História Sobre lobos e homens - Conversa estranha

Lohan 

Aconteceu como o Fjor disse, o namorado da Heia foi eleito alfa e a guerra iria rolar. Lobisomens versus vampiros. Eliminar os lobisomens um a um, não estava funcionando.  Nós precisávamos de um novo plano. Foi aí que ele surgiu como se atendesse um chamado.   

_ Sou Fjor _ o meu filho se apresentou para o cara que parecia jovem demais para ter algo à oferecer.

_ Lui.

Fjor levantou à menção do nome. Era como se estivesse na presença de uma lenda.

_ Aquele Lui? _ pediu confirmação ao que o rapaz afirmou.

Cruzei os braços, estava incrédulo sobre aquele cara ser tudo isso que o Fjor fez parecer. Não fui com a cara dele. Mas é o que se tem. O Fjor contou tudo menos a localização do corpo da Héia.

_ Onde está o Uriel? _ Fjor quis saber animado _ Ele vai nos ajudar? 

_ Em mim _ o cara falava pouco.

Não entendi o que ele quis dizer, mas o Fjor esclareceu. 

_ Assimilou o seu próprio pai?

_ A escolha foi dele. E a resposta é: sim, o Uriel vai nos ajudar. Ele morreu para isso. Se quer saber: eu nunca escolheria nada disso.

_ Nem nós _ O Fjor era o mais falante por aqui.

_ Temos que reunir o seu clã _ o Lui se dirigiu à mim.

_ Está falando que precisamos reunir o meu clã. O papai delegou responsabilidades e o poder subiu à cabeça da minha irmãzinha _ O Fjor corrigiu.

O que eu mesmo percebi: é que sou bem inútil por aqui.

_ Não se delega a liderança de um clã _ Lui me encarou vencendo a distância de um jeito ameaçador. Estava a ponto de ataca-lo quando ele parou. Os olhos firmes nos meus _ Você tem o poder para destruí-los como se fossem poeira. Por que não usa?

_ Perdi minhas memórias _ respondi o que eu sabia.

_ Lohan perdeu o seu amor mortal faz uns meses. 

_ Sinto muito _ vi real cumplicidade nas suas palavras, o jovem estava realmente  triste por minha perda.

_ Obrigado, mas não lembro. Logo não sofro.

Lui

O primeiro contato foi só o início, havia muito à ser feito. Para estar pronto, eu precisava ir caçar. Tomei um banho e vesti um jogo de roupas novas, recém compradas e sapatos italianos. Estava pronto para uma noite de libertinagem e pescoços afáveis e gentis.

Peguei o celular que tocou, antes que eu colocasse no bolso, era a Jack. 

_ Estou de saída, doçura _ falei no automático. 

_ Não pode. Você me deve uma. Venha ao meu quarto. 

Seu tom foi autoritário, não tinha como evitar isso.  Fui logo. Quanto mais rápido eu for, mais rápido eu saio.