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História Sob a Luz da Lua - E tudo vai por água abaixo


Escrita por: JiminMochi1310

Notas do Autor


Desculpem por esse fim de semana. Por esse motivo vou postar um capitulo de entre o azul do ceu e mar de bônus para os curiosos.
Esse fim de semana foi difícil desculpem mesmo não me esguelhem please.

Capítulo 5 - E tudo vai por água abaixo


Fanfic / Fanfiction Sob a Luz da Lua - E tudo vai por água abaixo

   -Oi. - Hector disse, com a maior tranquilidade. Sendo que eu estou muito nervoso por dentro.

   -Oi. - tentei manter a calma, ele parece não notar quem sou. Minha calda e minhas orelhas estão escondidas, ele não pode supor nada.

   -Está tão frio aqui no Japão. Isso é bom, né? - comentou ele.

   -Sim... - meu Deus, eu não sei o que eu falo. Essa é a primeira vez que falo com ele como humano.

   -Desculpe, mas... seus olhos são lindos, e da mesma cor que do meu gato. - ai não, será? - Que indelicadeza, qual é seu nome?

   -Mi... - pera, não posso falar Mizu - Mizu... Mizuki. - ufa, achei um nome.

   -Nossa, parece o nome do meu gato, que conhecidencia. - merda, por que não disse um nome diferente?

   Ele está me olhando atentamente, sério, e isso está me assustando, não gosto de vê-lo com essa cara.

   -Você é fofo. - que comentário foi esse, fiquei incrédulo, e corado - Desculpe, saiu sem querer, não quis te constranger. Mas é verdade. – cara, não consigo olhar pra baixo – O que foi? Está com vergonha de estar com outro cara pelado na sua frente? – afirmei – Mesmo? Meu gato também tem essa vergonha... Acho que você pode achar estranho mas...

   -Não mesmo... – droga, estou dando muito mole, ele vai perceber. Concentre-se Mizu.

   -Sei... – ele está me fuzilando com o olhar, isso está muito ruim – Você é gay? – JESUS, se tivesse comido ou bebido algo com certeza engasgaria. Corei até as orelhas, meu rosto queimava com força agora – Ah, perdão, nem te conheço, deve me achar intrometido, desculpe. É que eu sinto como se já te conhecesse.

   Juntei todas as minhas forças e afirmei.

   -Sim, sou gay.

   -Sério? Não parece tanto... você não tem muito jeito, deduzi isso por ter vergonha. Falando nisso, será que meu gato também é gay? Vou perguntar.

   Nós ficamos mais um tempinho ali até ele resolver sair, só que o problema é que eu não estarei no quarto quando ele voltar. Entrei em desespero de novo. Organizei meus pensamentos e me preparei para sair, claro, depois dele. Não posso correr o risco de ele ver minha calda.

   Saí, me sequei, fui até o corredor, ninguém passava, virei gato e voltei pro quarto.

   Chegando lá encontrei Hector vestido somente com uma calça, sentado na cama. Ao olhar pra mim, seu olhar estava sério, parecia com raiva. Entrei com calma, indo até ele, que bateu na cama de levinho indicando para que eu me sentasse ao seu lado. O fiz, e esperei alguma coisa acontecer.

   -Mizu. – começou ele, cautelosamente – Eu posso ser lerdo, posso ser bobo, posso ser distraído, mas burro não. – ai não – Se tudo o que eu estou pensando não é verdade... Se não fizer sentido... Mizu, você tem vergonha de mim, me entende, me responde, age como se raciocinasse, tudo o que um gato comum não faria. Eu pensava que você era só um gato incomum, mas depois de ter visto aquele garoto... você sabe muito bem do que estou falando. Não me olha com essa cara. – eu quero fugir. Tentei pular da cama e correr para fora, aproveitar que estava aberta, mas foi em vão. Ele percebeu e me pegou no colo antes que eu tentasse algo – Não fuja, não faça isso. Me responde, de uma vez por todas, que isso que estou pensando é verdade. Você é aquele garoto, não é?

   Tudo pareceu parar no tempo. Eu estou com medo. Ele vai me deixar. Eu sou uma aberração, se ele descobrir, meu mundo acaba. Tudo ao meu redor começou a diminuir, e eu sabia que estava voltando a forma humana. Sim, pelado no colo de um cara, mas naquele momento eu não ligava. Abri os olhos e encontrei completamente chocado, não disse uma palavra, e isso tornava cada vez pior o meu medo. Ele tocou minhas orelhas com uma mão e minha calda com a outra, olhando sem acreditar no que estava vendo. Não sei o que deu em mim, mas o abracei.

    -Por favor, não me deixe. – ao dizer isso não pude conter as lagrimas que estavam prestes a cair.

   -Não, claro que não. – Hector me abraçou também – Você é meu gatinho, nunca irei te deixar. – ele me afastou do corpo dele para me olhar nos olhos – Mas nunca mais minta ou esconda nada de mim, ouviu? – afirmei com a cabeça, antes que ele voltasse a me abraçar – Não chora, tá bom? Tá tudo bem. E pra falar a verdade, eu já desconfiava, você é muito anormal, e antes que fale alguma coisa, eu acho isso incrível.

   -Desculpe por esconder de você, é que eu sempre quis uma família, e esse foi o único modo que encontrei pra...

   - Entendo... mas agora não precisa mais esconder. Pelo menos não pra mim.

   -Pro seu pai sim? – me afastei pra perguntar, o olhando nos olhos.

   -Sim. E pra minha mãe também. E minha irmã, ok? – ele voltou a sorrir, isso me tranquiliza.

   -Bem... – ele corou ao olhar pra baixo – é melhor colocar uma roupa, não consigo te encarar assim.

   -Ah, tudo bem. – corei também.

   -Como pode não ter vergonha de estar nu e ter de mim? – perguntou ele enquanto ia buscar uma roupa pra mim.

   -Olha, se você parar pra pensar eu sempre estou nu na sua frente. Me acostumei. Mas tenho um pouco de vergonha sim. – ele concordou.

   Ele arrumou uma camisa dele para eu vestir, já que nada dava em mim. A blusa parecia um vestido. Nós sentamos na cama e eu contei a ele tudo, desde o início das minhas memórias. Minha vida no orfanato, meu ex-namorado, porque fugi da lá... tudo até agora. E ele ouviu atentamente até o final.

   -Então deixa eu pensar. Você é tipo um super-herói?

   -Não, né. Eu não tenho super poderes, nem nada. Só viro um gatinho... – achei graça.

   -E você é gay... – coramos.

   -Sou...

   -Não sei se vou conseguir... você sabe... – ele olhou para a cama e acompanhei seu olhar.

   -Dormir? – ele afirmou – É só continuar como antes. Continuo sendo o mesmo.

   -Eu sei, mas antes eu não sabia que você era um ser humano...

   -Aff, tá bom vai. Vamos dormir então. Já conversamos demais e temos que dormir. Amanhã é o último dia aqui. Quero aproveitar mais da minha terra natal.

   -Verdade, você é descendente de japonês.

   -Sou. Eu sei falar japonês. São poucas coisas que eu lembro sobre o meu passado. Mas podemos dormir?

   -Podemos, vamos.

   E só foi deitar que começou. Ele não parava quieto. Alegando que não encontrava a posição certa.

   -Nunca dormi com outra pessoa antes, dá um desconto.

   -Nem com suas namoradas? – disse isso meio arrogante, e eu tinha a impressão que isso soava como ciúmes. Claro, eu assumo que gosto dele.

   -Bem... dormia. Mas você é diferente.

   -Cara, eu sou pequeno em comparação a você. Tenho o tamanho de uma garotinha mesmo tendo 18. – virei de frente pra ele para encara-lo – Sossega.

   Ele estava vermelho. Constrangido, claro. Eu também estava, mas a vontade de dormir estava tanta que acabei trocando a vergonha pela raiva.

   Com o tempo ele conseguiu dormir. E eu também. Tive aquele sonho de novo, dele me tocando, e acabei acordando, excitadíssimo.

   Mas ele não estava do meu lado. Ouvi barulhos de gemidos baixos vindo do banheiro. Levantei e fui até lá silenciosamente, e encontrei Hector se masturbando. No escuro não dá pra ver muita coisa, mas sei o que ele está fazendo. Já tinha visto isso outras vezes, e claro, saía correndo, mas dessa vez eu congelei. Fiquei atrás da parede, só ouvindo, e minha mão foi instintivamente até meu membro.

   Comecei a imagina-lo como em meus sonhos, tocando meu corpo por toda parte, e como eu quero que ele me toque de verdade. Ouvi quando ele finalmente teve um orgasmo, seu gemido mais forte, a respiração ofegante. E então gozei junto.

   Cai ajoelhado no chão com a intensidade. Tapava minha boca, evitando emitir qualquer som. E fiquei ali parado, até o efeito passar.

   -Mizu? – sussurrou Hector ao meu lado. Minhas orelhas levantaram para ouvi-lo. Como eu não percebi que ele tinha saído?

   -Desculpe... eu... – tentei levantar mais ainda estava meio fraco, e cai de novo.

   -Mizu? Você tá bem? – ele se ajoelhou também e me segurou pelos ombros.

   -Estou... eu só... – ai droga, como vou explicar isso? Minha voz está muito ofegante.

   -Eu imaginava. Olha, eu disse que quero que diga tudo pra mim, sempre, independentemente do que for. – levantei o olhar para olhar sua expressão – Me diga o que está havendo.

   -Eu gosto... – eu não consigo.

   -De mim? Eu já imaginava. – olhei pra ele assustado. Como ele sabia?

   -Como?

   -Eu deduzi. Pelo seu jeito... Sei lá... Agora vamos lá, vai resolver essa lambança ai e volte pra cama. – Como ele sabe que eu estava me masturbando?

   -Como...? – ainda estou incrédulo.

   -Você está caído no chão, tonto. Só pode ter tido um orgasmo... e no caso... ouvindo eu me masturbar. Foi fácil deduzir. – virou Sherlock agora?

   -Entendo...

   -Agora vai lá e se limpe, estou te esperando.

              Continua...


Notas Finais


Esperem que tem mais. Ainda hoje


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