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História Sonhos de Primavera (Perversões em Westeros) - Cersei e Taena em Porto Real


Escrita por: Flavia_100

Notas do Autor


Aviso de antemão que este capítulo é controverso.

Capítulo 27 - Cersei e Taena em Porto Real


Fanfic / Fanfiction Sonhos de Primavera (Perversões em Westeros) - Cersei e Taena em Porto Real

Se existia uma coisa que Cersei odiava mais que os seus inimigos, era o fato de ter nascido mulher. Desde que alcançara idade suficiente para discernir olhares, ela percebeu como os homens a observavam com olhos predatórios, embora discretos e cautelosos.  Além da inconveniência que era não ser totalmente ouvida e levada a sério por causa de sua condição natural, os seus súditos, servos e subordinados não desrespeitavam jamais sua autoridade, mas sempre a questionavam se ela tinha realmente certeza sobre alguma decisão tomada, algo que nunca os viu fazer quando se tratava do Senhor seu pai.

Não eram raras as vezes em que ela desejava ser homem, para tomar definitivamente o controle de sua própria vida, e a da vida dos outros.

E foi com esse desejo em seu coração que Cersei contemplou o corpo da Senhora Taena Merryweather em sua cama, com uma camisola fina e o peito descoberto. A rainha nunca tinha gostado de dormir sozinha, com suas memórias mais antigas sendo aquelas em que compartilhava a cama com Jaime, de quem foi separada quando sua mãe, horrorizada, os pegou brincando. Depois, teve uma série de companheiras de cama, a maioria garotas de mesma idade que ela, filhas de cavaleiros e vassalos de seu pai. Seus colchões sempre necessitavam de um corpo a mais além do seu.

Uma cama vazia é uma cama fria.

Sua nova companheira, Taena Merrywather, ou Taena de Myr, ultimamente dividia a cama da rainha com mais frequência do que dividia a cama de seu próprio marido, Lorde Orton Merryweather, e aquecia a cama como Robert jamais o fez. Robert Baratheon, o Primeiro de Seu Nome.

E que não haja um segundo.

Ela havia tomado tanto vinho naquela noite que sua mente oscilava entre o seu desejo de ser homem fodendo com o corpo adormecido de Taena à sua frente, e as lembranças do seu asqueroso marido.

Pelas frestas das janelas, Cersei viu que o céu começava a clarear, indicando que a noite se aproximava da hora do rouxinol. Ela se sentou na cama ao lado de Taena, ouvindo a respiração suave atravessando seu peito desnudo, fazendo os seios subirem e descer em um movimento rítmico. Perguntou a si mesma se ela estaria sonhando com Myr, sua terra natal, pois certamente não estaria sonhando com seu marido de rosto cicatrizado e cabelos escuros.

Robert a teria fodido durante uma hora.

A gêmea de Sor Jaime Lannister aprendeu desde criança que as mulheres eram inferiorizadas pelos homens e acreditou que elas eram de fato inferiores, sendo ela a única exceção. Seu maior ressentimento não era pela forma como as mulheres eram tratadas e sim por ela própria ter nascido mulher. Ela tinha o coração de um guerreiro, mas os deuses, em sua malícia cega, haviam lhe dado o corpo fraco de uma mulher.

Naquele momento, a Lannister desejou ter um órgão masculino para possuir sua companheira de cama e sentir o que os homens sentiam. Será que as mulheres eram tão inferiores que até seu prazer era menor? Seriam os deuses injustos a este ponto? Ela quis tanto saber. No entanto, jamais saberia, a maldita anatomia feminina estava contra ela.

Na falta de um pênis, a leoa teve que se conformar com os dedos. Cobriu suavemente um dos seios da Senhora Merryweather com a mão direita, sentindo o calor que emanava contra sua palma. Deu um aperto sutil na maciez, depois passou os dedos pelo mamilo e o puxou para frente e para trás, sentindo-o endurecer. Ficou brincando com aquele bico escuro, ao passo que Taena não tardou em acordar. Sua companheira de cama, ainda sonolenta, foi tomada por um susto enorme ao abrir os olhos.

— Isso foi bom? — Cersei perguntou.

— Sim — a myrish respondeu, ainda abandonando a sonolência.

Cersei queria fodê-la, queria se sentir como um homem, mas ao mesmo tempo sentia um profundo desprezo pela figura feminina à sua frente. As coisas que um homem fazia com uma mulher não eram boas, exceto quando eram entre ela e Jaime. Se para Taena estava sendo bom, significava que Cersei ainda não deixara as vestes de mulher e vestido a pele de homem. Era impossível para uma mulher sentir prazer com aquilo, a menos que essa mulher fosse ela e o homem fosse Jaime. Nem mesmo quando transou com seu primo Lancel e com Sor Osmund Kattleblacl ela sentira tanto prazer quanto quando  transava com Jaime.

Então beliscou o mamilo com força, o torcendo entre os dedos.

— E isso? — perguntou de novo.

Taena suspirou com desconforto, desta vez estava claramente sentindo dor.

— Você está me machucando — disse a mulher de Myr.

— É o vinho — Cersei se justificou, porém sem a intenção de se desculpar. — Eu bebi um frasco no jantar e outro com a viúva Stokeworth.

Estivera com a Senhora Tanda Stokeworth mais cedo, aproveitando a ocasião para beber uma taça de vinho, como sempre fazia todas as noites.  Cersei tinha que beber para se acalmar, apenas assim ela se livrava dos tormentos e conseguia dormir. Mas naquela noite ela não queria dormir. Queria foder Taena. Então pegou o outro seio dela, também torcendo aquele diamante negro, provocando nela um suspiro ainda mais doloroso.

— Eu sou a rainha. Eu tenho que exigir meus direitos.

— Faça o que a senhora desejar — Taena falou com a voz frágil e falsamente interessada. — Por favor, vá em frente, minha rainha. Faça o que quiser comigo. Eu sou sua.

Com aquelas palavras da Myrish, Cersei soube que se fosse um homem naquele momento, teria brochado. Ver a mulher sentindo prazer era o bastante para fazer qualquer membro duro ficar tão mole quanto papa de aveia, pelo menos se esse membro duro fosse dela. Robert talvez não se importasse, poderia ser até que se orgulhasse de fazer uma mulher gostar daquilo, Cersei porém, não era assim que se imaginava em seus devaneios como homem.

E também ela não sentiria prazer da mesma forma que Robert. Pensando que talvez a sensação fosse diferente em outro lugar, a Rainha, no exercício de seus direitos, largou os seios de sua companheira de cama e deslizou um dedo para dentro do Pântano de Myr, entrando e saindo. Ela fez os movimentos de vai e vai, na esperança de sentir nos dedos os mesmos espasmos que sentia quando o pau de Jaime estava dentro dela. Depois pôs outro dedo e os dois entraram e saíram mais vezes do que a Rainha pôde contar.

Ainda não estava bom. Seus dedos indelicados invadindo a boceta úmida de Taena não eram como se fossem falos penetrando o corpo de uma mulher. Eles não poderiam atingir o orgasmo e despejar semente contra a boceta negra coberta pelo Pântano de Myr. Aqueles dedos nunca seriam capazes de substituir um pau verdadeiro.

Quando o terceiro dedo se juntou ao entra e sai, Taena estremeceu, gemendo algumas palavras em uma língua que Cersei não conhecia, ofegando e arqueando as costas.

Soa como se estivesse sendo estripada, Cersei pensou.

Era evidente que mulher de Myr estava gostando de ser penetrada e isso fazia Cersei sentir ainda menos prazer. Tentou imaginar que seus dedos eram as imensas presas de um javali, rasgando a virilha de Taena, passando por todo o corpo dela até chegar na garganta. Aqueles gemidos contudo, impediam que os devaneios ganhassem força.

Não havia nada a ser feito a não ser acabar com aquilo. Cersei jamais saberia como era ser homem. A sua vida, se tivesse nascido com um pau, continuaria como algo presente apenas em sua imaginação. Quando tirou sua mão de dentro do pântano, Taena a pegou e lhe beijou os dedos molhados, depois levou suas próprias mãos para a intimidade da Rainha.

— Querida Rainha — ela sussurrou. — Como eu posso te agradar? — sua pergunta era suplicante. — Diga o que quer de mim, meu amor.

O que Cersei queria era que ele lhe desse prazer sem sentir prazer e isso já tinha se provado ser impossível. Nem mesmo pensar em seus dedos como garras e os gemidos de Taena como a dor de uma pessoa esquartejada ajudou. Além disso, tudo o que a myrish podia fazer era ir embora dos seus aposentos.

— Saia — a rainha se afastou, puxando as mantas para se cobrir. Estava tremendo de frustração.

— Minha rainha, é só você me dizer como...

— SAIA!

Ela saiu.

Logo amanheceria e a hora do rouxinol chegaria completamente, trazendo consigo os primeiros raios do sol. E a noite malsucedida com Taena seria menos que uma lembrança. Seria esquecida, nunca teria acontecido.



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