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História Somebody to Someone - Imagine Bakugou EM HIATUS - Ficha caindo


Escrita por: CeoOfBakugou

Notas do Autor


Hellooooo seguimoreees 💗💗

Dessa vez eu demorei, foi meu aniversário sexta e acabei perdendo o ritmo, me perdoem (;^ω^)

Espero de coração que gostem desse capt, e perdoem qualquer erro, vou revisar mais tarde!

Capítulo 8 - Ficha caindo


Fanfic / Fanfiction Somebody to Someone - Imagine Bakugou EM HIATUS - Ficha caindo

Após aquela conversa pesada, nós treinamos por mais duas horas, lançando provocações às vezes um ao outro. Quando termina, vamos silenciosamente até o dormitório, e fico no meu quarto estudando até a hora de dormir.

O grande dia do teste finalmente chega, finalmente! Após algumas aulas comuns, descemos para uma pequeno ginásio, onde poderíamos assistir a luta das outras duplas. Cada dupla tem 10 minutos de luta, onde o objetivo não é necessariamente vencer... Mas eu não me contento com o medíocre! Vencer é exatamente o que eu quero!

E o melhor é que tenho certeza de que a raposa estranha também quer, isso será no mínimo divertido.

Várias duplas se apresentam até que chega nossa vez, descemos calmamente até o centro do ginásio, cada um ficando em uma extremidade. Não fazia tanto sol, então precisarei de certo esforço para vencer, tsc por um lado eu queria ter ficado com alguém mais fracote!

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*Yumi POV*

A luta está prestes a começar e a cara de Bakugou é quase de dar medo, mas presumo que a minha também não seja das melhores, eu queria vencer essa luta! E só tenho 10 minutos!

"COMECEM!" A voz do professor Mic soa pelo ambiente, e a partir de então meus movimentos são automáticos, corro até Bakugou em uma velocidade talvez superior a Iida (um dos meus maiores concorrentes em velocidade), mas sem deixar te observar o movimento de cada músculo de Bakugou.

Inicio minhas investidas com um jogo de movimentos usando minha cauda em curta distância como um escudo e meus punhos e perna como arma. No entanto Bakugou é tão bem articulado quanto eu e não se deixa atingir, ele prepara uma enorme explosão, o que me faz saltar para trás e me encolher envolvendo meu corpo com a cauda, que aumento com minha individualidade.

Mas quando a explosão cessa e eu posso me descobrir, Bakugou já está vindo em minha direção para mais uma, ainda distante de onde fui parar. Enquanto ele corria com um olhar determinado eu tento respirar fundo e pensar em algum ataque, e rápido. Tenho uma idéia e começo a correr em sua direção também, projeto minha cauda endurecida em sua direção como uma arma, o fazendo precisar desviar dos ataques com movimentos rápidos. Quando Bakugou desvia pela décima vez, chegando cada vez mais perto, ataco mais uma vez e espero que ele desvie para correr na velocidade máxima até ele.

O faço e assim que chego até o loiro, seguro o braço dele me mantendo afastada de sua mão, e em conjunto dou uma rasteira em si com a cauda, que depois de quatro tentativas  afoitas o faz desequilibrar. Espero que ele caia, mas o bombinha não vai ao chão, ele usou uma explosão para se impulsionar para cima e se erguer.

Mas que droga! Porque ele tinha que ser tão bom?

Antes que ele pudesse pensar em atacar início uma briga corpo a corpo, na esperança de o atingir e vencer, mas o desgramado é bom...bom demais. Continuamos completamente concentrados em arriscar golpes e desviar, ele em algum momento solta um grunhido de raiva e eu também me sinto frustrada.

Em um súbito de desespero, uma ideia vem a mente e eu espero ele tentar um golpe para me jogar no chão. Passo por debaixo de suas pernas, o que não é muito elegante mas necessário, deslizando rápido sem dar muito tempo para que Bakugou entendesse. E quando ele se vira provavelmente se prepara para um golpe, eu finjo um e atinjo suas pernas de um lado com a cauda e do outro com a minha própria perna. Isso faz com que não haja escolha senão cair na minha direção, começo a sair da frente para deixar ele ir de cara (ele me mataria depois) mas uma explosão inesperada atinge minhas costas.

Merda.

Também caio, tudo que consigo fazer é me virar para cima, evitando machucar o rosto, pois minha cauda ainda enrolada na perna de Bakugou não chegaria a tempo para amortecer.

Bakugou cai praticamente encima de mim, me irrito ao constatar que era a segunda vez que nossas lutas terminavam assim, mas voltando ao foco daquilo, eu precisava dominar aquela situação. Tento ignorar seu corpo encostado no meu eu giro o corpo, o fazendo bater as costas no chão, comigo encima sentada em seu abdômen. Percebo a situação e por alguns segundos fico corada com a cara assustada de Bakugou.

Nada de vergonha agora Yumi, foco.

Quando eu já iria arriscar um soco, o bombinha faz o mesmo e antes que eu pudesse descobrir o resultado um alarme alto soa, indicando o final da luta. Na mesma hora eu paro e curiosamente Bakugou também, achei que fosse ter que desviar ou algo assim.

Nos encaramos ofegantes e sérios, saio de cima dele e tiro a fuligem das minhas roupas com a mão, enquanto ele também se levantava, eu esperei por gritos ou caras odiosas... Mas ele parecia completamente normal, mesmo não me derrotando.

Definitivamente isso me deixou surpresa, parecia até outra pessoa.

"Yumi, Bakugou... Estou realmente impressionado com o avanço de vocês, quando escolhi essa dupla pensei nessa colaboração como um grande desafio, mas Yumi agiu mais impetuosa e hesitante, Bakugou não começou a gritar e criou ótimas estratégias. Parabéns." Aizawa nos avalia com sua voz desanimada, mas um sorriso torto bem raro.

Abro um sorriso gigantesco assim que escuto aquelas coisas de Aizawa, olho para Bakugou que também sorria vitorioso... Seu olhar estava diferente e o clima vindo de sua expressão também.

"A GENTE CONSEGUIU BAKUGOU!" Dou gritinhos animada pela avaliação pulando em sua frente.

"Tá tá, eu entendi raposa estranha!" Ele diz irônico me olhando como se eu fosse louca.

Andamos até a escada das arquibancadas, ele começa a subir, mas seguro seu pulso antes que o fizesse.

"Hmm Bakugou..." Chamo.

Ele se vira com um olhar questionador, e eu olho para meus pés, tentando pensar em como agradecer pela ajuda.

Antes que pudesse pensar direito abraço o loiro, escondendo o rosto em seu peito.

"Obrigada!"

É tudo que consigo dizer antes de ficar complementamente assustada e confusa com o que acabo de me dar conta que fiz, o solto e subo as escadas rapidamente.

"Droga!" Resmungo para mim mesma.

Chego nas arquibancadas e me sento na primeira cadeira que vejo, respiro fundo ainda vermelha e de olhos arregalados.

Quando eu acho que poderei esquecer desse impulso louco o Bakusquad vem até mim, com uma cara mais surpresa do que a outra.

"COMO VOCÊ NÃO MORREU?" Mina e Denki dizem em uníssono, e só então eu percebo que Bakugou não me chutou para longe mesmo com minha atitude louca.

Olho para Jirou assustada, e depois para Kirishima em um pedido silencioso, que depois de alguns segundos ele entende, descendo rapidamente as escadas e sumindo da nossa visão.

Porque caralhos eu fiz aquilo? Essa pergunta ronda minha mente e o pânico invade cada célula do meu corpo.

Afeto, abraços, gratidão... São coisas que conheço somente com Eri, nunca com pessoas maiores, com potenciais adormecidos para a maldade. Mas por alguma razão muito louca, o cara mais explosivo que já conheci havia me deixado grata, genuinamente confortável e feliz, pelo menos até eu seguir impulsos idiotas.

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  *Bakugou POV*


Um lado do meu cérebro estava completamente frustrado por não ter ganhado daquela raposa abusada, mas outro estava complementamente dormente.

A avaliação de Aizawa foi ótima e pela primeira vez não recebi o esporro semanal sobre impulsividade, então fiquei satisfeito, apesar de confuso sobre a mudança... Depois que Aizawa termina de nos avaliar fico satisfeito, mesmo não vencendo antes de o tempo acabar, e a raposa estranha também.

Ainda meio confuso e dormente, apesar da adrenalina da luta, começamos a subir para a arquibancada... Mas sou segurado de forma repentina por Yumi, que me chama. Me viro para saber o que ela queria, e me deparo com uma expressão diferente, a kitsune parecia envergonhada e olhava para os próprios pés, mordendo o canto do lábio ansiosamente.

Muito diferente da garota segura, forte e ousada de 10 minutos atrás.

Antes que pudesse perguntar qual era o problema sou completamente surpreendido com seus braços ao meu redor e seu rosto escondido no meu peito. Travo completamente com a cena e minha cabeça se inunda em pensamentos negativos e positivos conflitantes entre si, abro a boca para me afastar, sair dali... Mas ela é mais rápida e depois de segundos se afasta em um pulo e arregala os olhos, me encara e sobe as escadas na velocidade máxima.

Eu... Eu...

Fico mais alguns segundos completamente travado e assustado. Até que soa uma voz que geralmente me irrita, mas dessa vez serviu para me tirar do transe em que me encontrava.

"Bro, tá tudo bem?" Kirishima vem até mim com um olhar estranho.

"Cabelo de merda, me deixa sozinho." Digo e começo a subir as escadas para ver as outras lutas dos extras.

"Bakugou eu vi, não vou cair nessa." Ele diz sério, o que é bem raro.

"VOCÊ QUER QUE EU DIGA O QUE EIN???" Grito, só queria sumir dali.

"Não preciso ouvir nada Katsuki, mas eu recomendo que você pense direiro no que anda acontecendo." Ele diz sem se assustar com o grito, com uma voz calma, colocando a mão em meus ombros e me virando para si.

Olho vacilante para meu amigo, meio irritado por estar precisando ouvir conselhos logo do idiota do Kirishima.

"Sou seu melhor amigo, não quero que você se machuque, mas eu também não gostaria que essa confusão na sua cabeça... A machucasse." Ele diz, hesitante mas sincero.

"Kirishima a raposa estranha não gosta de mim e nem eu dela, você tá se precipitando por uma coisa muito simples." Respondo sério, mais para mim do que para Eijiro.

"Então porque não a chutou pra longe de você agora a pouco? Porque não assumiu o temperamento de sempre em confronto hoje?" Kirishima pergunta e me deixa, realmente, sem o que responder.

"Eu não sei." Respondo automaticamente.

"Confiar nas pessoas nem sempre termina mal Bakugou. Só...pensa nisso, ok? E se precisar de ajuda ou algo do tipo, já sabe." Ele sorri e me solta, pois sabia que eu preciso de ficar sozinho agora.

Subo as escadas e me sento na cadeira mais distante das outras pessoas, não conseguia me concentrar na luta de Denki e Jirou, na verdade em nada. Encaro de soslaio os cabelos loiros e orelhas em alerta da kitsune que observava cada movimentos dos dois abaixo de nós.

Kirishima havia ido se sentar a seu lado e os dois cochichavam sobre algo, o que me deixa curioso e estressado. O que será o cabelo de merda poderia estar falando assim?

Continuo sentado aguardando pelo momento milagroso em que a aula acabasse para ir embora. E depois de alguns minutos, o que mais pareceu uma eternidade, somos dispensados.

Sem aulas de tarde e mais nenhuma tarefa para o dia eu saio em disparado para fora do estádio, precisava pensar, colocar minha cabeça no lugar.

Ando pelo campus sem saber exatamente para onde ia, só tinha acabado de decidir que o dormitório não era uma opção. Depois de andar durante cerca de 30 minutos chego em um pátio da UA com um lago e gramado.

Jogo minha bolsa na grama e me deito, com a cabeça encima dela, fechando os olhos e respirando bem fundo. Estava tarde e o sol se punha, o céu estava bonito e aquilo ajudava bastante a ficar calmo... Reflito sobre as últimas semanas de convivência com Yumi, confidências, brigas, lutas, sorrisos, tensões... Eram coisas normais para qualquer ser humano, mas não tão comum de se acontecer comigo.

Não costumo manter amizades, não deixo ninguém entrar 100% na minha vida, não confio em ninguém.

Mas lá estava eu me permitindo ser abraçado pela raposa estranha, pensando em cada palavra poética que saía de sua boa... Reconhecendo meus próprios medos e os controlando dia após dia.

Duas semanas e tudo, tudo mudou.

Os idiotas não pareciam tão idiotas, as lutas não pareciam tão implacáveis, os meus gritos de raiva perdiam a força, minha indiferença caindo ao chão quando o assunto era... Ela, ou suas provocações, verdades, pensamentos, ou até suas ousadias.

Aquela merda de sorrisinho de lado com os caninos afiados, aquela droga de habilidade de ler as pessoas, aquele aspecto felino irritantemente adorável, aquele atrevimento, seu eterno mistério, as falas cheias de entrelinhas, o passado apagado por ela mesma.

Abro os olhos depois de não sei quanto tempo e noto as estrelas já aparecendo no céu, o luar toma minha consciente e me faz desejar coisas nunca pensadas antes.

Ser alguém...para alguém?

Aquela bosta nunca tinha feito sentido para mim, mas pensando novamente sobre...

"Katsuki?"

Uma voz conhecida me desperta de meus devaneios, viro a cabeça rapidamente para o lado e a vejo.

"O que foi, raposa defeituosa?" Digo em falsa irritação.

"Estava te procurando." Ela diz e se senta ao meu lado, olhando para as estrelas também.

Fico em silêncio, aguardando pelo motivo.

"Te procurando para dizer que não devia ter feito aquilo hoje. E para esquecermos isso." Ela diz de forma rápida, parecendo nervosa já que mordia o lábio inferior e se atropelava nas palavras.

Esquecer isso... Seria possível?

"Hum." Assinto, não arriscando palavras idiotas.

"Então já que o que eu fiz foi apagado, quero te agradecer de novo." Ela diz depois de um tempo.

"Que idiotice, agradecer por eu tentar te dar um soco?" Digo querendo arrancar algo maior.

"Você entendeu Bakugou, não é burro." Ela diz revirando os olhos e se deitando também.

A desgramada era esperta.

Ficamos um tempo daquela forma, em silêncio encarando as estrelas que apareciam cada vez mais.

"Caladinho assim você parece até uma pessoa normal." Ela alfineta e ao ver minha expressão começa a rir.

"Você também tava melhor calada, nerd." Digo em falsa irritação, me erguendo e pegando minha bolsa.

Ela faz o mesmo e me segue, seguimos o caminho até o dormitório entre provocações e risadas (da idiota, óbvio).

Sua presença não era tão irritante como as outras, e no final acabou tudo ótimo! Kirishima colocou minhoca desnecessária na minha cabeça, não tinha nada ali pra se preocupar!

Ou talvez... Seja no que quero muito acreditar?

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        *Yumi POV*


Depois daquele fatídico episódio as coisas continuaram como sempre e a semana de provas passou voando. Alcancei ótimas notas, o que me deixou bastante feliz!

E hoje era o dia em que eu me encontraria com Jirou para a ajudar com a música, acho que se ficar pronta posso a convencer a mostrar para Denki. Eu tenho certeza que ele também quer, mas ela insiste que não...

"Hey Jirou!" Cumprimento assim que entro em seu quarto.

"Ei, tá pronta?" Jirou responde e coloca um caderno com caneca encima de sua cama, se jogando na mesma.

"Nasci pronta, baby!" Brinco, a fazendo rir.

"Então, paramos em apenas um refrão desconexo, acho que dá pra fazer o mesmo tom no início." Jirou começa a resumir nossa estaca 0.

"Acho que para conseguirmos isso é melhor você começar, a partir daí talvez eu consiga pegar a ideia e continuar." Eu digo e ela assente.

"Eu estava pensando em algo como..." Ela diz pegando o caderninho e anotando, para então cantar.


Candy

Doce

He's sweet like candy in my vains

Ele é doce como um doce em minhas veias


"Adorei! A cara do Denki!" Digo animada, enquanto Jirou sorri com uma disfarçada vergonha.

"Tá, e agora?" Ela diz, mordendo a caneta.

"Que tal... Isso?" Digo pegando sua caneta e escrevendo minha ideia, cantando em seguida, com um pouco de vergonha.


Baby

Baby

I'm dying for another taste

Estou morrendo de vontade de outro sabor


Ela sorri em aprovação.

"Você canta! Eu adorei! Continua, essa vibe deu certo!"

"Mas a música é sobre os seus sentimentos!" Argumento, envergonhada.

"Poisé, mas me identifiquei. Então shiu e me ajuda!" Ela diz sorrindo.

"Af, TABOM..." Digo, pegando o caderno e rabiscando o que veio na minha cabeça.


And every night my mind is running around him

E toda noite minha mente está girando em torno dele


Olho para ela, que em um pulo escreve mais um pouco e continua:


Thunder's getting louder and louder

O trovão está ficando cada vez mais alto


"NOSSA, ISSO AMARROU MUITO BEM NO REFRÃO! JIROU VOCÊ É UMA GÊNIA!" Me empolgo com a criação de uma parte inteira.

"O lance de pensar nele foi ótimo! Como você adivinhou?" Jirou diz, mas logo em seguida responde a própria pergunta.

"AI MEU DEUS, VOCÊ NÃO ADIVINHOU, VOCÊ USOU EXPERIÊNCIA PRÓPRIA!" Ela se empolga e me destina um sorriso maldoso.

"Do que está falando, doida?" Pergunto sem entender do que ela estava falando, que experiência?

"Eu sabia que aquele explosivo ia arrombar essa sua barreira!" Jirou diz sorrindo, mais para si do que para mim.

"O que? Tá doida? Não tem nada haver com o Biribinha!" Respondo assim que entendo a fala dela, indignada.

"Tabom, não está mais aqui quem falou... Eu só nunca te ouvi falando essas boiolices sabe..." Ela diz com um sorriso esquisito, enquanto olhava para mim.

"O-o que?! Eu vou desistir disso aqui ein?" Digo envergonhada e começando a me irritar.

"Tá tá, senta a bunda aí, que falta uma segunda parte! E vou incorporar uma parte do que fizemos ao meu refrão." Jirou encerra a discussão, rabiscando coisas em seu caderno com um sorriso.

"Hm, tabom." Resmungo.


Drown me

Me afogue

You make my heart beat like the rain

Você faz meu coração bater como a chuva


Ela me olha e eu assinto com um sorriso enorme, que palavras fofas! Ela escreve essa parte e me olha, demonstrando não saber o que colocar para finalizar.

Inconscientemente divago entre pensamentos e encontro um que se encaixaria muito bem.


Surround me

Me cerque 

Hold me deep beneath your weigh

Segure-me profundamente sob o seu peso


Com essa frase cantada no ritmo, me lembro daquele momento completamente estranho em que eu caí sob Bakugou em um dos treinos, seu rosto surpreso e olhos intensos. Meu rosto cora e Jirou sorri, escrevendo em seu caderno o que eu acabara de cantar.

"Cara, eu acho que já tá pronto!" Jirou diz depois de um tempo pensando.

"Que, sério?" Eu arregalo os olhos, tinha sido rápido.

"Sério, agora é só fazer o arranja e jogada de ritmo da sequência. A letra em si... Acabamos!" Ela conclui olhando para o caderno satisfeita.

"Achei que fossemos demorar mais!" Rio pelo fato de a letra ter sido concluída tão rápido.

"Talvez teríamos, mas acho que o seu coração tá inspirado. Acho que a próxima música que trabalharmos juntas vai ser pra você mostrar, ein!" Jirou enche o saco novamente, mas eu só rio.

Talvez meu coração estivesse mesmo inspirado nos últimos tempos, e eu não entendia exatamente o porque... Estaria Jirou certa?

Se estiver eu estou na bosta. E exatamente por isso não vou nem pensar demais na possibilidade, estávamos finalmente voltando ao normal, não destruo isso por especulações. Preciso dele para treinar!

Mas ainda assim...

Me lembro de todas as vezes em que me abri mais do que devia para Bakugou, momentos raros onde não irritava ele de propósito ou farpas eram trocadas... Eu o abraçando como se fosse a coisa mais normal do mundo quando eu sei que não era, não para mim, não para alguém que nunca fez algo assim antes.


Estaria Jirou... Certa?

Isso que é gostar de alguém?

Mais memórias me alcançam em uma espécie de flashback

...


DROGA!


Mas que droga, eu sou por acaso masoquista? Gostar do BAKUGOU? O BAKUGOU? O BOMBINHA?


QUE BURRA MEU DEUS!


Passo as mãos no rosto, em um ato de nervosismo.

"Acho que você tem razão Jirou." Digo, mesmo que isso ficasse entalado na minha garganta.

"Sempre estou, baby fox!" Jirou sorri e me dá uma piscadinha.

Aquilo ia dar muito errado, eu já podia até sentir...

"Amiga, quando você vai mostrar isso para o..." Começo a perguntar, desesperada para mudar o assunto, até que sou interrompida por batidas na porta de Jirou.

Me levanto para abrir por estar mais próxima da prota, e me deparo com um alguém muito conveniente.

"Hey, Yumi!" Denki sorri e demostra surpresa ao me ver.

"Hey Denki!" Digo o abrindo espaço.

"Estavam ocupadas? Não quero atrapalhar seja lá o que estivessem fazendo." Denki diz com uma cara envergonhada.

"NÃO!" Digo rapidamente e em uma altura considerável, que os assusta.

"Na verdade eu já tô de saída, acredita? Que coincidência!" Continuo em um sorriso brincalhão, ignorando os olhares mortais de Jirou.

"Tudo bem, até depois Yumi!" Denki diz, sem perceber o clima ao seu redor.

"Tchauzinho! Até depois gente!" Digo acenando freneticamente e saio rapidamente do quarto.

Longe de mim ficar de vela.

"QUE BAGUNÇA, CABELO DE MERDA!" Escuto gritos vindos do quarto de Kirishima, era obviamente Bakugou.

Faço uma careta e desço para meu quarto rápido, se o visse agora depois dos questionamentos pertinentes de Jirou seria bem tenso.

Chego em meu quarto e faço algumas tarefas de escola, além de uns desenhos aleatórios. Quando começo a bocejar já são 23:00, meio tarde para meu horário usual de dormir.

 Acho que a ansiedade me pegou de jeito hoje.

E eu até diria que ela era por absolutamente nada, mas se o dissesse provavelmente estaria mentindo... Mais fácil ser por absolutamente tudo.

Droga, é cada coisa que me acontece!


Notas Finais


Entaaaao gente, foi esse o capitulo... O que acharam do início do algo grande da nossa dupla preferida?

Sintam-se (como sempre) livres para qualquer comentário, caso queiram se expressar!

Tentarei não demorar tanto para o próximo capítulo, mas não prometo nada... a escola apertou essa semana ^^


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