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História Sooscribe, please - 1. This video is sponsored by... my stupidity


Escrita por: jonginmyeon

Notas do Autor


oi pessoal, tudo bom?
faz tanto tempo que não posto uma fic nova que tô até meio nervosa... apesar de essa fanfic não ser exatamente nova kkkk
escrevi e postei essa história ano passado, para o topbaekhyun fest no ao3, e demorei esse tantão para postar aqui porque não havia decidido se devia ou não. como meu perfil estava criando teia de aranha e já tinha 1 capítulo traduzido, dei a louca hoje e resolvi postar (embora não saiba se vocês vão curtir, se vai flopar etc etc, é um risco né irmãos).
enfim, espero que gostem kkk como é uma tradução, algumas partes podem soar "estranhas", mas acho que tá tudo legível djsdkfjkdjfd
boa leitura <3
notas finais para esclarecimentos

Capítulo 1 - 1. This video is sponsored by... my stupidity


 

 

“Kyungsoo, eu não sei se você sabe… mas tem pasta de dente na sua bochecha”, Jongdae disse assim que seu amigo sentou a bunda na cadeira. “Bom dia, aliás.”

“Dia”, Kyungsoo murmurou, esfregando o rosto preguiçosamente e bocejando antes de ligar o computador à sua frente. “Obrigado pelo aviso.”

“Sem problemas, cara.” Jongdae sorriu abertamente. “Teve uma noite difícil?”

"Sim… eu tinha muita coisa pra fazer." Kyungsoo suspirou infeliz. “E eu quase não vim hoje porque meu relógio decidiu não funcionar direito.” 

“Bom, tô feliz que você chegou a tempo”, seu amigo respondeu. “E você tem sorte porque o chefe não veio aqui ainda… Suspeito que ele estava esperando você chegar para que pudesse convenientemente vir aqui te ver.”

Kyungsoo revirou os olhos, selecionando o projeto que ele estava trabalhando e ignorando Jongdae propositalmente.

“Você não acredita em mim, mas a esse ponto todo mundo já percebeu que ele só vem falar com você e você é apenas burro”, Jongdae apontou, rindo baixinho para si mesmo quando Kyungsoo virou a cara e lhe deu uma olhada feia. “De qualquer jeito, você desistiu do seu canal no YouTube? Você não atualiza há duas semanas e só sei disso porque meu namorado ama muito o seu canal.”

“Eu não desisti, só dei uma pausa por causa das provas”, Kyungsoo disse enquanto tentava enxergar a tela do computador, antes de perceber que tinha esquecido seus óculos. “E eu sei que é só o seu namorado misterioso que ama muito meu canal,” murmurou sarcasticamente.

Às vezes ele realmente duvidava se o namorado de Jongdae era real ou não.

Jongdae começou a choramingar, mas Kyungsoo simplesmente o ignorou, focando-se no seu trabalho e se esforçando para enxergar porque ele precisava cumprir suas demandas, já que suas contas não seriam pagas sozinhas. Kyungsoo era apenas um estudante universitário tentando sobreviver no mundo e ele teve sorte suficiente para encontrar um estágio em uma boa empresa junto com Jongdae, seu melhor amigo de longa data — apesar de às vezes desejar trabalhar sozinho, uma vez que seu amigo tinha o péssimo hábito de nunca calar a boca.

Kyungsoo não era uma pessoa necessariamente séria, embora, muito menos quieta. Ele apenas preferia manter uma boa imagem e dar seu melhor para não atrair atenção desnecessária para si mesmo no trabalho, como um bom empregado faria — mesmo que ele fosse apenas temporário. Ele não odiava seu trabalho, mas também não amava, já que trabalhar em um escritório não era exatamente seu emprego dos sonhos. Preferiria muito mais ficar em casa comendo e assistindo filmes, ou planejando coisas para postar no seu canal no YouTube.

Ninguém além de Jongdae imaginaria que Kyungsoo era um cara engraçado ou, pelo menos, engraçado o suficiente para ter um canal no YouTube onde ele postava vídeos de pegadinha — e às vezes, quando estava a fim, vídeos reagindo a filmes, já que ele estava se formando em Atuação. Na verdade, Kyungsoo gastava um tempão pensando sobre o que ele poderia fazer para entreter seus inscritos e sempre tinha algo interessante na mente, o que fazia dele um Youtuber bem querido.

Entretanto, ele estava tão ocupado com faculdade e trabalho ultimamente que não atualizava seu canal há duas longas semanas… o que o deixava triste, é claro, porque era algo importante para ele, mas não havia nada que pudesse fazer sobre isso em vez de esperar ficar disponível. Distraído com seus próprios pensamentos sobre outras coisas mais interessantes que o trabalho, Kyungsoo não percebeu quando seu chefe veio dar uma olhada no que os funcionários estavam fazendo, só percebendo que ele estava ali quando Jongdae acertou sua cabeça com um pequeno caderno, fazendo-o resmungar.

“Seu filho da puta, por que você-”

Ele não terminou a frase porque, no minuto seguinte, Sr. Byun apareceu na sua frente e sorriu tão bonito que seu coração doeu um pouquinho.

Sim, ele tinha uma queda pequena, quase insignificante, pelo seu chefe.

Nada para se envergonhar.

Qual é, todo mundo com olhos teria uma queda por aquele homem. Você já viu aquele rosto? Seu belo e perfeito rosto, com olhos pequenos e lábios — muito tentadores — que naturalmente formavam um beicinho… Até o nariz dele era bonito e Kyungsoo sempre achou que nariz era uma característica difícil de ser considerada bonita. Sem mencionar o corpo, mas isso era tópico para outra conversa, visto que era definitivamente muito cedo para esse tipo de pensamento.

E se não fosse o bastante, Sr. Byun também tinha uma ótima personalidade; ele era sempre gentil, divertido e tão legal que até quando precisava ser mais severo, sempre acabava comprando almoço para todo mundo com um grande sorriso no rosto — e fazendo várias outras coisas que faziam Kyungsoo admirá-lo um pouco mais. Mas de qualquer forma… o ponto era que Byun Baekhyun era alguém pelo qual as pessoas se apaixonavam facilmente e Kyungsoo infelizmente era apenas um de seus vários admiradores.

Kyungsoo estava tão distraído olhando para o cabelo preto, arrumado e aparentemente suave do Sr. Byun, que só percebeu que seu chefe queria falar com ele quando sua voz gentil lhe chamou, arrancando-o de seus pensamentos.

“Olá, Kyungsoo-ssi, como você está hoje?” Sr. Byun perguntou gentilmente, com as duas mãos atrás das costas. “Trabalhando em algum projeto?”

Kyungsoo trocou um olhar com Jongdae, que parecia bem interessado no que ele iria dizer, fazendo-o revirar os olhos discretamente antes de olhar para seu chefe de novo.

“Olá, senhor… Eu estou bem, e você?” disse educadamente, ignorando o sorriso malicioso que Jongdae estava exibindo. “E sim, eu estou trabalhando naquele anúncio de batom que você me pediu pra checar, senhor,” acrescentou, maravilhado com o brilho dos olhos de Byun. Tipo. Cara. Ele realmente precisava ser tão deslumbrante tão cedo da manhã? Era tão injusto. “Fiz algumas alterações, mas ainda não terminei.”

“Estou bem também, obrigado por perguntar.” Byun riu suavemente antes de falar de novo, “E isso é ótimo!” elogiou, dando-lhe um joinha. “Ficarei feliz de ver quando estiver pronto e eu tenho certeza que deve estar ótimo, já que você é tão dedicado ao seu trabalho.”

Kyungsoo balançou a cabeça timidamente, sorrindo um pouco pelo elogio que não merecia de verdade, uma vez que estava pensando em como gostaria de estar em casa fazendo absolutamente nada relacionado ao trabalho… não que Sr. Byun precisasse saber.

“Obrigado, senhor… eu realmente aprecio sua fé em mim”, ele disse humildemente, olhando seu chefe diretamente nos olhos antes de desviar o olhar, tímido demais para realmente continuar encarando. “Eu farei o meu melhor para terminar e mostrar a você o mais rápido possível.”

“Muito bem, estou aguardando”, Sr. Byun disse, sorrindo gentilmente antes de se afastar para conversar com outro funcionário.

Kyungsoo soltou o ar que não sabia que estava prendendo e relaxou na sua cadeira, ganhando uma olhadela de Jongdae.

“Não fala nada, por favor…” Kyungsoo gemeu, imaginando como a língua de Jongdae deveria estar coçando para dizer algo embaraçoso sobre o fato de seu rosto sempre ficar vermelho quando ele falava com seu chefe. Ou pior… falar sobre suas ideias selvagens de que Sr. Byun — ou Baekhyun para os íntimos, o que ele não era — gostava dele de um jeito romântico, vindo diretamente das vozes da sua cabeça.

“Eu não ia”, Jongdae disse, rindo e se virando para seu computador. “Mas como um bom amigo, eu recomendo que você vá tomar um ar fresco, seu rosto está muito, muito vermelho.”

Kyungsoo lamentou, descansando sua cabeça na mesa e pensando… Ele não podia ir para casa logo?


 


S☉♡☉

 




Era sábado quando Kyungsoo se viu livre de quaisquer obrigações, empolgado por finalmente ter tempo para relaxar. Ele quase gritou de felicidade quando pegou suas notas e viu que fez um ótimo trabalho. Mal podia esperar para chegar em casa depois de passar a manhã cuidando dos sobrinhos, sentar no sofá para assistir filmes, e não fazer absolutamente nada além de comer nachos e beber coca. Depois disso, tomaria um longo banho e se arrumaria para começar sua livestream no YouTube, para pelo menos dizer oi e se desculpar por não ter postado nada por três semanas, finalizando o mais rápido possível porque não tinha nada a dizer além disso.

Mas claro, isso não aconteceu. 

Quando chegou em casa, ele encontrou sua porta já aberta e quase teve um ataque cardíaco com o pensamento de ter sido roubado — já que Sehun, seu colega de apartamento, estava fora durante o fim de semana. Mas no momento em que entrou e ligou as luzes, ele viu ninguém mais além de Jongdae, deitado em seu sofá como se estivesse na própria casa, comendo seus nachos e bebendo sua coca enquanto assistia filmes na sua TV. Honestamente, Kyungsoo quase gritou de raiva dessa vez, prestes a expulsar Jongdae, até seu melhor amigo mencionar que havia comprado comida japonesa para ele — o que surpreendentemente era verdade.

Mesmo assim, ele realmente deveria parar de deixar sua chave reserva debaixo do tapete de boas-vindas.

Enquanto Kyungsoo se fazia confortável no mínimo espaço que Jongdae deixou para ele no sofá, com seu yakisoba em mãos, eles assistiram um episódio de Grey's Anatomy e começaram a discutir o fato de que a série nunca acabava. Kyungsoo estava absolutamente cansado de acompanhá-la apenas porque Jongdae praticamente o forçava a assistir, mesmo sabendo que a história havia ficado chata há um bom tempo e que Meredith estava quase virando sessentona em frente aos olhos deles. Depois de um tempinho, Jongdae finalmente desistiu da discussão e olhou para seu amigo com olhos julgadores.

“Ok, tudo bem! O que você quer fazer agora?” perguntou ele, com o aborrecimento evidente na sua voz.

“Qualquer coisa além de assistir isso parece bom”, Kyungsoo resmungou, tentando terminar sua refeição enquanto continuava falando com Jongdae de vez em quando. “A propósito, por que você está aqui? Você não mencionou que viria.”

Jongdae bufou, fingindo que não tinha se ofendido pela pergunta, já que ele era o melhor amigo de Kyungsoo. E melhores amigos sempre tinham passe livre para visitar a casa um do outro sem aviso, não é?

“É sábado, eu não tinha nada melhor pra fazer em casa e achei que você não tinha também, então decidi vir aqui”, respondeu, procurando por um filme que ambos poderiam gostar. “E antes que você pergunte, meu namorado está trabalhando, é por isso que não estou com ele hoje.”

Sim, falando sobre seu namorado imaginário de novo.

“Entendo”, Kyungsoo murmurou, finalmente terminando seu yakisoba e tentando não dizer nada rude só porque seu sábado não estava sendo exatamente como planejava e não podia apenas desfrutar da sua própria companhia por um minuto.

Sim, Jongdae podia ser um pé no saco às vezes, mas ele ainda era seu melhor amigo e eles se divertiam muito juntos… e ele podia ser bem útil quando queria, o que o fez lembrar de seu problema em pensar em que conteúdo deveria postar em seu canal.

“Você tem algum plano pra hoje?” Jongdae perguntou depois de um momento, desistindo de sua procura por um filme legal na Netflix. “Planeja sair e encontrar alguém? Você devia aproveitar a chance que Sehun não está aqui agora.” Mexeu as sobrancelhas sugestivamente, como se ele próprio não fosse um obstáculo à sua transa imaginária.

Kyungsoo fez uma careta, resistindo à vontade de expulsar Jongdae para nunca mais voltar.

“Não, seu idiota”, disse ele. “Na verdade eu estava planejando curtir minha própria companhia hoje, mas já que você está aqui, eu não posso.”

“De nada, cara”, Jongdae respondeu com um sorriso largo. Kyungsoo amaldiçoou baixinho.

“Para ser sincero, eu estava planejando começar uma transmissão ao vivo pra falar com meus inscritos e me desculpar pela minha inatividade”, Kyungsoo admitiu, suspirando um pouco e franzindo a testa. “Mas não tenho certeza do que fazer depois, quero dizer… eu não tive tempo suficiente para pensar em que pegadinha eu devo fazer e com quem, e eu tô com medo que isso se torne chato, mas… é, eu preciso de ideias antes de voltar.”

“Entendi”, Jongdae disse, sentando no sofá e pensando sobre o que ele podia fazer para ajudar. “Bom, eu acho que você sempre pode perguntar. Se você está sem ideias, você pode perguntar o que seus inscritos querem ver em seu canal… Eu acho que pode funcionar.”

Kyungsoo arregalou os olhos e abriu a boca em surpresa como se aquela fosse a ideia mais brilhante que já ouviu na vida, uma vez que nunca teria conseguido pensar naquilo com seus dois únicos neurônios e, àquele ponto, já estava pensando em estender seu hiatus. Como havia bem lembrado, Jongdae podia ser bastante útil quando queria e ele literalmente o salvou dessa vez.

“Ai meu Deus, você está certo! Obrigado”, Kyungsoo exclamou, levantando empolgado e indo até a cozinha para lavar a tigela que usou para comer. “Eu vou tomar um banho e quando voltar a gente pode começar a live. Seja meu convidado hoje, tenho certeza que meus inscritos sentiram sua falta.”

Jongdae concordou alegremente, prometendo ajudá-lo. 

E foi assim que eles acabaram na sala de "filmagens” de Kyungsoo — que era basicamente improvisada com duas cadeiras confortáveis em frente a uma parede bonita decorada com seus itens de filmes: pôsteres, adesivos, funkos etc. —, sentando um ao lado do outro com uma grande câmera em seus rostos e tablets em mãos.

Kyungsoo preguiçosamente escreveu um roteiro detalhando o que exatamente eles deveriam dizer primeiro, pedindo a Jongdae para por favor, não envergonhá-lo na frente de seus quase seiscentos mil inscritos, e deixou claro que assuntos pessoais não deveriam ser discutidos durante a transmissão ao vivo — porque seu amigo tinha o hábito de falar sobre sua vida sem seu consentimento, e todas as coisas pessoais que seus "seguidores" sabiam sobre ele era graças à sua boca grande.

Sem Jongdae, eles nunca imaginariam que o incrível e engraçado Kyungsoo era uma pessoa que mal tinha amigos, que não transava há mais de sete meses, que trabalhava em uma empresa de publicidade e basicamente odiava seu trabalho — mas não seu chefe, já que seu sonho era ser fodido por ele em qualquer lugar, a qualquer hora —, e muitas outras coisas embaraçosas que ele nunca, em seu perfeito estado de espírito, seria capaz de compartilhar com centenas de milhares de pessoas que nem conhecia pessoalmente. Era verdade que ele gostava de ter um canal no YouTube para interagir com pessoas, mas isso não significava que cada aspecto de sua vida devia ser compartilhado.

Soltando um suspiro e olhando para Jongdae com olhos suplicantes, Kyungsoo anunciou que estava prestes a fazer uma transmissão ao vivo e largou o link em sua conta do Twitter, esperando uma boa quantidade de pessoas se juntar antes de finalmente começar a live com um grande sorriso na cara.

“Olá, pessoal! Há quanto tempo,” Kyungsoo cumprimentou. “Sentiram minha falta? Espero que sim.”

Jongdae mostrou a ele a tela do tablet, com muitos “sim” escritos em caixa alta, com emojis chorando e emojis de coração, fazendo-o sorrir ainda mais.

“Vocês provavelmente devem estar pensando por que eu desapareci sem dizer nada, e a resposta é: estive tão ocupado com a faculdade e trabalho que quase não usei nenhum tipo de rede social nessas últimas semanas”, Kyungsoo disse em um tom sério. “E por causa disso, eu quero me redimir por deixar vocês na mão fazendo uma live. Mas por que uma live? Vocês devem estar se perguntando..."

Ele pausou para efeito dramático.

“Primeiro de tudo, para me desculpar, é claro. Eu sinto muito por não deixar nenhuma notinha para avisá-los, foi mancada minha e estou me sentindo realmente mal sobre isso”, declarou sinceramente, abaixando a cabeça em respeito. “E em segundo, para sugerir algo. A ideia veio de Jongdae, o cara feio que está sentado ao meu lado.” Riu, ganhando um tapinha no braço de seu amigo resmungão. “E eu realmente gostei porque estava quase explodindo com meu processo criativo.”

Kyungsoo sinalizou para Jongdae continuar.

“Já que Soyaa é um canal no YouTube de pegadinhas, pensar no que fazer a seguir requer muita criatividade, e por causa disso, às vezes é difícil pensar em algo novo”, Jongdae explicou. “É por isso que vamos perguntar a vocês o que vocês querem ver, e vamos selecionar as melhores sugestões para fazer uma enquete no Twitter. A opção mais popular será executada.”

“Isso não significa que as outras não vão acontecer”, Kyungsoo completou. “Nós podemos usar essas ideias para gravar outros vídeos no futuro.”

“Dito isso, vocês podem começar a comentar aqui. A seção de comentários vai ficar aberta por vinte e quatro horas depois que essa live terminar, então... boa sorte, eu acho.” Jongdae riu, vendo todo mundo comentando tão rápido na tela do tablet que seus olhos não podiam pegar nada.

“Então… é isso, pessoal. Essa transmissão ao vivo foi basicamente para dizer isso. Nós vamos esperar essas 24 horas para ver o que vocês sugeriram e escolher as melhores opções. Obrigado pelo suporte e...” Kyungsoo olhou para Jongdae, contando até três silenciosamente.

“Sooscribe, please!” eles disseram juntos, rindo do trocadilho embaraçoso e fofo, e terminado a live com grandes sorrisos e acenos.

Quando a câmera finalmente foi desligada, eles compartilharam um olhar, decidindo que iriam sair e beber um pouco. Afinal, era sábado.

Agora, Kyungsoo só tinha que esperar.

Ele só torcia para que tivessem boas ideias.




 

S☉♡☉


 

Para sua surpresa, seus inscritos tiveram boas ideias. Grandes ideias. Ou não tão grandes, mas boas o suficiente para serem algo que ele certamente faria.

Havia tantas sugestões que Kyungsoo na verdade teve problema para escolher as melhores, então pensou na brilhante ideia de pedir ajuda a Jongdae, nem imaginando o que seu melhor amigo era capaz de fazer. Eles dividiram as ideias e decidiram que, assim que encontrassem suas pegadinhas favoritas, Jongdae postaria uma enquete no Twitter para seus inscritos pudessem votar e escolher a melhor opção. No momento, pareceu o plano perfeito: Kyungsoo confiava muito em Jongdae, então pensou que seu melhor amigo seria sensato o suficiente para não escolher algo embaraçoso, mas ele estava tremendamente, terrivelmente, errado.

Era quarta-feira quando finalmente selecionou suas pegadinhas favoritas no meio de várias e se encontrava tão cansado do trabalhão que estava tendo que apenas mandou para Jongdae e disse que ele podia fazer o que quisesse porque sua parte já estava feita. Ele literalmente não podia imaginar o que aquele filho da puta era capaz de fazer com seu próprio melhor amigo. Kyungsoo deveria ter previsto.

Quando Kyungsoo abriu aquele maldito aplicativo de passarinho na quinta de manhã para checar o que estava acontecendo, quase caiu da cama quando viu seu próprio tweet fixado. Naquela enquete do Twitter, havia quatro opções (duas escolhidas por ele, duas escolhidas por Jongdae), que eram: 1) dar a seu colega de trabalho uma bebida doce com sal dentro; 2) grudar um dildo na cadeira de uma “pessoa aleatória”; 3) tirar um screenshot da tela inicial de um computador e colocar de cabeça para baixo, escondendo os ícones e toolbar; e a última, mas não menos importante 4) fingir flertar com seu chefe para ver como ele reage.

Ninguém precisava ser um gênio para adivinhar por que Kyungsoo estava totalmente pirando. A última opção nem deveria estar ali, mas para piorar, estava ganhando com cinquenta e oito por cento dos votos…! Ele se mataria depois de matar Jongdae, isso era certo.

Ele não iria fazer aquilo.

Levantando e respirando o mais forte que podia, Kyungsoo foi até a cozinha para beber um copo de água. Não tinha ideia do que fazer. Deveria fazer outro vídeo e se desculpar? Dizer, “Sinto muito. Eu não posso fazer a pegadinha porque talvez eu tenha uma pequena e tecnicamente insignificante queda pelo meu chefe? E eu podia perder meu emprego?” (Ele provavelmente não iria, esperançosamente, mas a desculpa soava acreditável o suficiente… certo?). Ou deveria ligar para Jongdae e dizer para ele deletar o maldito tweet? E esperar seus inscritos magicamente esquecerem tudo?

Kyungsoo estava totalmente em pânico quando sentiu o telefone vibrando na mão. Era Jongdae. Ele atendeu a ligação com tanta raiva que nem se incomodou em dizer oi, optando por xingar seu melhor amigo dos nomes mais feios possíveis e mal deixando Jongdae ter oportunidade de falar.

“Hey, Soo! Como você está?” Jongdae conseguiu dizer, ignorando completamente o surto de Kyungsoo. “Você vem trabalhar hoje ou não?”

“Eu te odeio”, Kyungsoo rosnou, não aceitando as merdas de Jongdae. “Por que você fez isso comigo? Eu fiz alguma coisa pra você? Você deve mesmo me odiar.”

“Claro que não. Você é meu melhor amigo!” Jongdae teve a coragem de soar ofendido. Kyungsoo mal resistiu ao desejo de revirar os olhos. “Eu te amo, foi por isso que fiz o que fiz! Eu só estava tentando te arranjar um pau, sabia?”

“Melhor amigo minha bunda”, Kyungsoo murmurou, quase perdendo a paciência. “E eu não preciso de nenhum pau, eu já tenho um.”

“Sim, continue dizendo isso pra si mesmo!” Jongdae retorquiu naquela voz horrível e irritante dele. Kyungsoo odiava. Kyungsoo realmente odiava Jongdae às vezes… “E desculpa dizer, mas um vibrador não é um pau de verdade.”

Kyungsoo rosnou. Era aquilo, ele já estava farto de Jongdae por hoje. “Lambe meu cu, Kim Jongdae. Eu não vou falar com você até consertar tudo o que fez. Você tem 12 horas pra fazer todo mundo esquecer essa pegadinha ou pode se considerar sem melhor amigo… Eu não tô nem brincando.”

“Você está exagerando!” Jongdae disse, não levando Kyungsoo a sério e mudando o assunto da conversa. “Se você realmente não vem hoje, vou dizer ao chefe que está doente, ok? Por favor, não pule nenhuma refeição e não se esqueça de tomar um banho, eu irei à sua casa mais tarde. Tchau!”

“EI!” Kyungsoo gritou em seu telefone, mas a ligação já havia terminado.

Aparentemente, Jongdae devia realmente odiá-lo, já que ele havia feito algo tão estúpido quanto isso. Que tipo de melhor amigo seria tão mau sem motivo?

Kyungsoo suspirou e decidiu ficar em casa, no fim das contas; tomando seu café da manhã e tentando esquecer a traição de seu melhor amigo. Não era tão ruim, era? Ele só precisava se acalmar e pensar claramente: tudo podia mudar em 12 horas — que era o tempo restante na enquete —, mesmo que fosse improvável de acontecer. O que estava lhe fazendo pirar era o fato de que realmente se sentia intimidado pelo Sr. Byun. Não tinha medo dele, mas era muito… consciente sobre o homem e, mesmo sem perceber, seu chefe tinha um grande impacto sobre ele, o que estava fazendo com que também se preocupasse sobre como deveria agir fazendo uma pegadinha com alguém que ele meio que gostava (romanticamente falando).

Obviamente, já havia feito vídeos com pessoas próximas a ele: seu amigo da faculdade, Jongin — que costumava ter uma queda por ele antes disso —;  seu colega de apartamento e editor, Sehun; o pai, a mãe, o irmão e até a cunhada — que estava grávida de sua sobrinha na época —; e Jongdae, é claro (mais de dez vezes)… Mas, para ser sincero, Kyungsoo nunca tinha feito um vídeo com uma pessoa que ele desejava poder se aproximar, de uma maneira meio ‘vamos tirar nossas roupas’, o que o fazia pensar… Perderia sua chance com Baekhyun mesmo antes de conseguir? Porque, sério, ele não conseguia entender a lógica de Jongdae: como diabos flertar com seu chefe faria algum bem? Ele provavelmente perderia o emprego e o Sr. Byun poderia acabar odiando-o por tentar... Ele nem sabia se seu chefe tinha interesse em homens.

Encolhendo-se com seu próprio pensamento, Kyungsoo comeu sua torrada e tomou seu café, decidindo que definitivamente não faria essa brincadeira — ignorando o fato de que ele nunca rejeitou nenhum desafio antes, já que a filosofia do seu canal era algo tão ridículo quanto “posso perder meus amigos, mas não a piada!”.

E ele estava indo bem a maior parte do dia, rejeitando firmemente a ideia de fazer o maldito vídeo da pegadinha, até Jongdae aparecer com algumas cervejas e começar a fazê-lo reconsiderar sua decisão com incentivos tolos como “você pode fazer isso, cara! Você pode fazer qualquer coisa!” e “ele pode flertar de volta, sabe? Vejo como ele olha para você” e muitas outras frases idiotas que ele só aceitou porque ficou bêbado demais para pensar corretamente.

No fim, ficou tão bêbado que acabou deitando no chão e encarando o teto com olhos turvos (que estava rodando demais para seu próprio gosto). E quando finalmente decidiu fazer aquilo, em sua neblina alcoólica, também decidiu declarar em sua conta do Twitter que faria isso amanhã. Uma pequena voz em sua cabeça dizia que iria se arrepender de manhã, mas foi abafada pelo som de Jongdae cantando Hey Ya, do OutKast, porque ele amava aquela música.

No dia seguinte, a única coisa que Kyungsoo lembrava da noite anterior era de cantar aquela música com todo seu ser antes de desmaiar, mas o gosto horrível em sua boca e a dor de cabeça que ele estava sentindo contavam outra história. Quando saiu do quarto, viu lixo por toda parte, incluindo um Jongdae desmaiado no sofá. Nem se deu ao trabalho de olhar para o telefone porque sabia que já estava atrasado para o trabalho.

Kyungsoo fez o possível para preparar o café da manhã e bebeu o máximo de água que podia para se livrar do gosto horrível na boca antes de ter a chance de escovar os dentes. Depois, tomou um remédio para dor de cabeça, acordou Jongdae, tomou um banho e se arrumou para ir ao trabalho... Fez tudo como sempre, mas sentia como se estivesse esquecendo alguma coisa.

Foi só quando Jongdae perguntou se ele tinha tudo pronto para gravar o vídeo que Kyungsoo se lembrou da grande merda em que se meteu. Claro, ele tinha que ter feito algo errado. Quando bêbado, Kyungsoo sempre ficava muito fora de si para pensar corretamente.

Eles obviamente chegaram tarde no trabalho, mas Kyungsoo estava muito nervoso para ligar. Também estava muito ocupado pensando nos mínimos detalhes que deveria ter pensado antes de concordar em fazer aquela pegadinha literalmente da noite para o dia. O despreparo era tanto que não havia sequer instalado uma câmera escondida antes ou planejado em como flertar com Baekhyun sem gaguejar. Em conclusão, estava realmente fodido.

Kyungsoo estava tão ocupado tendo pena de si mesmo que ele só se reconectou com o mundo real quando Jongdae deu um tapinha em suas costas e perguntou, “Está tudo bem?”

“Não, não está", respondeu baixinho. “Jongdae, eu não acho que posso fazer isso.”

Seu amigo olhou para ele, nem um pouco surpreso.

“Por que não?” Jongdae questionou, cruzando os braços com um olhar desafiador e fazendo Kyungsoo se sentir… pequeno. Ou pelo menos, menor do que já era.

“Porque sim!” respondeu como uma criança respondendo a sua mãe. “Eu nem me preparei, não instalei a câmera escondida, não pensei no que dizer… Eu não estou pronto, acho que nunca estarei pronto. Jongdae, por favor…” Kyungsoo pediu, com os olhos implorando por ajuda.

Ele ia se matar e era tudo culpa de Jongdae.

“Não se preocupe com isso,” Jongdae murmurou, não demonstrando nem um pouco de empatia pelo seu amigo. “Instalei a câmera ontem e acho que você vai se sair bem se parar com todo esse drama e agir como si mesmo.”

Kyungsoo sentiu vontade de gritar. 

“Onde você instalou?” ele perguntou, tentando ignorar as palavras insensíveis de Jongdae.

“Na cafeteria do escritório…” Jongdae respondeu, finalmente se virando para seu computador e fingindo que Kyungsoo não estava prestes a pular em seu pescoço. “E nem se preocupe em tentar encontrar e desconectá-la, eu escondi muito bem.”

E foi assim que Kyungsoo desistiu, perdendo toda a esperança de não passar vergonha na frente de Baekhyun — e outras centenas de milhares de pessoas — e decidindo se concentrar em seu trabalho, mesmo que sua mente estivesse em outro lugar.

Havia uma coisa que Jongdae disse a qual era verdade: Kyungsoo não era uma pessoa dramática. Na verdade, ele odiava drama e podia ser facilmente o significado de sossegado no dicionário de todos, mas essa era a coisa… Quando se tratava de coisas profundas como atração e até amor não podia evitar surtar às vezes — como qualquer outro ser humano. Não era como se amasse Baekhyun (nem o conhecia o suficiente para isso), mas sempre se importou e se sentiu atraído por ele.

Quando Kyungsoo começou a trabalhar na empresa há mais ou menos um ano e meio, ele ficou surpreso ao saber que, embora fosse muito ocupado, o CEO sempre tentava ser uma figura presente na empresa. E Sr. Byun tinha sido tão acolhedor desde o primeiro dia que ele meio que começou a prestar bastante atenção nele. Não era sua culpa que Baekhyun — mesmo sendo quase sete anos mais velho que ele — era tão bonito e legal, sempre arrumado e até mesmo sexy em suas roupas sociais e sofisticadas que se ajustavam em seu corpo perfeitamente, muito agradável de olhar.

Kyungsoo não se sentia exatamente atraído por homens mais velhos, seus ex-namorados e casos de uma noite só eram sempre da mesma idade que ele — ou um pouco mais novos ou mais velhos —, mas Baekhyun era uma exceção, e não conseguia deixar de imaginar se as coisas seriam diferentes caso seu chefe estivesse interessado nele também, tipo… Será que a possível relação deles ia funcionar? Sabendo que havia uma diferença de idade considerável entre eles? Isso era algo a se pensar e era apenas uma das várias razões pela qual se sentia mais confortável admirando seu chefe de longe, nem se atrevendo a tentar qualquer coisa. 

Então lá estava ele.

Graças ao seu estúpido canal no YouTube e a seu estúpido melhor amigo, estava prestes a cometer suicídio social e se humilhar na frente do seu chefe. Sendo pessimista (ele era sempre pessimista), podia deixar Sr. Byun desconfortável e provavelmente perder seu emprego. Sendo otimista (ele nunca era otimista), Baekhyun flertaria de volta e então o foderia com força contra a mesa do escritório, mas isso era fantasia demais… Taylor Swift ficaria orgulhosa de seus sonhos mais selvagens.

Entretanto, não podia mais evitar a situação. Tinha prometido aos seus inscritos que faria o vídeo e sempre cumpria suas promessas — mesmo quando não queria. Era quase a hora do almoço quando Kyungsoo decidiu levantar de sua cadeira e cumprir sua missão, com determinação emanando de seu corpo enquanto caminhava firmemente até a cafeteria no segundo andar. Subiu as escadas e ganhou um joinha de seu melhor amigo — e tentou ignorar o sentimento de que Jongdae tinha dito a todo mundo o que ele ia fazer, já que alguns de seus colegas olhavam para ele com orgulho e encorajamento estampados em seus rostos.

Kyungsoo já estava envergonhado demais quando chegou ao seu destino, tentando ser positivo pelo menos dessa vez e reviver o espírito de Sooya nele, que era sempre tão confiante, engraçado e desagradavelmente sem vergonha. Ele lembrou que Baekhyun sempre bebia café nesse horário, mas o lugar estava vazio. Teria que esperar um pouco mais. Enquanto isso, passou o tempo olhando ao redor do lugar espaçoso para tentar encontrar a maldita câmera apenas no caso de ele querer abortar sua missão, mas não teve sucesso.

Decidindo fazer café para si mesmo porque estava muito nervoso para ficar parado, Kyungsoo esperou por dois ou três minutos até Baekhyun finalmente aparecer, pegando um susto ao ouvir a voz bonita chamar por ele. “Kyungsoo-ssi?”

Kyungsoo quase pulou, virando para ver Sr. Byun olhando expectante para ele, o pequeno sorriso em seus lábios ficando maior enquanto trocavam um olhar.

“Graças a Deus é você”, seu chefe disse aliviado. “Seria muito vergonhoso se eu chamasse seu nome e não fosse você.”

Kyungsoo riu, achando Baekhyun apenas muito adorável.

“É, eu acho que seria,” respondeu enquanto seu chefe se aproximava do balcão para pegar café.

Baekhyun cantarolou, olhando para Kyungsoo com atenção.

“Você está se sentindo melhor?” o chefe perguntou, lavando as mãos cuidadosamente.

Kyungsoo franziu o cenho, não entendendo a pergunta.

“Perdão?” questionou estupidamente. Baekhyun sorriu confuso.

“Jongdae disse que você estava doente…” ele respondeu. “Suponho que você esteja se sentindo melhor já que veio trabalhar.”

Merda.

“Ah! Sim, sim!” Kyungsoo exclamou, lembrando da pequena mentira. “Estou totalmente me sentindo melhor… Sou uma nova pessoa hoje.”

Baekhyun riu suavemente, achando Kyungsoo engraçado e fofo.

“Você está dando uma pausa?” Sr. Byun perguntou, tentando manter a conversa. “Não é comum ver você por aqui a essa hora.”

Kyungsoo sorriu, feliz por ele ter notado algo sobre ele.

“Sim, eu normalmente não venho por aqui a essa hora,” disse com um pequeno sorriso. “Eu sempre vou almoçar com os outros pelas redondezas.”

“Entendo,” Baekhyun respondeu contente, pegando uma xícara do armário e checando para ver se estava apropriadamente limpa. “Eu sempre tomo café antes do almoço, talvez seja um hábito estranho, eu acho.”

“Eu não acho”, Kyungsoo ripostou educadamente, observando seu chefe se aproximar e tentando ficar calmo. “É mais comum do que você imagina.”

Baekhyun riu abafado, gostando de ouvir essas palavras.

“Ok, eu acredito em você”, disse ao se aproximar ainda mais — para desespero de Kyungsoo.

Quando o garoto percebeu, Baekhyun já estava na frente dele, uma distância mínima entre eles. Ele era mais alto. E ele cheirava tão bem que Kyungsoo imaginou por alguns segundos se seria tão estranho se enfiasse a cara no pescoço do seu chefe, em uma relação muito saudável entre chefe e funcionário.

Como se estivesse lendo sua mente, Sr. Byun sorriu ironicamente.

E, cara, o sorriso dele mexia com o coração do pobre Kyungsoo.

“Se você me der licença…” Baekhyun disse, suas mãos segurando a xícara e seus olhos no funcionário. Seu rosto estava muito perto para a saúde de Kyungsoo. O mistério no ar. “...Você está na frente da cafeteira.”

Kyungsoo arregalou os olhos e saiu do caminho, pensando que ele definitivamente não estava fazendo nada certo, uma vez que deveria estar flertando com Sr. Byun e não ficando distraído pelo jeito amável dele.

Ele devia assumir o comando.

“Desculpe,” disse um pouco depois, assistindo Baekhyun colocar um pouco de café com duas colheres de açúcar em sua xícara antes de virar para olhá-lo.

“Não se preocupe com isso,” Sr. Byun murmurou com um sorriso. “Você terminou seu café?”

“Sim,” respondeu imediatamente. “Mas acho que vou ficar um pouquinho mais.”

Baekhyun arqueou as sobrancelhas em questionamento.

“Posso perguntar por quê?”

“Para lhe fazer companhia,” Kyungsoo disse ousadamente, colocando sua xícara na pia e olhando para Baekhyun com olhos desafiadores. “Mas só se você quiser, senhor.”

Sr. Byun gostou de como ele disse aquilo.

“Ter companhia é sempre ótimo, Kyungsoo,” seu chefe comentou. “Mas quando é sua companhia, é um prazer.”

Minha nossa.

“Então eu devo ficar,” Kyungsoo respondeu sem vergonha, muito envolvido pela tensão que estava começando a se construir. “Já que é meu trabalho satisfazer você.”

Baekhyun sorriu maliciosamente, tentando esconder o sorriso atrás da xícara enquanto Kyungsoo olhava para ele com intensidade. Sr. Byun bebeu dois goles do seu café antes de se aproximar, com a desculpa de colocar a xícara na pia atrás dele — mas não fazendo isso imediatamente.

Eles estavam próximos, próximos demais. E seus olhares estavam presos naquele momento, Kyungsoo havia até esquecido sobre a pegadinha por um minuto, muito ocupado olhando para os olhos castanhos de Baekhyun, que pareciam brilhar com tanto interesse. Estava sonhando ou seu chefe estava flertando com ele também?

Não, ele não estava apenas flertando. Ele estava dando em cima dele.

E Kyungsoo teve ainda mais certeza disso quando o Sr. Byun abriu a boca para dizer, “Há várias outras maneiras que você pode me satisfazer.”

E aquele foi O FIM dele.

Kyungsoo, que estava tão confiante antes devido à tensão entre eles, finalmente quebrou e ficou tão afobado que a próxima coisa que registrou foi a xícara de Baekhyun virando nele, encharcando a camisa branca e intocada do seu chefe de café...

Ai meu Deus.





 

S☉♡☉




 


“Eu sinto muito,” Kyungsoo disse pela milésima vez, esperando do lado de fora do toalete enquanto Sr. Byun trocava sua camisa depois do acidente. “Sério, eu sinto muito muito mesmo… Eu devia ter sido mais cuidadoso.”

Ouviu a risada de Baekhyun através da porta e se sentiu ainda pior. Seu chefe era muito bom para ele.

“Você já disse isso,” Sr. Byun respondeu. “Além do mais, eu também disse que tudo bem, foi um acidente.”

Kyungsoo fez um beicinho.

Depois do acidente, ele desesperadamente tentou limpar a camisa de Baekhyun com um pequeno pano, mas obviamente não funcionou. Na verdade, piorou e a camisa branca virou marrom na frente de seus olhos. Baekhyun disse que estava tudo bem e que ele podia ir para casa trocar de roupa, mas Kyungsoo se sentiu tão mal que, sem pensar direito, ofereceu a camisa que sempre mantinha dentro da sua mochila — em caso de emergência. E Sr. Byun, educado como sempre, aceitou.

Pena que era uma camisa do Mario Bros. Verde. Com Yoshi estampado nela. Que parecia um pouco pequena demais para o corpo de Baekhyun, mas… era o que ele tinha.

Quando Kyungsoo desceu as escadas para pegar sua mochila, Jongdae apenas arqueou as sobrancelhas e o fez prometer que contaria tudo a ele quando pudesse. Mas para ser sincero, só desejava que pudesse esquecer toda aquela bagunça e acordar como se nada tivesse acontecido. Constrangimento era uma palavra constante no seu vocabulário esses últimos dias...

De qualquer forma, Kyungsoo foi tirado de seus pensamentos quando a porta finalmente se abriu e Baekhyun saiu com os lábios crispados, como se estivesse se esforçando para não rir. Kyungsoo olhou para ele sem entender o que poderia possivelmente tê-lo feito rir em situação tão trágica, mas não precisou pensar muito quando viu quão ridículo Baekhyun parecia em sua camisa.

Aquilo não era sexy.

Kyungsoo tentou não rir, mas assim que Baekhyun deu uma volta e colocou uma mão na cintura, perguntando, “Como estou?” Falhou completamente.

Eles riram juntos por quase dois minutos direto e quando tentaram parar, apenas riram mais. A camisa se ajustava bem no corpo de Baekhyun em torno da barriga, cintura e quadris, mas era tão pequena para seus ombros largos — já que os de Kyungsoo eram estreitos — e peito, que parecia prestes a descosturar. Honestamente, Sr. Byun parecia um adulto tentando entrar na pré-escola e o pensamento só fez Kyungsoo rir mais.

Depois de um tempo, eles se acalmaram e Kyungsoo decidiu que Baekhyun perderia todo o respeito que tinha se aparecesse naquele look ridículo. Calça de terno e camisa do Mario Bros definitivamente não eram a melhor escolha de moda e ele podia ouvir todos os outros rindo de longe.

“Senhor, você não tem que vestir isso”, tentou dizer, observando Baekhyun olhar para ele com atenção. “Sua ideia era tão melhor, eu fui estúpido em sugerir…”

“Não, você não foi!” seu chefe disse, se aproximando um pouco mais dele para que pudessem olhar nos olhos um do outro. “Sua intenção foi boa e eu aprecio bastante isso. Além do mais, eu realmente gostei da camisa, então se não se importar, vou ficar com ela por hoje.” Baekhyun sorriu brilhantemente.

“Eu não me importo…” Kyungsoo falou suavemente, muito perdido nos olhos de Baekhyun. “Só estou preocupado de você se sentir desconfortável.”

“Eu não estou, prometo a você”, Baekhyun assegurou. “A propósito, eu amo Mario Bros.”

Kyungsoo riu timidamente e falou como amava Mario Bros também.

E Sr. Byun era tão doce que ele esqueceu de se sentir mal durante os poucos minutos que eles falaram sobre o velho e lendário videogame, até o horário de almoço acabar e Baekhyun dizer que ele devia ir para casa, já que havia “roubado” todo seu tempo livre. Kyungsoo obviamente tentou recusar, mas o ronco em sua barriga fez seu chefe insistir até que finalmente desistiu e decidiu ir para casa.

Quando eles começaram a dizer adeus, Kyungsoo percebeu que não queria realmente ir e que gostou de passar tempo com Sr. Byun um pouco demais, mesmo após acidentalmente derramar café nele e emprestar sua própria camisa do Mario Bros. Percebeu que estava, pela primeira vez, confortável na presença dele e não gaguejando ou corando a cada minuto.

“Então… isso é tudo por hoje”, Sr. Byun declarou. “Amanhã eu devolvo sua camisa.”

Kyungsoo riu soprado, lembrando de um detalhe importante.

“Amanhã é sábado, senhor”, ele respondeu, vendo Baekhyun abrir a boca em surpresa. “Você pode me devolver na segunda.”

“Sim, sim… Claro”, Baekhyun disse em falso entusiasmo, olhando para Kyungsoo como se estivesse esperando algo que o garoto não entendeu.

Depois do incidente do café, a quase tensão sexual entre eles dissipou completamente e se tornou amigável, para o desprazer de Baekhyun. Mas quando Kyungsoo olhou nos olhos dele pela última vez naquela tarde, viu o mesmo interesse de antes e de repente se sentiu consciente de novo, sentindo o rosto queimar e seu coração bater mais rápido que o normal.

“Eu devia ir agora”, Kyungsoo balbuciou, apontando para suas costas e querendo cair fora o mais rápido possível, antes de explodir de tanto querer. “Tchau, senhor.”

Baekhyun sorriu, achando o rosto corado de Kyungsoo muito adorável.

“Tchau, Kyungsoo”, Sr. Byun disse suavemente, observando-o lentamente se afastar.

Isso foi interessante para dizer o mínimo.

Jongdae tinha muito a ouvir.

 

 


Notas Finais


1. sooscribe please é um trocadilho do nome "kyungSOO" com a frase em inglês "subscribe, please" (inscreva-se, por favor). decidi manter a frase original no capítulo porque qualquer tradução soou horrível pra mim kkkkk
2. na hora que ele pensa "taylor swift ficaria orgulhosa" (algo assim) é em referência à música wildest dreams;
3. acho que só kkk
se houver qualquer dúvida ou erro podem gritar aí nos comentários. me deixem saber o que acharam, por favor :')
beijos e até a próxima att


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