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História Sonhei Com Você (Mr. Boogie) - Bela Adormecida - Reconhecendo (Parte Dois)


Escrita por: Miakaaa

Capítulo 7 - Bela Adormecida - Reconhecendo (Parte Dois)


Fanfic / Fanfiction Sonhei Com Você (Mr. Boogie) - Bela Adormecida - Reconhecendo (Parte Dois)

Após um longo dia, o relógio marcava exatamente 20:17 da noite. O táxi escorregava constantemente na pista molhada pela chuva e meu coração saltava de medo. Olhei meu celular. Nenhuma ligação ou mensagem de Chiyeko. Amber já deve estar em casa á essa hora. 

Alguns minutos depois, paguei o taxi e desci com as sacolas. Corri depressa para dentro do meu bloco nos dormitórios e peguei o elevador, parcialmente molhada. 

Quando o elevador abriu no meu andar, dei de cara com Amber. Estava de bermuda, chinelos e uma camisa velha. O susto me fez abrir os olhos mais do que devia, o que a fez rir.

- Estava indo te buscar. - Disse com voz macia. - Isso é hora de chegar em casa? Vamos, me dê um pouco disso.

Antes que eu pudesse responder, Amber já havia pegado as sacolas mais pesadas, me deixando apenas com duas leves. Nossa. Ela é bem forte, certo?

Abri a porta para Amber e a fechei atrás de mim. A casa estava toda limpa e arrumada, e haviam velas na mesa da sala.

- Uau. Você que fez isso? - Perguntei boquiaberta.

- É... - Disse Amber, deixando as sacolas na mesa da cozinha. - Saí mais cedo do trabalho e resolvi arrumar um pouco as coisas. As velas são de cerejeira. Espero que goste.

- São cheirosas. - Respondi, seguindo Amber e arrumando as compras na geladeira.

- Miaka, a Chiyeko me ligou mais cedo. - Disse Amber, tirando as compras das sacolas e me entregando.

- É? Mas que gracinha. - Respondi sarcasticamente. - Estou ligando pra ela faz horas. Onde foi que ela se meteu?

- Err... - Amber parecia procurar as palavras certas. - Ela está em Seul. 

Com certeza não eram essas as palavras certas.

- O que? - Berrei, deixando um saco de pão cair no chão. - Seul? Que diabos ela foi fazer do outro lado do mundo?

Amber ficou muda e mexia as pernas energicamente. Parecia nervosa.

- C-calma, ela foi ver uma vaga de dançarina ou algo do tipo. - Gaguejou, pegando a sacola do chão e me guiando até a cadeira.

Apoiei os cotovelos na mesa da cozinha e apertei a ponte do nariz com dois dedos. Com os olhos fechados, tentei controlar minhas ações. Seul? Chiyeko enlouqueceu, só pode.

- Ela disse que conversou com o diretor dos dormitórios. - Disse Amber. - E parece que está tudo bem e que a vaga dela vai continuar fechada, pra quando ela voltar. Só que... Ela vai voltar só depois de três meses. 

Abri os olhos e encarei Amber, que parecia ainda mais nervosa. Sem dizer uma palavra, me levantei bruscamente e fui para meu quarto, batendo a porta atrás de mim com força. Corri até a sacada e deixei o vento bagunçar meu cabelo, respirando fundo e fechando os olhos. Três meses sozinha com Amber. Ah meu Deus, por que? 

Gotas de chuva invadiram a sacada sendo trazidas pelo vento, me deixando encharcada. Fechei a porta da sacada e me mantive de pé, sentindo as gotas geladas escorrerem pelo meu corpo.

Minha "paz interior" sumiu quando senti braços me envolvendo por trás e um corpo colando no meu. 

Venha para mim, Miaka.

Me virei bruscamente e vi Mr. Boogie na minha frente. Minha garganta gelou e minha espinha se arrepiava como nunca. Dei dois passos para o lado, prendendo as costas na parede. Minha voz não saía, minha respiração não fluía. Eu estava paralisada. 

Sorrindo, Mr. Boogie se aproximou e segurou o meu rosto com as duas mãos. Agora sua jaqueta branca havia sumido, revelando uma forma esguia e braços ligeiramente musculosos. Meu coração apertava á medida em que ela se aproximava, e eu não conseguia mexer meus braços. Em uma fração de segundo, seu rosto foi parar na curva de meu pescoço, me beijando ardentemente. O pior? Ouvi Amber vindo até meu quarto.

- P-pare... Pare! - Falei, rouca e quase sem voz. Boogie não me ouviu e, exibindo sua força, passou os braços pela minha cintura e me ergueu para si, me imprensando na parede e apertando minhas pernas. 

- Amber! - Gritei, sem um pingo de consciência.

Boogie me devolveu para o chão, e para acabar com minha sanidade, se jogou sacada abaixo, não antes de sugar meus lábios como um beijo de despedida.

Em pânico, esqueci o que era real e o que não era. Voei até o parapeito e me inclinei pra frente o máximo possível, gritando por Boogie até minha garganta doer. Rapidamente, senti os braços de Amber me agarrarem pela cintura e me guiarem até o chão, me abraçando com força em seguida.

Ela não fazia ideia do que estava acontecendo, mas sabia que era algo ruim. Ficamos ali, caladas por vários minutos, entrelaçadas nos braços uma da outra. Estávamos tão próximas uma da outra que as gotas de chuva não conseguiam passar entre nossos corpos, se acumulando nas nossas roupas. 

Pude sentir que seu coração batia acelerado. Seus braços me apertavam contra seu corpo, exatamente como Boogie faz. Suas mãos alisavam minhas costas, e ela tentava me acalmar como se acalma uma criança.

- Shh, shh, está tudo bem. - Sussurrava em meu ouvido.

Não sei quanto tempo ficamos ali, juntas, mas por um momento, esqueci todos os meus preconceitos e medos, e só desejava ficar um longo tempo nos braços da nova moradora dos dormitórios.



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