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História Sobrevivendo em Hogwarts - Sétima Temporada - Sai dessa, Kendra!


Escrita por: LadyMary1994

Capítulo 17 - Sai dessa, Kendra!


Fanfic / Fanfiction Sobrevivendo em Hogwarts - Sétima Temporada - Sai dessa, Kendra!

E foi assim, através do velho retrato do Slytherin, que eu voltei ao meu dormitório da Sonserina pela primeira vez em dias.

Até que foi bom voltar, porque tinha umas coisas minhas que ainda estavam em meu dormitório, inclusive a minha mala de viagem, por isso eu catei tudo o que eu pude. Quando eu ia descendo as escadas e saindo das Masmorras pra catar o resto das minhas coisas que ficaram na outra Sala Precisa, a Kendra chegou.

- Lizzie, o que faz aqui? Não era pra você estar em seu esconderijo?

- Eu tinha que pegar umas coisas pra voltar pra casa...

- Mas como você chegou aqui? E cadê a sua capa?

- Ela... – eu não sabia o que dizer. Não tinha a menor ideia de onde ela poderia estar, se tava caída no chão ou se os carinhas da SSWF pegaram, só sei que na hora me veio à mente todas aquelas coisas que rolaram há algumas horas: dos internautas atacando Hugo, dos outros internautas me amarrando e me enchendo de perguntas inúteis, do carinha que zoou a Kendra e disse que ela não ia ser Internauta Mestra por muito tempo... Enfim, foi tudo aquilo que me encheu de coragem pra dizer:

- Kendra, por que você ainda está na SSWF?

Ela desviou o olhar, senti que ela ficou muito nervosa.

- Amiga, olha, não vale a pena. Eles não respeitam você, eles te tratam feito nada, só fazem o que querem... – ela ia dizer alguma coisa, provavelmente negar, mas eu tava com um monte de coisa entalada e precisava colocar pra fora – Você sabia que eles tavam perseguindo e intimidando membros? Sabia do Hugo? Pois saiba que ele foi atacado por eles hoje à noite, ou melhor, ontem, né, já que é quase cinco da manhã, e por pouco ele não teve o mesmo destino que o meu.

- Eles fizeram alguma coisa com você?

- Nada, não me machucaram, só me trancaram numa sala escura e por eles, eu iria ficar lá presa até sabe-se lá quando. Se eu não tivesse conseguido escapar, nem sei o que seria de mim.

Kendra ficou andando em círculos, na certa essas informações a deixaram muito chocada.

- Eles... Olha, Lizzie, eu não deveria, mas sinto que você precisa saber. É o seguinte: estamos em guerra.

- Isso o Hugo já tinha me falado. É com a gangue do Malfoy, né?

- Não é mais a gangue do Malfoy. É um grupo pior, mais perigoso, mais ligado à Magia Negra. É a Orgulho Puro.

Orgulho Puro... Um nome que me lembra vagamente os nomes que grupos neonazistas costumam usar.

- Eles descobriram informações importantes sobre nosso grupo e nossa Torre de Wi-Fi, por isso têm atacado alguns membros e suspeito que o sumiço de alguns seja por culpa deles. Eles nos mandaram várias ameaças falando que vão implodir a Torre do Wi-Fi e que vão nos exterminar da face da Terra, é por isso que Sheeran está tão nervoso e fazendo todas aquelas coisas.

- Mas... Atacar o Hugo? Por que fazer isso?

- Hugo está entre os poucos que tem me apoiado quando eu digo para Sheeran agir com cautela e não ser tão duro com os que ele acha que são suspeitos. Mas Sheeran não ouve ninguém, ele tá passando por cima de princípios básicos da nossa Sociedade e tenho certeza absoluta de que o Internauta Supremo jamais compactuaria com isso.

- Como você pode ter tanta certeza? E se for justamente o tal do Internauta Supremo que tá repassando essas ordens pra ele? – acha que eu faria essa pergunta? Talvez, isso até passou pela minha cabeça, mas quem falou isso foi o Cameron, que desceu as escadas pra nos encontrar.

- Você ouviu tudo? – agora foi a Kendra que perguntou, quase em pânico.

- Sim. E foi bom eu ter ouvido, porque já passou da hora de vocês duas denunciarem esse povo pra diretora.

Aí foi que a Kendra surtou de vez, ela ficou se sacudindo febrilmente, chorando e murmurando coisas como:

- Podemos ser expulsas, Cameron... Violamos algumas leis da Magia...

- O que a gente pode ter feito de errado? Eu mesma, as únicas coisas que fiz naquela reunião foi ficar batendo papo com a Alice, a Chris, a Mariana, ou mesmo mandando recado pros meus pais... Eu não postei nem mesmo uma foto no Insta marcando a localização de Hogwarts, fora que a torre do Wi-Fi nem foi a gente que fez, foram alunos que vieram bem antes da gente... Imagine você, que mal toca no celular durante as reuniões, só fica mexendo naquele projetor enquanto o Sheeran fica falando aquele festival de bobagem.

- Mas eu ajudo a manter isso! Eu... Eu ajudo a manter o site!

- Que site? – aí eu me lembrei do site da Deep Web que a Alice e a Chris tanto falavam – Não me diga que é o que...

- O próprio! Antes eu só desconfiava, mas neste ano, quando recebi o cargo, o Internauta Supremo nos mandou um link e disse que era para que nós escrevêssemos coisas nele, coisas do mundo bruxo, da escola... E que ele depois escolheria as que deveria publicar! Mas ele nunca publicou nada meu, não até agora...

- Que bom, né, aí ia ser uma prova contra você.

- Aí a Roberts sumiu e surgiram esses boatos de monstro e o Sheeran achou que ia ser a oportunidade perfeita para expor o mundo mágico, porque se os trouxas soubessem que tinham monstros pelos corredores da escola, eles não iam querer que seus filhos estudassem aqui e iam reclamar com o governo, ia dar a maior confusão e poderia acabar saindo na imprensa mundial, todos iam saber que a magia existe... Mas aí apareceu essa Orgulho Puro atrás de nós e as coisas foram aumentando, aumentando...

Kendra estava péssima, então, como grandes amigos que somos, Cameron e eu a enchemos de carinho (como ela sempre fez quando nós estivemos na mesma situação que a dela), com um abraço bem apertado.

- Ainda acho que vocês têm que contar tudo à diretora.

- Será que é uma boa, Cameron?

- Pensa: se não contarmos logo, eles podem descobrir da pior maneira possível. Já tô até vendo o povo daquela gangue do Malfoy posando de heróis porque descobriram uma tentativa de violar o Estatuto do Sigilo e permitir que os trouxas dominem os bruxos com sua tecnologia...

- Eu ainda não sei... Acho que preciso pensar melhor...

- Ou procurar um advogado? Minha mãe entende de leis, e meu tio é um advogado formado, só que ele está sempre viajando, só o vemos uma vez na vida e olhe lá... Se você der sorte, pode ser que a gente consiga falar com ele.

- Ok, tudo resolvido, então já vou indo – falei, saindo de mansinho, antes que mais alguém resolvesse dar o ar da graça e estragar todo o nosso plano de me manter escondida.

- Ei, Lizzie, e a capa, não vai colocar não?

- Eu? É claaaaaro que vou, só tô procurando aqui... – fingi procurar a capa, enquanto eles me olhavam com mais atenção do que eu desejava, então tive que apelar pra um plano B – É... Não é a Harper que vem vindo ali?

Eles viraram pra olhar e eu saí correndo antes que eles dessem por minha falta.

Eu estava lascada. Sem a capa de invisibilidade, não podia me esconder, e sem a minha varinha, ficava difícil fazer feitiços desilusórios. Tentei de novo usar a magia não verbal, mas o máximo que consegui foi uma dor de cabeça daquelas e deixar o meu pé esquerdo dormente. O que me restou foi rezar pra não aparecer ninguém nos corredores enquanto eu voltava ao lugar onde fui capturada pela SSWF (nada de capa por ali), e depois voltar pro meu posto, a mini-Sala Precisa que eu tava usando de dormitório provisório. Tentei pedir pela capa ou pela minha varinha de volta, mas não deu muito certo, tudo o que me apareceu foi uma varinha velha que não devia ter dono, mas que dava pro gasto. Depois, eu só tomei banho, comi uns biscoitos, improvisei um feitiço desilusório em mim mesma e caí fora rumo ao lugar de embarque.

Eu tinha me esquecido que todo ano havia uma fila com os alunos que poderiam embarcar ou não. Os maiores de idade, como eu, não precisavam dessas coisas, embarcavam quando quisessem, mas tinha que provar, e eu pude fazer isso bem na hora que o feitiço desilusório se desmanchou.

- Daniels, pode embarcar, boa viagem – disse o Filch.

Eu também tinha a minha própria gangue e fiquei perto deles o tempo todo, mas teve uma hora que eu quase dei um grito de susto: foi quando algo invisível me puxou pela perna.

- Que foi, Lizzie?

- Sou eu! – reconheci aquela vozinha fina como sendo a de...

- Bradley Peters? É você?

- SHHHHH! Fala baixo, ou vai me encrencar ainda mais!

- Desculpa, Peters – cochichei, tomando cuidado pra que ninguém mais nos ouvisse – Pelo visto, você topou a minha sugestão.

- Sim, decidi ir pra casa mesmo. Já combinei com um amigo, eu vou pra lá e de lá eu invento uma doença maluca que me impeça de voltar pra escola.

- Você endoidou, Peters?

- Não, Daniels, pensa bem, é o plano perfeito! Eu fico em casa, seguro, protegido e aí me livro dos dois grupos de uma vez só!

- Mas e a escola?

- Quando tudo se acalmar, eu volto. Meus pais não vão invocar com isso, não vai ser você, que não é nem monitora, que vai me dar sermão, não é?

- Tá bom, você é que sabe. Mas não vai se acostumando à vida boa, porque nós vamos resolver isso logo e esse conflito maluco aí vai acabar antes que toda a neve do inverno derreta, pode escrever.

- Duvido – e lá foi ele pra perto de outro grifinório do segundo ano, esse eu acho que era o tal amigo que ia ajudá-lo em sua farsa maluca.

- Boa sorte! – falei um pouco alto demais, até o Louis ouviu.

- Tava falando com quem?

- Ninguém, é... Cedric, ele passou por ali e eu desejei boa sorte pra ele, só isso.

Louis não acreditou muito não, mas ainda não era a hora de contar pra ele tudo o que tava acontecendo. Teríamos tempo de sobra pra fazer isso quando juntasse todo mundo na Toca.


Notas Finais


É cada uma que acontece com a Lizzie...
A sorte é que ela e a Kendra, outra que vive se metendo em furada, podem contar com o Cameron pra tudo
Será que a Kendra vai mesmo dedurar a SSWF?
O wi-fi da escola vai acabar?
E como será que ela, Lizzie e os outros vão lidar com a Orgulho Puro, o novo terror da escola?
Essas e outras perguntas serão respondidas nos próximos capítulos
Aguardem...


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