Pov will
Argh, por que sou tão ruim nisso?
Sou filho de Apolo, devia ser um arqueiro incrível, mas nããão...eu nasci sem essa habilidade, sou no máximo aceitável, o problema é que aceitável não vai salvar a minha vida. Nico está tentando muito me ensinar tecnicas de combate, e eu juro que estou tentando mas não esta dando certo.
--Solace, desmancha essa cara que isso não vai salvar sua vida.
--Eu sei, se salvasse, você não teria problemas.--to ranzinza mesmo.
--Pode tentar me irritar a vontade, isso não vai parar o treino, já lutei contra dois minotauros, não quero um terceiro. Agora chega de frescura e pega uma espada ja que com o arco não ta dando--fala determinado.
Droga!
--Não pedi pra me salvar, na proxima vez ignore o minotauro, quem sabe você para de jogar isso na minha cara.--estou bravo, é um evento raro mas acontece.
--Já terminou seu showzinho?
--CHEGA, NÃO AGUENTO MAIS!!-- grito e saio pisando duro.
E é claro que ele vem atras de mim, como se fosse perder a chance de apontar meu erro. Não me leve a mal, amo o Nico mas ele quando encarna no modo professor é exigente demais e não mede as palavras.
--Will?--diz segurando no meu braço--O quê que foi aquilo?
--To cansado, só isso--digo meio emburrado.
--Não, tem algo mais, fala logo.
Prático como sempre.
--Odeio o modo que você me trata--falo de uma vez--fica relembrando a maldita história do minotauro e joga na minha cara o tempo todo o trabalho que eu dô, não sei por que concordei com essas aulas, você é um namorado maravilhoso, mas um professor terrivel, eu tenho plena consciência que sou ruim, não precisa ficar me lembrando a cada cinco minutos disso. Cansei de você, Nico!!
Estou sem ar. Droga, falei mais do que deveria.
Nico não demonstra reação alguma, está parado, sério e olhando para o chão.
Minutos se passam e ele nem se mexe. Deuses!
--Nico...--digo meio culpado pelo que disse. Mas ele me enterrompe.
--Aula encerrada.
E é isso, ele sai sem dizer mais nada.
Horas se passaram e eu ainda não o vi, estou na minha cama pensando na besteira que disse, raramente fico sozinho no chalé mas são duas da tarde e estão todos ocupados.
Ouço uma batida na porta, levanto e a abro.
Nico está parado com o rosto meio espantado e segurando um pedaço de torta de morango.
--Oi--diz ele baixinho--Você não apareceu pro almoço, não parecia justo ficar sem sobremesa.
--Não precisava fazer isso--digo surpreso com o gesto--Entra.
Dou espaço pra ele e em seguida fecho a porta.
Ele coloca o prato na mesinha ao lado da minha cama e fica em pé torcendo as mãos nervoso.
--Will...--ele começa. Raramente ele me chama de Will, geralmente é Solace, mas quando me chama pelo meu nome é porque é sério.--Desculpa.
Ele abre a boca como se quisesse falar algo mais, mas fecha em seguida com um olhar perdido.
--Não precisa pedir desculpas--digo--Eu não devia ter gritado com você.
--Eu juro que não sabia que te encomodava tanto, só queria que pudesse se defender--diz com o rosto culpado-- fico com medo que algo te aconteça e eu não esteja por perto pra te ajudar.
--Eu sei...só que me estressa ser tão ruim em algo importante.
-- Você cura as pessoas, é importante o suficiente. Você pode escolher outro professor se quiser... ou não, se você decidir não fazer mais as aulas tudo bem...Vou te proteger e não vou comentar nada depois. Juro!--diz estendendo o dedinho.
Deuses, como ele é fofo!
--Não precisa jurar nada--digo, mas seguro seu dedinho no meu-- desculpa, você não me cansa, não sei por que disse aquilo.--falo arrependido.
--So desculpo se você me desculpar--brinca com os olhinhos esperançosos.
--Feito--digo e lhe dou um selhinho--agora vamos comer a torta da desculpa.
Ele ri, não existe som mais lindo do que esse. Ou torta mais gostosa que essa.
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