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História Sonhos de Natal. - Surreal?


Escrita por: 2ofMay

Notas do Autor


Olá pessoal!
Antes de tudo, Feliz Natal para vocês! <3
Este é um yaoi, Kirino, Shindou e Ibuki, e está sendo feito em parceria com uma amiga muito querida minha.
Será uma TwoShot, e o ultimo capitulo terá lemon! *-----*
Esperem um pouco. A Cáh e eu nos divertimos montando a fic e espero que você aproveitem!
Boa leitura! ;)

Capítulo 1 - Surreal?


Sonhos de Natal

1. Surreal?

Era uma noite muito estranha para ser Natal. O fato de que eu não podia ver ou sentir a neve me deixava desanimado. Estava observando todas aquelas pessoas ali, e nenhuma delas fazia parte de minha família. Como podia não me sentir a vontade com os novos Inazuma Japan, depois de tantos meses? Os via ali, conversando, devorando um prato de comida, ansiosos por novas temporadas de jogos na Galáxia e mesmo assim... Não fazia parte de mim, não eram absolutamente ninguém na minha. E então, eu sentia esse espaço vazio, muito vazio. Não havia nada ou ninguém que pudesse preencher aquele espaço, que me acompanhava desde que eu era mais novo.

Na verdade, existia sim. Uma delas era um garoto de olhos cristalinos, pele clara e cabelos rosados. O nome dele era Ranmaru Kirino, e ele é a pessoa mais gentil que já conheci. Tinha uma voz doce e agradável, se movimentava com leveza e graciosidade, nunca deixando de sorrir. Oh, sim. Se existe uma pessoa no mundo, com quem eu gostaria de estar agora, era ele. Ranmaru Kirino. E o meu Natal seria a coisa mais emocionante do mundo.

Suspirei baixinho e minhas esferas se fixaram em outras com cor lilás, com a luz, elas pareciam até escurecer e adquirir uma cor mais escura. Olhar para Ibuki, fez com que meu coração saltasse algumas vezes e minha face ficasse quente, desviei os olhos no minuto seguinte. Embora, Ibuki fosse totalmente o oposto de Kirino, ele era atraente a sua forma. Não só no olhar ou no cabelo de fios brancos macios ou na pele sedosa. Ele era... Bem, não havia uma palavra certa. Ou pelo menos eu ainda não tinha a achado. Mas... Ibuki era MUITO atraente, em tudo, desde voz grossa até o corpo definido.

Levantei da mesa e comecei a andar para meu quarto, eu só precisava de um descanso para parar de pensar nessas coisas absurdas. Cheguei à conclusão que amava Kirino, mas desejava Ibuki e não podia fazer nada para possuir os dois. Então, apenas deixei que minha mente viajasse -demais- em pensamentos do que em soluções.

–Shindou-san, não vai ficar com a gente para vermos um filme? - Matsukaze Tenma, o capitão do time e meu melhor amigo no momento, perguntou com um sorriso alegre.

–Não, eu quero dormir um pouco... Você se importa? Estou cansado.

–Não, tudo bem. Você deve estar exausto depois de passar o dia todo com Ibuki naquele planeta.

Não pude evitar a sorrir. Era muita ironia ficar preso com aquele cara no Natal? Será que era um sinal ou algo assim? Como se alguém tentasse nos dizer: “Ei, eu deixei que Ibuki e você pudessem ficar perdidos juntos para se acertarem, EMOCIONALMENTE e talvez FISICAMENTE. Mas não mentalmente. Aproveite!” Droga de pensamentos estranhos. Aquele planeta não me fez bem, acho que foi a temperatura.

–Vou dormir só um pouquinho. - Prometi a Tenma.

–Bom descanso Shindou-san! - Ele pegou minha mão. - Mas se não conseguir dormir, junte-se a nós, por favor! E... Ah é! Feliz Natal!

–Obrigado, Tenma. Feliz Natal para você também.

–Bom, até mais tarde. - Tenma se afastou e voltou com os outros. Permiti-me sorrir mais uma vez. Tenma era uma pessoa boa, gentil e muito legal. Mas não sabia esconder quando estava decepcionado com alguém. E esse alguém, eu poderia apostar, que era Kyousuke Tsurugi. -Dê um presente bom de Natal a ele e Pixie. E eu a recompensarei depois.

Ouvi Tenma dizer, mas não consegui entender o porquê, já que Pixie não estava conosco. Bem, de qualquer forma, quando cheguei ao quarto, apenas tirei a jaqueta e me joguei na cama. Poderia ficar pensando por muitas horas, sobre como me sentia em relação à Kirino e Ibuki. Mas eu sabia que não tinha jeito de ficar com os dois para mim. Então, caí em um sono profundo.

*****

Havia neve por todo canto da cidade. Inazuma era uma cidade de neve branca. Mas a estação não era perigosa para ninguém. Crianças brincavam com seus bonecos na neve, jovens patinavam no gelo e idosos passeavam pelo parque branco.

Foi muito estranho ter de acordar naquele estado. Não estava nevando antes. Eu me lembro muito bem disso. Não estava nevando. Não neva no espaço.

Mas eu estava em casa, com um cobertor quente na minha cama espaçosa, e vi a neve cair, e podia senti o frio do dia. Como sempre fazia, peguei seu casaco roxo e o vesti. Mas estremeci, roxo me lembrava de alguma coisa. Ou de alguém.

De qualquer forma, desci as longas escadas da minha mansão e vi meus empregados andando feitos loucos a enfeitar a casa. Da onde veio aquele pinheiro enorme?

–Espera! Yumi, o que está havendo? Meus pais virão para o Natal?

–Oh não, Mestre Jovem. O senhor mesmo pediu para que nós enfeitássemos a casa, disse que queria dar uma impressão boa aos seus amigos, o Mestre Ranmaru e o Mestre... Oras, estou ficando velha! Não me lembro do nome... Começa com M... Vou me lembrar.

–Munemasa? Eu chamei Ibuki aqui? Chamei? Chamei Kirino? Por quê? Porque eu chamei os DOIS para cá?
–Porque o senhor não queria passar o Natal sozinho. Disse que eles são seus melhores amigos e queriam que viessem. Além disso, queria que os dois fossem amigos, porque ambos não se gostam. É muito gentil de sua parte fazer isso por eles, Mestre Shindou.

–Ahn... - Que tipo de idiota eu sou? Não deveria chamar eles aqui, quando me sinto em duvida sobre eles. Isso está errado. - Bem, continue o que está fazendo, por favor.

–Sim. - A empregada sorriu e continuou o seu serviço.

Isso é tão estranho. Porque fico me recordando que estava no Espaço? Quer dizer, quem passa o Natal no Espaço? Não é isso que está errado. Ibuki não deveria conhecer Kirino... Conhecendo ele e sabendo que eu amo Kirino, vai querer uma briga com ele... E... Ah! Não era isso que eu queria? Natal? Neve? Amigos próximos? Pois bem, tenho tudo isso. Cale a boca, Shindou.

Você já teve momentos em que pediu para você mesmo calar a boca? Pois é. Esse foi meu primeiro, e me senti meio ressentido comigo mesmo, mas logo o sentimento desapareceu e outro surgiu, a felicidade. De verdade, senti falta de poder abraçar alguém, como abracei Kirino. Sentir os braços dele me evolvendo no quadril e o cheiro do morango que vinha de seus cabelos rosa, e a fragrância Armani que estava no pescoço.

–Shindou! - Kirino arfou ar gelado para fora. -Está fazendo muito frio lá fora, mas sobrevivi vindo até aqui.

–Que bom. - Sussurrei não o largando do abraço apertado.

–Ai, ai! Vai esmagar minha coluna. Calma Shindou. Teremos o dia todo para nos abraçar! - Kirino sorriu e seus olhos brilhavam.

Algo naquelas palavras me fez corar, e apenas vi Kirino subir graciosamente as escadas até meu quarto, mas não ousei segui-lo. Observei da janela, meu jardim e pude ver tudo congelado, de uma forma delicada e bela, e fiquei contente por ter neve ali. Neve era bom, era legal, o que seria do Natal sem neve? Bem, não seria um Natal completo.

Notei que aquele lugar estava muito quieto, então isso significava que já não havia empregados na casa e que estava completamente sozinho com Kirino.

Não acredito que mandei meus empregados embora agora. Não quero ficar sozinho com Kirino. Eu não posso...

–Desculpe o atraso. - Uma voz aveludada e baixa ecoou quando a porta se abriu. - Oi, trouxe sorvete!

–Estamos no Inverno, Ibuki. Não comemos sorvete no Inverno, faz mal.

–Não seja bobo, sorvete é para qualquer hora e lugar. Além disso, - Ibuki pausou e sorriu malicioso. -É de baunilha, e eu sei que é seu favorito.

Sorri um pouco. Gostava mesmo de baunilha, mas não sei explicar o porquê, já que sempre amei o morango. Aceitei o abraço de Ibuki, e senti os lábios dele roçarem abaixo de minha orelha levemente, me deixando arrepiado. Contive-me a não soltar nenhum gemido ou suspiro.

Algo nos olhos de Ibuki parecia dizer: Você será meu essa noite. Espere só.

–E quem foi que te disse que baunilha é o preferido dele? Caí fora Munemasa! Eu cheguei primeiro! - Kirino gritou gentilmente da escada.

–Ah, não. Não me diga que chamou ele aqui.

–Ele é meu melhor amigo. - Corrigi.

–Ele é chato.

Kirino revirou os olhos e desceu, puxando-me um pouco para longe de Ibuki.

–Porque chamou ele? - Sussurrou o rosado.

–Ele também é meu amigo.

–Sou seu amigo há mais tempo! Quero credito! - Protestou ele batendo o pé no chão.

–Kirino, por favor... É Natal. - Sorri de forma carinhosa a ele.

–Era o NOSSO Natal, não o NOSSO Natal e do Ibuki. Não quero dividir isso.

–Não seja egoísta.

–Você que é egoísta! Você só pensou em você e não pensou em como eu me sentiria vendo ele aqui.

–Deixe de ciúmes. - Sorri.

–Ah, cala boca.

–Vou levar isso na geladeira. - Apontei para o pote de sorvete. - Tentem não se matar enquanto isso.

Ambos sorriram para mim, mas quando sai, eu sabia que eles começariam a se provocar.

~~~//~~~

–Você não perde uma chance, não é Ibuki? - Kirino disse com desdem.
–O que é certo é certo. Mas não quero você aqui. Vá embora. - Ibuki sorriu provocante a Kirino.

–Não! Não mesmo! - Kirino se balançou agitado e depois sussurrou. - Se você acha que eu vou embora só porque você está pedindo, pode sonhar com isso. Eu vou ficar aqui. Eu vou passar o Natal aqui com ele. Vá VOCÊ embora.

–Todo mundo sabe que Shindou não vai te dar uma chance, depois de todo esse tempo. Aceite o fato, ele partiu para outra!

–Ah, cala boca. Você só sabe falar, mas não o vi fazer Shindou correr por você.

–Isso porque você não estava conosco na estadia Galaxy. Aconteceram muitas coisas que você se morderia de inveja.

–Ah, é? Tipo o quê? “Olha, vejam! Eu abracei Takuto Shindou e dei um mini beijinho no pescoço dele. Não sou demais?” Faço coisas melhores, Ibuki.

–Não passa de uma garotinha você, sabia? Já lhe disseram isso? Que parece uma garota? Shindo nunca vai te querer, ou te desejar, você não é atraente.

–Como se você fosse, não é?

–Eu sou muito desejável. - Ibuki sorriu e sussurrou no ouvido de Kirino. - E beijo bem.

–Está me dizendo que eu não beijo bem?

–Interprete como quiser rosinha. Mas vá embora, esse Natal não é seu.

–Esse Natal não é SEU. - Kirino grunhiu, e ambos voltaram a sorrir quando Shindou voltou.

–Essa casa é imensa, o que querem fazer?
–Alguma coisa que seja de dois? - Kirino sugeriu.

–Dois. Isso. Shindou e eu. E você fica olhando. É mais esperto do que imaginava, Ran. - Ibuki sorriu malicioso.

–Não. Me. Chame. Assim.

–Não é ótimo ter duas pessoas que se gostam na minha casa? - Shindou sorriu forçado. -Venham, temos muita coisa a fazer.

~~~//~~~

Acho que fui à única pessoa que notei que à tarde já estava acabando, e isso só poderia ser notado se eu não estivesse me divertindo. Eu já tinha esquecido o porquê das duvidas de ter acordado aquela manhã em casa e ainda mais de ter chamado Kirino e Ibuki para passarem o Natal ao meu lado. Qualquer que fosse a época que isso acontecerá, não parecia ter sido uma boa ideia. Ibuki e Kirino discutiam em praticamente tudo, sempre havia uma forma de ambos se irritarem.

No Twister.

–Será que você não sabe brincar de Twister, Ran? É o azul, não o verde!

–É o verde, e eu quero o verde! E o verde fica do lado do Shindou, e é para lá que minha mãozinha vai!

–Ah não, mas não vai mesmo! - Ibuki puxou a mão de Kirino e fez com que este se desequilibrasse, todos caímos no tapete.

–Viu? Eu disse que era no verde, seu tapado!

–Era no laranja. - Corrigiu me levantando do tapete.

Na Mímica.

–O que é isso? Um macaco? Um canguru? Uma baleia? Um cachorro?

–É um mamute, seu idiota! Mamute são legais.

–Você imita um mamute muito mal.

–Ah, vai dormir na casa da mãe Joana, vai!

–Joana não! Você não sabe o que fala quando pronuncia esse nome! Joana é legal!

No Imagem & Ação.

–Que isso? Um rabisco de uma criança no jardim?

–Claro que não, isso é uma obra de arte! É um coelho. - Kirino sorriu.

–Tá mais para um coelho todo desmembrado... - Ibuki murmurou e eu ri, sabendo que uns dos dons que Kirino não tinha, era desenhar.

–SHINDOU!

–Desculpa, desculpa... Eu não tava rindo.

–Tava fazendo o que então?

–Academia para lábios.

–Ah, cala boca.

E até nos jogos de videogame.

–Você bate que nem uma garota, Ranmaru.

–Garota é? Quem foi que levou nocaute hein? Hein? É, meu querido, foi você!

–Eu deixei, porque sou legal.

–Não, você é fraco mesmo.

–ESCUTA AQUI, eu não gosto de você!

–Como se fizesse diferença na minha vida. Não gosta de mim? Saia por aquela porta e você nunca mais me verá. Feliz Natal.

–Não vou a lugar nenhum.

–Que pena, continua sendo fraco.

Suspirei e continuei a ouvir as provocações. Bem, qualquer que tenha sido minha ideia para juntá-los, isso é inútil. Eles se odeiam, e eu gosto de ambos. Não posso fazer nada para deixá-los juntos, mas não quero escolher. Se eu pudesse ter... Os dois... Se...

Balancei a cabeça e afastei o rubor, não podia pensar nisso agora, mas também tive de aguentar ficar vendo os dois discutirem a tarde toda e já estava cansado.

–Chega! Chega vocês dois! Eu não aguento mais vocês dois gritando um com o outro! - Levei meus braços para frente, quase suplicando. - É natal! Fiquem felizes!

–Ele não me deixa feliz. - Kirino fez uma careta.

–E a garotinha mimada continua falando... - Ibuki revirou os olhos.

–EU. NÃO. SOU. MIMADA. E. EU. SOU. UM. GAROTO. ENTENDEU? - Kirino insistiu no seu argumento pela décima vez, mas eu já tinha ouvido esse argumento um milhão de vezes, então para mim já deu.

–CHEGA!!!

–Sinto muito Shindou, mas você escolhe. Ou ele ou eu! - Oh, ótimo. Tudo que eu MAIS queria era ter que escolher um dos dois...

–Ele vai ME escolher, é claro. - Ibuki sorriu confiante para Kirino, mas alguma coisa em seus olhos me fez pensar, que aquilo era uma pergunta. Como, você vai ME escolher não é? Eu não podia dar-lhe uma resposta.

–Não me faça rir. - Kirino jogou as marias chiquinhas para trás e esperou a resposta.

E acredite isso aconteceu muito rápido. Por isso, eu só tive tempo de explodir em gritos. Assim:

–QUEREM SABER QUEM EU VOU ESCOLHER?? QUEREM??? MEU PIANO! BOM NATAL PARA VOCÊS!

Depois disso, você pode imaginar aquelas pessoas estressadinhas, subindo a escada bufando, resmungando porque isso tem de acontecer justamente a elas. Mas a diferença dessas pessoas e a mim, é que, elas não tocam piano.

Quando sentei e coloquei minhas mãos nas teclas, me senti feliz, e percebi o quão longo era o tempo que eu não tocava uma nota no piano. Eu não sabia o que Kirino ou Ibuki estariam fazendo agora, mas eu não ligava. Eu queria tocar piano.

Comecei a tocar Hallelujah, e cantar para mim mesmo, aquela música era deprimente, mas bonita e eu gostava. E parecia perfeito. Uma noite de Natal no piano, tocando músicas bonitas e vendo a neve cair.

Percebi que não era isso que eu queria. E que se, de algum modo, isso que está acontecendo, é real ou não, se Kirino e Ibuki estavam aqui porque eu os chamei, eu devia estar lá para eles, mesmo que eles me quisessem separados. Um Natal que pudesse passar com eles, apenas ali, comigo, todos nós juntos, era o que me importava.

Devo ter me envolvido muito com a música porque notei um silêncio profundo e isso significava não haver discussões. Kirino e Ibuki haviam finalmente feito um trégua... Por mim?

Eu precisava ver isso.

~~~//~~~


Notas Finais


e aí, galerinha?
gostaram desse primeiro capítulo?
mande seus reviews :}

Feliz Natal! *---*
Até a próxima!


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