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História Sob a máscara - Incomum


Escrita por: FireWolf07_

Notas do Autor


Tomando vergonha na cara e vindo atualizar.
SIM FINALMENTE.

Capítulo 21 - Incomum


– Hinata! – a voz estridente da irmã mais nova de Hinata ressoou pelo corredor da mansão.

Naquela manhã as aulas na faculdade se recomeçavam, e Hinata, como voluntária e, consequentemente, membro do conselho, tinha a obrigação de chegar mais cedo que os demais alunos.

Ela só não contava com uma coisa: Sasuke Uchiha em frente a sua porta em seu carro esportivo, esperando para leva-la à faculdade.

O que a surpreendia mais do que sua presença inesperada era o fato de o rapaz ter acordado tão cedo.

– Já sei, Hanabi, eu já vi. – Disse simplesmente, não deixando transparecer sua surpresa.

Hinata apenas saiu pela porta da frente a passos lentos sentido o olhar de seu pai queimar sua nuca.  Ele estava bem silencioso nos últimos dias e isso a deixava preocupada, Hinata tinha certeza de que o pai tramava algo.

– Bom dia. – Sasuke disse, recebendo-a com um belo sorriso.

– Qualquer dia meu pai arruma uma arma para te receber, talvez ele te dê um tiro. – Hinata disse em resposta, sem esboçar sequer um sorriso.

– Óh eu duvido muito, ele jamais faria isso com o genro querido dele! – respondera ironicamente enquanto observava a moça colocar o cinto.

– Eu iria amar vê-lo levar um tiro. – a moça disse por fim, e Sasuke deu partida no carro com um largo sorriso no rosto.

– Você não aguentaria viver sem mim.

 

 

O caminho fora feito em quase silencio, se não pelo fato de Sasuke provoca-la a cada 5 minutos. Sasuke não ousara tocar no assunto sobre o que fizeram há algumas noites atrás. Hinata brincava com o rádio, trocando as músicas, permitindo tocar apenas as que lhe agradava. Já era habito, Sasuke dirigia e Hinata se apossava do rádio, e isso o agradava.

Já na faculdade, cada um seguiu caminho para suas respectivas aulas. Sasuke não sabia muito o que fazer chegando tão cedo na faculdade, não era hábito do rapaz chegar na primeira aula. Tudo o que ele conseguia fazer era olhar o relógio a todo instante esperando ansiosamente o horário do intervalo.

E assim que a ultima aula da manhã terminara Sasuke seguiu para onde tinha certeza de que Hinata estaria: o pátio.

Hinata estava radiante, de pé, de costas para Sasuke. Tenten falava com ela no seu modo agitado. Ela o avistou primeiro, mas não esboçou surpresa, como Sasuke esperava. Apenas fez uma careta estranha e continuou a falar com a Hyuga.

O rapaz chegou de fininho e passou um braço pelos ombros de Hinata num meio abraço e a única reação da moça fora um pulinho sutil com o susto e nada mais. Hinata sequer virou o rosto para verificar quem chegara.

Tenten sorriu com a cena enquanto balançava a cabeça de um lado para o outro.

– Continuamos depois. – disse Tenten, e saiu sem esperar uma resposta da amiga.

– Atrapalhei alguma coisa? – perguntara Sasuke, fingindo-se de desentendido.

– Óh, você nem notou, não é mesmo? – Hinata perguntara em seu tom sínico, o qual Sasuke mais amava.

Hinata segurou a mão de Sasuke que estava pousada em seu ombro e girou sob o braço do rapaz até ficarem de frente um para o outro, não soltando sua mão ao final.

Ela o encarava, parecia preocupada, pensativa, mas não disposta a falar.

– Aconteceu algo? – perguntara o rapaz, sem esperar uma resposta de verdade.

Hinata dera de ombros e suspirou.

– Assuntos de família.

– Não quer me contar?

A moça negou silenciosamente com a cabeça. Os dois ficaram em silencio por um tempo enquanto Hinata encarava o chão. Aquilo o deixava preocupado, e Sasuke não sabia lidar com aquele sentimento.

Então, inesperadamente, Hinata o olhou nos olhos por apenas alguns segundos antes de se aproximar e tocar seus lábios nos dele, dando-lhe um selinho demorado e tranquilo.

Hinata entrelaçou seus dedos nos cabelos do rapaz, causando nele arrepios, e separou seus lábios centímetros para falar, com a voz suave.

– Divirta-se.

E saiu, deixando o rapaz para trás sem entender o que havia acontecido até ouvir a voz tão familiar.

– Não cansou do brinquedinho ainda?

Sasuke revirou os olhos ao reconhecer a voz: Sakura.

Ao se virar para encara-la a moça estava parada diante dele com ambas as mãos na cintura numa pose que Sasuke considerou ridícula. Parecia cheia de autoridade mesmo sem moral nenhuma.

Houve um tempo em que Sasuke odiaria irritar Sakura, ela podia ser incrivelmente chata quando queria e ele odiaria perder a possibilidade de sexo fácil. Mas agora, Sakura só o irritava, e ele não tinha mais nada a perder.

– E você? Não se cansa de ser brinquedo? – dissera Sasuke, de forma arrogante

Sakura arregalou os olhos, surpresa com o que ouvira. Sasuke nunca antes a tratara daquela forma.

– O que deu em você? Esse não é você! – a voz da moça soou mais alta e a magoa era marcante em seu tom.

Sasuke suspirou, não queria lidar com ela da mesma forma que antes, era infantil, e o rapaz já tivera sua cota de infantilidade nos últimos anos.

– Olha, Sakura, me desculpe. Mas sinceramente, não acha que já passou da hora de acabarmos com isso? – Sakura o encarava boquiaberta enquanto o ouvia  – Você merece muito mais do que eu te ofereci e tenho a oferecer.

– Você está... – o olhar da moça mudou em segundos, de tristeza para ira – você está terminando comigo?

– Nós tínhamos algo por acaso?

– Tínhamos!

– Não, nós não tínhamos. Você acreditava nisso, mesmo eu deixando claro...

– Que você só queria me usar! – Sakura começou a gritar, descontrolada pela a raiva, batendo o pé como uma criança mimada – Era só isso o que você queria!

Sasuke suspirou. Queria, mais do que tudo, evitar aquilo. Mas com Sakura seria impossível.

– Ok, então vamos pôr as cartas na mesa: sim, você era apenas um brinquedo! E sim, eu sempre deixei isso claro! – o rosto já vermelho de Sakura expressava apenas ira – Você já não sente nada por mim há muito tempo, por que todo esse teatro sem sentido?

– Eu...

– Sakura. – Sasuke chamara sua atenção, e a moça, tão repentinamente, já não parecia mais tão irritada – Por que nós não simplesmente paramos de fingir? Isso – gesticulou com as mãos para deixar claro que se referia à ambos – nunca existiu de verdade, e nós tentamos! Você merece mais, Sakura.

Sakura suspirou, e toda sua ira fora embora junto. Seu rosto não estava mais vermelho e sua expressão suavizara. Mesmo assim, a moça ainda parecia um pouco desapontada.

– Sabe, Sasuke-kun, – sua voz era suave, o que soava estranho já que o rapaz estava mais habituado com seu tom estridente – eu realmente o amava.

Sasuke sabia daquilo, mesmo tendo rejeitado aquele sentimento desde o início, Sasuke sempre soube o que Sakura sentia por ele e usara isso à seu favor. Não tinha mais orgulho de ter feito tal coisa, mas Sakura não dera a ele chance de falar.

– Acho que eu sinto um pouco de ciúmes. Não que eu ainda o ame, na verdade acredito que o amo, só não mais como antes sabe? Como o homem que eu desejaria passar minha vida... no entanto, ainda o amo, e ver o modo como você a olha, ou a trata... sabe, é algo que nunca vi em você antes, esse seu lado apaixonado. E eu queria muito ter tido a sorte de Hinata, de ser amada como ela é por ti e por tantas outras pessoas. Ninguém odeia Hinata, nem depois dela ter mudado tanto. – Sakura suspira ao terminar de falar.

Sasuke não sabe o que dizer, não sabe como descordar do que Sakura dissera ou o que fazer para faze-la se sentir melhor. Ele é péssimo como conselheiro, como amigo...

E, antes que possa dizer qualquer coisa, Sakura some no meio da multidão.

Sasuke já amara Sakura, só não tão intensamente. Apenas o suficiente para tentar um relacionamento com ela e, quando notara que não levaria a nada, deixa-la livre para seguir sua vida. Seu amor nunca seria no nível que Sakura merecia.



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