1. Spirit Fanfics >
  2. Something's Gotta Give >
  3. Let me be your lost boy?

História Something's Gotta Give - Let me be your lost boy?


Escrita por: comidadoMike

Capítulo 12 - Let me be your lost boy?


Os meninos deixaram a sala, sobraram eu, Mike, Alex e o doutor. Phil, era o nome dele. Era sempre o que me atendia quando eu tinha minhas recaídas. Ele explicou que meus exames estavam todos certos, que em alguns minutos todo o álcool teria saído do meu corpo e que, claro, eu devia parar de fazer esse tipo de coisa.

-Me fale algo que eu ainda não sei, Phil -comentei e ele riu.

-Você está sentindo alguma coisa? Alguma dor ou tontura? -ele perguntou, olhando na sua papelada.

-Na verdade -frazi a testa -, estou sentindo uma ardência no meu braço, não sei se machuquei...-levatei o braço até meu campo de visão e levei um susto. Michael riu de leve do meu lado enquanto eu tentava entender se aquilo era mesmo uma tatuagem.

-Me diz que essa merda é de henna, Michael Clifford! -eu estava meio brava e meio assustada.

-Você fez uma tatuagem, Al? -Alex perguntou, mais confuso do que eu.

-Acredite, maninho, sei menos que você sobre o que está acontecendo.

Phil disse que voltaria mais tarde para me dar alta, mas que eu poderia começar a arrumar as minhas coisas e pedi para que Alex esperasse do lado de fora junto com Ashton e America. Fiquei sentada com os braços cruzados esperando que o imbecil do Michael dissesse alguma coisa sobre aquele "A.M." no meu braço. Mas ao invés de falar, ele me mostrou o seu. E, advinha? Ele também tinha aquela tatuagem!

-Quer dize que a gente fez uma tatuagem juntos? E a ideia foi minha? -perguntei, desconfiando de cada palavra que ele me dizia.

-Segundo os meninos, sim. Acho que Cal gravou, a gente pode dar uma olhada depois.

Revirei os olhos, ainda sem acreditar que eu tinha sido capaz de fazer algo assim. Depois que lavei meu rosto e comi alguma coisa, deitei na cama novamente, o soro me dava muito sono. Bati do meu lado, para que Mike se sentasse lá e assim o fez. Deitei em seu peito e fique ouvindo seu coração batendo, às vezes mais rápido que o normal.

-Wendy, eu vou ficar com você e Alex, okay? Pelo menos essa noite -ele disse, fazendo carinho no meu cabelo.

-Por que, Michael? Ficou louco? Acha que eu preciso de babá? -tentei levantar a cabeça, mas ele a segurou em seu peito mais forte -Quantas vezes acha que eu já não fiquei assim? Clarisse pode cuidar do Alex e eu posso ficar bem sozinha.

-Na verdade, eu dei folga para ela. E antes que você me mate -ele começou, como se estivesse lendo meus pensamentos-, ela disse que precisava visitar a mãe. Ela pediu, Ally, eu tive que aceitar.

Se tinha uma coisa que eu havia aprendido naqueles dias era que brigar com Michael era cansativo. Por isso, apenas assenti com o plano e deixei que ele ficasse me perguntando por horas porque eu não estava dando o contra. Aparentemente, eu sempre fazia isso.

Duas horas depois, Phil tirou as agulhas de mim e eu tive alta. Expliquei para todos que eu estava muito bem, Cal disse que tinha que falar comigo e Luke ficava perguntando de onde eu tinha tirado um irmão. Eu disse que contaria a história da minha vida outro dia, já que a única coisa que eu queria no momento era minha casa.

Meri deixou eu, Mike e Alex em casa, pedindo para que eu mandasse mensagem mais tarde avisando se estava melhor. Estava quase na hora do almoço e eu estava jogada no sofá, pois subir as escadas dava muio trabalho.

-Eles me mandaram uma carta -despejei do nada e Mike me olhou assustado -Meus pais -comecei a explicar -2017 e eles me mandaram uma carta avisando que não vão mais mandar dinheiro para mim e Alex.

-Ei, tenho quase certeza que eles não podem fazer isso! -ele parecia inconformado. Se eu não soubesse os pais que tinha, também ficaria.

-Eles avisaram que isso ia acontecer, Mike. Tenho quase dezenove anos já, eles cortaram contato por completo agora.

-Meu Deus, e o que você vai fazer? -chegou mais perto de mim, com expressão preocupada.

-Eu vou ter que arrumar um emprego. Vou ter que trabalhar, estudar, cuidar do meu irmão doente e cuidar de mim para não surtar. Isso soa como uma missão impossível.

-Como eu posso ajudar? Tem que ter algum jeito de eu ou os meninos te ajudarem.

-Eu estou sozinha, Mike -suspirei e segurei uma lágrima que queria cair -Estou sozinha e tenho que me acostumar com isso. Segunda começo a procurar alguma coisa.

A sala ficou em silêncio. Não o culpo, não tinha muito o que falar. Ninguém podia fazer nada, a não ser eu, que deveria procurar um emprego e lidar com as responsabilidades. Alex desceu as escadas dizendo que estava com fome. Eu não tinha condições de fazer nada, Mike não sabia fazer nada, então decidimos pedir uma pizza. Pizza de almoço, eu estava começando bem com essa coisa de fazer tudo sozinha.

Depois de comermos uma pizza inteira, Michael disse que precisava ir para casa pegar umas roupas e dar sinal de vida para sua mãe. Liguei para Meri e ela ficou um tempo comigo, até anoitecer. Decidi tomar um banho quando já estava me sentindo melhor e coloque um pijama qualquer. Se não estivesse mal, teria colocado o mais sexy que eu tinha, mas no momento o de gatinhos era uma opção viável.

Ainda não tinha ouvido barulho de Mike no andar de baixo, então liguei para Calum e deixei que ele contasse tudo sobre a declaração do Luke e do trampo que tiveram para chegar até o hospital. Eu estava feliz por eles, mas sabia que as coisas não iam só ficar bonitinhas daquele jeito. Estava conhecendo Luke o suficiente para saber que ele não cederia tão fácil.

Comecei a sentir um cheiro de queimado e desci as escadas. Todas as luzes estavam apagadas, exceto algumas velas acesas na cozinha. A mesa estava cheia de flores e, ao fundo, Mike sorria timidamente junto a um prato de macarronada.

-Eu queria ter feito algo melhor, mas aparentemente macarronada é a coisa mais fácil do mundo e fiquei com medo de errar -ele disse, servindo um pouco meu prato e colocando suco de uva numa taça. Muito original, Clifford.

-Se eu soubesse que isso seria um encontro, teria colocado algo menos... menininha -dei um beijo na sua bochecha e sentei ao seu lado na mesa.

-Eu já alimentei o Alex, ele está lá em cima, se preparando para dormir. E, ah, eu não queria chamar de encontro, mas já que você tocou no assunto... -piscou malicioso e eu ri -Temos uma tatuagem igual agora.

-Você é um idiota -respondi, sorrindo junto com ele.

Na verdade a macarronada estava muito boa. Ficamos contando sobre o que nos lembrávamos da noite passada e assistimos o vídeo que os meninos nos mandaram. Tudo estava tão... simples. Ele não ficou fazendo mil perguntas nem me olhando com pena e isso era uma das coisas que eu mais amava nele. E o fato de eu ter dito "amava" estava começando a explodir minha cabeça quando ele puxou um violão atrás de si e começou a fazer um discurso.

-Talvez você odeie o que eu vou fazer agora. Odeie mesmo. Te peço desculpas adiantadas. Mas eu fiquei muito tempo te observando e essas palavras simplesmente saíram pro papel. Enfim -ele riu de sua atrapalhação -, espero que entenda o que eu quero dizer.

Say goodbye to the halls and the classes

(Diga adeus aos corredores e às aulas)

Say hallo to a job and the taxes

(Diga olá a um emprego e impostos)

The weekends with old friends

(Os fins de semana com velhos amigos)

Spilling into 9 to 5 routine

(Falando sobre sua rotina das nove às cinco)

Tell me how you feel over and done with

(Me diga como você está cansada disso)

Like your life is a map with no compass to guide

(Como se sua vida fosse um mapa sem bússola para guiar)

At the bar drinkin' way too much

(No bar bebendo demais)

We sing along to "Forever Young"

(Cantamos juntos "Forever Young")

So here we go again

(Então aqui vamos de novo)

Wishing we could start again

(Desejando que pudéssemos começar de novo)

Minha cabeça estava (muito) confusa. Ao mesmo tempo que eu queria dizer para que parasse com aquilo tudo porque eu não era uma pessoa nada romântica e o jantar à luz de velas já tinha sido demais; eu também queria derramar lágrimas e suspiros por pensar que, porra, alguém tinha feito uma música para mim.

Alguém tinha parado e pego um tempo da sua vida para fazer uma música. Sobre mim. Para mim. Eu acho que estava começando a me apaixonar por aquele garoto.

Wendy, run away with me

(Wndy, fuja comigo)

I know I sound crazy

(Sei que pareço louco)

Don't you see what you do to me?

(Não vê o que fez comigo?)

I want to ber your lost boy, your last chance

(Quero ser seu garoto perdido, sua última chance)

A better reality

(Uma realidade melhor)

Wendy, we can get away

(Wendy, nós podemos fugir)

I promise if you're with me

(Prometo que se estiver comigo)

Say the word and I'll find a way

(Diga a palavra e darei um jeito)

I can be your lost boy, your last chance

(Posso ser seu garoto perdido, sua última chance)

Your "everuthing better" plan

(Seu plano para tudo melhorar)

Somewhere in Neverland

(Em algum lugar na Terra do Nunca)

Eu não conseguia digerir o fato de que ele tinha colado Peter Pan do meu da música. Parecia uma coisa tão idiota, um conto de criança, mas aquele desgraçado tinha conseguido tranformar em algo significante. Pela segunda vez.

Os meus batimentos acelerados estavam começando a me preocupar.

We'll start a life of the plain and the simple

(Começaremos uma vida modesta e simples)

Of great times with far better people

(De ótimos momentos com pessoas bem melhores)

And the weekends with our friends

(E fins de semana com nossos amigos)

Laughing 'bout the wine that stains their teeth

(Rindo do vinho que mancha seus dentes)

We'll talk about how your parents separated and

(Falaremos sobre como seus pais se separaram e)

How you don't wanna make the same mistakes as them

(Como você não quer cometer os mesmos erros que eles)

I'll say it's all about sticking it out

(Eu direi que o importante é aguentar firme)

And trying to feel forever young

(E tentar se sentir jovem para sempre)

So here we go again

Wishing we could start again

Wendy [...]

Ele terminou de cantar o refrão e ficou uns segundos encarando o chão. Eu sei que talvez não estava com a melhor expressão do mundo para demonstrar que havia amado, mas não me culpe. Eu sou nova desse tipo de coisa.

Ele guardou o violão e tomou uma taça inteira de suco. Tenho certeza que ele também esteja desejando que aquilo fosse vinho.

-Estou bem mais perdido do que você, mas acho que você pode ser um pouco "lost boy" também -ei comentei e ele levou seu olhar até o meu.

Mike tinha uma expressão de cofusão, não devia ter entendido o que eu havia dito. Então dei alguns passos até ele e me sentei em seu colo, tomando seus lábios para mim. Depois de entender o que aconteceu, ele agarrou minhas cintura e o senti finalmente relaxar na cadeira, explorando cada espaço da minha boca como se ela fosse o maior tesouro que ele já havia tido na vida.

Eu segurava em seu pescoço e tentava puxá-lo cada vez mais para mim. Eu queria que aquele momento durasse para sempre, que aquele sentimentos durasse para sempre. Eu tinha medo de seprara nossas bocas e tudo aquilo se esvair como num sonho. E eu só tinha certeza de que não era um sonho porque cravava minhas unhas em seu pescoço e sentia ele fazer o mesmo na minha cintura.

O olhar que ele tinha sobre mim quando parávamos para respirar... Aquele olhar seria capaz de acabar com as guerras no Oriente Médio em questão de segundos.


Notas Finais


Musiquinha que me deu da ideia da fanfic eee!! eheuhe
Espero que tenham gostado


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...