História Somebody to Someone - Imagine Bakugou EM HIATUS - Desentendimento

Yumi, a órfã kitsune, já havia passado por muitas coisas na vida. Sem sobrenome e sem família, abandonada pelos pais ainda muito nova, por muito tempo não teve mais que um orfanato para chamar de lar.

Desde seus 5 anos, aprendeu a controlar algumas individualidades para sobreviver nas ruas, e com sua inteligência, aspecto herdado de sua genética de raposa, conseguiu lutar pelos seus sonhos de se tornar um dia a melhor heroína, que seria reconhecida por todos.

Todas as suas tristezas se converteram desde cedo em motivação e dedicação, mesmo que fosse subestimada e evitada constantemente pelas pessoas, o que descobriu posteriormente ser culpa de seus pais. Vilões conhecidos e responsáveis por inúmeras tragédias, temidos até o momento em que foram contidos pelos Heróis e mortos.

Mas aquilo nunca permitiu que Yumi duvidasse de quem era e o que queria, e não aceitava dar menos que seu melhor.

Ao contrário de como foi durante todo o ensino fundamental, onde sofrera com julgamentos contantes, ao chegar nos últimos anos de escola ela conheceu pessoas realmente legais.

"Hey Yumi!" Uraraka e Jirou, a cumprimentavam assim que chegou na sala.

"Hey meninas!" Yumi sorriu docemente, se direcionando a seu lugar, bem na frente do quadro e em seguida indo até elas.

As meninas conversam por alguns minutos, e  mais alguns amigos se juntam a conversa, sobre o teste próximo para a entrada na UA. Yumi tentava ao máximo não parecer nervosa, mas confessava não se sentir tão segura assim.

A menina de cabelos loiros, com as orelhas e o rabo da mesma cor, se agarra a si, se sentando encima de uma das mesas encarando os próprios pés. Até ter suas divagações interrompidas por uma das rotineiras confusões que a tirava do sério.

Midorya, um menino doce que apesar de não ser próxima fazia parte do grupo, estava sendo intimidado pela vigésima vez na semana pelo babaca do Bakugou.

"Você acha mesmo que tem chances de ser aprovado nesse teste? Você nem ao menos tem uma individualidade! É SÓ UM NERD!" Bakugou, com sua postura prepotente, cercava o menino e tentava o fragilizar com palavras malvadas.

"K-kacchan, me deixa em paz." Mydoria tentava dizer apesar de sua voz sair bem mais baixa que o planejado.

Yumi odiava ver aquilo, odiava ver dores que já sentiu se repetindo na sua frente. Aparentemente ninguém intervia e era assim que as coisas aconteciam desde sempre, mas digamos que naquele dia ela não estava com paciência.

A menina se retira da roda, descendo da mesa e passando por Mina, que conversava animadamente sobre uma festa que planejava para comemorar o teste. O assunto cessa e todos observam os próximos passos da kitsune, que não era de se impor nas situações e costumava ser neutra ao máximo.

"HEY, PROJETO DE POMERÂNIA RAIVOSO!" Yumi grita assim que chega até a confusão, atraindo os olhos vermelhos do pomerânia em questão, além de um Midorya surpreso.

"O que a raposa problemática quer aqui?" Bakugou sorria de forma maldosa.

"Quero que pare de descontar seus problemas em quem não tem culpa, não tem o direito de fazer ninguém de saco de pancada!" O rabo e as orelhas felpudas se contraiam de raiva.

"Se não o que? O que uma menina rejeitada e patética poderia ter para me despertar algum medo?" O garoto disparava destilando veneno em palavras dolorosas.

Ah mas Yumi sabia muito bem como abalar aquele ego.

"Se não?" Um sorriso de canto e olhar sombrio tomavam forma no rosto delicado, e nada bom poderia sair dali.

Ela não espera um comentário sarcástico de Bakugou, puxa o garoto mais alto pela camisa com brutalidade e deposita um senhor chute em suas partes baixas.

Bakugou se contorce no chão, com um verdadeiro olhar de ódio.

"SE NÃO EU MOSTRO PRA VOCÊ QUE NÃO PRECISA DE INDIVIDUALIDADE PRA SER MELHOR QUE VOCÊ, SEU IDIOTA INSENSÍVEL!" Yumi grita ainda na frente do loiro, e sai bufando da sala, com o coração disparando.*

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Quando Yumi saiu da sala, o ambiente se tornou completamente caótico.

"AQUELA RAPOSA DEFEITUOSA, ELA TEM SORTE DE EU NÃO BATER EM MULHER!" Bakugou esbravejava reunindo forças para se levantar.

"Cara, você mereceu." Kirishima pontuou sem ligar para o olhar odioso de Bakugou.

Já Denki simplesmente ria da cena, sabendo que seu amigo por muito exagerava em suas atitudes explosivas.

"Cala a boca, cabelo de merda." Ele recusa a mão do amigo e se levanta sozinho, indo emburrado para sua mesa.

Algumas das poucas pessoas que haviam chegado na sala mais cedo para ver o ocorrido ainda riam, enquanto Midorya e o resto do grupo formavam um perfeito O com a boca, complemente surpresos com o que acabara de acontecer.

"Me lembrem de nunca estressar a Yumi." Mina diz rindo da situação, sendo acompanhada por Jirou, enquanto Uraraka e Midorya permaneciam em choque.

"Eu ainda não acredito que ela fez isso, mas acho que tenho que agradecer." Mydoria dizia olhando com seus olhos arregalados direcionados à porta da sala.

Yumi retornou depois de não muito tempo, bebendo uma garrafa de água como se nada tivesse acontecido, apesar de suas bochechas ainda demonstrarem a intensidade do momento.

"Eu sei, ele vai me matar, mas não tô absolutamente nem aí." Yumi dizia risonha diante dos olhares de expectativa dos amigos.

"Perfeita!" Mina ria da sinceridade da amiga.

"Você é louca, mas obrigado!" Midorya diz para a menina.

"Você tá bem? Ele não disse coisas legais para você..." Yumi pergunta realmente preocupada com seu bem estar.

"Estou sim! Graças a você!" Ele sorri, um sorriso fofo, que iluminava seu rosto de forma adorável.

"Às ordens Midorya!" Ela sorria mostrando a língua.

"Sabe, ele fala essas coisas mas eu sei que não é uma pessoa ruim, Kacchan só não sabe se expressar..." Midorya tentava defender Bakugou, que mesmo sendo mau com ele ainda era um velho amigo de infância muito querido.

"Aham, sei não ein, nunca vi nenhum sinal de coração naquele ser atacado." Yumi dizia fazendo bico ao notar um olhar mortífero vindo do ser em questão.

Olhar que decidiu ignorar.

Pomerânia raivoso e abusado.

Após algum minutos começavam as aulas, Yumi prestava atenção em cada vírgula, como sempre, e o dia continuou se passando tranquilamente, agora faltava somente mais uma semana para o teste, e cada dia a menos aumentava a ansiedade da menina raposa.

A semana também se passou voando, Yumi tentava estudar ao máximo na escola, e treinava suas habilidades do parquinho do orfanato, do qual nenhuma família nunca a tirou.

Mas aquilo não importava mais, se tudo desse certo ela estaria logo logo chamando os dormitórios da UA de casa. Era só o começo para algo grande.

Ela só não sabia o quanto as coisas mudariam, em sua vida e seu coração calejado.