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História Sophie - A pessoa errada no lugar certo


Escrita por: PequenaPianista

Notas do Autor


Eu seeeeeeeeei eu atrasei muito para publicar este capítulo! Mil desculpas!!!
Era para eu postar no domingo, mas a pateta esqueceu :( depois disso não parei em casa, e para variar: provas!
Aqui está o novo capítulo quatro dias atrasado ;-;
By the way, boa leitura!

Capítulo 20 - A pessoa errada no lugar certo


Fanfic / Fanfiction Sophie - A pessoa errada no lugar certo

Anteriormente...

Ela balançou a cabeça rapidamente para baixo e para cima sem tirar os olhos dele.

— Ótimo. A atitude que presenciei lhe rendeu quatro horas de detenção, pode ir agora.

Como assim?! Essa é a punição que todos temem? Umas horinhas na detenção? Senti vontade de rir, mas a situação estava meio tensa.

Natasha balançou a cabeça novamente e saiu andando pelo corredor.

Detenção? Sério? Eu mereço...

 

Capítulo XVI - A pessoa errada no lugar certo

Então tá! Agora preciso fingir que eu não presenciei esta cena? A Natasha acabou de ir para a tal da detenção com uma cara de medo como se fosse para a guilhotina! Sabe, eu meio que fiquei em uma ilha deserta quando fui morar com o tio Lewis, mas não tão deserta! Eu tinha uma televisão para assistir e eu vi muitos filmes com o tema ao redor do colegial assim como qualquer menina da minha idade faria! Eu sei o que é uma detenção! É uma sala em que o estudante ficava por algumas horas fazendo dever, e às vezes até sem fazer nada! Essa é a tal da punição que todos temem? Isso é muito estranho! Eu quero dar uma bela gargalhada aqui e agora, e eu riria se o Mestre maníaco Hall não estivesse do meu lado.

Também é estranho pensar que ele, de certa forma, acabou de me ajudar. Natasha tem um dote muito forte, parece que no fundo, eu ainda posso sentir parte da dor horrível que ela criou na minha cabeça.

— Você não parece muito bem, — Sean falou. Eu não estava olhando para ele, estava fitando o corredor por onde Natasha saiu — quer ir para a Ala hospitalar?

Eu ainda podia sentir a dor, mas eu estava estranhamente bem.

— Não há necessidade — respondi.

Então lembrei do menino que mandou eu e James sairmos da floresta, o tal do Scott.

Estava prestes a perguntar por que os Aprendizes não podem ficar lá fora, mas Sean voltou a falar:

— Se não está se sentindo mal, pode aproveitar sua tarde como quiser. Angie te explicou que...

— Sim, ela me explicou que os domingos são livres para atividades extras — o interrompi. E então percebi que eu deveria ter ficado calada.

Tirei meus olhos do corredor e olhei para Sean, esperando a pior das reações. Ele me encarou de volta com reprovação, cruzando os braços.

— Você tem alguns hábitos que não me agradam — ele falou, estava bravo, mas não tanto quanto eu pensei que estaria.

Eu estava prestes a perguntar sobre a floresta novamente:

— Por que não pod...

— Por que não consigo ficar bravo com você? — ele me interrompeu.

Que raiva! Por que eu não posso interrompê-lo mas ele pode me interromper? Que droga!

Ele riu quando percebeu que eu fiquei indignada com a situação.

— Acho que sei porque... — ele falou, deixando um grande ponto de interrogação na minha cabeça — sua aura é meio instável, está sempre em constante mudança. Chega a ser divertido de observar.

Sempre me esqueço deste detalhe: mantrikas completos conseguem ver as auras. É um pouco perturbador.

— Acho que você odeia estar aqui, Sophie, — ele levantou a hipótese, que em parte era verdade — não encontro motivos para gostar de estar aqui.

Isso é mentira, eu gosto dos amigos que fiz, gosto da Angie, do Mestre Holmes, da Rose... Gosto da floresta, da...

Sem perceber, ele interrompeu a continuação da lista mental “coisas que eu não odeio em Valence”:

— Posso te apresentar um lugar que talvez não odeie tanto?

•••

Eu não devia ter aceitado. Eu não odeio Valence, eu odeio ele! Ele que acabou com a minha família! Agora só resta tio Lewis e eu, mas se eu aborrecer Sean, talvez a família Collins seja exterminada para sempre...

Permaneci seguindo-o pelo corredor até encontrar duas portas de madeira dourada gigantes, eu mal podia imaginar o que estava lá.

Quando ele abriu as portas, as luzes acenderam automaticamente, revelando um enorme teatro. Parecia que tinha acabado de ser reformado. Poltronas vermelhas, paredes combinando com as portas, tapetes vermelhos macios combinando com os tapetes de todos lugares de Valence! O palco estava repleto de instrumentos diferentes, principalmente de corda, parecia pronto para receber uma orquestra. Havia também um piano preto de cauda no canto do palco. Não era como o piano que estava na sala de Sean, rústico com aspecto antigo. Este aqui é elegante e casual, sem muitos detalhes.

Sean sentou-se na primeira cadeira da plateia.

— Vá em frente — ele falou. Eu sabia que ele estava falando para eu tocar o piano, mas eu não me sentia à vontade com ele por perto.

Acho que ele percebeu isso depois que eu hesitei em subir no palco.

— Sabe por que eu lhe trouxe aqui? — ele perguntou.

Neguei com a cabeça.

— Porque eu senti sua alegria quando vi você tocando o piano na minha sala.

Ele levantou-se da cadeira, subiu no palco, foi até o piano e sentou-se na banqueta.

— É como se o piano tivesse um dote próprio. Eu posso sentir as emoções dos outros, você pode curar e ele pode brincar com as emoções, dependendo da música — ele falou e pôs-se a tocar The Entertainer, uma música divertida que sempre está nas cenas engraçadas dos filmes antigos. Chegava a dar vontade de rir ao ouvir a música, realmente ela podia brincar com as emoções.

Sentei-me na beira do palco e finalmente pude perguntar:

— Por que os Aprendizes não podem ficar na floresta?

— Por que não poderiam? — ele perguntou, sem tirar os olhos do piano.

— Scott falou para eu sair de lá.

— Scott é um monitor, ele deve ter recebido a ordem de algum Mestre.

— Não foi uma ordem sua?

— Não — ele negou, ainda tocando o piano.

— O que é a detenção? — dei ênfase à palavra, eu queria confirmar minha teoria.

Então ele parou de tocar e assumiu uma expressão séria, ficou um tempo em silêncio e respondeu com outra pergunta:

— Deseja descobrir o que é?

Então eu percebi que falei besteira de novo! Como desfazer uma pergunta já feita? Vai que não é o que eu penso, e aí?

— Sophie, se a sua resposta for sim eu não vou mandá-la para a detenção. — Ele falou, tentando conseguir uma resposta. — Você deveria ser menos curiosa.

Ele se levantou da banqueta do piano, desceu do palco, chegou mais perto de mim e perguntou:

— Gostou daqui?

Assenti com a cabeça.

— Se quiser, tem a minha permissão para ficar aqui quando estiver com tempo livre entre as aulas.

— Obrigada — foi tudo o que consegui responder.

Ele sorriu com a minha resposta.

— Tenho que ir agora, você pode... — ele mesmo se interrompeu, algo no meu uniforme chamou sua atenção. Agora ele me observa com um olhar desconfiança. — Lindo colar.

Só então lembrei que estava usando o colar que minha mãe havia me dado e o outro: o colar da ilha!

Ele saiu a passos largos pela porta que entramos e eu permaneci lá. Será que ele sabe da existência da ilha? Que somos como uma oposição a tudo que ele criou? Eu havia escondido o colar, mas acho que ele saiu de dentro da blusa com o tempo. Será que este momento vai prejudicar os outros membros da ilha?
 


Notas Finais


Um pouco mais de Sean legal, e para estragar tudo o colar escapou!
Talvez não seja uma boa ideia menosprezar a detenção...
Música que o Sean tocou, The Entertainer do Scott Joplin (juro que o nome é mera coincidência): http://youtu.be/P1-Y-HCJcFs
Adoro essa música, me lembra filmes do velho oeste. Também me lembra do Charlie Chaplin!
Contem-me o que acharam!
Até o próximo!
Beijinhos da Yaya ;)


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