu sem jeito “Não é fácil sair com você, com todas essas mulheres se jogando pra cima” Byakuya virou o rosto de lado.

“Você não sabe quantas vezes eu neguei pedidos de cortejos a você” disse serio “De shinigamis, outros clãs. Era realmente insuportável” Rukia olhou surpresa.

“Eu nunca fique sabendo disso” disse seria.

“Eu disse que neguei todos, ninguém seria louco de me desobedecer” disse olhando para traz, já não avistava nenhuma pessoa estavam cada vez mais longe de todos. Ainda curiosa perguntou.

“Por quê?” ele olhou serio para frente e continuou andando.

“Não sei. Achava que você ainda não estava pronta, e também” disse fechando os olhos “não suportava a ideia de te ver com alguém. Na época achava que era superproteção de irmão mais velho”

“Oh... e aquilo que você disse... sobre nos” ele a olhou de soslaio.

“Namorados? Não acho que essa palavra soe muito apropriada, mas é o que nos define no atual momento” disse indiferente avistando a lagoa.

“E não me lembro de você ter me pedido em namoro ou coisa parecida” disse debochada. Ele parou por um momento e a olhou.

“Acho que isso foi esclarecido no dia que você disse que queria estar comigo” voltou a andar indiferente.

“Você é tão romântico” disse sarcástica em um tom brincalhão, e logo sorriu. Ela voltou a olha-la.

“O único que importa é que você é minha, rótulos são irrelevantes” ela riu “e quanto a essas mulheres, não se preocupe. Você é a única mulher que eu quero”

Andaram até o cais, ficando parados sobre o mesmo. Observando a luz do luar sobre as aguas calmas.

“Aqui está bem mais calmo” disse se sentando a beira o cais. Byakuya segue seu exemplo.

“Aquele dia no piquenique, você estava com medo de mim, não é?” perguntou a abraçando. Rukia suspirou triste.

“Eu estava confusa” disse olhando para a agua.

“Você já sabia do bebê?” perguntou calmo.

“Hai, descobri um dia antes” suspirou fundo “foi como uma bomba explodindo em minha cabeça.” Disse colocando sua mão sobre a dele “Eu deveria ter te contado aquele dia, desculpe” ele a puxou sobre seu peito. “Mas... Eu não conseguia imaginar outra reação sua, a não ser a de manter a ordem e honra do clã.”

“Entendo” disse com o olhar vago “destruí sua zanpakutou apenas para conseguir manter a honra Kuchiki. Realmente fui um monstro, sinto muito em agir de forma tão terrível com você, ao ponto de não ter sua confiança. Você teve todos os motivos para pensar isso de mim” tocou seus lábios suavemente com os seus. “Prometo que nunca mais agirei assim, nada vai estar acima de você. Nem mesmo o clã”

Olhou para seu relógio, e voltou em direção ao festival.

“Já vai começar. Aqui é o lugar ideal para apreciar” disse apenas.

“O que?” perguntou curiosa. Quando os fogos começaram a explodir em cima deles.

“Festivais sempre têm fogos, achei que você iria gostar”

Os dois ficam parados olhando o show de fogos. Ele olhava a jovem que estava encantada com as luzes coloridas no céu, observar a felicidade de sua amada era mais importante que tudo.

“Eu não gosto” disse de repente, chamando a atenção de Byakuya. “Eu amo isso” fez uma pausa tocando a face do homem “Mas amo principalmente porque você está aqui comigo” disse beijando-o carinhosamente.

 Afastou-se, seu coração batia mais que o normal, porém ela não conseguia mais suprimir essas palavras. Byakuya olhou em seus olhos, percebendo seu nervosismo.

“Byakuya, eu te...” um grande estrondo ocorreu na direção ao festival. Byakuya se jogou sobre Rukia a protegendo do impacto da explosão.

Levantou-se de cima dela e olhou para o local que eles estavam há minutos atrás. Voltou-se para olhar a jovem, puxando-a para cima.

“Está tudo?” perguntou preocupado.

“Hai, não aconteceu nada e você?” olhou para ele e depois para o lugar que ardia em chamas.

“Estou bem” disse olhando os estragos feitos pela explosão.

 “O que foi isso?” perguntou. Byakuya se levantou saindo de seu gigai. Rukia segue seu exemplo.

“Não sei, mas há algo lá, posso sentir um estranho reiatsu. Vou averiguar” olhou para seu gigai “vá para casa e mantenha tudo seguro por la” ordenou.

“Chappy, vá com ele!” disse Rukia seguindo Byakuya. Ele olhou para ela repreendendo-a com o olhar, para que fosse embora junto aos gigais. “Eu irei com você, não adianta me olhar assim” disse seria. Ele olhou para frente e suspira antes de murmurar.

“Cabeça dura hein?” disse se lembrando das palavras que seu tenente adorava descrever a jovem. Saiu com shunpo sendo seguido pela menina.

Chegando ao local que antes estava totalmente cheio de enfeites coloridos e pessoas sorridentes. Mas agora o único que poderiam ver, eram as poucas coisas que sobraram queimando em brasas. Byakuya cobriu o nariz com a costa da mão, ao sentir o cheiro de carne queimada.

“Oh, por Kami” disse uma voz horrorizada. Byakuya olhou para trás e viu Rukia com a mão sobre a boca. Relutante ele olhou para onde a jovem estava olhando, tendo a visão de corpos incinerados. Alguns ainda estavam ardendo em chamas, olhou um pouco mais ao redor e notou que o local estava cheio de vitimas.

“Não há sobreviventes” concluiu em voz alta. Rukia se aproximou parando ao seu lado, ainda em estado de choque. Byakuya franziu o cenho por um instante, Rukia olhou para ele percebendo sua inquietação.

“O que foi?” perguntou preocupada.

“Todas essas pessoas mortas, e não há uma única alma” olhou em volta “todos desapareceram” concluiu serio, sacando sua zanpakutou.

“Eu não diria exatamente que desapareceram, eles estavam deliciosos” disse uma voz sombria, que fez com que ambos shinigamis sentissem um inexplicável frio na espinha.

“Bankai senbonzakura kageyoshi” disse rápido. Se virando para procurar o dono da voz sombria. “Maldito, quem é você? Porque fez isso?” disse serio ”apareça!”

Do meio das brasas surgiu um ser, coberto por uma capa marrom de capuz. Os shinigamis não puderam ver a face da criatura direito, apenas os longos e roxos cabelos que caiam sobre o seu rosto pálido.

“O que diabo é você?” é perguntou Rukia seria. A garota já havia percebido que, o estranho homem não era humano, shinigami, quincy ou hollow e pela sua falta de correntes, também não era um togabito.

“Eu... o que eu sou?” sorriu sinistramente “Quem sabe!” respondeu sarcástico “Eu não tenho missão nesse mundo, não tenho objetivos concretos... além de saciar minha fome” disse se aproximando.

“Quem o mandou aqui” Byakuya perguntou enquanto sua laminas pairavam protetoramente sobre ele e Rukia.

“Já disse que não estou aqui por motivo especifico” disse com sua voz fria de gelar os ossos “Eu fui criado para um proposito, mas quando acordei não havia ninguém. Eu apenas estou seguindo meus instintos, saciando minha fome”

“Maldito” murmurou com ódio. “Rukia” disse serio, a jovem o olhou apreensiva. “Vá chamar Urahara Kisuke, o mais rápido possível. Algo me diz que ele sabe mais sobre esse ser” Rukia olhou relutante para ele. “Não há tempo para hesitações, vá rápido!”

A jovem se afastou rápido, mesmo sentindo que deveria ficar. O homem estranho olhou a menina saindo e levantou sua mão, liberando estranhas cordas de aço de seu membro. As cordas iam em direção a Rukia, mas foram paradas imediatamente pelas furiosas laminas rosadas.

“Oh, uma das minhas sobremesas recheadas de reiatsu foi embora. Che, isso que da conversar com a comida” recolheu suas estranhas cordas de aço e olhou serio para Byakuya. “Bem ainda tenho você” disse partindo para cima do homem.

Byakuya desviava observado cada movimento do homem, tentando desvendar suas táticas de luta. A estratégia era teoricamente boa, porém a criatura não demonstrava nada além do que as estranhas cordas metálicas que saiam de suas mãos. Byakuya não era tolo, essa criatura não explodiu aquele local apenas usando essa habilidade. E muito menos matou e absorveu todas aquelas almas, apenas com isso.

A fera sorriu, deixando a mostra seus dentes amarelos. Seus olhos eram vermelhos, com um brilho sombrio e assustador. Deferiu um golpe forte, que Byakuya quase não foi capaz de parar.

“Então acho que isso já perdeu a graça” disse dando um pulo para trás “Já consigo enxergar cada parte de você, sua força, seus medos” disse perverso.

“O que?” disse se mantendo em guarda ainda surpreso pela força que a criatura estava escondendo.

“Você não mandou aquela garota sair daqui apenas para trazer ajuda, alias você nunca faria isso” disse puxando o capuz deixando sua enorme cabeleira roxa à mostra “pelo que vi de você, seu orgulho não o deixaria pedir ajuda. Você mandou aquela menina para longe, porque a perda dela é seu maior medo” disse olhando para o homem, ainda levando seu sorriso amarelado no rosto.

“Cale a boca” disse escondendo a surpresa “Você não sabe nada de mim” disse avançando para cima do homem, que desvia.

“Já disse que cansei. Você é fraco” disse serio “saia do meu caminho e o deixarei viver por algumas semanas e se tiver sorte e não cruzar meu caminho, poderá viver para sempre. Já estou satisfeito com essas almas que consumi hoje. Mas se insistir terei que te acrescentar a minha refeição ”

Byakuya franziu o cenho, o verme maldito tinha razão. Ele estava com apenas 25% de seu poder total livre para uso, e pelo pouco que a criatura mostrou, ele já não sabia se tinha força suficiente para derrota-lo, o único que poderia fazer é mantê-lo ocupado até a chegada de reforços.

O homem sombrio seguiu rumo à mata, mas foi parado pela onda de pétalas rosa.

“Você não vai a lugar algum, acha que pode matar todas essas pessoas e sair impune” disse serio.

“Eu ia te deixar para outro dia, mas acho que não tenho escolha” levantou uma única mão atirando suas pontiagudas cordas de aço em direção de Byakuya, o taichou habilidosamente bloqueou o ataque no mesmo instante, porém sentiu ser perfurado no peito.

Byakuya olhou para as cordas de aço que o estavam atravessando, para sua surpresa estavam saindo do chão.

“Me esqueci de te contar. Essas cordas saem de todas as partes de meu corpo” disse levantando o pé. Revelando as cordas metálicas que estavam enfiadas no chão, sendo quase impossível prever o seu ataque sorrateiro.

Antes que Byakuya tivesse alguma reação, percebeu que algo estranho ocorria com seu corpo. Suas forças, sua vida estavam se esvaindo. Ele estava paralisado, seu reiatsu estava sendo sugado causando sua morte.

“Você é rápido, vejo que já percebeu! Em segundos estará morto” disse sorrindo.

“Mae sode no shirayuki!” gritou uma voz com urgência “Sode no mai hakuren!” uma onda de gelo congelou as cordas de aço que sugavam a vida de Byakuya. No mesmo instante as cordas se quebraram. Fazendo com que Byakuya caísse ao lado da jovem, que correu para apoia-lo.

“Rukia” murmurou.’ Porque ela está aqui?’ pensou apavorado. Tudo que ele queria era que ela estivesse longe desse perigo, porque ela voltou? Pensou tentando enxergar ao rosto aflito da jovem. Pegou os cabos de aço que estavam em seu peito e os puxou. Fazendo com que o sangue jorrasse de seu peito.

“Byakuya!” disse se ajoelhando ao seu lado, tentando estancar o ferimento em seu peito. Mas a tentativa era em vão, uma pequena poça de sangue já se formava ao seu redor. “Vai ficar tudo bem” disse chorando tentando usar kidou.

“Olha quem voltou para a festa” disse animado. Indo em direção aos dois. Byakuya disse a única coisa certa a se fazer nesse momento.

“Corra! Va embora daqui, rápido” disse se levantado com dificuldade, tentado empurrar Rukia para longe. Algo passou por seus olhos, mas ele não pode acompanhar com sua visão turva, devido a grande perca de reiatsu, mas sabia quem era. Ao ouviu a voz da pequena dizendo não a suas ordens, a segurou em seus braços usando suas ultimas forças saindo do local com shunpo. Com um único flash eles apareceram em frente à casa de Inoue. Byakuya soltou Rukia no chão caindo de joelhos.

“Você está segura aqui” disse ofegante. Rukia viu seus olhos cinzentos em um tom esfumaçado e opaco sem vida.

“Byakuya? Por favor, não” disse desesperada o vendo fechar os olhos, seu pouco reiatsu restante desaparecendo, anunciando a vida que partia daquele corpo já inerte “Por favor, não feche os olhos. Não me deixe” disse chorando enquanto o recostava sobre a grama.

*************************

“Shunko!” disse a morena atacando o homem estranho, que pulou para trás. Urahara surgiu ao lado do ser, que o olhou surpreso.

“Acho que podemos deixar isso para outro dia” disse sumindo igual fumaça no ar. A criatura não era tola, os dois adversários não tinham restrições em seus poderes. Enfrenta-los agora seria igual a um suicídio.

Urahara parou ao lado de Yoruichi, e olhou o local. Abaixando a chapéu sobre os olhos.

“Estávamos errados” disse serio. Yoruichi ignorou a amigo e olhou para trás ao não sentir a reiatsu do capitão da sexta divisão.

“Muito. E por isso ele pode morrer” disse séria. “Aquela coisa sugou quase todo o reiatsu dele, chame Tessai” disse olhando mais uma vez para o cenário monstruoso, cheio de cadáveres. “Eu vou na frente, tentar fazer algo” disse desaparecendo do local.



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