1. Spirit Fanfics >
  2. Somebody To You >
  3. Estadia na lata de sardinha.

História Somebody To You - Estadia na lata de sardinha.


Escrita por: autoratria

Notas do Autor


BOOOOOOOOOOOOOOOOOOM DIA AMORINHAS *-*
Muito obrigada a todas que comentaram no cap anterior, e leitoras novas: sejam muito bem vindas o/
Espero que gostem do cap novo e boa leitura \o/

Capítulo 3 - Estadia na lata de sardinha.


Cameron olhava em volta, e pude perceber perfeitamente que sua mandíbula havia travado. Ótimo, vou ter que ficar presa com um cara riquinho metido a besta dentro de uma lata de metal que pode despencar a qualquer instante. Ai meu Deus, não to afim de morrer hoje, não acha que muita gente desse lugar já morreu não?

- Ai que ótimo. - Falei, tentando parecer firme. Minhas pernas estavam bambas e eu custei para me sentar sem cair de bunda.

- Não me diga que você é claustrofóbica. - Ele bateu a mão na testa, se virando para mim.

- Não, mas isso não significa que eu queira morrer dentro de uma lata de sardinha. - Olhei em volta, me agarrando aos papéis.

- Quanto drama. - Cameron rolou os olhos. - Acho mais fácil nós morrermos sufocados por conta dessa sua falação ao invés de morrer com a queda do elevador.

Fitei-o e resisti ao impulso de lhe mostrar o dedo do meio. Agarrei minha bolsa também e apoiei a cabeça nela, fitando a parede em seguida. Estava apavorada, o mundo havia tirado o dia para acabar comigo, e estava funcionando. Ouvi uns chiados no interfone e então notei que Cameron já estava lá, martelando o treco.

- Tem alguém ai? - Chamou ele, batendo no interfone.

- Isso, quebre nossa única chance de sair daqui. - Ironizei e ele me observou pelo canto do olho.

- Dá pra você ficar quieta e voltar para a sua crise dramática, por favor? - Indagou ele e eu bufei.

- Sr. Dallas? - Chamou Carl no interfone. - O Sr. está sozinho ai?

- Não, a ex assistente pessoal do meu pai está aqui. - Ele resmungou e ouvi mais alguns chiados.

- Ele disse que a Lu está com ele… - Ouvi Carl murmurar para alguém. - A assistência já foi contatada, senhor. Eles disseram que já estão a caminho, mas o transito de NY parece estar dez vezes pior hoje… Peço que tenham paciência e não entrem em pânico.

- Ah, jura? Acho que já é tarde demais para a sua amiguinha… - Cameron disse e eu me agarrei ainda mais as minhas coisas, repetindo mentalmente que não iria me estressar. - Ligue para eles e diga para se apressarem, eu tenho uma reunião em uma hora e meia e também não pretendo morrer de tédio… Nos contate se houver alguma novidade.

E então ele desligou o microfone, se virando para a parede a sua frente em seguida. Voltei meu olhar para a bolsa e então notei que ele havia se sentado também, as pernas esticadas na direção da parede. Encarei-o e ele retribuiu o olhar, mantendo-o fixo no meu. Arqueei a sobrancelha e ele riu pelo nariz, fitando a porta em seguida. Continuei a encara-lo, os cabelos bem arrumados, o casaco que ele havia tirado e agora estava sobre o colo, as mangas da camisa que ele havia dobrado e agora estavam na altura do cotovelo, a gravata frouxa… Logo ele se virou novamente e eu passei a analisar seu rosto: Os olhos castanhos, os lábios carnudos, as feições rígidas…

- O que tanto olha? - Ele indagou, aparentemente incomodado.

- Nada, só estou tentando “não morrer de tédio”... - Imitei a voz dele e então ele rolou os olhos.

- Como você disse que se chamava mesmo? - Cameron perguntou.

- Eu não disse. - Arqueei a sobrancelha. - Mas me chamo Luiza, Luiza Pedroso.

- Ah sim, meu pai já mencionou você. - Assentiu. - Brasileira, não? - Foi a minha vez de assentir. - Deve ser um país bacana… Vai voltar para lá agora que perdeu o emprego?

- Não sei. - Dei de ombros. - Ainda não tive tempo de pensar nisso… Posso te fazer uma pergunta?

- Isso já é uma pergunta. - Ele franziu o cenho e eu revirei os olhos.

- Posso te fazer outra pergunta? - Crispei os lábios.

- E isso já é outra pergunta…

- Vai se ferrar. - Bati a mão na bolsa e voltei a observar a parede do meu lado.

- Pergunte. - Cameron ergueu as mãos em forma de rendição e eu me virei novamente para ele.

- Porque Lorraine assumiu a empresa ao invés de você? - Cruzei os braços e ele soltou um longo suspiro.

- É confuso. - Ele falou e eu franzi o cenho, o encorajando a continuar, o que lhe fez estreitar os olhos. - Meu pai nunca confiou muito em mim. - Revirei os olhos, já to até vendo que isso vai se tornar uma sessão de terapia. - Ele dizia que eu era um rebelde sem causa. - Riu sem humor. - Então, para me castigar, ele deixou no testamento dele que eu só posso assumir a empresa se eu me casar. - Finalizou, me observando em seguida.

- E isso é problema para você desde quando? - Perguntei, me endireitando. - Digo, você tem a tal Marisa, certo?

- O que? Marisa? Não. - Ele riu, negando com a cabeça. - Ela foi apenas um caso comum… Tudo bem que ainda corre atrás de mim feito um cachorrinho, mas ela não é o tipo de pessoa que eu levaria para o altar…

- E tem algum tipo de pessoa que você levaria para o altar? - Ri baixo e ele sorriu maroto, negando com a cabeça. - Foi o que eu pensei.

- A equipe da manutenção chegou, senhor. Provavelmente vão ser liberados em breve. - Falou Carl, nos assustando.

- Ok. - Respondemos em uníssono e nos entreolhamos.

Alguns minutos depois, o elevador deu um solavanco e começou a se mover. Cameron se levantou de imediato, arrumando seu terno caro e então estendeu a mão para mim, o que me surpreendeu. Peguei-a de bom grado e me pus de pé, ajeitando minha saia e me equilibrando sobre os saltos.

- Foi bom conversar com você, Luiza Pedroso. - Ele disse, assentindo em seguida. - Boa sorte com o seu futuro.

- É, até que você não é tão chato. - Dei de ombros. - Boa sorte com o seu também...

 Ele soltou um risinho mas antes que eu pudesse questionar, as portas se abriram e demos de cara com uma multidão. Liz estava lá, suas sobrancelhas se arqueando ao máximo quando ela notou que Cameron estava comigo, e que provavelmente os boatos que havia ouvido eram verdade. Os funcionários caíram matando em cima de Cameron, tentando verificar se todos os pedaços dele estavam ali, enquanto Liz e Carl vinham na minha direção. Alice e Trisha, da recepção, apenas verificaram se eu estava bem e então voltaram a seus postos.

- Que dia, hein? - Liz indagou, assentindo com a cabeça. - O que rolou no elevador? Ele beija bem? Usaram camisinha?

- Elizabeth! Ela acabou de sair de um elevador, estava presa lá há quase uma hora, e a única coisa que tu consegue pensar é se ela transou ou não com o Dallas? - Carl perguntou indignado. - Que amiga desnaturada!

- Cale a boca, Carl. - Ela revirou os olhos.

- Tudo bem, tudo bem, já acabou o surto. - Marissa apareceu, saindo da multidão que envolvia Cameron e vindo até mim. - Já podem voltar para os seus afazeres, todos estão vivos e blá blá blá… - Revirou os olhos, pousando seu olhar sobre mim em seguida. Arqueei a sobrancelha e ela me fuzilou com o olhar. Se ela tivesse a visão de calor do super homem, eu já não pertenceria mais a esse mundo.

 



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...