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História Só vejo você - Coração Partido


Escrita por: MikaWerneck

Notas do Autor


Olá, primeiramente gostaria de agradecer aos novos favoritos e à todas que comentam, vocês são nota mil. Não me xinguem e nem me matem pelo que vem a seguir, eu preciso continuar a escrever, rs. Desculpa qualquer coisa. Beijinhos!

Capítulo 14 - Coração Partido


Fanfic / Fanfiction Só vejo você - Coração Partido

Com a cabeça deitada sobre a mesa, tendo tomado toda a batida que Beka deixou, não conseguia parar de ver imagens de Bia e Beka aos beijos em seus pensamentos e isso estava destruindo seu coração.

Duda estava fazendo cafuné em Mel, com a esperança de que pudesse consolar a amiga, mas parecia não estar conseguindo nenhum resultado. Olhou em volta e viu Beka e Bia se aproximando.

Bia estava radiante, com um sorriso de orelha a orelha estampado no rosto.

Beka estava normal, Duda não soube decifrar qual era a sua expressão.  Decidiu chamar Mel para ela se recompor antes que elas chegassem perto.

ㅡ Mel, elas estão chegando. ㅡ Mel levantou a cabeça, procurando por elas, com os cabelos todos desalinhados. ㅡ Não demonstra que você está chateada. Finja que não se importa. Arrume seus cabelos, estão muito bagunçados.

ㅡ Vou tentar.  ㅡ Mel disse, passando a mão nos cabelos, arrumando-os.

ㅡ Agora vamos fingir que estamos conversando um assunto divertido. Comece a rir, Mel.

ㅡ Não quero rir. Vamos esperar o que elas têm pra dizer. ㅡ Mel disse sem ânimo.

ㅡ Tudo bem. ㅡ Duda desistiu de tentar ajudar Mel e esperou elas se sentarem à mesa.

ㅡ Mil desculpas pela demora,  apareceu uns gatinhos e acabamos esquecendo da vida. ㅡ Bia disse muito radiante, enquanto se sentava.

ㅡ E onde eles estão? ㅡ Mel perguntou muito séria olhando para Beka.

ㅡ Nós dissemos para eles que estávamos indo pra casa e deixamos eles lá.  ㅡ Bia disse muito natural e sem demora.

Beka não disse nada, apenas pegou o copo vazio e brincou com ele, para não precisar encarar Mel. Não gostava de contar mentiras.

ㅡ Mas e aí, conseguiu resolver o assunto que seu pai pediu?

ㅡ Consegui. Ele queria umas anotações que tinha feito aqui.

ㅡ E você esqueceu lá, Bia. ㅡ Beka falou, vendo que não tinha nenhum papel na mão dela.

ㅡ Nossa, que cabeça a minha. Deixei no escritório. ㅡ Bia inventou uma desculpa rapidamente. ㅡ Vamos ter que voltar lá para pegar, Beka.

ㅡ Ah, não.  Convida a Duda agora. Não quero passar no meio da pista outra vez. ㅡ Beka disse, parecendo cansada.

ㅡ Quer vir comigo, Duda? ㅡ Convidou meio chateada.

ㅡ Eu...

ㅡ Ela quer ㅡ Mel atropelou as palavras de Duda a encarando ㅡ Ela ama ir no escritório.

ㅡ É eu quero... ㅡ Duda encarou Mel também e se levantou ㅡ Vamos então, Bia.

Bia olhou de Mel para Duda com cara de quem suspeitava de algo e se levantou também dizendo: ㅡ Vamos lá.

Mel esperou elas saírem e ficou olhando para Bia e Duda sumindo no meio das muitas pessoas que dançavam animadamente. Quando elas desapareceram, olhou para Beka e ela continuava brincando com o copo. Mel respirou fundo e decidiu iniciar uma conversa.

ㅡ Então você conheceu um gato hoje?

ㅡ Conheci. ㅡ Beka respondeu, parando de olhar o copo e olhou para Mel, mas ficou com a consciência pesada por continuar com essa mentira.

ㅡ E você beijou ele? ㅡ Mel não ficou intimidada com os olhos de Beka olhando diretamente nos seus.

ㅡ Beijei. E você, beijou aquele com quem foi dançar? ㅡ Beka aproveitou o momento perguntas de Mel, e perguntou o que estava querendo saber desde que parou de vigiá-la.

ㅡ Não, não gostei dele, só dancei pra não ser mal educada. ㅡ Mel pode ver a expressão no rosto de Beka mudar para um semblante mais tranquilo. Queria poder estar mais tranquila também, mas suas perguntas ainda não tinham acabado. ㅡ E você gostou do beijo?

ㅡ Foi bom, mas já tive beijo bem melhor.

ㅡ Hum, então você gostou? ㅡ Mel só conseguiu ouvir as primeiras palavras de Beka e sentiu uma dor no peito.

ㅡ Sim, gostei, Mel. Porque está fazendo tantas perguntas? ㅡ Beka arqueou as sobrancelhas e encostou a mão no queixo analisando Mel.

“Porque estou morrendo de ciúmes de você, sua idiota” Mel pensou, mas não conseguiu dizer. Ficou olhando para Beka e estava sentindo muita vontade de chorar. Desviou seus olhos dos dela e disse olhando para o lado: ㅡ Só curiosidade, mesmo.

ㅡ Você está bem, Mel?

ㅡ Estou com sono, só dormir que passa. ㅡ Mel continuou olhando para o lado tentando ignorar a presença dela.

Beka não disse mais nada, ficou esperando Mel dizer algo, mas ela também estava quieta. Sabia que algo estava a deixando chateada, ela estava bem feliz antes e agora estava de mal com a vida. Qual seria o motivo? Sem ter as respostas decidiu ir ao banheiro e se levantou.

ㅡ Pode segurar meu celular enquanto vou ao banheiro?

Mel olhou-a e sem dizer nenhuma palavra, concordou com a cabeça e pegou o celular de Beka.

Com cara de quem não estava entendendo nada, Beka foi ao banheiro, deixando Mel sozinha com sua dor. Sem saber o que fazer, Mel olhou para o bar e sentiu vontade de beber. Sempre ouvia dizer que cachaça afogava as mágoas e era disso o que ela estava precisando. Levantou a mão e chamou um garçom que passava por perto. Pediu cachaça, mas nem sabia o que era isso e ficou esperando ele voltar.

Viu o celular de Beka acender e apitar, avisando que tinha chego uma mensagem, então pegou o mesmo e leu na tela: “Mensagem de Bianca”. Mel voltou o celular na mesa e ficou olhando para ele, estava muito curiosa para ler, mas sabia que não podia mexer no que não era seu. O garçom a distraiu quando colocou um copo com um líquido transparente ao lado do celular. Mel pegou o copo, bebeu um pouco imaginando que fosse gostoso e sentiu um gosto amargo, sua garganta queimou, seus olhos se encheram de lágrimas e seu estômago também começou a queimar rapidamente, fazendo-a empurrar o copo para longe de si. Voltou a olhar para o celular. A curiosidade estava a matando, o que será que Bia tinha para falar com Beka? Passando o dedo no celular se decidindo se abria a mensagem ou não, acabou não resistindo e desbloqueou o mesmo, que não pedia senha. Apressada, abriu a mensagem e leu:

 

“Ainda sinto o sabor de sua boca na minha e a sua língua macia passeando por meu corpo. Preciso urgentemente sentí-la novamente, você enfeitiçou meu coração. Mal posso esperar por hoje a noite <3”

 

Muito decepcionada, sentindo como se alguém tirasse seu coração com a mão, deixou o celular na mesa, suas mãos tremiam, era a pior sensação que já sentiu em toda a sua vida, sentindo imensa vontade de chorar, pegou o copo novamente e bebeu todo o liquido de só uma vez, tendo as mesmas sensações que teve quando bebeu o primeiro gole, Mel aproveitou que seus olhos se encheram de lágrimas e deixou elas rolarem por sua face. O sabor amargo da bebida já não era mais tão ruim como a dor que sentia agora que estava sem coração.

Queria ir para casa, era muita decepção para um dia só, porque elas tinham mentido em vez de contar a verdade, e se essa não foi a primeira vez, e se elas já vinham ficando há muito tempo.

ㅡ Porque está chorando, Mel?

Ouvindo a voz de Beka, Mel levantou a cabeça e ao olhar para ela chorou ainda mais, sem conseguir dizer nada.

Beka se sentou ao lado de Mel e sentindo cheiro de álcool, pegou o copo que estava na mesa e o cheirou, sentindo cheiro de puro álcool.

ㅡ Porque você bebeu isso? ㅡ Sem ter as respostas, Beka abraçou Mel e fez carinho nos cabelos dela tentando confortá-la. ㅡ Não chora, Mel. Por favor, não chora.

Mas Mel não conseguia parar de chorar, estava doendo muito saber que ela e Bia tinham um caso.

ㅡ O que aconteceu com ela? ㅡ Duda perguntou se sentando ao lado de Mel.

ㅡ Não sei, ela já estava estranha, aí fui ao banheiro e quando volto ela está assim. ㅡ Beka tentou explicar, muito preocupada. ㅡ Ela andou bebendo.

ㅡ Ai, meu Deus, Mel, o que você bebeu? ㅡ Duda perguntou, pegando no braço de Mel.

ㅡ Ca… cha… ça ㅡ Mel disse em meio aos soluços, olhou para Duda com o rosto todo molhado e com a maquiagem toda borrada. Tentou se soltar dos braços de Beka, mas Beka a abraçava forte. Com raiva, empurrou Beka dizendo: ㅡ Me solta!

Beka se assustou e soltou Mel, sem entender nada. Sentiu uma mão em seu ombro, olhou para o lado e viu Bia dando um leve sorriso.

Mel abraçou Duda, que a confortou com carinho.

ㅡ Acho que devemos ir embora. ㅡ Bia falou e pegou na mão de Beka, puxando-a para que se levantasse ㅡ Meu motorista já está nos esperando.

Beka se levantou e pegou seu celular que estava na mesa e o enfiou no bolso.

ㅡ Consegue se levantar, Mel? ㅡ Beka perguntou a Mel achando que ela estava bêbada.

ㅡ Espera, Beka, vou tentar levantar ela. ㅡ Duda disse se levantando e puxando Mel pelo braço.

ㅡ Eu não estou bêbada, tá legal? ㅡ Mel disse ao ficar em pé, olhando para Beka muito brava.

ㅡ Que bom, então vamos embora. ㅡ Beka disse olhando seriamente para Mel e foi  na frente dela. ㅡ Deixa eu arrumar seu cabelo. ㅡ Beka passou a mão nos cabelos de Mel, que molhados, estavam grudados no rosto dela. Mel olhou para Beka e suspirou. Beka passou o dedo na maquiagem borrada de Mel, tentando limpá-la e secar as lágrimas.

Mel estava se sentindo confusa, não sabia se empurrava ou se puxava Beka para junto de si. Porque ela tinha feito isso? Porque ela havia partido seu coração?

Beka deu um beijo na testa de Mel quando terminou o que fazia e pegando na mão de Mel a conduziu até a saída. Duda segurava a outra mão de Mel e Bia foi na frente. Sem ter opção de escolha dessa vez, Bia teve que se sentar no banco da frente. Mel foi atrás, entre Beka e Duda.

Beka não se cansava de tentar acalmar Mel, estava muito preocupada com ela. Puxou Mel para deitar a cabeça em seu ombro e após várias tentativas de escapar de seus braços, Mel finalmente cedeu e se deixou ficar ali. Beka alisava os braços de Mel com carinho durante o caminho.

Ao chegar na casa de Mel, Duda e Beka desceram para ajudá-la.

ㅡ Não acordem minha mãe, eu estou bem. ㅡ Mel dizia, parecendo estar bêbada agora. ㅡ Tem uma chave debaixo daquele tapete. ㅡ Disse apontando para o tapete.

ㅡ Tudo bem, eu vou pegar. ㅡ Duda disse soltando Mel, que quase perdeu o equilíbrio, mas Beka a segurou e a abraçou.

Duda achou a chave e abriu a porta. Beka pegou Mel no colo e pediu que Duda esperasse lá fora para não fazer barulho.

Beka levou Mel até seu quarto sem acender as luzes para não acordar os pais dela. Mas após sentar Mel na cama, acendeu a luz do quarto.

ㅡ Tem certeza que está bem? ㅡ perguntou se abaixando na frente dela.

Mel apenas balançou a cabeça com cara de choro.

ㅡ Amanhã te ligo então pra me contar o que houve, tudo bem?

Mel balançou a cabeça de novo e Beka deu um sorriso leve. Pegou no pé de Mel e tirou as botas que ela usava. Depois ficou em pé, ajudou Mel a se deitar, a cobriu e deu um beijo em sua testa com carinho. As duas ficaram se olhando por alguns segundos. Mel estava tão frágil e parecia tão cansada que Beka queria deitar ao lado dela e aninhá-la a noite inteira. À contra gosto foi até a porta, desejou uma boa noite e após apagar a luz, voltou para fora da casa. Duda trancou a porta outra vez e voltou a guardar a chave no mesmo lugar.

ㅡ Como foi lá em cima? ㅡ Duda perguntou enquanto ambas voltavam para o carro.

ㅡ Coloquei ela na cama, ela parecia cansada, acho que logo dorme.

ㅡ Não era melhor a gente pedir pra Nicole dar uma olhada nela?

ㅡ Acho que não, ela não queria acordar a mãe dela, lembra?

ㅡ É verdade. Se eu não estivesse na corda bamba com meus pais, ia ficar com ela. Mas meu pai nunca iria deixar eu passar a noite fora, ele não confia em mim.

ㅡ Uma hora ele terá que confiar.

As duas entraram no carro e Bia se virou para trás.

ㅡ Deu tudo certo? Ela está bem.

ㅡ Acho que sim, coloquei ela pra dormir. ㅡ Beka respondeu e olhou para a janela pensativa.

ㅡ Ela deve ter bebido demais. Amanhã ela já está bem.

Como Duda e Beka não responderam, o resto do caminho foi em silêncio.

Deixaram Duda em sua casa e depois foram para a casa de Bia, mas Beka não tinha concordado em dormir lá.  Queria ir para a casa, e só dormir.

ㅡ Vem, Beka. ㅡ Bia abriu a porta do carro e esperou que ela saísse.

ㅡ Eu queria ir para casa, Bia.

ㅡ Mas você tinha concordado aquela hora...

Beka arqueou uma sobrancelha, olhando para Bia. Não tinha concordado nada,  ela disse que ia pensar. Vendo que Bia estava ficando triste, saiu do carro e Bia sorriu se animando.

ㅡ Vai dormir aqui comigo?

Beka concordou com a cabeça e Bia gritou de alergia, abraçando-a, fazendo Beka rir.

Sem perder mais tempo, Bia pegou a mão de Beka e a conduziu até seu quarto.

ㅡ Quer beber ou comer algo?

ㅡ Não, muito obrigada.  ㅡ Beka disse se sentando numa cadeira de ferro bem chique em frente à cama, com algumas almofadas em cima. ㅡ Eu queria só tirar essa maquiagem antes de dormir.

ㅡ Ah, claro, maquiagem. Também preciso tirar a minha, vem comigo.

Beka seguiu Bia até o banheiro dela. Ele era imenso, já tinha entrado ali várias vezes, mas amava ficar admirando todos os detalhes.

ㅡ Aqui está o removedor, o algodão, a torneira...

ㅡ Palhaça. ㅡ Beka riu e pegou o algodão, passando o demaquilante nele.

ㅡ Tenho preguiça de tirar a maquiagem, a Mary que sempre tira pra mim. ㅡ Bia pegou um algodão com demaquilante também e se olhando no espelho começou a passar pelo rosto.

ㅡ Nem sempre terá a Mary, tem que aprender a fazer as coisas sozinha. ㅡ Beka disse passando o algodão nos olhos.

ㅡ Eu sofri sem ela na viagem, já avisei minha mãe que na próxima Mary vai com a gente.

Beka riu, terminando de tirar sua maquiagem e lavou o rosto. Secou-o com a tolha que estava pendurada ao lado da pia.

ㅡ Mas como você já conseguiu tirar a sua? Eu estou parecendo um panda. ㅡ Bia reclamou com a voz mimada.

Beka olhou para o rosto de Bia, e começou a rir, realmente ela parecia um panda. Estava com o olho todo manchado de preto.

ㅡ Para de rir. ㅡ Muito mimada, Bia deu um tapa de leve no braço de Beka.

ㅡ Tá, parei, vem cá… Deixa que eu tiro. ㅡ E pegando um algodão novo, passou o removedor de maquiagem, virou de frente para Bia e levantando o rosto dela, começou a passar o algodão devagar, mas com praticidade. Em pouco tempo já tinha tirado quase tudo.

ㅡ Você fica linda assim, concentrada no que faz. ㅡ Bia disse prestando atenção nos olhos de Beka. ㅡ Seus olhos… é incrível como eles se movimentam.

ㅡ Fecha os olhos. ㅡ Beka pediu, se sentindo embaraçada com o elogio dela. Quando terminou pediu que ela abrisse os olhos e deu uns passos para trás.

ㅡ Não consigo entender como vocês fazem isso tão bem. ㅡ Bia se olhou no espelho sorrindo. ㅡ Muito obrigada, Beka. ㅡ Beka sorriu e Bia abriu seu casaco ㅡ Vamos tomar banho juntas?

Beka a olhou um pouco assustada e balançou a cabeça dizendo que não, morria de vergonha de tirar a roupa na frente dos outros.

ㅡ Porque não? ㅡ Bia abaixou a saia, tirando-a e depois se sentou na beira da banheira para tirar o tamanco.

ㅡ Não quero tomar banho, só vou trocar de roupa. ㅡ Beka olhava para o rosto de Bia, para não prestar atenção no corpo da amiga.

ㅡ Sabe onde fica meu closet, não é? Pode ir lá escolher um pijama e voltar aqui para se trocar… ㅡ Bia sorriu para Beka e ficou em pé, tirando a blusa.

Beka sentiu seu rosto queimar, quando viu Bia tirando a blusa, ficando só com aquela calcinha minúscula. Ela não podia negar, Bia estava muito sexy.

ㅡ Eu… eu vou lá… ㅡ Beka disse saindo do banheiro às pressas, levou a mão ao rosto, num gesto nervoso, indo para o closet.

Ao chegar lá, não sabia por onde começar, pois tinha roupas demais. Ficando perdida, foi andando devagar por tudo, até que encontrou os pijamas. Escolheu uma short e uma blusa e ao contrário do que Bia pediu, se trocou ali mesmo. Dobrou a sua roupa e deixou-a sobre uma poltrona que tinha lá. Voltou para o quarto de Bia e se sentou na cama box de casal. Cobriu o rosto com a mão se perguntando o que fazia ali, Bia quando saísse do banheiro iria querer alguma coisa e não sabia se estava pronta pra fazer isso com ela. O tempo que esperou Bia sair do banheiro pareceu ter sido uma eternidade.

ㅡ Fiquei te esperando voltar no banheiro e você nem voltou. ㅡ Bia entrou no quarto, com um robe de oncinha e com os cabelos presos num coque.

Beka olhou para ela e sabia que isso não ia prestar, pois ela estava realmente sexy.

ㅡ Eu disse que voltaria? Não lembro… ㅡ Beka inventou a desculpa rapidamente.

ㅡ Na verdade, fui eu que pedi que você voltasse, mas pelo jeito você nem ouviu.

ㅡ Acho que foi isso… ㅡ Beka não sabia mentir, e deu uma risadinha ㅡ Desculpa.

ㅡ Não tem problema... ㅡ Bia se sentou ao lado de Beka e pegou na mão dela. ㅡ Vamos continuar…

Beka olhou para a mão de Bia sobre a sua e depois para o rosto dela. Sem saber o que responder, abriu a boca, mas nenhum som saiu.

ㅡ Eu sei que você quer… estou a seu dispor. ㅡ Bia umedeceu os lábios com a língua tentando provocar Beka.

Beka estava tentando resistir, mas seu corpo estava respondendo o contrário, como se estivesse gostando daquela provocação.

ㅡ Para de perder tempo, Beka… ㅡ Bia se levantou e sentou no colo de Beka de frente para ela.

Paralisada com Bia sentada de frente para ela, olhou para as coxas e levou suas mãos até elas. A pele dela estava quente e macia, descendo e subindo uma vez, apertou-a, fazendo Bia sorrir.

Bia se aproximou mais de Beka, beijou-a. Um beijo calmo e sem pressa, mas sentia que Beka não estava entregue, sentia a tensão dela.

Beka correspondeu ao beijo, e apertou novamente as coxas de Bia. Ela não era a mulher de seus sonhos, mas já que ela estava se oferecendo iria aproveitar aquele momento. Deixou a tensão de lado e levando a mão até o cordão que amarrava o robe de Bia, dessamarrou-o e enfiou a mão por dentro, tocando a pele macia da barriga. Subiu até os seios dela e apertou-os forte, Fazendo Bia gemer. Beka parou o beijo e soltando os seios dela, tocou nos ombros de Beka, abaixando o robe com pressa. Olhando para os seios dela, levou as mãos até os cabelos de Bia e os soltou. Enroscou os dedos neles e puxando a cabeça dela para trás, a inclinou e chupou  os seios, fazendo Bia gemer alto. Dando leves mordidas, se levantou e jogou Bia na cama que riu.

ㅡ Que selvagem… ㅡ Bia não terminou de dizer, pois Beka chupou o pescoço dela, fazendo-a gemer.

Beka passou a mão na barriga de Bia e escorregou abaixo do umbigo, sentindo a boceta de Bia, sem saber se abaixava mais ou se subia e parava com tudo, preferiu continuar beijando o pescoço dela. Queria saber como era dar prazer a outra pessoa e então timidamente, levou os dedos até a boceta dela novamente e passou-os por toda a extensão. Sentindo seus dedos deslizarem com facilidade, pois Bia já estava molhada, enfiou um dedo na entrada da vagina e Bia gemeu alto. Mas sem se importar se estava doendo ou não, tirou o dedo e enfiou novamente, fazendo um vai e vem bem rápido. Ouvindo os gemidos de Bia, parou de beijar o pescoço e ficou olhando para o rosto dela. Bia estava de olhos fechados, com a boca entreaberta, soltando gemidos muito altos. Beka sorriu e penetrou Bia com dois dedos, fazendo a gemer ainda mais. De repente o corpo de Bia começou a tremer e a barriga começou a dar alguns espasmos, Bia estava descontrolada, seus gemidos começaram a virar gritos e Beka sentiu seus dedos ficarem encharcados por um líquido quente. Beka parou os movimentos, e Bia se calou, abrindo os olhos. O peito de Bia subia e descia muito rápido, como se ela estivesse muito cansada.

ㅡ Nunca tive um orgasmo assim tão rápido. ㅡ Bia riu e olhou para Beka.

Beka se deitou ao lado de Bia e ficou olhando aqueles olhos azuis, que no momento estavam com as pupilas dilatadas. Sentiu Bia pegar a sua mão e então olhou o que ela ia fazer.

Com cara de safada, Bia levou a mão até sua boca e chupou os dedos de Beka como se fosse um picolé muito gostoso. Se virou de lado e subindo em cima de Beka, beijou-a, enfiando a língua na boca de Beka, esfregou sua língua na dela.

Beka sentiu um gosto estranho que não soube decifrar, mas continuou beijando. Não queria ser mal educada, mas não queria mais fazer aquilo. Sentiu Bia pegar em sua barriga e começar a levantar a blusa e num gesto rápido, parou o beijo, virou-a e ficou por cima de Bia.

ㅡ O que foi? ㅡ Bia perguntou confusa.

ㅡ Se importa se a gente dormir agora?

ㅡ Mas estou gostando… ㅡ Bia levantou a mão, pegando na bunda de Beka.

Pegando a mão de Bia, Beka tirou a mão dela de seu corpo.

ㅡ Porque não quer que eu te toque? ㅡ Bia falava com a voz mimada.

ㅡ Sou virgem ainda. ㅡ Beka se deitou na cama e olhou para o teto.

ㅡ E daí? Se não quer perder agora, não precisa perder. ㅡ Bia se deitou de lado e beijou o ombro de Beka. ㅡ Eu deixo só você me tocar.

ㅡ Desculpa, Bia, mas eu perdi a vontade.

ㅡ Tudo bem… se não quer mais não vou te obrigar. ㅡ Bia se levantou, vestiu o robe e saiu do quarto.

Ficando muito chateada, Beka se deitou de lado. Não sabia porque tinha ficado com Bia se nem gostava dela. Ela era linda, tinha um corpo perfeito, cabelos e olhos lindos, era bem cheirosa, mas não a fazia ter sensações gostosas, como sentia com Mel. Achava que tinha sido grossa com ela e isso a estava deixando mal. Iria esperar ela voltar e ia se desculpar com ela.

E Mel, como estaria? Será que tinha conseguido dormir? Não conseguia entender porque ela reagiu daquela maneira e nem quis contar o que houve e ainda parecia que estava brava com ela, mas ela nem tinha feito nada.

Ouvindo passos no quarto se virou e viu Bia pensativa, com um copo de leite na mão.

ㅡ Hey, Bia… ㅡ chamou ela tímida.

ㅡ Oi… ㅡ Disse sem vontade e olhou para ela.

ㅡ Está brava comigo?

Bia sorriu e indo até a cama, se sentou na mesma e disse: ㅡ Estou um pouco triste, mas logo passa. Mas nem é com você, é comigo mesma.

Beka se sentou na cama e abraçou a amiga, deitando a cabeça em seu ombro.

ㅡ Isso é muito bom, sabia?

ㅡ O que? Um abraço?

ㅡ Sim… Seu abraço… Acho que a Mel tem muita sorte, por você gostar dela. Você é perfeita, eu queria ter um pouquinho de sorte também.

Beka ficou sem resposta, não sabia o que dizer. Estava tímida com os elogios e ficou feliz com o fato de não estar olhando nos olhos dela. Mas não sabia dizer se Mel era sortuda por gostar dela.

ㅡ Não fique assim pensando, fale comigo. ㅡ Bia fez aquela voz mimada outra vez e Beka riu.

ㅡ Own que pessoa carente, meu Deus! ㅡ Beka apertou o abraço e continuou: ㅡ Me desculpa, Bia. Desculpa por não ter conseguido terminar o que começamos. Eu não queria te deixar triste.

ㅡ Não se preocupe com isso, e nem precisa se desculpar. Eu vou ficar bem. ㅡ Bia bebeu o leite.

ㅡ Você ainda é uma bebezinha. Está parecendo a Lisa que precisa de leite pra dormir. ㅡBeka riu divertida.

ㅡ Vai se catar, Rebeca! ㅡ Bia guardou o copo e se virou enchendo Beka de cócegas.

ㅡ Para… Isso é golpe baixo. ㅡ Beka ria muito e se contorcia na cama.

Dando por vencida, Bia se deitou com a cabeça no peito de Mel e a abraçou.

ㅡ Posso dormir assim, Beka?

ㅡ Pode sim… ㅡ Beka levou a mão até os cabelos de Bia e iniciou um cafuné.

ㅡ Assim eu vou me apaixonar, e você será a culpada. ㅡ Bia disse com a voz serena, pois aquele cafuné estava muito relaxante.

Beka riu e continuou o cafuné, sabia que Bia não se apaixonaria, ela era aquele tipo de menina que sabia iludir as pessoas, mas nunca se apegava a ninguém.

 


Notas Finais




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