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História Sociopath - Vida nova? Sim, obrigada!


Escrita por: Alyen

Notas do Autor


Esse, particularmente, é meu capítulo favorito!

Gente, gente!
To com uma história nova lá no wattpad! Quem quiser ler me avisa que mando o link! Não é fanfic, mas garanto que não vão se arrepender!

Capítulo 16 - Vida nova? Sim, obrigada!


Fanfic / Fanfiction Sociopath - Vida nova? Sim, obrigada!

O Zayn ainda estava dormindo quando eu acordei, me esgueirei da cama e sai pela casa.

Acho que foi por saber que ele não estava acordado que me permiti andar pela casa sem medo, havia alguns cômodos que eu não tive chance de conhecer.

O seu escritório estava trancado, a mesma coisa com o porão. E algo me dizia que eu não gostaria de ver o que tem lá dentro. 

Eu não acho que minha relação com ele irá mudar depois de ontem, é bem óbvio que vai ficar na mesma coisa.

Eu já estava no segundo copo de café quando ele apareceu, nada de bom dia ou qualquer coisa do tipo. Ele me ignorou como sempre.

E eu não achei que seria diferente.

A louça de ontem ainda estava na pia, e me peguei relembrando os momentos do dia anterior.

Estar apaixonada não te faz alguém melhor, te faz ser alguém louco. O Zayn só me faz mal, e não acho que um dia ele vai me amar. E eu sou idiota o suficiente para permanecer aqui e esperar algo da parte dele.

Ele é um monstro.
Ele não tem coração.

E se um dia ele teve sentimentos, com certeza eles foram queimados a muito tempo atrás.

O passado dele deve ser muito obscuro, não acho que um ser humano vive dessa forma social por que quer. Esse buraco deve ser mais fundo do que eu pensava.

E eu vou descubrir o que aconteceu.

Mesmo que isso custe muitas coisas.

Eu fui envolvida nisso, e é de meu direito saber disso.

Quando eu era pequena, sonhava em me apaixonar, casar e ser feliz. Quando me apaixonei pela primeira vez, vi que não era como nos filmes. Eu estava sozinha e apaixonada, e não havia ninguém para me ajudar a me livrar daquele peso. A minha paixão por Zayn é bem pior, eu sei que vai me machucar mas ainda assim continuo persistindo. Em algum momento ele ira me ferir, e esse machucado demorará demais para cicatrizar.

Sempre soube o que me aguardava, mas não sabia que não seria forte o suficiente para aguentar. 

Eu sou fraca, eu não nasci pra isso.

Sempre achei que esse não é meu lugar, e tenho certeza disso. Mas não nasci para isso, para esse mundo que me rodeia agora. Nasci para ser livre, e esse mundo do Zayn é o oposto de tudo que acredito.

Houve um estrondo no jardim dos fundos que me fez saltar da cadeira, Átila latia com toda sua força e percebi que havia algo de errado. Zayn apareceu correndo com duas armas, era isso. Eu ia morrer.

-Toma, fique com isso! Qualquer coisa não tenha medo, atire. Ou você morre.- Me entregou uma arma pesada e gelada, eu não queria atirar em ninguém.-Entre na dispensa Ashley, e não saia por nada!

Assenti e corri para a dispensa que ficava bem próxima a cozinha, meu coração batia acelerado e minhas mãos suavam. O que será que está lá fora? Deve ser tão poderoso ao ponto dos seguranças recuarem? Ou são fortes o bastante para matá-los e invadirem a casa. 

Me escondi atrás de alguns caixotes e encolhi as pernas, analisei a arma. Não sou perita o suficiente para dizer qual é, como nos filmes eu a destravei e aguardei alguém.

Os barulhos de tiros eram assustadores, e rezei pela vida de Zayn, ele estava sozinho e enfrentando sabe lá o que.

Houve um último tiro e se fez um silêncio aterrorizante. Segurei o choro, ele está morto. O silêncio durou alguns minutos,  e eu esperava alguém vir me procurar. Minha mão tremia e previ que não conseguiria atirar em alguém nessas condições, mesmo que isso não fosse meu desejo. 

Tentei me acalmar, fazendo as respirações de aula de ioga. Me levantei e segurei a arma, alguém se aproximava da porta.

A porta se abriu em um estrondo e não consegui segurar um gritinho, eu estava pronta para atirar, estava pronta pra morrer.

-Abaixa a droga dessa arma Ashley, não to afim de brincar de tiro ao alvo com você!- O tom sarcástico de Zayn preencheu a pequena sala e senti um alívio se espalhar em meu peito.

-Você quase me matou do coração idiota!- travei a arma e sai, ele estava cheio de sangue e tinha um corte na bochecha.

-Achei que você fosse ficar feliz em me ver.- eu realmente estava, mas não ia dar esse gostinho a ele.

-O que aconteceu?- olhei ao redor, a casa estava intacta, mas eu pressentia que o jardim estivesse em um péssimo estado.

-Fomos atacados, isso é péssimo. Já sabem aonde eu moro. E meus seguranças são uns imprestáveis.- ele estava muito irritado, andava em círculos e gesticulava.

-Não estamos seguros aqui?

-Nós só estaremos seguros fora dessa cidade, ou mortos.-suspirei, íamos morrer. Claro.

-Como eles chegaram até aqui?- ele parou um instante e olhou para o jardim.

-isso é o que nós vamos descobrir.

(...)

Sangue, álcool e cloro.

Esse era o cheiro do porão.

Quando eu disse que teria algo desagradável nessa sala eu não imaginava isso.

Era uma sala de tortura, e eu estava aqui.

Eu não queria ver, mas minha curiosidade era maior que o medo. Eu sei que me arrependeria de ver isso, mas algo dentro de mim me pedia para ficar.

O homem havia levado um tiro na panturrilha e era o único que sobreviveu. O Zayn estava no canto da sala e um de seus seguranças amarrava o homem em uma cadeira.

-Não devia ficar aqui Ashley.- era a terceira vez que ele me dizia isso.

É eu sei, pensei.

Dei de ombros e permaneci sentada no sofá velho no canto, próximo a porta.

Zayn se aproximou do homem, segurou seu rosto com força e o olhou fundo.

-Como me acharam?- rosnou. O homem riu, e isso o deixou ainda mais irritado.

- A puta da sua namoradinha não é muito discreta.- ele olhou para mim e riu, Zayn lhe deu um soco. 

-Não ouse xinga-la novamente.- sua voz era baixa e fria, eu não achava isso sexy. Eu tinha medo dele assim.

-Por quê? É uma mentira? Ela é uma putinha idiota que faz tudo que você mandar.- ele riu, seus dentes sujos de sangue. Zayn lhe deu outro soco que fez sua cabeça tombar.

-O que vocês querem?

-Você sabe o que nós queremos Malik, você não é idiota.- Zayn puxou uma faca e posicionou na garganta do homem

-Eu vou acabar com você, com todos vocês. E vou atrás da sua família e deixar meu recado.- ele enfiou a faca na mão do homem que urrou de dor, fechei os olhos quando vi o sangue pingar no chão. Ele pegou um pé de cabra e senti meu sangue gelar, eu não queria ver isso.

Eu era fraca, e ele era um monstro.

Como ele podia fazer isso com um ser humano e ainda assim não sentir culpa?

E com isso eu me levanto e saio do porão, fechando a porta com calma ao passar. Ainda segurando a maçaneta, fico encostada na porta pensado no que vi. Conseguia ouvir os gritos de dor dele, e me senti ainda pior.

Para onde que eu vou? Fujo ou fico? Estou assustada, furiosa e com medo. Eu só quero me recuperar, me encolher na minha cama e chorar até ficar calma.

Como posso ter acreditado que eu conseguiria? Eu sou uma idiota.

O que eu estava pensando? Eu sempre quis explorar o lado escuro, e ver o quão ruim poderia ser. Mas é escuro demais para mim.  Não sou assim, não consigo fazer isso. Mas ele consegue, e eu fui idiota o suficiente para achar que conseguiria por ele. 

Subo as escadas com pressa, só relaxo quando chego em meu quarto. 

MEU.

Nada aqui é meu, é tudo um empréstimo. 

Depois de muito trabalho, termino minhas malas. Eu não vou ficar aqui. Não vou aguentar olhar para ele sem sentir repulsa.

Eu sou a culpada, não ele. Ele sempre foi assim, e não mudará por mim. Eu que quis me envolver nisso, e sou eu que vai mudar.

Eu vou amadurecer, crescer o suficiente para não ser essa menina indefesa. 

E quando eu voltar, ele vai ver o que perdeu.

Não serei mais a menina tola e apaixonada. Serei a mulher que tenho de ser, vou saber me defender e não precisarei de nenhum deles na minha vida. 

Não importa o quanto eu os ame.


Notas Finais


Desculpe qualquer coisa, to pelo celular!


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