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História Sobreviventes - Livro 2 - Nick e Trixie.


Escrita por: CRochaS

Capítulo 4 - Nick e Trixie.


Fanfic / Fanfiction Sobreviventes - Livro 2 - Nick e Trixie.

~~S~~


NICK estacionou o carro na lateral da boate, logo atrás do carro de Trixie. 

O carro, que há seis meses tinha capotado três vezes com eles dentro, tinha sido recuperado e todo o conserto tinha sido pago pelo Estado.

Nick saiu do carro olhando ao redor, atento. Fechou a porta e acionou as travas e alarme do carro se afastando andando em direção à porta, se aproximou e deu duas batidas nela olhando para os lados. 

Aquele beco sempre lhe trazia lembranças, boas e ruins. Foi ali que ele viu Trixie bater em Paul com o cassetete, ficando admirado por ela ter coragem de fazer aquilo. Mas foi também ali que ele saiu correndo com Vinci e Joe atrás dele.

A porta se abriu e Adam apareceu olhando para ele e abriu um sorriso.

— Ei, Nick! – ele esticou a mão para ele e Nick apertou a mão dele enquanto entrava, o cumprimentando.

— E aí Adam? Tudo certo? – perguntou ele tocando os ombros.

— Tudo tranquilo! – Adam soltou a mão de Nick fechando a porta. – E você?

— Estou bem. Um pouco cansado, mas estou bem.

— Bom... Mas e aí? Quando é que você vai perder para mim no pôquer? – perguntou Adam e riram.

— Vai sonhando!

— Há, eu vou ter a minha vitória! Eu preciso de uma revanche.

— Ah, com certeza você vai ter a sua revanche, mas não vai ganhar, de novo – Nick apontou para ele sorrindo e riram. – Mas deixa para outro dia, eu vim ver a Trixie.

— Óbvio! – riram. – Ela está no escritório.

— Beleza. A gente se vê e vamos marcar essa revanche que você vai perder – Nick disse andando de costas e riram.

— Veremos – Adam riu e Nick se virou rindo andando pelo corredor, virou à direita e subiu as escadas.

Trixie estava sentada em sua cadeira olhando alguns papéis em cima da mesa quando bateram na sua porta.

— Entra – ela disse em voz alta sem tirar os olhos dos papéis e a porta se abriu. – Qual é o problema agora? – perguntou ainda olhando para os papéis.

— Estamos com falta de beijos – ele disse sorrindo fechando a porta. Trixie levantou a cabeça e sorriu largo e rindo de leve.

— Ah, meu amor – ela se levantou da cadeira e contornou a mesa indo de encontro a ele. – Esse problema é muito fácil de resolver e é muito prazeroso! – ela sorriu esticando os braços e o abraçou pelo pescoço. 

Os braços dele envolveram a sua cintura e eles selaram seus lábios um no outro. Deram um beijo demorado e Trixie finalizou com vários selinhos antes de olhar para ele.

— Eu pensei que você fosse demorar mais um pouco com os rapazes – ela disse com os braços ainda apoiados nos ombros dele e Nick balançou a cabeça que não.

— Eles ainda ficaram lá, mas eu estou cansado, morrendo de sono. Só passei aqui para poder te ver.

— Você está mesmo com uma aparência de cansado – ela acariciou o rosto dele e baixou os braços o abraçando pela cintura. – Por que não foi para casa?

— Porque eu te disse que ia passar aqui – ele respondeu dando de ombros.

— Você poderia ter me ligado ou mandado uma mensagem de que estava cansado, com sono e que ia para casa.

— Eu sei, eu até pensei nisso no caminho – ele respondeu colocando uma mecha do cabelo dela atrás da orelha –, mas eu passei o dia todo sem te ver e eu queria muito te ver e te dar um beijo antes de ir para casa – olhou em seus olhos. – Precisava do seu abraço e do seu beijo.

Ele apertou o abraço e selou os seus lábios nos dela em um beijo rápido e apertado. Ela afastou o rosto do dele e o olhou acariciando seu rosto.

— Está tudo bem? – ela perguntou reparando no semblante dele cansado, mas tinha algo a mais.

— Está. Só estou cansado – ele respondeu e soltou um suspiro afrouxando o abraço. – Eu vou para casa, preciso dormir.

— Vai dirigir assim? – ela perguntou preocupada.

— Eu estou bem, consigo chegar em casa sem dormir no volante, se é isso que te preocupa.

— Por que não dorme aqui?

— Aqui?!

— É, dorme no sofá – ela meneou a cabeça para o sofá e ele balançou a cabeça que não. – Nick, você está cansado, morrendo de sono, vai dirigir assim?

— Eu vim do bar assim.

— Pois não deveria! – ela ralhou e ele suspirou audível. – Dorme aqui no sofá, só para descansar, depois eu te chamo e você vai. Ou eu posso sair mais cedo... 

— Não, não.

— Então vai lá pra casa, é mais perto, são apenas cinco quadras.

— Eu sei, mas não, tem dois dias que eu estou na sua casa, eu preciso ir para casa, tenho coisas para fazer lá e, eu não vou dormir aqui no sofá. Eu teria que acordar três da manhã, ir para casa e tentar pegar no sono de novo, eu não quero interromper o sono, já perdi noite ontem e amanhã eu tenho um dia cheio no trabalho, tenho um relatório para terminar, começar outro, testar um novo software, aguentar o Derek...

— Ainda incomodado com o novato? – ela perguntou esboçando um riso e ele assentiu. – Você não está implicando demais com ele a toa não Nick? – ela perguntou e Nick se soltou dela, sentando na cadeira.

— Não sei... Talvez. Eu entendo que ele seja novato e queira fazer amizades no trabalho, se enturmar e pelo o que o Phill me disse hoje, parece que ele é novo na cidade também, veio de... Ohio, sei lá.

— Então ele não tem amigos nenhum na cidade.

— Parece que não.

— Ai nossa, deve ser tão chato e solitário – ela falou com a voz pesarosa.

— É, eu sei, entendo que deve ser mesmo.

— Ai amor, dá uma chance para ele, ele pode ser legal – pediu e Nick olhou para ela com ironia. – Não me olha assim.

— Ele não é! – ele disse certo disso e ela o olhou cruzando os braços. – Trixie, ele é irritante! – ele disse enfático. – Você não sabe como ele é. Ele força demais, passa o dia inteiro mais conversando e paquerando as mulheres do escritório do que trabalhando. Passa várias vezes no meu nicho...

— Você já me disse isso tudo. Mas talvez ele esteja agindo assim por estar cansado de ficar sozinho, deve estar desesperado para se enturmar logo e fazer logo amizade. Imagina como deve ser para ele ficar em casa sem ter com quem sair ou conversar.

— Eu sei disso, mas ele não vai fazer amizade nenhuma forçando isso! Caramba, ele chegou ao escritório tem quatro dias e fica enchendo o meu saco!

— É só isso mesmo? Ou você não confia nele? – ela perguntou sabendo que Nick começou a desconfiar de todo desconhecido.

— Talvez... Eu não vou mesmo com a cara dele.

— Você não vai com a cara de nenhum desconhecido depois do que aconteceu.

— Por acaso você vai? – ele retrucou sabendo que ela também era assim. – Se você não fosse desconfiada de todos que você não conhece você não teria o que tem nesse cofre aí – ele apontou para o cofre da sala na parede. 

Dentro dele, Trixie guardava duas pistolas automáticas e munição, além de dinheiro.

— Só inicialmente, mas depois que eu conheço a pessoa e sei um pouco sobre ela eu dou um voto de confiança. Você nem está dando esse voto para ele. Você sabe de onde ele veio e ele foi contratado lá na empresa. Ele pode ser uma boa pessoa!

— Eu achava que todo policial era uma boa pessoa também – ele disse e ela não tinha como argumentar aquilo.

— Está certo – ela fez uma pausa e olhou para ele querendo sorrir. – Você já pensou que você pode acabar se tornando o melhor amigo dele? – ela perguntou abrindo um sorriso e Nick olhou para ela sério e com olhar irônico.

— Está zoando né? – ele perguntou e Trixie riu se aproximando dele e sentou em sua perna.

— Dá uma chance para ele – disse mexendo no cabelo dele.

— Eu vou dar uma chance para ele de ele ter um melhor amigo, mas não vai ser eu. Eu vou apresentar alguém dos outros departamentos, de outros andares. Ele vai acabar fazendo algum amigo.

— Já é alguma coisa.

Nick fechou os olhos encostando a cabeça no ombro dela enquanto ela acariciava o seu cabelo.

— Tem certeza que não quer dormir um pouco aqui?

— Tenho. Preciso mesmo ir para casa, preciso dormir uma noite inteira.

Ela desceu a mão até a nuca dele e passou a mão nos ombros.

— Estou te achando um pouco tenso – ela disse e ele suspirou relaxando o corpo quando soltou o ar. – Está preocupado com alguma coisa?

— Não – mentiu ainda com os olhos fechados.

— Nick, olha para mim – ela pediu e ele abriu os olhos olhando para ela. – Está preocupado com o julgamento?

— Não – ele desviou o olhar, olhando para baixo e desencostando a cabeça do ombro dela.

— Nick... – ela disse olhando para ele desconfiada por ele ter desviado o olhar e ele suspirou mais uma vez.

— Talvez, um pouco apreensivo, mas não é nada – ele disse e olhou para ela. – Apenas uma apreensão normal – deu de ombros.

— Nick, fala a verdade para mim... Você teve pesadelo ontem? – ela perguntou e ele desviou o olhar novamente virando o rosto.

— Não Trixie, não tive pesadelo nenhum! Já te disse isso.

— Olha para mim, nos meus olhos e me diga que não teve – ela pediu e ele não olhou para ela. – Nick.

Ele suspirou mais uma vez e olhou para ela. Ela ficou em silêncio esperando ele dizer, mas ele continuou calado. Ele não conseguia mentir olhando para ela.

— Você teve pesadelo ontem? – ela perguntou novamente e ele não conseguia mentir olhando para ela, então baixou o olhar novamente. – Eu não estou acreditando que você mentiu para mim!

— Não foi nada demais Trixie.

— Nada demais? – ela perguntou se levantando aborrecida e ele a olhou.

— Eu não queria te preocupar ontem. Foi só um pesadelo besta.

— Foi o mesmo pesadelo de sempre ou outro qualquer? – ela perguntou e ele deu um longo suspiro.

— O de sempre. Do mesmo jeito que das outras vezes – ele respondeu e ela abriu a boca pasma.

— E você não me disse nada? Mentiu para mim que não teve pesadelo nenhum! – disse aborrecida e Nick suspirou cansado.

— Porque eu sei que você ficaria assim. Ficaria preocupada como nas outras vezes e não ia conseguir dormir depois, ia ficar acordada até eu pegar no sono! Eu não queria isso, eu estava bem. Por que eu ia dizer que tive se não foi nada demais?

— Você me disse que se você tivesse esse pesadelo de novo você me contaria! Você disse isso para mim ontem. Mentiu para mim ontem duas vezes!

— Trixie, eu já te disse...

— Não queria me preocupar ontem e me fazer ficar acordada... Mas e agora? Você mentiu por quê?

— Porque eu sabia que você ia ficar assim, sabia que se chatearia. Trixie, amor, esquece isso. Não foi nada demais, foi só um pesadelo!

— A questão não é o pesadelo Nickolas, a questão é que você mentiu para mim.

— Uma mentira boba, até parece que menti sobre alguma coisa séria.

— Mas é assim que começa, com mentiras bobas e depois estamos mentindo sobre coisas sérias! – ela disse aborrecida e Nick suspirou audível inclinando a cabeça para trás. Ele abriu a boca para dizer alguma coisa, mas bateram na porta e os dois olharam para lá. – Entra.

A porta se abriu e Billy apareceu. Ele também era da gerência da boate, mas era o segundo encarregado.

— Oi Nick – ele disse e Nick acenou. Billy olhou para Trixie. – Desculpe interromper, mas a Layla está te chamando no bar. O carregamento do estoque de cerveja chegou e precisa de você para receber e assinar o papel.

— Você não pode resolver isso para mim?

— Eu até ia, mas o papel veio só com o seu nome – ele respondeu e ela soltou um suspiro audível inclinando a cabeça para trás. 

Ela tinha esquecido que tinha pedido para colocarem o nome dela, porque queria conferir, já que em outro carregamento tinha vindo errado.

— Eu me esqueci disso – ela baixou a cabeça e olhou para Nick apontando com o dedo para ele. – Eu vou resolver isso e você fica aqui! Nós não terminamos essa conversa ainda – ela disse com autoridade e se virou andando para a porta sem ele dizer nada.

Trixie desceu para receber o carregamento e Nick ficou no escritório dela esperando, cansado, exausto, com sono e pensando que deveria ter ido mesmo para casa sem passar ali, ou que já poderia ter ido embora. Se tivesse passado ali rapidamente, não teriam tocado naquele assunto, não estaria agora em uma discussão boba com ela.


~~S~~


Haviam se passado quinze minutos desde que ela tinha saído dali e Nick sentiu os olhos arderem de sono, deu uma longa bocejada e esfregou os olhos. Ele sabia que ela estava conferindo o carregamento antes de assinar o papel da entrega e isso estava demorando. Queria ir embora, mas sabia que ir agora só complicaria mais, ela ficaria aborrecida.

O seu celular vibrou no bolso e ele o pegou vendo que Brian tinha lhe mandado uma mensagem de texto, perguntando se ele havia chegado em casa e se estava bem. 

Ele digitou brevemente dizendo que estava na boate de Trixie e que estava bem sim e que ia para casa logo, além de um pedido de desculpas. 

"Desculpe pelo o que houve no bar. Não queria preocupar e assustar vocês, mas é que eu me preocupo com vocês. Enfim... tome cuidado, por favor. Fique atento!", digitou e enviou a mensagem. Colocou o celular no bolso de novo e ficou olhando para o escritório dela. 

Assim como todos os outros locais que passaram naquela noite, como o apartamento dela, a rua e o beco da lateral da boate, o escritório dela também lhe lembrava tudo o que aconteceu naquela noite. Ele sempre via as cenas em sua frente, como se ele estivesse vendo um filme, como se eles ali dentro fossem fantasmas. Os quatro ali no escritório dela naquela noite tentando achar uma solução para a situação, depois de terem capotado com o carro e reencontrando Trixie ali depois dela ter despistado os outros protegendo ele e Kevin deles, se arriscando por eles. 

Ele via eles quatro ali dentro daquele escritório, Alex com um corte na cabeça, ele com um ponto do ferimento aberto e Kevin reclamando com ele, aborrecido de ele ter escondido isso dele, e logo depois Adam avisando de que eles estavam ali na boate. Nick viu em sua mente, ele saindo dali para atrair os dois que estavam lá e fazer com que eles três saíssem dali. 

Nick baixou o olhar, para o seu bolso e enfiou a mão dentro dele tirando um objeto envolto por uma capa de couro preta. Ele abriu a capa e tirou o canivete de dentro. 

O canivete dado por Josh Myller naquela noite agora pertencia a ele.

Seis meses atrás depois que tudo tinha se acalmado, Nick voltou à casa do Doutor Myller para devolver o canivete e agradecer a ele por tudo o que ele fez por ele e por ter lhe emprestado aquele canivete naquela noite. 

Aquele canivete tinha salvado a vida dele e a dos seus amigos, se não fosse por aquele canivete, ele não sabia como ele teria saído daquela situação, provavelmente ele e os seus amigos estariam mortos ou presos. 

Josh pegou o canivete de volta, mas foi por pouco tempo. Uma semana depois Nick recebeu o canivete em casa, em uma caixa. O canivete voltou para ele como um presente, com uma capa de couro para guarda-lo e agora tinha uma inscrição marcada no metal com as iniciais do seu nome e do outro lado escrito: 

"Pela Sua Vida”

Uma frase de lembrete constante para que ele não se esquecesse de que o que ele fez foi para salvar a sua vida e a dos seus amigos. 

Junto com o canivete havia um bilhete escrito à mão por Josh que dizia:

"Esse canivete não salvou somente a sua vida e a dos seus amigos, mas também salvou a vida de muitos outros do meu bairro, inclusive a minha. Portanto é mais justo que ele fique com você e continue te dando sorte e te protegendo. Saiba que tem um amigo aqui, conta sempre comigo para qualquer coisa. 

Josh Myller."

Depois disso, Nick não desgrudava do canivete, estava sempre com ele no seu bolso e de vez em quando pegava e ficava olhando para o canivete, acionando a lâmina apertando o botão e fechava, fazendo isso repetidas vezes e ficava encarando a lâmina.

Nick acionou a lâmina, fechou-a e acionou novamente, repetiu mais uma vez e ficou encarando a lâmina lembrando-se de enfiá-la no pescoço de Mike. 

Ele leu a frase no metal pensando no que tinha feito.

"Pela minha vida."

A imagem de Mike levando a mão para o pescoço jorrando sangue veio em sua mente. O sangue dele escorrendo em sua mão, braço e caindo em cima dele, sujando sua camisa. Os olhos de Mike parados, sem vida no chão e o sangue sendo derramado.

Ele sabia que se não tivesse feito aquilo, ele teria morrido ali, Mike teria o matado, mas ter matado alguém o atormentava, ele tinha tirado a vida dele e não tinha sido apenas a do Mike, ele tinha matado o Joe também, mesmo que não tivesse tido a intenção disso quando estava disparando contra eles, ele queria apenas pará-los, ou acertá-los sem matá-los, dar a chance dos amigos dele saírem daquela delegacia vivos, mas o tiro tinha pegado bem no meio do peito dele. Ele tinha mesmo o sangue dos dois nas mãos e o pesadelo que tinha não saía da sua mente.

A porta se abriu e Trixie entrou vendo que ele olhava para o canivete nas mãos. Ela fechou a porta e ele foi tirado dos pensamentos olhando para ela e fechou a lâmina.

— Já está com esse canivete na mão de novo? – ela disse andando até ele e ele se levantou sério guardando o canivete na capa, fechou e colocou no bolso sem dizer nada a ela. – Nick...

— Eu estou cansado e com sono, vou pra casa – ele disse sem olhar para ela com a mão no bolso e ela se aproximou dele.

— Nick, nós não terminamos nossa conversa ainda...

— Amor, olha só – ele a interrompeu olhando para ela. – Desculpa ter mentido ontem e agora há pouco. Só fiz isso para não te preocupar. Não vou mais fazer isso, está bem? Eu vou indo – ele se inclinou para ela selando seus lábios nos dela e se virou para sair.

— Nick, dorme aqui. Não sai assim – ela disse olhando para ele com preocupação. 

Sabia como ele ficava quando ele ficava encarando o canivete, sabia o que se passava na cabeça dele quando fazia isso. Nick suspirou andando até a porta sem responder.

— Nickolas! – ela exclamou e ele se virou para ela pegando na maçaneta da porta.

— Beatrice, eu vou para casa, eu estou bem.

— Para de me chamar de Beatrice! – ela pediu entre dentes batendo o pé no chão e ele esboçou um sorriso abrindo a porta. Sabia que ela detestava quando ele a chamava pelo nome real dela. – Sabe que detesto esse nome.

— Você me chamou de Nickolas primeiro, duas vezes hoje – disse sorrindo mostrando dois dedos.

— Mas você não detesta o seu nome – ela disse e ele soltou um riso fraco. – Não sei por que eu fui dizer meu nome a você.

— Mesmo? Eu sou o seu namorado! Eu ia acabar descobrindo alguma hora, você não ia conseguir esconder isso de mim – ele riu e ela deu língua para ele cruzando os braços fazendo-o rir mais. – Até amanhã, Beatrice – ele disse saindo pela porta e ela rangeu entre dentes, com ele rindo mais.

— Para! – ela disse em voz alta e ele se virou rindo para ela segurando a porta. – Não sei por que eu ainda estou com você, você é um chato!

— Não sou nada e você não me larga porque me ama – ele disse sorrindo e ela andou até ele abrindo um sorriso e o beijou apertado segurando o seu rosto.

— Me avisa quando chegar em casa – ela pediu segurando o rosto dele com suas testas juntas.

— Pode deixar, te mando uma mensagem quando chegar – ele disse e deu um beijo rápido nela. – Te amo.

— Também te amo – ela deu mais um beijo nele. – Vai com cuidado.

— Eu vou, não se preocupa, eu não vou dormir no volante – ele deu mais um beijo rápido nela e se virou andando pelo corredor com ela segurando a porta o vendo ir.

Antes de Nick começar a descer a escada, ele se virou e mandou um beijo para ela, ela fez o mesmo e ele desceu as escadas. 

Trixie sentiu um aperto no peito e ele sumiu na escada, então ela fechou a porta sentindo uma angústia que apertava o seu peito. Ela suspirou e disse para si mesma de que ele chegaria bem em casa.



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