História Sob a Luz da Lua - E tudo que é bom termina.

   Já se passaram 5 anos desde que adotamos Benjamin, ele cresceu e está um menino lindo. Não imagino filho melhor que ele. Amável, carinhoso, obediente e organizado.
   No meu caso, tenho uma novidade. Hector descobriu mais ou menos cinco meses atrás que eu sou um ótimo escritor. Pois é, eu tenho uma criatividade e tanta. Então ele me deu a ideia de escrever as minha histórias e dar para ele publica-las. E é hoje que termino minha longa jornada. Minha história, minha vida.
   Aliás, tenho mais uma coisa a lhes contar:
   "Já era noite, dia do aniversário de 9 anos de Ben. A festinha tinha sido divertida. Ele brincou com o priminho, filho de Flora, com apenas 2 anos, e com os outros amiguinhos da escola e do apartamento. Agora está completamente exausto, dormiu logo que deitou, mas é claro, não é?
   Estou relaxado na minha cama, esperando Hector vir deitar, de olhos fechados, pensando no dia que se passou. O peso repentino na cama e os braços fortes dele o denunciaram quando chegou. Envolvi meus braços ao seu redor ainda de olhos fechados, sentindo seu cheiro delicioso.
   -Vamos brincar? - perguntou ele descarado.
   -Claro. - disse, abrindo os olhos - Por que não?
   O sorriso pervertido de meu lindo brilhou em seu rosto, mas logo desceu para meus lábios.
   Rolamos na cama, trocando carícias, beijos e chupões, até estarmos completamente nus. Suas mão fortes pegaram minhas pernas e as ergueram, fazendo com que eu ficasse completamente exposto.
   Devagar, ele foi me penetrando, centímetro por centímetro. A dor já não é mas um problema. A muito tempo eu não sinto dor, já acostumei com o volume gostoso do meu namorado.
   O ritmo começou lento, e gradualmente aumentou, em movimentos precisos no meu ponto sensível. De tanto prazer que sinto, chega a fazer meu corpo ficar mole, tão mole que não consigo mexer nem um dedo.
   Não consegui perceber o tempo passar, mas sei que durou bastante tempo. Nossos corpos grudadinhos, um de frente para o outro, ele por cima, se movimentando dentro de mim.
   Meus gemidinhos saindo baixo, já que os movimentos estavam lentos. Além do mais, eu estou sem forças até pra gemer.
   Depois de um tempo, ele aumentou a velocidade, gradualmente. Ele está perto do ápice. As estocadas ficaram mais intensas, fazendo um prazer avassalador me devastar. Meus gemidos ficaram mais altos. Meu corpo começou a tremer embaixo dele, e em pouco tempo cheguei ao meu orgasmo, me contraindo ao redor dele e melando nossos abdômens. No mesmo instante ele veio dentro de mim, me preenchendo.
   Depois de uns segundos fora do ar, abri meus olhos e o vi, suado, ofegante e satisfeito, deitado em cima de mim, sem um pingo de força. Ele me pegou e rolou comigo na cama, me colocando deitado em seu braço. Não demorou muito e adormecemos.
   Acordei com um barulho alto. Parecia ter vindo do quarto de Ben.
   -Hector. - balancei ele para acorda-lo - Acorda, eu ouvi alguma coisa.
   Lentamente ele foi abrindo os olhos. Quando nos encaramos ouvimos Ben gritar. Hector pulou da cama, se vestiu com uma calça de moletom, quase caiu no chão enquanto vestia, graças ao desespero e foi correndo ver o que tinha acontecido. Levantei e vesti um moletom também, mas esperei ele me chamar. E se for algum ladrão? Acho difícil, em pleno apartamento.
   -Ren, - ouvi a voz de Hector. Parece nervoso - vem aqui.
   Fui andando rápido até lá. Ao chegar, deparo com um Hector com olhos arregalados, olhando para o quarto.
   Benjamin está encolhido no canto da cama com as mãos no rosto. O quarto dele está com os brinquedos revirados no chão.
   -O que aconteceu? - perguntei - Você viu?
   -Vi. - ele me olhou nos olhos, parece assombrado. Ficou um tempo em silêncio me encarando até dizer: - Ren, acho que aquela transfusão de sangue que você fez, modificou nosso filho.
   -O quê? Como? - olhei para o quarto de novo.
   -Nosso filho também não é normal."
   E foi isso. Desculpe, não direi o que aconteceu com detalhes, nem porque motivo meu filho não é normal. Isso vai ficar para ele mesmo contar.
   Fecho meu notebook e engatinho até a beirada da cama. Passo minha calda em seu rosto para chamar sua atenção. Ele está sentado no chão,  misturando uns químicos, tentando achar alguma solução que iniba o dom do nosso filho.
   -Deixa isso aí, vamos dormir. Amanhã você termina.
   -OK. - ele sorriu pra mim, me dando um selinho. Tirou as luvar e deixou tudo ali como estava, subindo na cama comigo.
   E aqui eu me despeço, meus lindos. Vou dormir com meu amado. Até a próxima.
                  Fim.

  
   "Hoje é o meu primeiro dia de aula no ensino médio. Controlar meu dom, como meu pai prefere chamar, foi um árduo caminho, foi difícil, mas aprendi. Fui zuado por muito tempo de aberração quando acontecia de repente na minha outra escola, já que ainda não manjava tanto. Mas agora, em uma nova escola, pretendo passar uma imagem normal de mim, pelo menos o mais normal possível, já que sou meio estranho. Ouço rock, sou sério na maior parte do tempo e as vezes gosto de me isolar, ficando muitas vezes caladão. Mas sou uma pessoa bem extrovertida quando descontraio.
   Antes que você pergunte, não, eu não tenho forma animal. Minha aparência é normal. O meu dom é mais fácil de disfarçar.
   Sim, eu sei que fui adotando, não acredito em cegonha e sei como crianças são feitas. Sei que não tenho parentes biológicos, mas considero meu papi como um, já que tenho o sangue dele nas veis, graças a doação que salvou minha vida.
   A escola é grande, legal, gosto de estudar. Vou fazer novos amigos aqui. O único amigo que tenho, que é meu melhor amigo, é Elliot, meu primo, que hoje tem 9 anos, filho de minha tia Flora. Mas pretendo fazer outros amigos, meus pais dizem que é  bom.
   -Tenha uma boa aula, meu filho. - disse me pai, depois de me deixar de carro na frente da escola.
   -Ok pai, você também, bom trabalho. - ganhei um sorriso dele em resposta e o vi partir.
   Entro na escola e vou logo procurar por minha sala. Quais serão as tretas que me aguardam?"...