História Sonho realizado - Um sonho meu

    Já faz umas duas semanas que a Bianca não incomoda e nem liga direito para o Caio, de vez em quando ela manda algumas mensagens pedindo por ajuda nas lições e nada de mais, acho que ela aquietou o cu. Minha sogra antes de voltar para casa dela disse que ia me ajudar já que o Caio me fez ceder sobre algo absurdo, ela conseguiu uma ordem de afastamento para nós dois com um amigo advogado dela, mesmo com o Caio ficando um pouco bravo dizendo que não tinha necessidade ele concordou depois de ser xingado de egoísta. Hoje eu ia fazer a janta já que o Caio disse que ia trabalhar em home office com alguns projetos e oportunidade da faculdade. Decidi que ia fazer macarrão a carbonara e para tomar um licor de uva, nada de álcool porque estamos trabalhando e não queremos correr o risco de ficar bêbados. Quando eu terminei de preparar tudo decidi fazer uma sobremesa um delicioso carpaccio com muitos morango e chocolate. (N/A: o nome das comida é chique mas na verdade é bem fácil de fazer tudo) Me certifiquei de que tudo estaria perfeito, fui até o quarto para chamar o Caio pra jantar, dei algumas batidas leve na porta e ele tinha acabado de sair do banheiro e tava apenas com a toalha na cintura e a barba mal feita.

 

— Amor o jantar está pronto, eu vou tomar um banho rapidinho e você põe a mesa tá bom?

 

— Pode deixar comigo mulher, pelo cheiro deve estar uma delícia.

 

  Dei um selinho nele e tirei a toalha da cintura dele pra usar tomei um banho rápido e coloquei uma calça de moletom com uma blusa de manga comprida, quando fui até a cozinha olhei o Caio de cima a baixo só de samba canção preta e com a camisa no ombro. Dei um tapinha na bunda dele e esperei ele terminar de pôr a mesa pra gente começar a comer. Estava realmente gostoso me impressionei com a comida que eu fiz, depois de terminamos a janta e a sobremesa eu tirei a mesa e o Caio foi lavar a louça, combinamos de sempre dividir as tarefas, e depois de arrumar tudo deitar abraçados e ler um livro ou ler uma série. Estávamos deitados no sofá de boas quando alguém bate na porta eu olhei e era quase onze horas, estava um pouco tarde e a gente não estava esperando ninguém e nenhuma visita, me levantei e fui abrir a porta, nesse momento duas coisas se passaram pela minha cabeça, eu deveria ter perguntado quem é e ter olhado no olho mágico antes de abrir, e saber que a calmaria estava boa demais para ser verdade,

 

— Desculpa incomodar, mas eu posso entrar?

 

  Minha vontade era de dizer não, mas o Caio apareceu atrás de mim e disse que ela podia entrar.

 

— Então Bianca, o que te traz aqui a essa hora da noite? Aceita sobremesa ou água?

 

— Aceito sim obrigada, na verdade eu queria pedir por ajuda e passar a noite aqui com vocês.

 

   Eu estava estranhando pra caralho esse pedido do nada, porém parei um segundo para olhar pra ela, seu rosto estava vermelho e seus pulso com marcas roxas, por um momento eu fiquei com um peso na consciência e entreguei pra ela um pouco da sobremesa e água.

 

— O que houve?

 

— Meu padrinho decidiu que eu deveria depender de mim mesma de agora em diante e me deixou sozinha em um apartamento, eu saí de uma entrevista de emprego e passei, para comemorar eu fui em um bar e quando me dei conta já estava tarde e um cara me agarrou pelo pulso e me puxou para um beco, um policial apareceu e me trouxe até aqui.

 

   Ela falava tão tranquilamente que até me impressionei com a essa história de quase abuso que ela resumiu sem muitos detalhes, ela estava um pouco bêbada e era visível, mas de todos os lugares para pedir para um policial levar ela por que a minha casa? No meu momento de paz e amor, por que ela apareceu? Principalmente com uma história tão besta e mal contada. Respirei fundo algumas vezes e puxei o Caio para um canto, depois de conversar concordamos em deixar ela ficar pra dormir, contanto que ela dormisse na sala e nós dois no quarto com a porta trancada, ele concordou e ajudou ela a arrumar o sofá para dormir, nunca pensei que isso poderia acontecer depois da sala arrumada para hospedar ela comecei a ficar enjoado com o cheiro de álcool dela e do perfume acho que só de olhar para ela me deixou enjoado e fui correndo para o banheiro vomitar, o Caio apareceu atrás de mim preocupado e eu disse que não foi nada, escovamos os dentes e fomos dormir no quarto, eu fiz questão de pegar uma garrafa de água e deixar perto da cama e fui trancar a porta. 

 

— Precisa mesmo trancar a porta?

 

— Vai que ela é sonâmbula, nunca se sabe

 

— Kkkkk você é muito fofo quando tá com Ciúmes, mas eu acho que ela está traumatizada e não vai poder fazer nada naquelas condições.

 

— Eu ainda não engoli aquela história estranha que ela contou, porque de tantos lugares pra ir ela decidiu vir aqui, e ainda por cima cheirando a bebida com uma história mequetrefe.

 

— Não é possível que você não tenha visto as marcas delas.

 

— Eu vi e ainda não acredito, aquele olhar vazio sem lágrimas como se tivesse inventando uma história não mexeu comigo.

 

— Olha eu vou dormir para não discutir e ficar estressado, boa noite.

 

   Ele simplesmente virou de costas para mim e foi dormir, talvez eu estivesse exagerando, mas ainda acho tudo isso estranho e desconfortável. Eu acordei primeiro que o Caio e fui pra cozinha fazer café, a Bianca já estava acordada e tinha arrumado o sofá em que dormiu.

 

— Bom dia.

 

— Bom dia Andreivid, bom eu já vou indo, não quero abusar da sua hospitalidade, avisa pro Caio que eu saí mais cedo pra não incomodar vocês dois, e obrigada por tudo.

 

— Imagina, me desculpe por qualquer coisa.

 

   Abri a porta e ela saiu, ficou um clima um pouco estranho mas está tudo bem pelo menos.

 

         ------- Spin-off -------

 

     Acordei e o Andreivid não estava na cama, escovei os dentes e fui para cozinha tomar café, quando eu cheguei o Andreivid me explicou que a Bianca tinha acabado de sair. A gente comeu em silêncio e depois ele saiu para trabalhar parece que ele ia ter que refazer alguns desenhos de última hora e detalhar mais, e depois sair para fazer um trabalho pra entregar na aula. Ou seja, hoje eu teria a casa o dia todo pra mim, depois do café ele saiu e foi para o trabalho, eu comecei arrumando o quarto e o banheiro, depois a sala e a cozinha, no horário do almoço eu decidi comer fora de casa porque não queria esquentar comida. Parei em uma lanchonete perto de casa mesmo e fiquei mexendo no celular, apareceu um anúncio peculiar e eu apertei pra ver e por ali decidi fazer umas compras, voltei pra casa e decidi olhar melhor pelo notebook, peguei um kit Harness com cueca box, mordaça e algemas na cor rosa, comprei gel lubrificante com sabor de morango,um anel peniano, e pomada (vai que ele precisa depois). As compras ia chegar hoje mesmo a tarde, então tive tempo para passar no mercado e comprei alguns chocolates e Amarula de romã, passei perto de uma barraca para comprar flores. Pedi o carro da minha mãe emprestado e separei uma roupa, mandei mensagem pro Andreivid avisando que eu ia buscar ele, olhei pra ver se não tinha nada bagunçado, com um pouco de amaciante e álcool passei pano na casa para deixar ela cheirosa e despedacei as rosas pra espalhar pelo quarto, troquei os lençóis da cama para um preto e a fronha dos travesseiros para vermelho, quando as compras chegou eu deixei tudo no banheiro com um bilhete, no final da tarde tomei banho e me arrumei para buscar o Andreivid.

 

    Peguei o carro da minha mãe o que me faz pensar que eu preciso comprar um para nós dois, no caminho comprei flores para ele e esperei ele em frente ao Dante, respirei fundo estava um pouco envergonhado, lá de dentro saiu uma moça bem alta e morena com os cabelos vermelhos, deveria ser uma drag que o Andreivid falou.

 

— Queridinho aqui no nosso estabelecimento a regra é clara: clientes não namoram as nossas divas.

 

— Desculpa, eu tô esperando meu namorado, ele trabalha aqui e disse que já estava saindo.

 

—Hummmm e eu posso saber quem é o sortudo?

 

— Euuuuu, oi Caio, demorei muito?

 

   Dei um abraço e um selinho no Andreivid e entreguei o buquê pra ele, ele se despediu da colega dele e eu abri a porta do passageiro pra ele entrar. Na volta para casa perguntei como foi o dia dele, e como estava indo o trabalho, quando chegamos em casa disse pra ele ir tomar um banho que eu ia pegar algo pra gente beber, e fui abrir a Amarula de romã e levei copos com gelo para o quarto, ele saiu já vestido com o kit e a cueca box, eu fiquei um tempo olhando pra ele e quem iria imaginar que eu iria me apaixonar por esse preto cacheado da cor do pecado, ele estava parado em pé com o braços cobrindo o corpo porque estava com vergonha, tomei um pouco da Amarula e fui até ele e o peguei no colo e coloquei na cama.

 

— Hoje a gente vai fazer algo diferente, tá bom?

 

— O que você quiser.

 

  Dei um beijo nele e peguei as algemas, levantei as mãos dele até a cabeceira e deixei ele preso, voltei a beijá-lo eu estava morrendo de tesão nele daquele jeito, beijei o pescoço dele e dei algumas mordida em suas orelhas enquanto beliscava seus mamilos, aos poucos seus gemidos eram audíveis por todo quarto, ele estava tão sexy e eu queria meter nele nesse momento, mas hoje eu vou provocar ele até ele enlouquecer. Tomei um pouco mais da Amarula e peguei uma pedra de gelo para passar pelo seu corpo.

 

— O caraio tá gelado.

 

— E quem foi que deixou você falar ou reclamar? Não me lembro de ter te dado permissão.

 

   Deixei o cubo de gelo na sua barriga e peguei a mordaça pra por nele. Continuei a passar gelo no seu corpo e entre a suas coxas, ele se contorcia com sensação e também já estava duro, voltei para os beijos e carícias só que no seu pal, mesmo sendo um pouco grande eu enfiei tudo na boca e o chupei, passei lubrificante na sua entrada e introduzi meus dedos aos poucos fazendo movimentos de vai e vem até ele gozar na minha boca, engoli tudo e virei ele de costas pra mim. Passei lubrificante na parte interna do anel e no meu pal também, eu vou retardar o máximo possível minha vontade de gozar, enfiei meu pal bem de vagar e iniciei os movimentos de vai e vem bem lentamente, dando tapas naquela bunda deliciosa. Seus gemidos eram baixinhos, mas toda vez que eu acertava um tapa ele gritava de prazer, com o tempo fui aumentando a velocidade e o troquei de posição virando ele para mim, E fui cada vez mais forte. Já estávamos a um bom tempo assim e eu estava louco de prazer tava querendo muito gozar, já estava com chupões e mordidas do Andreivid por ter mantido até agora o mesmo ritmo,Já perdi as contas de quantas vezes ele gozou, meu corpo está todo marcado por arranhões também.

 

— Caio eu já não tô sentindo meu cu, pelo amor de deus 

 

— Eu vou te foder até você engravidar

 

Levantei suas pernas até meu ombro e o masturbei para que ele gozasse mais pra mim, eu já estava cansado mas não queria parar, eu já estava no meu limite e aquele anel não podia mais atrasar, senti como se tivesse jorrado tanto que meu pal saiu pra fora e eu continuei gozando em cima dele. Desprendi as algemas dele e cai morto de cansaço do lado dele o abraçando por trás.

 

         -------- Fim da Spin-off ----------

 

 

      Tive que fazer uma greve de sexo e passar em um médico já que eu perdi a sensibilidade do cu, agora eu tenho que passar uma pomada duas vezes ao dia, o problema é que o cheiro dela me deixa enjoado e eu acabo vomitando as vezes, ou quando eu como algo muito gorduroso, eu tenho me sentindo meio estranho como se algo faltasse na minha vida, eu já tenho um emprego e estou quase terminando a faculdade, falta alguns meses para eu completar,e o Caio falta só mais um ano e agora ele está trabalhando e estamos recebendo uma renda extra do dinheiro do aluguel. Eu estou voltando pra casa agora do consultório, eu fui ver o por quê de eu estar passando tão mal sem sentido algum, foi feito um exame de sangue, um raio-x e uma ultrassom, eu vou deixar pra ver em casa já que o Caio disse que tinha uma surpresa para mim hoje.

 

    Entrei e a casa estava bem cheirosa, e arrumada, e a última vez que eu cheguei e a casa estava cheirosa e arrumada meu cu ardeu e sofreu, a mesa tinha frango e purê de batata a luz de velas e no sofá uma caixa enorme, Caio apareceu de terno tô bem vestido e eu não estava entendendo nada com nada.

 

— Ué pra que tudo isso meu amor?

 

— Bom, você disse que estava faltando algo aqui em casa sabe? e quando eu estava indo para faculdade eu percebi algo estranho, e bem demorou um pouco mas finalmente você vai poder conhecer ele.

 

— Ele?

 

      O Caio abriu a caixa e tirou um bebê bem pequeno recém nascido lá de dentro, ele dormia tão tranquilamente, que eu não pude acreditar. Eu fui até ele com calma e peguei o bebê, ele era tão lindo e perfeito que de repente eu senti minhas pernas mole e meu corpo quente, meus olhos marejaram de emoção e então não pude conter as lágrimas, eu estava bem emotivo de certa forma e não consegui me conter de emoção.

 

— Quando eu estava indo para a faculdade eu vi uma mulher jogando uma caixa fora e tinha um som de bebê vindo dela, no início eu não acreditei então parei pra ver, e quando eu abri e vi ele lá sem nada e o sangue no chão liguei para a polícia e os bombeiros, tive que mandar mensagem para o trabalho avisando que tava na delegacia e ia faltar hoje, foi um longo tempo dando depoimento e conversando com o conselho tutelar, ele foi levado para o Hospital e eu tive que abrir um processo.

 

— Espera, você está me contando muito rápido, deixa eu me sentar primeiro. E me fala com calma por que você abriu um processo.

 

— É um processo de adoção, a vara da educação já foi acionada e uma assistente social vai vir aqui olhar a nossa casa e fazer perguntas, a gente tem a guarda dele só por hoje, depois ele vai para um abrigo e a gente vai entrar no sistema para adotar ele, e brigar na justiça.

 

— Então só por hoje ele vai ficar com a gente?

 

— Sim, às 22h então só por enquanto vamos aproveitar esse momento?

 

— Bom agora é umas 15h a gente ainda tem tempo para aproveitar

 

  Ficamos sentados na sala sorrindo que nem besta, aqueles momentos de paz e tranquilidade me fizeram tão bem, ele acordou perto da hora de ir embora e abriu um sorriso tão lindo e tão perfeito, que por um momento eu achei que nada poderia estragar aquele momento. Até que deu 22h e nós tivemos que entregar o bebê para a conselheira, e ela olhou a nossa casa por inteiro e revistando tudo e fazendo perguntas sobre nós e a quanto tempo estávamos juntos, se éramos casados, e depois de anotar tudo disse que encaminharam um advogado para nós. 

 

    Depois que levaram o bebê embora e voltei a chorar, e me desabar em lágrimas não encostamos na comida da mesa, do jeito que eu cheguei ela estava lá ainda, o Caio guardou tudo na geladeira e nós fomos dormir um pouco chateados, eu não consegui parar de chorar.

 

— Caio?

 

— Oi meu amor?

 

— Você acha que a gente vai conseguir a guarda

 

— Vai ser difícil, casal gay, não casados sem registro de união estável, vai ser difícil, mas a gente vai conseguir, porque no final de tudo parece que a mulher não queria cuidar do seu filho, e a gente quer não é?

 

— Sim eu quero muito ter um filho com você

 

— Então a gente vai conseguir adotar ele, então qual foi o resultado dos exames?

 

— Eu nem vi, eu ia deixar para abrir quando chegasse aqui, amanhã a gente olha, agora tudo que eu quero é dormir no seu abraço.

 

    Caio me abraçou bem forte e me encheu de beijos, eu me sinto tão feliz e triste ao mesmo tempo, ver aquele bebê me encheu de amor e angústia, eu queria muito ter um bebê principalmente se fosse uma princesa linda, mas saber que a pessoas que são capazes de fazer aquilo com um recém nascido me deixa de estômago revirado em pensar o que poderia ter acontecido se o Caio não tivesse olhado o lixo. Com um pouco de dificuldade eu fui adormecendo, deixando o cansaço me apagar totalmente , mas tive que acordar no meio da noite para ir ao banheiro vomitar, não tenho certeza se um dos efeitos da pomada que eu estava usando era enjôo, mas que aquilo estava me irritando muito de ter que passar mal toda hora, se eu não fosse homem de verdade diria que eu estou grávida, porque já faz mais de 20 e pouco anos que a minha menstruação não desce. Mas não há nada de errado com o meu corpo, meu peso continua igual, então talvez não seja algo com que eu deva me preocupar.