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História Sombras da Vida - Capítulo 19


Escrita por: NatiChase

Notas do Autor


Bom dia!

Desculpa a demora para postar gente, eu estava sem criatividade (sim, eu escrevo os capítulos antes de postá-los).
Espero que gostem, eu sei que está menor do que de costume, mas espero que esteja bom.

Por favor, me ajudem a saber se está indo bem... Eu ando meio desanimada com relação as Fics, são poucas as pessoas que comentam e isso desestimula e muito.

Enfim, beijos.

Capítulo 19 - Capítulo 19


- Pa-pai? – perguntei perplexa pela pessoa que sorria abertamente, como se fôssemos tão próximos, como éramos quando eu tinha cinco anos.

Ele se aproximou, de braços abertos, como ele tinha a capacidade de fingir que nada havia acontecido, por todo esse tempo, como ele podia aparecer depois de todos esses anos?

- Sabidinha, eu estava morrendo de saudades, minha filha. – falou ele aproximando-se de mim, abracei Perseu e ele me olhou meio confuso, sussurrando algo como “esse é seu pai?”, apenas assenti.

- O que o senhor quer? – perguntou Perseu ao meu pai, que o olhou com o mesmo sorriso, só que dessa vez, ele estava travesso.

Olhou para mim, olhou para Perseu e sentou-se na mesa que estávamos, colocou as mãos sobre a mesa e me fitou de forma curiosa.

- Ué, eu disse que voltaria, não disse? Sabidinha?

- Para de me chamar assim! – falei mais alto do que devia, chamando a atenção de todos os que estavam naquela sorveteria, abaixei o tom. – Você não tem esse direito.

- Não tenho? – perguntou confuso. – Mas eu sou seu pai, Annabeth.

- Eu não tenho pai. – respondi e notei a decepção tomar conta dos olhos de Frederick, engoli em seco, estava a ponto de chorar. – Meu pai morreu, assim que entrou naquele carro e foi embora, meu pai morreu há dezenove anos.

Ele arregalou os olhos, ficando triste logo em seguida, olhou em meus olhos e desviou.

- Você não conhece minhas razões para ter feito isso, Annabeth. – respondeu, num tom mais baixo do que o normal, tive de fazer esforço para conseguir ouvi-lo.

- Mas eu passei anos da minha vida, imaginando suas razões, Frederick. – respondi de forma ríspida.

- Eu poderia me explicar? – perguntou.

- Quer que eu seja sincera? – ele assentiu. – Não me importo mais, talvez mamãe se importe, mas eu não.

Ele pareceu triste, entrelaçou seus dedos e me fitou de forma triste.

- Eu imaginava que haveria essa relutância, eu queria ter vindo antes, Annabeth, queria muito, mas eu não consegui. – olhei pra ele de forma incrédula, Perseu segurou meu braço, eu engoli em seco.

- Como é que é? – perguntei perplexa. – Imaginava? Não conseguiu vir antes? Ah, conta outra, Frederick.

- Annabeth, por favor, me deixe explicar.

- Olha, se quiser, vá atrás da mamãe, eu não quero suas explicações, Frederick. – suspirei. – Você acabou com a vida da mamãe, ela ficou doente, entrou em depressão, se não fosse pela tia Emme, eu teria ido para um orfanato, sabe lá Deus, onde eu estaria agora.

Ele pareceu impaciente, levantou e me estendeu um cartão.

- Para quando você achar que posso me explicar. – não peguei o cartão, mas Perseu sim, ele guardou no bolso e agradeceu com a cabeça. – Até mais, Annabeth, espero que seja muito feliz com esse rapaz.

Não respondi, só fiquei observando Frederick sair do estabelecimento, assim que não o vi mais, levantei e olhei para o moreno que parecia meio confuso por tudo o que acabara de acontecer.

- Por que você pegou o cartão dele? – perguntei emburrada.

Perseu sorriu de forma fraca, passou a mão direita em meu rosto, me dando um selinho em seguida.

- Acredite, você precisará, um dia.

Revirei os olhos, mas eu sabia, que no fundo, Perseu tinha razão.

- Vamos embora? – perguntei, puxando o moreno para fora, ele sorriu e me abraçou por detrás.

- Para onde quer ir?

- Nova Iorque.

- Agora?

- Já. Essa cidade já me trouxe muitas lembranças. – respondi ao chegarmos no carro.

- Mas nossas passagens estão marcadas para segunda, Annie. – falou o moreno abrindo a porta do carro pra mim. – Não sei se consigo trocar, para hoje.

- Pode tentar? – ele assentiu. – Obrigada, Percy.

>>>>>> 

Foi difícil explicar a mamãe, o porquê da volta tão repentina para Nova Iorque, me senti péssima depois, mas falei que estava com problemas no trabalho e precisava voltar o quanto antes, por sorte, ela acreditou.

Perseu não ficou muito contente com a mentira, mas preferiu não interferir, conseguiu trocar nossas passagens, viajamos durante a noite, chegando a Nova Iorque por volta das 4hs da manhã.

- O que você fez foi feio, Annabeth. – falou Perseu, enquanto seguíamos para o prédio onde ficavam nossos apartamentos.

- O que eu fiz? – perguntei de maneira inocente.

- Mentir para sua mãe, a respeito do motivo que a fez vir embora antes do combinado.

- Isso foi apenas para poupá-la, Percy. – respondi. – Eu sei que Frederick não irá atrás dela, ele sabe que arruinou a vida dela e antes de tudo, ele vai querer conversar comigo.

- Hm. – foi a única reação esboçada pelo moreno.

- Não fica bravo comigo, por favor. – passei a mão por seu cabelo, bagunçando-o mais do que já estava e depositei um beijo em sua bochecha. – Você vai lá para casa?

- Está muito tarde, não acha? – perguntou.

- Acho, mas amanhã ainda é domingo, poderíamos assistir um filme, depois você vai para sua casa.

- Não sei Annie, eu moro longe da sua casa. – falou Perseu com um tom brincalhão, decidi entrar na brincadeira.

- Nossa, verdade Percy, você mora tão longe, que dez passos você já está em casa.

Ele riu e entrelaçou seus dedos nos meus, fez carinho em meu polegar e selou seus lábios nos meus.

>>>>>> 

Entramos no apartamento e Perseu já tratou de se lançar no sofá, sorri com a folga do meu namorado, fui até o quarto, e coloquei as malas, próximo ao closet, deixaria para desmontá-las mais tarde.

- Está com fome? – perguntei, seguindo até a geladeira, Perseu negou.

- Acho que está muito tarde para comer algo, Annie. – levantou-se e veio até mim, parou no batente da porta da cozinha e ficou me observando.

- Depois de tudo o que aconteceu, eu preciso ao menos de uma bebida. – comentei.

Perseu se aproximou, pegou a garrafa de minha mãe e a colocou na pia.

- Sinceramente, não acho que você deva beber, Annabeth. – falou. – Vem, vamos sentar e conversar, tudo bem?

- Só um pouquinho, não faz mal, Perseu. – resmunguei.

Ele me olhou profundamente e chacoalhou a cabeça.

- De jeito nenhum, não quero que minha namorada fique bêbada. – falou. – Se você não quer conversar, a gente pode fazer outras coisas.

- O que?

- Hmm, quem sabe isso.

Foi o que ele falou antes de me beijar, seu beijo era intenso e estava completamente carregado de desejo, suas mãos agarraram minha cintura, me trazendo para mais perto dele, meus braços rodearam o pescoço de Perseu, ora ou outra, minhas mãos puxavam os pequenos fios de sua nuca, o beijo foi aprofundando e Perseu foi me levando para o quarto, sem eu notar.

Só me dei conta, quando minhas pernas bateram na cama e meu corpo se chocou com o colchão, Perseu que me beijava sem parar, desgrudou seu lábio do meu, para descer o beijo para meu pescoço, não contive um suspiro em aprovação, eu não reagia, na verdade eu não queria reagir, só queria que ele continuasse o que queria continuar, mas no momento em que ele começou a subir suas mãos, junto com minha camiseta, eu o parei. Perseu olhou confuso para mim, eu apenas sorri fraco para ele.

- Achei que estivesse gostando. – falou enquanto se sentava na cama, sentei ao seu lado.

- E eu estava, juro. – confessei, ele sorriu.

- Mas por que paramos, então?

- Eu não estou preparada. – acariciei seu rosto. – Não ainda, entende?

Perseu sorriu, pegou minha mão, tirando de seu rosto e a beijou.

- Claro que entendo. – respondeu. – No momento certo, vai acontecer.

Assenti, eu amava esse jeito compreensivo de Perseu, ele ficou me olhando e eu tomei a iniciativa dessa vez, dando-lhe um beijo casto, Perseu sorriu e se levantou.

- Bom, acho que já está na hora de ir embora. – disse olhando em seu relógio. – São 4:30 da manhã.

- Não vai, por favor. – ele me olhou confuso.

- Por que?

- Dorme comigo, hoje. – falei. – Suas malas estão na sala, pegue uma roupa, se troque, mas durma comigo, hoje.

Perseu me puxou para ficar em pé, entrelaçou seus dedos nos meus e me puxou para si, me abraçando.

- Sempre que você quiser, Annie. – sussurrou em meu ouvido, sorri.

Me desvencilhei um pouco de seus braços, para fitar seus olhos verdes, eu sabia, eu o amava e não podia deixar isso para outro dia, talvez, fosse tarde demais e eu não queria descobrir, segurei o rosto de Perseu entre minhas mãos e o beijei apaixonadamente, ele me fitou curioso.

- Eu te amo, Perseu.


Notas Finais


Me ajudem a melhorar, se for necessário, comentem.


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