História Sob a Luz da Lua - O acordo com Castiel.

- Vai mesmo me levar até a casa do Lysandre? – disse nervosa.

- É claro. – disse ele sorrindo e passando a mão no meu cabelo.

- Promete?

- Prometo.

- Então tá. – aceitei.

- Ótimo, agora me beija.

- O QUÊ?!

- Vai logo, não tem ninguém olhando, só aquele idiota loiro.

Aff, no que eu fui me meter?! Olhei em volta. Não tinha mesmo ninguém olhando.

- Não preciso fazer isso...

- Então não te levo na casa do Lysandre. – disse ele começando a se afastar.

- Eu te odeio – disse eu dando um Celinho nele.

- Eu também, pirralha. – Sussurrou me puxado para um beijo mais forte.

Minha nossa senhora dos beijos perfeitos, como ele beija bem! Me derreti...

Ai, calma. Tomara que ele não tenha percebido que minhas pernas bambearam. Eu odeio esse idiota.

Coloquei meus braços em volta dele e comecei a puxar o cabelo dele.

- Assim machuca, tábua. – disse ele encostando sua testa na minha, quando ele tentou me beijar de novo puxei com mais força. Ele voltou a cabeça para trás sorrindo.

- Agora chega. – olhei ao redor – Ele já foi embora! – disse me livrando de Castiel – Seu idiota!

- Até parece que não gostou. – disse ele com ar de superior.

- Cadê todo mundo? – disse olhando o pátio vazio.

- O sinal bateu quando você me beijou. Não ouviu não, pirralha?

- O QUÊ?! – comecei a correr para a sala.

Castiel correu comigo e me parou.

- É o seguinte, você vai sorrir pra mim se eu olhar pra você na sala. E vai sorrir quando eu te levar pra minha casa.

- Como é que é? – disse fuzilando-o.

- Ppra... pra casa do Lysandre, pirralha. – disse ele me dando um peteleco na testa.

- AI! Ruivo idiota! – ele corria de mim rindo.

E antes de entrar na sala ele sussurrou:

- Não esqueça dos sorrisos, pirralhinha.

ÓTIMO! COMO EU IRIA ENTRAR NA SALA AGORA QUE ELE HAVIA ENTRADO SORRINDO? SEI MUITO BEM O QUE O PESSOAL IRIA PENSAR!

Quer saber? Que se dane. Não entrei na sala. Fui direto pro banheiro. Acho que seria mais seguro ficar ali. Vai que a diretora me via parada no meio do corredor matando aula. Pelo que ouvi ela era uma megera.

Coloquei os fones de ouvido e fique ali ouvindo musica até quarta aula acabar.

Faltando uns 10 minutos pra eu finalmente poder voltar pra aula, alguém bateu na porta do banheiro onde eu estava.

E agora?! Ficava em silencio ou respondia? A pessoa bateu de novo.

- Tem gente. – disse do jeito mais indiferente possível.

- Mariana, é você?

- Melody?

- Sim, sou eu... você pode abrir a porta por favor?

- Mas eu to usando o banheiro...

Ela riu.

- Do jeito que você está usando eu também estou.

Abri a porta. Ela estava encostada na pia.

- Como você sabia que eu não estava usando? – perguntei curiosa.

- Por que você está aí a mais de 40 minutos. – disse ela rindo.

- Você parece legal, Melody. – disse pensando em voz alta.

Ela olhou para mim surpresa:

- Você achava que eu era uma pessoa ruim?

- N-não... é-é que... Você gosta do Nathaniel, né? – disse tentando desviar do assunto.

Ela olhou para a porta. E depois para o chão.

- Acho que não é hora de falar disso. Eu vim porque você e o Castiel faltaram o começo da aula. Você estava com ele?

Olhei para a porta do banheiro desconfiada.

- Estava. Ele é um idiota.

- Mas por que você estava com ele então? – perguntou ela erguendo um pouco a voz.

- Por que você quer saber? – disse esboçando um sorriso.

- Por que você está rindo? – perguntou Melody confusa.

- Por que você quer saber se eu estava com o Castiel, Nathaniel? – disse olhando a porta do banheiro feminino.

- S-só estamos nós aqui, Mariana.

- Ah, é mesmo? – disse sorrindo. Eu sabia que ele estava ali na porta ouvindo a nossa conversa. – Desculpe, Melody. O que você estava falando? – disse fingindo acreditar nela.

- Por que você passou o intervalo com o Castiel?

- Gostei de odiar o Nathaniel junto com ele – disse rindo sarcasticamente – E também... menina ele beija muito bem! Nossa! É uma delicia.

Melody ficou desconfortável. Ela lançou alguns olhares preocupados para a porta do banheiro. Eu suspirei.

- Melody posso te falar uma coisa?

Ela me observou, tristonha.

- Não seja cachorrinha de ninguém. O Nathaniel já teve o tempo dele de dizer se gosta de você ou não. Não teve?

Ela me olhou confusa.

- É apenas um conselho. Mas não dê valor a quem não te dá valor nenhum. Eu já sofri muito com isso, e não desejo esse mal para ninguém. Você é uma menina incrível! Tenho certeza que logo vai achar seu príncipe! E vai ser alguém muito melhor do que um cara idiota que te faz sofrer.

- Obrigada... – sussurrou ela.

Eu afaguei seu ombro. E perguntei irônica:

- Tem algo mais pra me perguntar? – disse fazendo uma careta.

Ela riu e fez que não com a cabeça.

- Vamos voltar pra sala então? Se alguém perguntar você pode dizer que eu menstruei e não tinha absorvente – disse rindo – e aí você me deu um.

- Pode deixar – disse ela rindo.

Acho que nos tornaríamos boas amigas.

Assim que entramos na sala, Melody foi explicar para o professor a situação que inventei.

Ela se sentou, do outro lado da sala e sorriu para mim. Eu sorri de volta.

- Bom – disse o professor – Agora que seu probleminha está resolvido, Mariana. Vou lhe atualizar da aula. Lembra do seu trabalho de moda?

Eu congelei. Tinha esquecido do trabalho. Assenti lentamente...

- Terá que adequá-lo com a dupla que eu sorteei para isso. Que foi a dupla do Lysandre, que não veio hoje.

Assenti e virei para Rosalya. Alguém colocou o braço sobre meus ombros.

- Achei que tinha morrido, pirralha.

Dei uma cotovelada no estomago de Castiel.

- O que ele está fazendo aqui. Posso saber?

- Ele é a dupla do Lysandre, flor. – Disse Rosa meio confusa com minha violência.

Nathaniel entrou na sala.

- Tenho certeza que vamos nos divertir muito fazendo esse trabalho, Mary. – disse Castiel em voz alta, piscando para mim.

E como mandava o nosso acordo, eu apenas sorri.