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História Solace - Foi bom te conhecer


Escrita por: leelayla

Notas do Autor


oioiiii
estou atrasada sim ou claro? obvio né. me perdoem por isso, eu queria fazer um bom capitulo
quero agradecer imensameeeeeeente os 18 fav (emoji de coração pulsante que ngm gosta)
bem vinda leitoras novas, espero que vocês gostem.
quero agradecer também os comentários de apoio pq são mt importantes então muito obg msm
>>tem link nas notas finais<<
novamente, me perdoem pelo atraso
ahh, antes que eu me esqueça, os erros são propositais vamos lembrar que ele é um gringo, tá? eu não quis colocar mais erros e palavras em espanhol pra não ficar exaustivo de escrever
leiam as notas finais
aproveitem!!
~leelayla

Capítulo 3 - Foi bom te conhecer


Fanfic / Fanfiction Solace - Foi bom te conhecer

- James

O rapaz muito mais alto que eu vestia uma calça jeans escura, uma camiseta azul e uma jaqueta de couro,  seu cabelo impecavelmente penteado e um sorriso amigável completavam o look. Ficamos nos encarando por um segundo.

- Está bonita – James me elogia, sendo cordial, e acaba fazendo minhas bochechas corarem imediatamente. Eu definitivamente não sei lidar com elogios, de ninguém, mesmo que seja um elogio não tão verdadeiro quando a pessoa acha que tem a obrigação de te elogiar por algo que você fez ou algo que mudou em você, tipo um corte de cabelo ou um clareamento dental (aquele tipo que se você sorrir no escuro as pessoas te encontram). Quando alguém elogia meu cabelo ou minha roupa a resposta é tipo “*risadas* faz duas semanas que não lavo” ou “essa blusinha? Comprei no lojão torra-torra 3 brusinha por 15 reais” eu simplesmente travo, coro, dou alguma resposta sem sentido e um joinha pra não deixar a pessoa no vácuo e ela achar que sou metida.

- Obrigado. Você também – respondo com um sorriso tímido depois de pensar em cinquenta respostas diferentes que no meu subconsciente pareceriam rude ou nada modesto.

- Vamos entrar? – sugere abrindo a porta e me dando passagem.

 Aceno com a cabeça e entro sendo seguida por ele.

 O moreno me pergunta se tenho pretensão do lugar, logo respondo que qualquer mesa estaria bom. Sentamos e começamos uma conversa agradável, não sobre um assunto ou outro específico, mas sobre várias coisas, especialmente sobre a copa, sobre a viagem, sobre o clima doido do país sede que uma hora tá quente, na outra está frio e de repente já está chovendo.

- E então você desligou o telefono na minha cara? – ele fala aleatoriamente e ri, eu coro na hora me lembrando da ligação mais cedo.

- Desculpa! Eu achei que fosse um idiota me passando trote – respondo rindo de nervoso. – não é todo dia que uma pessoa famosa liga no meu humilde telefone – me defendo da melhor maneira que posso fingindo estar ofendida.

- Você quase acertou – ele faz uma pausa e eu levanto uma sobrancelha questionadora – era um idiota, mas que não estava te passando trote.

 De repente ficamos silenciosos novamente depois de muita risada e uma conversa agradável.

 Eu gostaria de saber como ele está com relação à derrota de ontem, mas não tenho coragem suficiente de tocar nesse assunto tão delicado.

 O garçom deixa nosso pedido na mesa e se retira.

 Nossa porção de batata frita metade com queijo e bacon e outra metade com temperos parecia gostosa, com um cheiro que dava água na boca, James e eu decidimos pedir a mesma coisa já que eu não estava com fome e ele também não. Começamos a comer retomando um assunto aleatório, uma música calma tocava nos autofalantes.

- Eu quero te agradecer novamente – o moreno solta de repente me pegando de surpresa com a boca cheia de batatas. Bebo um gole do meu suco pra ver se o negócio desce mais rápido.

- Pelo quê? – pergunto confusa limpando minha boca com um guardanapo de papel.

- Por ter sido boa comigo – responde voltando a comer. Continuo encarando ele com um ponto de interrogação rosa neon em fonte garrafal que continuava bem explícito no meio da minha testa. Ainda não fazia sentido o porquê de ele me chamar pra sair. Eu nem o conheço! O rapaz olha pra mim e identifica minha confusão, bebe um pouco do suco, limpa os lábios com um guardanapo e explica:

- Não são todas as pessoas que se importam com um desconhecido. Además, donde venho não se pode confiar muito nas pessoas, umas se aproximam da gente com um interés quase estampado, enquanto em outras pessoas o interesse nem é tão claro assim – ele se inclina na mesa e coloca uma mão ao lado da boca como se fosse contar um segredo – essas são as piores. Você não parece estar nessa lista, me pareceu algo genuíno. Minha mãe me disse uma vez que um dia eu saberia separar as pessoas boas das ruins, e que deveria dar uma chance, porque essas são raras, então eu quero te agradecer e encorajar a continuar sendo uma boa pessoa, o mundo precisa de más gente assim.

 Sem piscar e ainda com a comida na boca por mastigar, fito o rapaz. Eu particularmente sempre me achei uma pessoa ruim, não por bater em mendigos ou querer a desgraça das criancinhas na África, mas por não achar que faço o suficiente. Eu nem tenho dinheiro para doar, ou qualquer coisa desse tipo que alcance pessoas que estão longe do meu alcance, tento fazer por quem está por perto, mas mesmo assim não acho que seja suficiente e isso faz eu me sentir o pior tipo de adubo, aquele não utilizável.

- Você foi corajosa de ter ido até mim, mesmo sem me conhecer, mesmo sem saber se eu ia chamar um segurança pra você ou qualquer coisa do tipo. Você fez o que achava ser certo e me disse coisas muito legais, ninguém mais fez isso.

“Ele é carente, só pode.”

 Não, ele é uma boa pessoa, ele tem um bom coração e mesmo querendo, não pode confiar em todos que aparecem na frente dele.

 Após mais alguns minutos comendo e conversando, finalmente pagamos, ou, ele pagou, não me deixando dar nem mesmo a gorjeta, e seguimos para fora do pub.

- Vocês vão viajar amanhã? – James pergunta enquanto caminhamos pelas ruas, sem uma direção certa. Apenas escolhemos uma direção e caminhamos conversando.

- Sim. Kazan – respondo, cruzando os braços de frio me arrepiando após um ventinho gelado passar por nós – e vocês? Quando vão embora? – pergunto de supetão e percebo que foi um pouco rude – quero dizer, se forem já que vocês estão fora da... – percebo novamente que estou falando bosta – esquece – falo por fim corando pela milésima vez em poucas horas.

- Não, tudo bem – ele ri achando graça – alguns de nós já foram, outros devem estar partindo nesse momento e eu vou... – ele olha em seu relógio de pulso – em algumas horas.

 Subitamente paro de caminhar, assustada. Estou atrasando ele!?.

- Oh, sinto muito se estou te atrasando... – começo a falar mas ele me interrompe.

- Não, está não. Meu voo só sai no começo da madrugada – ele sorri me reconfortando e voltamos a andar. Seu sorriso se alarga e ele diz: vou a passar um tempo com minha família em Colômbia.

 - Isso é ótimo – respondo sorrindo. Não sei muito o que dizer na verdade, é uma notícia boa, ótima, na verdade. Porque não sei os jogadores da seleção colombiana, mas os da seleção brasileira não tem apoio e acompanhamento psicológico, nem mesmo numa competição desse nível, então após essa maratona exaustiva de jogos, viagens e tudo mais é muito importante voltar pra casa, ver a família e comer a comida mãe. Nada melhor do que cagar no seu vaso, dormir na sua cama...

 Julie me disse que ele estava morando um tempo na Áustria... é Áustria mesmo? ... Não... Austrália?... também não acho que seja, eu sei que começa com A... ... ... Alemanha? É, Alemanha. Mas que na verdade ele mora mesmo na Espanha porque ele está jogando num time alemão tendo sido emprestado por um time da Espanha, Real Madrid. Mais que confusão! É isto, ele é mais rodado que piriguete de cidade pequena. Só que nesse caso é um bom sentido... eu acho.

- Em que você trabalha? – ele pergunta me tirando de meus devaneios geográficos sobre onde ele mora América? Europa? Ásia?

- Estou no último período de jornalismo e estagiando numa grande empresa dessa área.

- Muito legal! – ele fica em silêncio por alguns segundos – você quer me entrevistar? – ele mexe uma sobrancelha tipo “o quê você acha ein, ein?” eu rio.

- Na verdade não – rio mais ainda respondendo sinceramente. Seus ombros caem como se tivesse se sentido ofendido – eu não sei o que perguntar! – me defendo.

- Vamos, vai. Qualquer pergunta – o moreno insiste fazendo biquinho.

- Meu cérebro definitivamente não funciona sobre pressão. – falo por fim após algumas tentativas vãs do meu cérebro não formular perguntas idiotas do tipo “qual a sua profissão?” “padeiro, decerto!”

- Tá bom, vou deixar essa passar. – o mais alto sorri convencido, mostrando uma fileira de dentes branquinhos e perfeitos.

 Quando percebo chegamos à um praça cheia de crianças, idosos, gringos de todos os tipos caminhando e conversando, com um pequeno lago no centro.

 Suspiro e fecho os olhos sentindo o frescor da noite.

- Na verdade, eu só sou uma estagiária, eu passo mais tempo servindo café para minha chefe e outros editores do que realmente escrevendo alguma coisa. – passo uma mão nos meus cabelos sentindo a frustração batendo no meu coração. Não que eu odeie fazer o que eu faço ou trabalhar onde trabalho, mas eu realmente gostaria de ter uma oportunidade, sei lá, um pouco de tempo para escrever algum artigo.

- Bom, você ainda não terminou a faculdade então eu acredito que você ainda vai ter seu momento sabe – ele faz um gesto estranho com as mãos no ar – de brilhar - ele sorri, porém logo fica sério retomando o que dizia -  Quero dizer, escrever bons artigos, fazer entrevistas ou o que você quiser. Se você acreditar você vai conseguir. Eu tenho certeza que você vai conseguir você tem potencial, você parece ser uma pessoa que não desiste facilmente das coisas que quer e que batalha por elas – ele fala enquanto eu o encaro. Sim, talvez eu realmente seja essa pessoa que insiste e que luta pelos objetivos queridos.

 Paramos e sentamos num banco cinza de pedras apenas observando as minis ondinhas que o vento formava no lago, num silêncio gostoso do tipo estamos apreciando a vista, o lugar e a companhia um do outro, sem precisar falar muito pra preencher a quietude constrangedora que outrora pairava entre nós, porém, não mais.

- E se o Brasil perder amanhã? – ele pergunta de repente após vários minutos de silêncio literalmente apenas observando as pessoas, a paisagem.

- Nós vamos embora – respondo como se fosse óbvio, bom, e é.

- Você ficaria triste?

- De certa forma sim – suspiro tomando fôlego. Acho que comi batatas de mais – eu quero que eles ganhem sabe, por nós, por eles, pelo 7x1 – me sobe um arrepio na alma só em lembrar do famoso e vergonhoso placar dos infernos. Continuo – mas, se não vencermos eu vou entender, sabe? O Tite, atual treinador da Seleção, pegou um time em cacos, pegou uma torcida inconsolável e sem esperança e foi colando caquinho por caquinho nos devolvendo a esperança, nos devolvendo a paixão – respiro fundo – só de ele ter feito isso com tanto amor e vontade eu já vou sair me sentindo vitoriosa, claro, triste pelos meninos do time e pela torcida, porque nossa fé nesse hexa é real – eu rio e olho pra ele pela primeira vez em algum tempo, o rapaz me encarando como se eu estivesse falando na velocidade da luz. Desculpa, é que eu empolgo. – mas terei esperança para próxima copa.

- Uma palavra que eu posso descrever você nesse momento é esperançosa – ele sorri e eu rio.

- Vocês também não devem perder a esperança, a próxima copa parece tão próxima quanto a anterior – franzo a testa, tá isso não fez tanto sentido quanto eu gostaria que fizesse. – enfim, e como você e o resto da equipe estão com relação à derrota de ontem? – pergunto. Eu definitivamente preciso parar de falar a palavra ‘derrota’ e fazer menção sobre ontem, a conversa está quase tomando um rumo fúnebre.

 Seu olhar se entristece rapidamente, ele baixa o olhar encarando suas mãos entrelaçadas uma na outra.

- Tristes. – ele suspira e continua – Mina saiu machucado, foram tantos gols perdidos por tão pouco, todos estamos desanimados... – ele para por um segundo inteiro, toma fôlego e volta a falar – o que me deixa mais triste é que eu não pude fazer nada, não pude fazer nada pra mudar, eu sou um idiot... – James leva as mão à cabeça passando os dedos na testa e nos olhos nervosamente.

- Você nem poderia – falo antes dele completar a frase – não é culpa sua – o repreendo.

 Os olhos do rapaz começam a encher de água como se estivesse se lembrando do ocorrido do dia anterior e revivendo de maneira dolorosa.

- Talvez eu não tenha me alongado direito, talvez eu tenha exigido muito de mim antes do mundial, eu deveria ter parado quando nosso preparador pediu pra eu parar só que eu não ouvi.

Coloco uma mão em seu ombro no intuito de passar confiança e conforto e com a outra tento tirar a mão dele da testa pra eu poder encará-lo.

- Agora já foi, já era – falo percebendo que isso pode machucar, talvez machuque mesmo, mas que ele perceba que agora realmente não adianta mais chorar – a partir de agora é se preparar novamente pra ser escalado, dar o máximo de si, não que você não dê, contudo, recuperar a animação do começo dos jogos. Se você acha que não se alongou direito, se alongue melhor. Se não ouviu seu preparador te pedindo pra parar agora ouça e não exija tanto de você. Vocês são um time, são doze pessoas – e eu nem estou contando com os reservas – vocês trabalham juntos, é um time porque é um trabalho compartilhado, cada um tem sua função ali.

 James que antes segurava o rosto entre as mãos quase em prantos agora me abraçava, tão forte que senti minhas costas estralarem, mas eu não me importei, não me importo.

- Esvazie a cabeça por alguns dias, viaje, fique com sua família e seus amigos, não sei, faça qualquer coisa, tenho certeza que após isso você vai voltar mais disposto e muito mais descansado psicologicamente sem isso tudo te assombrar mais – falo com dificuldade por minha bochecha estar presa entre o pescoço e o ombro do rapaz.

 Ele me solta aos poucos, literalmente lentamente, olhando em meus olhos. Estamos muito perto, posso sentir sua respiração batendo no meu rosto. Percebo o moreno diminuindo a distância que já é pequena até de mais. Olho em seus olhos castanhos escuros, seus lábios entreabertos, sinto seu hálito refrescante de cebola, alho e orégano. Uma risada escapa do fundo do meu âmago.

Estou tendo uma crise de riso.¹

 Coloco a mão em minha barriga rindo como se não houvesse um amanhã, me dobro todinha, me debato como se estivesse tendo espasmos, no começo não sai nem som antes de vir um grito agudo. Tento recuperar meu fôlego, mas sem sucesso, a expressão de confusão de James só tornara as coisas mais engraçadas. Algumas pessoas a nossa volta repara em nós, algumas olhavam com uma expressão de “que demônio possuiu essa criatura?” enquanto outras passavam e riam junto.

- O que foi? – ele pergunta parecendo confuso e preocupado.

 Me dobro novamente no banco com as mãos na minha barriga que chegava a doer, batendo meus pés no chão.

 Mais um grito agudo escapa da minha garganta sem que eu pudesse controlar. Sem muito sucesso o rapaz ri comigo, entretanto não com a mesma vontade. Puxo o ar com força pra explicar o porquê da minha risada tão inesperada.

- Você... – puxo o ar novamente soltando mais algumas risadas que teimavam em sair – você... tá com... – puxo o ar de novo – bafo de tempero – outra risada escapa e mais outra e mais uma – desculpa – peço tentando me recuperar.

 Ele gargalha uma risada gostosa.

-Estou muito ofendido – ele ri tentando me fazer cosquinhas – não tenho palavras pra expressar minha indignação, vou te fazer cosquinhas por rir da minha cara.

 Ele me pega pela cintura tentando fazer cócegas enquanto eu me debato em baixo de suas mãos grandes. Algumas pessoas passavam rindo, outras olhavam com cara de “mas que bagunça é essa em plena praça pública?”

- Para com isso – peço – vão cancelar nosso visto por atentado ao pudor! – ele ri não me dando ouvidos continuando com uma sequência de cócegas na minha cintura e barriga – POR FAVOR – imploro quase chorando de tanto gargalhar.

 Após muitos pedidos ele para de me fazer cócegas, percebo que algumas, poucas, pessoas até pararam pra olhar, são Genário, que vergonha.

- As pessoas estão olhando – cochicho me endireitando e tentando me recuperar, ele faz o mesmo ignorando as pessoas, como se elas não estivessem ali. Como consegue?

- Só parei porque as pessoas estão olhando, pois eu poderia fazer cócegas até você desmaiar – ele ri da minha reação.

- Cruel! – dou um soquinho no braço dele.

 Olho para o lago, um silêncio pairou entre nós, não um silêncio constrangedor, um silêncio gostoso, tranquilo. Julie ia adorar passar a tarde numa praça assim, que mais parece um parque de tão grande e com tantas coisas legais pra fazer. Julie. MEU GENÁRIO, esqueci Julie no hotel. Olho meu celular pela primeira vez na noite com muitas notificações. Redes sociais. Ligações. Mensagens da minha amiga. Mensagens de outros amigos. Blá blá blá. 22:37.

 Tarde, está muito tarde.

- Eu preciso ir – me levanto apressada observando James checar seu relógio de pulso.

- Então vamos – ele se levanta e eu o encaro incrédula.

- Vamos nada, eu vou para o meu hotel e você vai para o  seu ou não sei, qualquer lugar.

- Eu vou te levar até lá.

- Não precisa – pego meu celular no bolso do meu jeans – eu peço um uber ou pego um táxi.

- Eu insisto, você não deixou eu te buscar deixa pelo menos eu te levar lá. – faz uma cara de cachorro que caiu da mudança. O encaro por dois longos segundo e resmungo um “’tá”.

Caminhamos um pouco até um ponto de táxi e entramos no primeiro, dou o endereço para o senhor que exibia um bigode e uma camisa estilo Augustinho Carrara, as pessoas daqui tem estilo e cultura. Assim que chegamos frente do hotel eu pago o taxista, obviamente depois de insistir um pouco, pois James queria pagar novamente. Qual o problema dele que não te deixar gastar seu dinheiro, não é mesmo? O mesmo dinheiro que você poderia guardar para comprar um pote de sorvete depois. “O valor desse taxi não dá nem pra comprar uma balinha de iogurte no Brasil, fala sério”

- Foi muito legal, obrigado por ter me convidado, eu realmente curti cada momento da noite. Você me mostrou ter um coração enorme. Continue sendo assim, bonito por fora e lindo por dentro – falo e coro com a parte da frase que falo que ele é bonito.

 Ele sorri contidamente com o que eu acabara de dizer.

- Obrigado você por ter sido tão legal de ter aceitado, foi uma noite incrível, você é uma mulher incrível, espero te encontrar qualquer dia, quando você finalmente tiver perguntas para me entrevistar – ele ri e eu o acompanho. Me encarando, o moreno adota uma postura séria, pega uma mecha do meu cabelo colocando atrás da orelha. Ele traça o caminho do meu maxilar até meu queixo inclinando meu rosto com o indicador o polegar. Deposita um beijo na minha bochecha – isso não é um “adeus” é um “até logo” – sussurra no meu ouvido me causando arrepios até na alma.

 O taxista pigarreia como “eu ainda estou aqui” nos fazendo rir. Antes de sair do táxi, agradeço o senhor e dou uma última olhada para o rapaz que eu passei as últimas duas horas e cinquenta minutos. Caminho até a recepção tomando o elevador, o caminho do corredor até a porta do quarto lembrando cada toque, cosquinha, olhar e o beijo, poderia ter sido na boca. “Para de ser atirada, subconsciente, por favor, sua audaciosa sem pudor”. Abro a porta entrando e encontrando uma Julie full pistola.

- O QUE DIABOS VOCÊ ESTAVA FAZENDO?

James P.O.V

 

 Eu chamei a garota do estádio para sair, eu precisava agradecê-la pessoalmente, eu me senti bem sendo consolado por ela, uma pessoa que parece ter um bom coração. Na verdade, eu me senti bem sendo consolado, num momento onde eu achei que ninguém poderia dizer ou fazer nada. Ela fez e as palavras dela podem ser resumidas em: “toma vergonha na cara, trabalhe mais, conquiste depois”. Não foram palavras meigas, apesar do rosto delicado, foram palavras firmes que me fizeram acordar, como se eu estivesse catatônico. Talvez fora o choque do momento, nós perdemos a copa do mundo. De novo.

 O jantar foi melhor do que eu esperava, não que eu esperasse que ela fosse algo, mas exatamente o fato de eu não estar esperando nada fez aquela moça dos cabelos e olhos negros me surpreender. Não foi algo muito formal, não quis chamar aquilo de o encontro, mas sim de um encontro, como quando você esbarra com um amigo na rua sem querer. Foi exatamente desse modo que pareceu, quando cheguei no lugar e ela já estava ali me esperando.

Flashback on

- Ayla – a chamo na certeza de que é ela. Bom, não sei exatamente de onde saiu essa certeza, mas eu estou convicto disso.

- James – a garota se vira para mim como se também soubesse quem estava a chamando. Como se soubesse que sou eu.

Flashback off

 A cada segundo, a cada frase eu percebia o caráter dela, o fato dela ser naturalmente irônica, sincera e engraçada. Especialmente engraçada. Nossa conversa chegou num ponto que parecia que nos conhecíamos há anos, cheguei à conclusão que poderíamos ser amigos, bons amigos mesmo morando longe um do outro. Tudo mudou quando chegamos na praça.

 Percebi não somente o quão engraçada, sincera e irônica ela é como também boa conselheira, forte e independente. Eu sou um cavalheiro e romântico incurável, foi difícil tê-la dizendo não para cada coisa que quis fazer e/ou pagar para ela, mas me dei conta de que ela está lutando fervorosamente por seu espaço e independência e bem, ela está conseguindo e isso é incrível, meu respeito e afeto por aquela garota quase desconhecida só aumentava. Fez me sentir lisonjeado por cada pequena coisa que ela me permitira fazer.

 No taxi confesso que minha intenção não era apenas dar-lhe um beijo na bochecha e dizer até logo, mesmo não sabendo quando será esse logo ou se tampouco ele irá chegar. Minha intenção era toma-la ali em meus braços e beijá-la apaixonadamente, dizer que a quero pelo resto da vida, mandar o taxista esperar, pegar as malas dela e ir para Colômbia comigo, talvez isso soe um pouco estranho, desesperado e precoce demais, inclusive na minha mente soou por um milésimo de segundo quando eu decidi beijá-la na bochecha. Talvez isso soe estranho também, mas acho que me apaixonei por ela.

Calma, foi só sua cabeça de baixo pensando mais alto.

Não, foi não.


Notas Finais


¹ https://www.youtube.com/watch?v=h9G-2eVblXg << gente, eu me inspirei na risada dela pra ser da ayla.

o que acharam? eu espero que tenham gostado. eu tentei dar o melhor, eu demorei mt pq nada que saia da minha cachola parecia prestar
anyways, fav se gostaram, comentem o que acharam, críticas construtivas são MUITO bem vindas.
então meu amores preciso falar um negócio muuuuuito importante:
eu decidi colocar um final na história de jayla (esse shipp ficou horrivel, por favor me ajudem com um melhor lol) pq até então eu estava com meu cotovelo machucado e estava muuuuito doloroso passar várias hrs digitando, era uma tortura, além disso, o enem está chegando e levando o pouco de sanidade que me resta e minhas unhas e cabelos também.
eu sinto mt mt mt mt mesmo em ter que terminar aqui
PORÉM
eu tenho mais coisas em mente que gostaria de colocar na estória, obviamente ela será uma shortfic não passando dos 10/15 capitulos SE vcs quiserem que eu continue escrevendo após o enem
se vocês quiserem que eu continue a estória comentem aqui (comentem MUITO mesmo) e eu vou continuar pra talvez quem sabe colocar um hot não é msm? lol
me sigam no twitter para ficar por dentro das estórias, atualizações... (eu sigo todos de volta, obviamente)
também já tenho uma estória com o shawn na minha cabeça que talvez começarei a postar após o enem tb
então, me perdoem mesmo
comentem comentem comentem
bjs
~leelayla


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